Panorama
 
 
 

PESQUISA NO CERRADO E NO PANTANAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

Nova rede vai pesquisar a conservação e o uso sustentável do Cerrado

22/03/2007 - Aida Feitosa - O Cerrado tem agora uma Rede de Pesquisas em Conservação e Uso Sustentável. Denominada COMCERRADO, a rede foi resultado da oficina de trabalho que reuniu cerca de 15 pesquisadores em Brasília, nos dia 20 e 21 de março. Representando os 10 estados que contêm o bioma, pesquisadores de variadas formações acadêmicas debateram sobre a importância de incentivar o estudo do bioma que ainda é pouco conhecido pela população. Na ocasião foram apresentados exemplos de redes que já ocorrem na Amazônia e no Pantanal.

Para o coordenador do Núcleo Cerrado do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, a iniciativa é fundamental para garantir o direito de as futuras gerações usufruírem do bioma. "Estima-se que cerca de 80% das plantas do cerrado tenham alguma propriedade medicinal. O conhecimento científico, que valoriza a conservação e uso sustentável, pode impedir que toda essa diversidade biológica seja transformada em lavoura", disse Pires.

Entre os temas destacados pelos pesquisadores estão as gestões hídrica da região, que guarda as nascentes das principais bacias hidrográficas do País, e a territorial - bastante afetada pela produção de soja e de biocombustíveis. Ressaltou-se, também, a importância do estudo da dimensão humana presente na região.

Para guiar o processo de estruturação da rede nos próximos meses, foram criados dois comitês: Gestor e Científico. O primeiro, reúne instituições parceiras - Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, Secretarias de Ciência e Tecnologia nos estados, Fórum de Pró-Reitores das Universidades Federais. O segundo é formado por pesquisadores.

Durante a oficina, também ficou acertado um protocolo de integração da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com o Programa Cerrado Sustentável. O documento será assinado, até o fim de maio, no Congresso Nacional. De maio a setembro ocorrerão oficinas de trabalho nos estados com o objetivo de divulgar a rede e buscar adesão de novos pesquisadores.

A rede Com Cerrado já conta com recursos para o seu desenvolvimento em 2007. Suas ações também serão incluídas no Plano Pluri Anual (PPA) 2008-2011 que será fechado no próximo mês de junho. O PPA é um instrumento de gestão utilizado pelo governo para dar suporte estrutural e financeiro às suas ações.

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MMA convoca sociedade para ajudar a formular avaliação estratégica do Pantanal

21/03/2007 - O Ministério do Meio Ambiente quer construir com a sociedade uma política ambiental para o Pantanal. Em reuniões em Cuiabá e Cáceres (MT), Campo Grande e Corumbá (MS), o MMA colherá sugestões de 70 convidados dos segmentos ambiental, econômico, social e institucional sobre a forma de utilização sustentável dos recursos naturais do Pantanal. A primeira reunião está marcada para a próxima sexta-feira (23/03), na Assembléia Legislativa de Cuiabá. As outras ocorrerão dia 28, em Campo Grande (na Secretaria de Saúde); 29, em Cáceres (Casa de eventos das Irmãs) e 30, em Corumbá (auditório da Universidade Católica Dom Bosco). Os convidados foram escolhidos com equilíbrio representativo para evitar a sobreposição no debate dos segmentos.

As sugestões colhidas serão analisadas por 30 servidores do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul que fazem o curso de Avaliação Ambiental Estratégica. Ministrado em Campo Grande, o curso, que reúne servidores estaduais e federais, prevê a construção pelos alunos-servidores de metodologia de avaliação ambiental estratégica exclusiva para o Pantanal. Uma iniciativa do MMA em parceria com as Universidades Estaduais dos dois estados, o curso terá na "metodologia" o primeiro produto do gênero no País. "Enquanto estudam, eles construirão o mecanismo, que será piloto no País", explica o diretor do Programa Pantanal, Paulo Guilherme. No final do curso, os servidores produzirão o "Livro Verde" sobre o desenvolvimento no Pantanal.

Posteriormente, este livro será reapresentado à sociedade, comunidade científica e etc., para incorporação de novas sugestões. O material, acrescido de novos pontos de vista, dará origem ao Livro Branco do tema. Nele estarão contidas todas as contribuições, incluindo propostas de cenários para desenvolvimento sustentável do Pantanal. "O Livro Branco seja a base para a continuidade do processo de entendimentos e formulações de políticas públicas", diz Paulo Guilherme. Para que se torne um "processo", diz ele, é preciso que as instituições sejam fortalecidas, os conselhos estaduais de Meio Ambiente, os Comitês de Bacia, consórcios de municípios, entre outros. É preciso também, acrescenta ele, adotar iniciativas que germinem no País uma cultura de prospecção de informações, buscando auxiliar o poder público na tomada de decisões quanto a suas políticas.

O País já começou a discutir uma iniciativa nesse sentido, diz Guilherme, debatendo a criação do Observatório do Pantanal, uma rede de instituições que produzirá, demandará e interpretará informações. "Com o Observatório será possível monitorar periodicamente indicadores ambientais fundamentais para balizar decisões dos gestores. Os indicadores, aferidos em várias áreas (econômica, social etc.) serão base para a formulação de políticas", diz o diretor do Programa Pantanal.

Avaliação - A Avaliação Ambiental Estratégica é nova no Brasil, pensada pelo governo federal para a utilização racional e sustentável dos recursos naturais. Este instrumento de planejamento de gestão é pré-requisito recomendado pelo Tribunal de Contas da União antes da inscrição no Plano Plurianual (PPA) de projetos de grande vulto, como, por exemplo, a construção de uma hidrelétrica ou de uma rodovia. "Com a avaliação estratégica preliminar, o poder público poupa tempo, recursos, racionaliza decisões. Com ele, o governo fortalece seus processos de planejamento e a transversalidade administrativa", diz Paulo Guilherme.

O Pantanal é considerado um bioma sensível por causa de empreendimentos como a hidrovia do Rio Paraguai, o pólo siderúrgico de Corumbá, o plantio da cana-de-açúcar, todos de natureza complexa e que podem causar impacto forte no Pantanal.

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MMA e Ibama criam sistema que acelera procedimentos da pesquisa científica

19/03/2007 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente do Ibama, Marcus Barros, lançam nesta terça-feira (20), às 15h, o Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (Sisbio). O novo sistema operacional - totalmente eletrônico - facilitará a vida dos pesquisadores, que necessitam dos serviços do Ibama para proceder pesquisas científicas. A facilidade virá pela internet, onde agora o pesquisador poderá solicitar e obter autorizações e licenças para coleta de material biológico, para execução de pesquisas em unidades de conservação e cavernas e para exportação e importação de material biológico com fins científicos e didáticos em âmbito universitário.

Ao propiciar maior rapidez à tramitação dos pedidos, MMA e Ibama põem fim a um problema que se tornara crônico: a demora na concessão dessas autorizações. Licenças, que no passado levavam seis meses para ser aprovadas, agora o serão em 45 dias. Em alguns casos poderá exceder esse período, mas apenas quando se tratarem de pesquisas a serem realizadas em reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável, em que os conselhos comunitários dessas reservas devem ser consultados.

Além dos benefícios citados, o novo sistema apresentará um módulo de georreferenciamento com importantes aplicações, dentre elas o mapeamento de polígonos das áreas de estudo e da distribuição das espécies a partir dos registros das coletas; a modelagem da ocorrência das espécies mapeadas, a fim de identificar novas áreas de prováveis ocorrências dessas espécies; o mapeamento das áreas excessivamente inventariadas ou que carecem de inventários, além da visualização espacial dos registros de coleta e das áreas de distribuição potencial. Tais aplicações, porém, só estarão disponíveis aos pesquisadores a partir do segundo semestre de 2007.

A entrada em operação do Sisbio ocorre depois de ampla discussão com a comunidade científica. Técnicos e cientistas chegaram a consenso inclusive em relação a dois pontos que pareciam insuperáveis. Ficou decidido que a licença permanente poderá também contemplar a equipe do titular da pesquisa. E que, embora o Ibama estimule cientistas a identificarem, em publicações científicas, o número das autorizações para coleta de material biológico, que essa identificação não será obrigatória. Na cerimônia de lançamento do Sisbio, que ocorrerá no auditório do Ibama, em Brasília, o presidente do Instituto, Marcus Barros, entregará ao presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Erney Camargo, a primeira licença permanente para coleta de material biológico para fins de pesquisa.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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