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PRESSÃO POPULAR LEVOU A 100% DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM UNAÍ, DIZ SECRETÁRIO DA CIDADE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

25 de Março de 2007 - Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A participação popular foi um fator determinante para que Unaí chegasse a ter 100% de abastecimento de água tratada no município. A avaliação é do secretário de Desenvolvimento e Meio Ambiente da cidade, Alcides Ribeiro.

“O ponto principal para a universalização do abastecimento foi a pressão popular, além da consciência dos gestores públicos que passaram pela cidade. Tirando as diferenças políticas, todos foram responsáveis pela saúde da sociedade”, disse.

O secretário destacou que a comunidade de Unaí é participativa e faz pressão para que o governo atenda suas demandas. “Isso faz com que hoje a cidade tenha cerca de 20 conselhos municipais funcionando”.

A água tratada é levada a todas as residências da área urbana e rural. Nos assentamentos, no entanto, o abastecimento não é feito de forma imediata. “O atendimento, às vezes, demora cerca de um ano. Mas todos estão no programa de atendimento”, disse.

Nem todos os assentamentos existentes em Unaí já têm água tratada. Mas, de acordo com o secretário, o governo já está implantando a rede nos que ainda não têm. “Dos 28 assentamentos, ainda estamos levando água para cinco assentamentos”, disse.

Segundo o secretário, quando se trata de assentamento, o município faz parceria com o governo federal, já que cerca de 60% das famílias assentadas são de outros municípios. “O governo federal só é usado para a abertura dos poços. Daí para frente, o atendimento é do município”, afirmou.

A distribuição de água na cidade mineira foi citada pela organização não-governamental (ONG) britânica World Development Movement como um caso de sucesso no Hemisfério Sul para a crise global da água. Além de Unaí, foram citadas outras três cidades brasileiras: Alagoinhas (BA), Guarulhos (SP) e Porto Alegre (RS).

Exemplo de abastecimento, Unaí ainda não faz uso racional da água

25 de Março de 2007 - Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil - Unaí (MG) - Mesmo sendo considerada um exemplo pela organização não-governamental (ONG) britânica World Development Movement na questão de como resolver o problema de abastecimento de água à população, Unaí não pode ser referência para redução do desperdício dos recursos hídricos.

O município conseguiu atingir a universalização do abastecimento de água potável. Mas o secretário de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Unaí, Alcides Ribeiro, reconhece que os moradores não fazem o uso racional da água. “A população, vendo que tem água em abundância, acaba achando que não tem que economizar”, disse à Agência Brasil.

Ele disse que a prefeitura faz campanhas de conscientização para evitar o desperdício. “Temos que reverter essa situação e mostrar que aquilo que não precisamos usar, outras pessoas precisam”, afirmou. Na própria bacia do São Francisco, há populações ribeirinhas necessitadas de água limpa. Temos que lembrar que água não é uma propriedade privada de um cidadão. Ela é um bem de todos”, completou o secretário.

A presidente da Associação dos Amigos do Meio Ambiente de Unaí (AAMA), Luzia Machado, também reclama do desperdício de água no município. “Muita gente ainda usa água para varrer calçada, lavar carro em frente à casa. As pessoas não acreditam que a água possa vir a acabar”.

Luzia disse também que, muita gente, ainda joga lixo nas margens do Rio Preto. “Há poluição principalmente no perímetro urbano”. Para ela, as pessoas não devem reivindicar apenas que seja feito o abastecimento de água potável. “Ao lado do direito de água tratada está também o dever de cada cidadão de estar preservando, contribuindo para que essa água não chegue só agora, mas daqui a 40 anos”.

A AAMA é uma organização não-governamental que desenvolve vários projetos de conscientização ambiental em Unaí, em parceria com a prefeitura e o Ministério Público.

Saneamento básico chega a 80% dos moradores de Unaí

25 de Março de 2007 - Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil - Unaí (MG) - Apesar de levar água tratada a 100% da população de Unaí, a prefeitura do município ainda não conseguiu atingir o mesmo índice para a área de saneamento básico. Segundo estimativa do secretário de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Unaí, Alcides Ribeiro, 80% dos moradores do município têm esgoto tratado.

“Temos algumas deficiências. Já vamos fazer investimentos esse ano para que a gente consiga atender a população sem haver os riscos que têm nos períodos chuvosos, de as águas pluviais atingir nossa rede de esgoto e nós estarmos, eventualmente, lançando esgoto a céu aberto em nossos mananciais”, afirmou.

Levando em consideração os países em desenvolvimento, no início do século 21, uma em cada cinco pessoas não tinha acesso à água potável, o equivalente a 1,1 bilhão de pessoas. Quase metade da população total dos países em desenvolvimento, cerca de 2,6 bilhões de pessoas, não tinha acesso a saneamento básico. Os dados também são do Pnud.

Em Mamoeiro, um dos bairros pobres de Unaí, apesar de os moradores terem acesso à água potável, não há rede de esgoto. “Têm promessas da prefeitura, mas nada ainda foi feito”, reclama a presidente da Associação de Moradores do bairro, Maria da Conceição Alves. Sobre a água, Conceição disse não ter dúvidas de que seja tratada. “Teve uma suspeita no programa Saúde da Família da presença de uma bactéria que podia ter sido originada pela água. Mas a gente fez contato com a SAAE, que fez uma análise, e foi descoberto que não tinha relação com a água”, disse.

“A gente sabe que, mesmo sendo um bairro afastado, o tratamento é feito periodicamente”, completou. Mamoeiro fica a 5 quilômetros do centro de Unaí.

ONG britânica destaca Unaí, em Minas Gerais, como exemplo mundial de abastecimento público de água

25 de Março de 2007 - Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil - Unaí (MG) - Com 76 mil habitantes, a cidade de Unaí (MG) é um exemplo para o mundo de como resolver o problema de abastecimento de água para a população, segundo a organização não-governamental (ONG) britânica World Development Movement (Movimento de Desenvolvimento Mundial), que incluiu o município mineiro em uma publicação sobre soluções do Hemisfério Sul para a crise global da água.

Unaí atingiu a universalização: 100% das residências do município recebem água tratada. Para o secretário de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Unaí, Alcides Ribeiro, a conquista foi resultado da pressão popular. “Não é fruto só da gestão pública. É fruto da população, a comunidade é participativa”, disse à Agência Brasil.

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Unaí, responsável pelo abastecimento de água no município, fixou um sistema diferenciado de tarifas. A população de baixa renda, que consome até 10 metros cúbicos por mês, paga um valor mensal fixo de R$ 9,45. “A população de maior poder aquisitivo subsidia quem ganha menos”, explicou o diretor do SAAE do município, Geraldo Oliveira. Ele garante que, mesmo quem consome mais, não reclama dos valores cobrados.

“Mesmo quem paga mais, não chega a 50% do valor cobrado pela Companhia estadual de abastecimento, a Copasa”, comparou Oliveira. O diretor explica que parte do valor cobrado das tarifas é reservada para investimentos na SAAE. “Deixamos uma margem de 25% para atender a demanda do crescimento urbano.”

Com essa política, Unaí tem água tratada garantida para toda a população, pelo menos, por mais 11 anos. “A estrutura que temos hoje é para atender até 2018. Mas já estamos modernizando e projetando a estação de tratamento para que essa expectativa aumente”, destacou.

Além de Unaí, a ONG britânica citou outras três cidades brasileiras como exemplos de como solucionar a crise global da água: Alagoinhas (BA), Guarulhos (SP) e Porto Alegre (RS). Os casos citados na publicação da ONG foram apresentados pela Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae).

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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