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BRASIL TERÁ PLANO NACIONAL DE COMBATE A MUDANÇAS CLIMÁTICAS, DIZ CAPOBIANCO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

28 de Março de 2007 - Juliana Andrade - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governo federal prepara um plano nacional para combater as mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global, informou hoje (28) o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco. Segundo ele, a proposta está sendo traçado por representantes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, das Relações Exteriores e do Meio Ambiente.

“O plano é uma proposta recente, que primeiro visa organizar todas ações que o Brasil já vem implementando, e a expectativa é que a gente possa, num prazo curto de alguns meses, ter uma primeira versão para submeter ao presidente da República, porque, a exemplo do plano de prevenção e controle ao desmatamento da Amazônia, o objetivo é que seja um plano detalhado, com ações objetivas, inclusive com orçamentos definidos, para que os diferentes órgãos de governo possam operar de forma integrada”, explicou Capobianco. De acordo com ele, a proposta também será discutida com governos estaduais e municipais e com a sociedade.

O secretário participou pela manhã de audiência pública no Senado Federal para discutir o relatório das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Divulgado no dia 2 de fevereiro em Paris, o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) aponta para a elevação da temperatura terrestre até 2100, o aumento do nível do mar e a intensificação de catástrofes naturais.

“Certamente esse plano dependerá de uma discussão com os atores envolvidos. O Parlamento é essencial nesse processo, e está previsto inclusive que o Fórum de Mudanças Climáticas faça a relação dele (Parlamento) com a sociedade, traga as propostas da sociedade e do setor empresarial e acadêmico para esse plano. Eu imagino que nos próximos meses nós vamos ter um intenso debate com todos os atores para que esse plano represente de fato as idéias de todos”, disse Capobianco.

O secretário afirmou que a maior colaboração do Brasil com o processo de aquecimento global resulta sobretudo das queimadas, que aumentam a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. Já nos Estados Unidos e em países da União Européia, por exemplo, o problema está ligado principalmente à matriz energética, ressaltou o secretário.

“O Brasil, com o biocombustível, com o etanol e toda a sua potencialidade ambiental, tem efetivamente um caminho para frente diferente do de outros países. Temos países hoje que a sua economia depende da queima de combustível fóssil e não têm nenhuma alternativa na mesa. Nós não dependemos de combustível fóssil em grande parte e temos alternativa na mesa”, destacou.

O secretário defendeu que o Brasil defina metas internas relacionadas ao desmatamento, que em dois anos teve uma diminuição de 50% na Amazônia. “Temos um ciclo muito positivo de experiência de integração de governo nos últimos dois anos que permitiram uma redução do desmatamento e permitem uma avaliação mais adequada de todos os vetores e fatores que levam ao desmatamento. Portanto eu considero que nós temos, no momento, condições adequadas para projetarmos metas que sejam factíveis”, disse.

A audiência pública foi promovida pela Subcomissão de Aquecimento Global, da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, e pela Subcomissão de Acompanhamento do Regime Internacional sobre Mudanças Climáticas, da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.

Brasil terá embaixador para tratar de questões climáticas

29 de Março de 2007 - Mylena Fiori - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Ministério das Relações Exteriores decidiu criar o cargo de embaixador para questões climáticas. O anúncio foi feito hoje (29) pelo ministro Celso Amorim, em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, do Senado Federal.

Segundo Amorim, o nome mais provável para ocupar o cargo é o do diplomata Sérgio Serra, que já foi embaixador do Brasil na República da Coréia (Coréia do Sul) e na Nova Zelândia.

O ministro aproveitou a ocasião para esclarecer que o Brasil não é contra a de criação de uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o meio ambiente, proposta pela França, desde que o foco seja o desenvolvimento sustentável.

“O mais importante é tratar do meio ambiente com desenvolvimento”.
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Etanol deve voltar a fortalecer relação entre Brasil e Estados Unidos, diz historiador americano

30 de Março de 2007 - Vitor Abdala - Enviado especial - Washington (EUA) - As relações entre Brasil e Estados Unidos devem ser ampliadas nos próximos anos, através principalmente do comércio do etanol e de outros interesses em comum, como o avanço das negociações da Rodada de Doha, que prevê a abertura de mercados para o comércio mundial. A afirmação é do coordenador do Programa de Estudos Brasileiros da Universidade de Georgetown (EUA), o historiador Bryan McCann.

Segundo ele, os dois países passaram um tempo de certo distanciamento por conta de divergências políticas, como a posição contrária do Brasil à Guerra do Iraque, em 2003, e também por causa de disputas comerciais, como a taxação do aço brasileiro no mercado norte-americano.

Desde 2002, a participação dos Estados Unidos como destino das exportações brasileiras vem diminuindo. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, os norte-americanos compraram cerca de 25% dos produtos exportados pelo Brasil naquele ano. Em 2006, esse percentual era de menos de 18%.

Por outro lado, o comércio entre o Brasil e a América Latina cresceu e a região passou a receber quase 23% das exportações brasileiras em 2006, contra uma participação de pouco mais de 16% em 2002.

McCann explica que o distanciamento também ocorreu por conta da escolha norte-americana de dar prioridade a relações com outras partes do mundo, como o Oriente Médio e outros países da Ásia. Mas, de acordo com o historiador, recentemente os Estados Unidos passaram a se preocupar mais com a América Latina, devido à ascensão de presidentes que mantêm uma política antiamericana, como o venezuelano Hugo Chávez e o boliviano Evo Morales.

Prova do interesse dos Estados Unidos pelo continente latino-americano, segundo o professor, foi a visita do presidente americano, George Bush, a cinco países da região, inclusive o Brasil, neste mês.

"Evidentemente, George Bush está tentando costurar uma aliança, que não é, talvez, uma aliança super-forte, mas uma aliança de interesses comerciais, no mínimo, que pode servir de baluarte contra esse outro time do Chávez", afirmou McCann.

Para o historiador da Universidade de Georgetown, o etanol é, sem dúvida, outro ponto de aproximação entre Brasil e Estados Unidos. "A questão do etanol também é fundamental na nossa política de energia. Todo mundo está cada vez mais consciente, aqui, que nosso vício de petróleo, como George Bush falou, está metendo a gente em cada vez mais encrenca no Oriente Médio. Então, se a gente diminuir esse vício, mudando para outra 'droga', é melhor para a nossa economia, melhor para o meio ambiente e nossa relação política com o mundo", disse McCann.

Greenpeace protocola carta a Lula contra retomada do projeto de Angra 3

27 de Março de 2007 - Roberta Lopes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Polícia retira manifestantes que protestavam em frente ao Palácio do Planalto contra o projeto da usina nuclear Angra 3

Brasília - Manifestantes do Greenpeace protocolaram hoje (27) uma carta para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, contra a construção da usina de Angra 3, que está sendo discutida no governo. Estava prevista para hoje uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética e uma das questões em pauta é a retomada do projeto de construção da Usina de Angra 3. O Greenpeace e outras 18 entidades e organizações não-governamentais ligadas ao setor de energia e meio ambiente assinam a carta.

De acordo com a carta, o as entidades consideram “a usina desnecessária para o Brasil, uma vez que nosso país tem todas as condições de estar na vanguarda do desenvolvimento limpo ao investir em energias renováveis”.

O documento também afirma que a construção de angra 3 custaria cerca de R$ 7 bilhões e geraria cerca de 1350MW, com este volume de recursos, poderia ser criado um parque eólico que geraria o dobro da potencia energética.

A carta também acusa o Programa Nuclear Brasileiro de não ser transparente. “A falta de transparência é uma marca histórica do Programa Nuclear Brasileiro, criado na década de 1970 durante a ditadura militar. A opinião pública merece, no mínimo, transparência na discussão de um assunto tão grave e de extrema relevância para o futuro”, diz o texto.

Segundo o coordenador da campanha contra a energia nuclear do Greenpeace, Guilherme Leonardi, disse que o Brasil tem um grande potencial para investir no uso de energias limpas. “É totalmente possível suprir as necessidades energéticas do Brasil a partir das energias limpas. Então, o Brasil não precisa de energia nuclear, energias como a eólica, solar, biomassa, podem suprir nossa demanda energética”, disse.

Ele também afirmou que as energias limpas são capazes de suprir a demanda energética com um custo inferior ao da energias nuclear, além de não trazer problemas como o lixo radioativo e o risco de acidentes.

O Ministério de Minas e Energia hoje que a reunião do conselho deverá acontecer na próxima semana, mas ainda não foi definido o dia. O conselho é presidido pelo Ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau e tem a participação de outros ministros e entidades da sociedade civil. Segundo ainda o ministério, a retomada do projeto de construção de Angra 3, é um dos temas a serem discutidos na próxima reunião do conselho.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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