Energias
Renováveis - 30/03/2007 - A Fertibom
Indústrias implantou, com recursos
disponibilizados pela Financiadora de Estudos
e Projetos (Finep/MCT), uma planta piloto
para produção de biodiesel com
diferentes tipos de matéria-prima,
algo até então inédito
no País. A nova unidade, equipada para
trabalhar com sebo animal e 20 tipos de oleaginosas,
como amendoim, soja, girassol, algodão,
nabo forrageiro e pinhão manso, tem
capacidade para produzir até 12 milhões
de litros por ano. Além disso, servirá
como modelo para a construção
de uma unidade produtiva com capacidade para
até 30 milhões de litros por
ano.
Os encargos reduzidos do
financiamento reembolsável oferecido
pela Finep têm como objetivo apoiar
as atividades de desenvolvimento tecnológico,
justamente nas fases em que os resultados
para a empresa ainda são incertos.
“O apoio da Finep na área de pesquisa
e desenvolvimento tem sido extremamente importante.
Com o desenvolvimento desta planta piloto,
por exemplo, será possível crescer
em um setor muito promissor no País.
Esperamos duplicar nosso faturamento já
no primeiro ano”, explica Geraldo Martins,
diretor geral da empresa.
Fabricante de fertilizantes
líquidos de Catanduva, São Paulo,
a Fertibom trabalha em parceria com a escola
de química da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ) no desenvolvimento
de um novo processo de produção
do combustível. “A idéia é
obter um produto que possa atender interesses
de produtores em diferentes regiões
do país, o que ajudaria também
a minimizar o risco da sazonalidade agrícola”,
ressalta Carolina Mello, analista da Finep
responsável pelo projeto. Outro aspecto
importante, destaca, é o uso do álcool
etílico para a fabricação
do biodiesel, que permite aproveitar a vantagem
comparativa que o Brasil possui graças
à cana-de-açúcar.
A utilização
do combustível em substituição
parcial ou total do óleo diesel terá
impacto sobre a balança comercial brasileira,
pois, atualmente, cerca de 15% do diesel utilizado
no País é importado. Outra vantagem
relevante será refletida na agricultura,
por oferecer novas alternativas de culturas
para os produtores rurais.
O investimento na solução
foi estimulado pelos sócios da empresa,
em sua maioria produtores agrícolas
com frotas motorizadas que vislumbraram no
novo combustível uma forma de reduzir
os custos com um de seus principais insumos:
o diesel. Em outubro de 2005, a empresa recebeu
autorização da Agência
Nacional de Petróleo (ANP) para a comercialização
do produto, vendido com a marca Biomax.
Para Geraldo Martins, o
segredo do sucesso da Fertibom, fundada em
1994, é simples. “Nosso diferencial
está no conceito industrial. Construímos
equipamentos internamente, com operação
otimizada, baixo custo e que geram resultados
de alta qualidade, adequados à realidade
de nossos parceiros agrícolas”, conclui.
Departamento de Comunicação
da Finep
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Ipen inaugura estação
de monitoramento de poluentes atmosféricos
Poluição -
28/03/2007 - O Instituto de Pesquisas Energéticas
e Nucleares (Ipen) passa a integrar oficialmente,
a partir de amanhã (29), a rede de
monitoramento da Cetesb (Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental), com a inauguração
de uma estação de monitoramento
da qualidade do ar destinada estudar gases
precursores de ozônio e monóxido
de carbono. A estação, a melhor
para medição de ozônio
na cidade, localiza-se longe das fontes de
poluição do ar, ou seja, afastada
de onde o ozônio está sendo produzido,
e a uma altitude de 800 metros, similar à
Avenida Paulista e equivalente ao ponto mais
alto da cidade. A inauguração
acontece às 15 horas, no Ipen, e contará
com a presença de autoridades e pesquisadores
da área.
A estação
é resultado de um convênio de
cooperação científica
entre as duas instituições.
No laboratório do Centro de Química
e Meio Ambiente (CQMA) do instituto, as amostras
coletadas diariamente serão analisadas,
identificadas e quantificadas. “Além
de ser adicionada à rede telemétrica
da Cetesb, a estação fornecerá
à comunidade científica um ponto
privilegiado de experimentos em atmosfera”,
afirma Luciana Vanni Gatti, pesquisadora do
CQMA.
O ozônio é
o poluente que mais ultrapassa os parâmetros
de qualidade do ar estabelecidos nas legislações
federal e estadual. Chega a atingir níveis
de concentrações elevadas que
levam à classificação
na cidade da má qualidade do ar.
A agência ambiental
mantém 29 estações automáticas
de monitoramento da qualidade do ar na Região
Metropolitana de São Paulo, a maior
parte localizada em áreas de grande
fluxo de veículos. No boletim da qualidade
do ar da Cetesb desta quinta-feira os dados
coletados pela estação já
estarão disponíveis.
Ozônio
A destruição
da camada de ozônio é uma das
preocupações mundiais. Na camada
chamada estratosfera (entre 15 e 30 quilômetros
da superfície da terra), o ozônio
filtra os raios ultravioleta, protegendo os
seres vivos da radiação UV-B.
No entanto, quando se concentra na faixa de
ar próxima ao solo (troposfera), é
um poluente. Pode afetar tanto pessoas com
problemas respiratórios quanto indivíduos
saudáveis. Experimentos realizados
com voluntários mostram que o ozônio
produz irritação passageira
do sistema respiratório, provocando
tosse, respiração ofegante e
dor no peito durante a respiração
profunda. A maior concentração
do ozônio ocorre no horário de
pico da radiação solar. Por
isso, essa seria a pior hora para realizar,
por exemplo, a prática de esportes
como a corrida.
Lilian Bueno - Assessoria de Imprensa do Ipen