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ESPECIALISTAS DEFINEM PARÂMETROS DE PROTEÇÃO DO SOLO E DE ÁREAS CONTAMINADAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

04/04/2007 - Rafael Imolene - Cerca de 70 técnicos e especialistas em solo de diferentes regiões do Brasil debateram durante três dias, em Brasília, estratégias de proteção do solo e gerenciamento de áreas contaminadas. Ao final, avançaram na adoção de parâmetros para classificar os diferentes tipos de solos do Brasil, bem como mecanismos para protegê-los de contaminações. A oficina, organizada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e realizada na sede da Organização Panamericana de Saúde (Opas/OMS), terminou nesta quarta-feira (4).

De acordo com o pesquisador da Embrapa Solos, Daniel Vidal Perez, a simples adoção de um linguajar nacional significa um importante avanço nas pesquisas brasileiras sobre o solo. "Temos um bom modelo, que é o de São Paulo. Mas, para adotá-lo em escala nacional, antes precisamos de um parâmetro que seja válido para todos os estados", afirma Perez. "Como existe muita diferença entre os solos das inúmeras regiões do país, necessitávamos desta padronização", explica o pesquisador.

A proteção de solo e o tratamento de áreas contaminadas são dois temas que deverão ganhar maior relevância em todo o mundo à medida em que se agravam os problemas decorrentes da escassez de água. Como a maior parte da água doce do planeta brota do subterrâneo, a contaminação do solo significa maior escassez dos recursos hídricos. Nos Estados Unidos, por exemplo, existe um extenso aqüífero contaminado por uma alta concentração de nitrato. Assim, fica impedido o consumo humano da água proveniente de todo esse aqüífero.

O Brasil, embora apresente uma situação confortável quanto aos recursos hídricos, já convive com o problema da falta de água em algumas regiões, pontualmente aquelas de grande concentração populacional. As regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro estão praticamente no limite da captação de água doce. Uma contaminação de solo poderá provocar um desabasteciemnto que afetaria milhões de brasileiros.

Além de ser uma questão de saúde pública, as políticas de proteção da qualidade do solo e de gerenciamento de áreas contaminadas contribuem diretamente para garantir segurança a investidores, pois são ferramentas que conferem respaldo jurídico e embasamento técnico para a instalação de empreendimentos.

A convite do Conama/MMA, participaram da oficina especialistas do Ibama, Ministério da Agricultura, Petrobras, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Agência Nacional de Águas (ANA), Cetesb e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Também enviaram representantes a Universidade de São Paulo (USP), o Ministério Público Federal e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre outros órgãos, empresas, entidades e universidades.

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Programa Água Doce garante renda à comunidade do Rio Grande do Norte

03/04/2007 - Rafael Imolene - Três dias após o lançamento da primeira Unidade Demonstrativa do Programa Água Doce, a comunidade de Caatinga Grande já obteve sua primeira renda com a venda das tilápias rosas criadas em seus tanques. A comercialização de 718 quilos do peixe garantiu ao vilarejo a quantia de R$ 2.462, dos quais 50% serão aplicados no fundo de reserva para manter a criação. Mesmo tendo como finalidade primordial fornecer água potável às populações difusas que habitam o semi-árido brasileiro, o programa também gera renda aos beneficiados, assegurando o desenvolvimento sustentável na região.

Unidade Demonstrativa é o nome dado a um complexo produtivo baseado em dessalinizadores. A água subterrânea, muito salina, é retirada e tratada pelo equipamento. Assim, se torna própria para o consumo humano, melhorando as condições de saúde da população. O sal armazenado na água restante é depositado em viveiros com as tilápias rosas, peixe que se desenvolve em meios salobres. O passo seguinte consiste em aproveitar o efluente dessa criação, enriquecido em matéria orgânica, para irrigar a erva-sal, por sua vez utilizada na produção de feno. Também enriquecido de nutrientes da erva-sal, o feno servirá para alimentar ovinos e caprinos.

A primeira unidade foi inaugurada no dia 30 de março, em Caatinga Grande, vilarejo do município potiguar de São José do Seridó. A retirada e venda dos peixes ocorreu três dias depois, em 02 de abril. O processo foi possível porque um dos tanques já estava abastecido com as tilápias desde outubro de 2006. Como o ciclo da espécie é de seis meses, o peixe já havia atingido seu tamanho para consumo, de aproximadamente 600 gramas. Outro tanque foi povoado em janeiro e deverá estar pronto para o despesca em julho. Na aqüicultura, o termo despesca é utilizado para definir a operação de retirada do peixe quando ele atinge o tamanho comercial.

Mais de mil tilápias foram comercializadas nesta primeira etapa. Um comerciante de São João do Seridó pagou R$ 4 por quilo e ficou com 200 quilos. Outro, de Jardim do Seridó, levou 347 quilos, negociados a R$ 3,80 o quilo. O que sobrou acabou arrematado por moradores de Caatinga Grande, que desembolsaram R$ 2 por cada quilo do pescado. Comerciantes de Natal e de outros municípios interessados nas tilápias terão de esperar a próxima remessa, dentro de três meses. Utilizando os dois tanques, teremos quatro retiradas de peixe por ano , afirma o pesquisador da Embrapa Semi-Árido, Everaldo Rocha Porto.

Dos R$ 2.462 arrecadados, metade será aplicada em um fundo da comunidade. O dinheiro poderá ser utilizado dentro de quatro anos, quando cessa a ajuda financeira da Fundação Banco do Brasil, do BNDES e do Ministério do Meio Ambiente, principais responsáveis pela implantação do Programa Água Doce. A cada ano, a partir de 2008, haverá uma redução gradual de valores, para que as unidades se tornem auto-sustentáveis. A outra metade foi dividida em duas partes iguais entre associações de moradores e como um incentivo aos tratadores das tilápias.

A inauguração da primeira Unidade Demonstrativa reuniu cerca de 300 pessoas em Caatinga Grande. Na ocasião foi assinado um acordo de gestão para criar e comercializar os peixes, permitindo a venda e a partilha desta primeira despesca. Assinaram o documento o secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, João Bosco Senra, o vice-governador e Secretário do Meio Ambiente do Rio Grande do Norte, Iberê Ferreira de Souza, e o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques de Oliveira Pena. Também assinaram o prefeito de São José do Seridó, João Lázaro Dantas, e um representante da Comunidade de Caatinga Grande, Francisco das Chagas Azevedo.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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