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GOVERNO PAULISTA LANÇA PACOTE AMBIENTAL

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2007

Governo paulista lança pacote ambiental e Serra pede maior mobilização “para comprar brigas”

02/04/2007 - Política ambiental do governo de São Paulo, apresentada pelo governador José Serra nesta segunda-feira 2 de abril, promete atingir desmatamento zero no estado, maior fiscalização em áreas de mananciais e na Serra do Mar, produção sustentável de etanol e repressão à circulação de madeira extraída ilegalmente da Amazônia, entre outras iniciativas. Serra aproveitou a oportunidade para pedir "mais agressividade" do movimento ambientalista.

O governo de São Paulo lançou nesta segunda-feira, 2 de abril, seu pacote de políticas ambientais para os próximos quatro anos. O lançamento, realizado na Secretaria Estadual de Meio Ambiente, em São Paulo, foi feito pelo titular da pasta, Xico Graziano, e pelo próprio governador José Serra. O pacote reúne 21 “projetos ambientais estratégicos” para, segundo Serra, levar a política ambiental “do discurso à prática”.

O governador aproveitou o auditório lotado para criticar o movimento ambientalista, segundo ele “ruim de prática”, e pedir maior mobilização da sociedade quando o governo compra brigas com setores ambientalmente irresponsáveis. Serra citou a poluição do rio Tietê causada pelo município de Guarulhos e as queimadas das lavouras de cana no interior do estado como exemplos da falta de mobilização e de “agressividade” dos ambientalistas. “O isolamento prejudica as ações ambientais. Quando compramos uma briga, as resistências são concentradas e os apoios, tímidos e difusos. Enquanto o setor que se sente prejudicado pela medida desce paulada, a maioria finge de morta e não nos ajuda”, disse Serra.

Sobre os vinte e um projetos sumariamente apresentados, Serra diz que não acredita que sejam capazes de mudar em quatro anos a face do estado, mas que podem fazer de São Paulo “a vanguarda ambiental do País”. O secretário Xico Graziano também reconheceu que não há no pacote propostas excepcionais, mas sim um esforço para melhorar a gestão ambiental no estado. “Queremos chegar ao final do mandato com resultados efetivos”. Tanto Graziano como Serra ressaltaram a importância das parcerias entre o governo estadual e ONGs e municípios para o sucesso das ações. “Também vamos necessitar de recursos outros além dos do estado, como os da Fundação Nacional de Saúde nas ações de saneamento”, exemplificou o secretário.

Entre as metas e objetivos anunciados, merecem destaque:

a de iniciar a cobrança pelo uso da água em 14 das 21 bacias hidrográficas do estado, até o fim de dezembro de 2010;

a de atingir o “desmatamento zero” no território paulista;

a de solucionar o a falta de captação e tratamento de esgoto nos municípios que mais poluem mananciais de abastecimento público;

o estímulo à produção sustentável do etanol pelo setor sucroalcooleiro, com proposta de lei ainda este semestre para eliminar as queimadas das palhas da cana;

a implementação de 59 planos de manejo de Unidades de Conservação do estado, “para tirar os parques do papel”, segundo Xico Graziano;

a unificação e desburocratização do licenciamento ambiental, para reduzir o tempo médio do processo em 30%;

a recuperação das áreas ocupadas da Serra do Mar, com fiscalização integrada entre os órgãos responsáveis;

a diminuição da utilização e comercialização, em São Paulo, de madeira proveniente da região amazônica sem certificação. O projeto, chamado “São Paulo Amigo da Amazônia”, também quer aumentar a participação no mercado da madeira proveniente de florestas plantadas.


A questão dos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo também foi contemplada com um projeto para a recuperação e proteção das bacias hidrográficas da Guarapiranga, Billings e Cantareira. O governo quer investir na educação ambiental e na fiscalização para evitar que a poluição e a ocupação no entorno das represas agravem ainda mais o quadro de degradação atual. Para isso, promete terminar ainda este mês a minuta da Lei Específica da Billings e, até o fim de 2007, as minutas das leis específicas das bacias do Cotia, Tietê-Cabeçeiras e Juqueri-Cantareira.

O projeto também prevê a capacitação de agentes em educação ambiental, o congelamento da ocupação nas áreas de mananciais e reforço do policiamento ambiental. “As ações propostas reforçam a presença do Estado na região dos mananciais e pretendem agilizar o processo de elaboração das leis específicas”, elogia Marussia Whately, coordenadora do Programa Mananciais do ISA. “Mas falta dizer como viabilizar a fiscalização integrada e quais serão e quem fará os investimentos para a efetiva recuperação e proteção dos mananciais”, questiona.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.isa.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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