Panorama
 
 
 

CARGILL CONSEGUE REABRIR PORTO NA JUSTIÇA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2007

13-04-2007 – Manaus - O desembargador federal Carlos Fernando Mathias, do Tribunal Regional Federal (TRF), concedeu no final da tarde de ontem (12/04) liminar autorizando a reabertura do porto da Cargill em Santarém, no oeste do Pará. A liminar contraria a decisão do desembargador federal Souza Prudente, que resultou no fechamento do terminal graneleiro no dia 24 de março. Em sua decisão, apesar de autorizar a reabertura do porto, o desembargador Mathias reafirmou a necessidade de se fazer os Estudos de Impacto Ambiental (EIA/Rima).

Para o Greenpeace, a decisão é contraditória. Liminar concedida pelo então juiz federal em Santarém, Dimis da Costa Braga, em 2000, suspendeu não apenas o alvará de autorização emitido pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam), como a proibiu de emitir qualquer outra autorização para funcionamento do porto da Cargill sem a aprovação do EIA-Rima demonstrando a viabilidade ambiental do projeto. “Se reaberto, o porto vai operar ilegalmente, já que a licença de operação só poderá ser emitida depois da realização e aprovação dos Estudos de Impacto Ambiental”, disse Tatiana de Carvalho, da campanha do Greenpeace de proteção à Amazônia.

De acordo com o procurador do Ministério Público Federal, Felipe Fritz, a decisão é natimorta, já que na próxima segunda feira (16/04) a Cargill volta aos tribunas para apelar da decisão de realizar o EIA/Rima e o porto poderá ser fechado novamente. Em agosto de 2005, a multinacional questionou mais uma vez a decisão da Justiça Federal de realizar os estudos que comprovem a viabilidade ambiental do projeto.

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Greenpeace continua de olho na CTNBio

13-04-2007 - São Paulo - ONG enviou pedido para participar como ouvinte da próxima reunião da Comissão, marcada para o dia 19 de abril, em Brasília. Objetivo é dar transparência ao encontro. Na última tentativa, presidente da CTNBio chegou a chamar a polícia para retirar os representantes da sociedade civil do local da reunião.

Preocupado com a biossegurança brasileira, o Greenpeace tomou diversas medidas neste mês de abril para garantir transparência nas discussões sobre a liberação de transgênicos no país e a participação da sociedade civil no processo.

No dia 2, enviamos uma carta à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) pedindo a participação de três de nossos integrantes como ouvintes da próxima reunião da Comissão, a ser realizada no próximo dia 19 de abril, em Brasília.

Além disso, solicitamos também a transmissão ao vivo dessa reunião, pela internet, para garantir a transparência e credibilidade do encontro.

Credibilidade esta que está sob suspeita diante dos últimos acontecimentos ocorridos em reuniões da CTNBio. O presidente da Comissão, Dr. Walter Colli, vem sistematicamente abusando de sua autoridade científica, impedindo que a sociedade civil acompanhe as discussões sobre os transgênicos, e isso ficou evidente por ocasião da 100a. reunião da CTNBio, ocorrida no dia 22 de março, em Brasília, quando até a polícia foi chamada pelo presidente da Comissão para retirar do encontro representantes do Greenpeace e da Terra de Direitos.

As entidades haviam solicitado, por requerimento encaminhado uma semana antes, participar do encontro, mas o pedido sequer foi votado. A reunião, que discutiria a liberação do milho transgênico Liberty Link, da Bayer, acabou sendo cancelada.

Em protesto ao patente abuso de poder do presidente da CTNBio, o Greenpeace enviou no dia 2 de abril à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão uma representação contra o Dr. Walter Colli, pedindo que os fatos sejam apurados e as medidas cabíveis tomadas para punir eventuais crimes praticados. A representação requer ainda que providências sejam tomadas para assegurar a participação dos cidadãos brasileiros nas reuniões da CTNBio.

Diante de tantos fatos inaceitáveis e do abuso de autoridade promovido pela presidência da CTNBio, o Greenpeace enviou também uma carta ao Ministro Sérgio Rezende, da Ciência e Tecnologia (MCT), reivindicando a substituição imediata do presidente da Comissão, bem como dos membros nomeados pelo MCT. Pede ainda que o Ministério interfira na CTNBio para assegurar a imparcialidade científica das discussões e decisões e para garantir medidas efetivas de biossegurança no país.

O Greenpeace exigiu também que sejam entregues declarações de conflito de interesse por parte dos membros da CTNBio, conforme determina a legislação brasileira; a criação imediata de normas internas na Comissão para os processos de liberação comercial de novos transgênicos; a tradução imediata de todos os documentos dos processos de liberação comercial em discussão na CTNBio; e a suspensão imediata de todos os processos de liberação comercial de novos transgênicos até que todos os documentos traduzidos sejam analisados, que todos os estudos de impacto sobre a saúde e o meio ambiente sejam conduzidos no Brasil e até que seja realizada uma nova audiência pública.

Continuaremos de olho na CTNBio e no processo de discussão sobre a aprovação de organismos geneticamente modificados em nosso país.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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