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DOF POSSIBILITA IBAMA/RS FISCALIZAR IRREGULARIDADES COM PRECISÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

Porto Alegre (12/04/07) - Desde o dia 1º de setembro de 2006, data que o DOF (Documento de Origem Florestal) entrou em vigor, foram feitas no Estado 11 apreensões de madeiras nobres (mogno, castanheira e imbuia) ameaçadas de extinção. O sistema detecta a irregularidade e possibilita fiscalização precisa no transporte de madeiras.

O DOF é uma licença eletrônica, com informações atreladas ao seu código de barra. Para acessar o sistema, a pessoa física ou jurídica deverá estar inscrita no Cadastro Técnico Federal junto ao Ibama e não ter cometido irregularidades ambientais.

De acordo com o analista ambiental da Divisão Técnica, Carlos Henrique Jung Dias a Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPFs), antigo documento para transporte da madeira, “não dava idéia do total de movimentação da madeira tropical no RS, e agora o DOF permite maior transparência, indicando de onde veio, qual o caminho, o volume da carga e qual o destino final”.

Em sete meses, foram apreendidas 431,34 m3 de madeira e expedidos R$ 292.233,00 em autos de infração. As notificações e multas podem ser emitidas tanto para o destinatário, a transportadora e mesmo o vendedor na origem, cujos principais estados são o Pará, Rondônia e Mato Grosso.

Como as informações são atualizadas em tempo real a possibilidade de fraude é descoberta rapidamente, e permite o Ibama agir corretamente de acordo com a irregularidade. Além do DOF, Carlos Henrique ressalta que o sistema trabalha em conjunto com a fiscalização nas rodovias na hora do transporte. “Apenas o sistema não é suficiente, é necessária a verificação de rua no transporte das cargas”. Algumas cargas são cadastradas como sendo de outra espécie, como numa apreensão feita em Bagé no qual o infrator tentava exportar castanheira com o nome de sapucaia.

Ao contrário do que se pensa, “não é apenas na Amazônia que existe transporte ilegal de madeiras tropicais. O Rio Grande do Sul é um centro consumidor, além de pólo exportador de madeiras tropicais através de seus vários portos aduaneiros (Rio Grande, Triunfo, Chuí, Jaguarão, Aceguá, Santana do Livramento, Quaraí, Uruguaiana e São Borja são os mais utilizados)”.

Diariamente o Ibama/RS recebe entre 20 e 30 ligações (nos dias de maior demanda) de dúvidas do preenchimento e utilização do DOF, e, além disso, no site www.ibama.gov.br existe o manual com todos os procedimentos e principais dúvidas sobre o documento.
Maria Helena Firmbach Annes

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Capacitação para manejo de fauna no Rio Grande do Sul

Porto Alegre (12/04/07) - Não por acaso, a efetiva implementação do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) foi citada mais de uma vez nesta quarta-feira (11), durante a abertura do III Curso de capacitação de agentes ambientais para manejo de fauna, que prossegue até sexta-feira (13), no auditório da Famurs. Com objetivo de capacitar agentes ambientais para manejo de fauna, o evento, promovido pela Superintendência do Ibama no Rio Grande do Sul com apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, reuniu mais de 50 pessoas, representantes de órgãos ambientais municiais, estaduais e federais, conforme a estrutura do Sisnama, que prevê a gestão compartilhada e descentralizada das três esferas de governo e a participação efetiva da sociedade na tomada de decisões. Estavam presentes agentes ambientais das secretarias municipal e estadual do Meio Ambiente, Polícia Ambiental, prefeituras de Viamão e Montenegro e do Ibama.

Foi o que defendeu o superintendente do Ibama/RS, Fernando da Costa Marques, que lembrou ainda o Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais (que inicia os cursos no RS no mês de maio) como exemplo de ações efetivas para fortalecer o Sisnama. Na mesma linha, o secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre, Beto Moesch disse que esta parceria vai permitir que os órgãos ambientais adotem um padrão para tratar as questões relativas à fauna.

A abertura do curso prosseguiu com uma explanação da chefe da Divisão Jurídica do Ibama/RS e da procuradora federal Maria Alejandra Bing, que fez uma resumo das repercussões jurídicas envolvendo ações ligadas à fauna e a necessidade de, “nestes casos”, buscar pareceres fundamentados em perícia técnica, para evitar os “achismos” . Além disso, segundo a procuradora, o Ibama sempre informa ao Judiciário, nas questões envolvendo posse de animais silvestres, a existência de excelentes criadouros no Estado, deixando claro onde considera mais adequado colocar animais retirados indevidamente do seu habitat.

Programa - Uma das responsáveis pela parte teórica do curso, a analista ambiental Cibele Indrusiak começou o programa falando sobre os objetivos das ações de manejo de fauna; das implicações na soltura dos animais e categorias de cativeiros. Cibele considera que a legislação e especificações técnicas do órgão ambiental existem porque (equivocadamente) existe demanda da sociedade por animais silvestres: “o problema está na demanda da sociedade por animais silvestres e exóticos”. Ela acredita que se estas são questões culturais e podem ser modificadas, como aconteceu com a farra do boi e a briga de galo, “se houver intervenção da sociedade”.

Tráfico de fauna e biopirataria foram assuntos, da tarde, tratados pelo responsável pela Divisão de Controle e Fiscalização (Dicof) do Ibama/RS, Fernando Falcão. Ele deu números à demanda da sociedade por transformar em PETs, os animais silvestres: em 2006, apenas na Dicof, 50% dos Autos de Infração emitidos foram de fauna e 25% relacionados à pesca, ou seja, 75% do total dos AI correspondem à fauna.

Na quinta-feira (12) o curso trata de manejo de mamíferos e manejo e conservação de carnívoros. Na sexta (13), aves e répteis e anfíbios são o tema do curso que encerra sábado (14), com a visita à um criadouro conservacionista, localizado na Região Metropolitana. No final do curso todos os participantes receberão um CD com a parte teórica das aulas.
Maria Helena Firmbach Annes

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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