Panorama
 
 
 

MARINA SILVA DIZ QUE O MUNDO JÁ VIVE EFEITO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

11/04/2007 - Gerusa Barbosa - A ministra Marina Silva afirmou nesta quarta-feira (11) que o mundo já está vivendo sob o efeito das mudanças climáticas, sendo a atividade humana responsável, em boa parte, pela aceleração do aquecimento global. "São verdades que já não há mais como esconder. Pela primeira vez, talvez, ocorra um certo 'estranhamento' entre o homem e sua obra", disse, ao proferir palestra sobre o tema Mudanças Climáticas e seus Impactos na Saúde, na aula inaugural na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), na Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Marina Silva disse que o Brasil está contribuindo em vários aspectos para enfrentar o problema das mudanças climáticas. Porém, segundo ela, será necessário o esforço global entre os países. "Se o Brasil reduzir em 100% nossas emissões de carbono na atmosfera e os países ricos não o fizerem, nós seremos afetados igualmente. Se o esforço não for conjunto, não temos como responder ao problema", alertou. No caso brasileiro, a ministra lembrou a redução de 52% na taxa do desmatamento na Amazônia obtida nos últimos dois anos. "Com isso, evitou-se o lançamento de 430 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, o que representa 15% de tudo o que os países ricos teriam que reduzir neste período".

Marina Silva falou sobre a proposta apresentada pelo Brasil na Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas, que prevê incentivos positivos aos países que reduzirem o desmatamento e as emissões de CO2. "Se essa proposta já tivesse sido aprovada pela Convenção, nossa redução teria trazido para o Brasil mais de 800 milhões de dólares em ajuda externa para podermos investir no combate ao desmatamento e em outras áreas ambientais do País", disse.

A ministra citou um conjunto de oito estudos técnico-científicos, encomendados pelo Ministério do Meio Ambiente, em 2003. Apresentado em fevereiro deste ano, os estudos investigaram o clima no Brasil no último século e fizeram previsões de mudanças climáticas para os próximos 100 anos e sua repercussão na biodiversidade da Amazônia, Pantanal, Ilha dos Patos (Rio Grande do Sul), na Caatinga, entre outros biomas brasileiros. Conforme a ministra, a pesquisa é integrada às ações do MMA, com vistas a preparar o governo para lidar com o fenômeno das mudanças climáticas.

Em sua palestra, Marina Silva mencionou os efeitos nocivos do aquecimento global previstos pelos estudos. Segundo eles, o fenômeno pode aumentar a incidência de doenças como malária e dengue mesmo em países desenvolvidos. Ela sugeriu uma aliança entre os saberes técnico-científico e o popular narrativo para enfrentar as mudanças climáticas e suas conseqüências. Para ela, a junção desses saberes contribuirá para a adaptação e o enfrentamento das vulnerabilidades, "sobretudo para mitigar os problemas".

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Conama vai à Marcha dos Prefeitos para reforçar cadastro de conselhos municipais
09/04/2007 - Rafael Imolene - O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) vai aproveitar a Marcha dos Prefeitos, em Brasília, para reforçar a necessidade da entrega da ficha cadastral dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente. A marcha, que começa nesta terça-feira (10) na capital do País, reunirá prefeitos de quase todos os municípios brasileiros, configurando-se em uma oportunidade para o Conama se aproximar das autoridades dispersas por todas as regiões.

Na semana passada, o Ministério do Meio Ambiente enviou um comunicado, assinado pela ministra Marina Silva, a cada uma das 5.563 prefeituras municipais do Brasil. Junto com o comunicado havia uma ficha cadastral requisitando informações sobre a situação de cada cidade em relação aos Conselhos Municipais de Meio Ambiente. O objetivo, segundo o Conama, é poder dimensionar o I Encontro Nacional de Conselhos da Área Ambiental, que será realizado nos dias 5 e 6 de julho, também em Brasília.

O prazo para a entrega da ficha cadastral, de apenas uma página, se esgota no dia 20 de abril. Assim, o MMA terá tempo suficiente para organizar o evento, cujo objetivo maior é formar a rede nacional de conselhos, incluindo municípios e estados. Do Encontro Nacional também surgirão propostas para serem apresentadas durante a reunião dos conselhos nacionais dos países da América do Sul, prevista para novembro.

Entre as informações requisitadas na ficha, o Conama pergunta se o conselho municipal é deliberativo, consultivo ou normativo, qual é a sua a composição, a periodicidade das reuniões e os contatos telefônicos. Assim que se esgotar o prazo, o Conama reunirá os dados ao implementar um Cadastro Nacional dos Conselhos da Área Ambiental.

Encontro Nacional - O I Encontro Nacional de Conselhos da Área Ambiental será organizado em uma parceria do Conama com o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), e o Departamento de Articulação Institucional do MMA (DAI). O encontro reunirá representantes de conselhos nacionais, estaduais e municipais do setor, assim como comitês de bacia hidrográfica, com a finalidade de gerar um intercâmbio de experiências e um debate sobre a participação social na gestão ambiental.

Na Marcha dos Prefeitos, o Ministério do Meio Ambiente estará presente em um estande montado nas dependências do Hotel Blue Tree. Lá poderão ser entregues as fichas cadastrais enviadas pelo MMA. Mais informações sobre o cadastro poderão ser obtidas na Secretaria Executiva do Conama, pelo telefone (61) 4009-1433 ou pelo e-mail: conama@mma.gov.br

Grupo reforça apoio ao MacroZEE da Amazônia Legal

12/04/2007 - Aida Feitosa - O Ministério do Meio Ambiente debateu, entre os dias 11 e 12, com representantes do zoneamento ecológico-econômico dos estados da Amazônia Legal os detalhamentos do mapa integrado da região e estruturação das bases cartográficas 1:100.000 da localidade. Foi a primeira reunião de 2007 promovida pelo Grupo de Trabalho do Macrozoneamento da Amazônia Legal, coordenado pelo Programa ZEE do Ministério do Meio Ambiente.

Para o coordenador do Programa do MMA, Marcos Del Prette, o encontro reafirma a continuidade do apoio ao trabalho dos estados. Segundo ele, o Macrozoneamento da Amazônia Legal se articula com vários instrumentos de políticas públicas, como das áreas agrícola, ambiental e fundiária.

O mapa integrado dos ZEE dos estados, disponível no site do MMA, é um dos produtos do MacroZEE da Amazônia Legal. A expectativa, segundo Del Prette, é que ainda este ano sejam disponibilizados links com detalhes específicos dos mapas por estado.

No encontro, o grupo decidiu incorporar os estados do Tocantins e do Maranhão ao Projeto Carajás, feito até então pelo Pará. O projeto de zoneamento de fronteira, com a integração do estado do Amazonas, será um dos produtos elaborados pelo grupo.

Sociedade se organiza para disputar vagas no conselho do FNMA

11/04/2007 - Organizações ambientalistas de Norte a Sul do País começam esta semana a se articular para concorrer às cinco vagas que serão abertas para representantes da sociedade civil no Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA). Na terça-feira (10), em Brasília, o conselho instituiu a comissão eleitoral que conduzirá o processo de escolha dos novos conselheiros para o biênio 2007/2009.

A comissão deverá elaborar o edital com os prazos para as candidaturas e os critérios de classificação. O atual representante da região Norte no conselho, Écio Rodrigues, da Associação Andiroba, do Acre, acredita que a mobilização no norte do país deverá começar pela atualização do cadastro das instituições regionais junto ao Conselho Nacional de Entidades Ambientalistas (CNEA). "É importante estar com os endereços atualizados para o recebimento das correspondências oficiais e cédulas eleitorais, que são enviadas pelos Correios", alertou Rodrigues.

Na região Sul, um acordo entre as entidades ambientalistas dos três estados (PR, SC e RS) promove um sistema rotativo entre os representantes da sociedade civil no Conselho Deliberativo do FNMA. O atual representante do Sul e membro da Associação Catarinense de Preservação da Natureza, Elias João de Melo, disse que na região existe um entendimento sobre a importância e a forma de participação civil no FNMA. "Não há concorrência; há concordância", disse ele.

"A mobilização que se dará para a indicação das entidades ajudará a promover o debate sobre as formas de participação da sociedade civil na escolha dos projetos e iniciativas socioambientais apoiados pelo governo por meio do principal fundo público de financiamento do país", disse Elias Araújo, diretor do FNMA.

Composição - O Conselho Deliberativo do FNMA é composto por 17 membros e respectivos suplentes. A partir de 2006, o conselho atingiu a paridade entre governo e sociedade. O governo federal tem três representantes do Ministério do Meio Ambiente, dois do Ibama, um da Agência Nacional de Águas e um do Ministério do Planejamento.

A Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) e a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma) representam, respectivamente, os governos estaduais e municipais no âmbito do conselho. A sociedade civil também participa do órgão por meio de cinco entidades ambientalistas representantes das regiões geográficas do país e também do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama); Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (FBOMS).

Atualização do endereço no CNEA - Para que as entidades interessadas em participar do processo de escolha dos novos conselheiros possam receber as informações e as cédulas eleitorais, os endereços devem estar atualizados no CNEA. A atualização poderá ser feita pelo e-mail: conama@mma.gov.br ou ainda por meio do endereço do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama: Esplanada dos Ministérios - Bloco B - Sala 633 - Brasília - DF - CEP: 70.068 901.
Fonte: FNMA

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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