Panorama
 
 
 

NORDESTE SERÁ REGIÃO MAIS AFETADA PELO AQUECIMENTO GLOBAL, DIZ MARINA SILVA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

11 de Abril de 2007 - Adriana Brendler - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A população do Nordeste será a mais afetada no país pelas mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global, de acordo com o a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A afirmação foi feita na aula inaugural na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro, quando também previu o avanço da malária e da dengue no país como conseqüência das alterações climáticas previstas para as próximas décadas por cientistas de todo o mundo.

Segundo a ministra, o enfretamento do problema no Brasil depende de um esforço global entre os países. “No caso brasileiro, se reduzirmos 100% nossas emissões de carbono e os países ricos não reduzirem o que eles emitem, nós seremos afetados igualmente. Se não for todos juntos, não tem como responder ao problema”, alertou.

A ministra lembrou que nos últimos dois anos o Brasil reduziu em 51% o desmatamento, que é a maior fonte de emissão de gás carbônico (CO2) no país. “Isso significou uma redução de 430 milhões de toneladas de CO2 nos últimos dois anos, que representa 15% de tudo o que os países ricos teriam que reduzir neste período”.

Já a coordenadora do Programa de Mudanças Ambientais Globais e Saúde da ENSP, Diana Marinho, acredita que além de ações governamentais, as mudanças climáticas vão exigir a conscientização da população. A pesquisadora explicou que a alta da temperatura no planeta deve ocasionar verões mais longos e aumento de fenômenos extremos como grandes secas e chuvas intensas, gerando inundações.

Segundo ela, o calor poderá causar problemas respiratórios e as chuvas favorecerem a disseminação de mosquitos e roedores transmissores de doenças como a leishmaniose, leptospirose, hantaviruse, malária, dengue e o cólera. “O que está previsto é um aumento da temperatura e mais espaçamento entre as chuvas, que virão em grande volume. Se a população não tiver consciência de evitar os lixos, de evitar materiais que propiciam criadouros [de mosquitos, de ratos], nós vamos ter explosões de doenças. Então, não é só questão de a gente pensar no aquecimento em si, mas uma questão de comportamento da própria sociedade. Hoje em dia a gente faz campanha de combate ao dengue e as pessoas estão sempre cometendo os mesmos erros”.

Ela destacou também a necessidade de ações do poder público, principalmente na área de saneamento básico, e afirmou que o controle das vulnerabilidades às mudanças climáticas pressupõe um conjunto de fatores. “A evolução desse processo vai levar em conta um conjunto de situações: as doenças e seus vetores, o comportamento da sociedade e ação política que tem que ser feita”.

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Mercosul discute protocolo de produção e consumo sustentáveis

9 de Abril de 2007 - Antonio Arrais - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Começará a ser discutido, a partir de amanhã (10), em Assunção, Paraguai, pelo subgrupo de trabalho do Meio Ambiente do Mercosul, o protocolo comum do bloco sobre políticas de produção e consumo sustentáveis, a ser firmado até sábado (14) entre os quatro países-membros - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A Venezuela, que aderiu ao Mercosul quando o protocolo já estava em andamento, deverá aderir ao que for aprovado pelos outros países.

Os termos do protocolo vêm sendo discutido pelos quatro países desde o ano passado, quando da realização de um seminário, em Brasília, que debateu o posicionamento dos países-membros do Mercosul, e cada país submeteu, posteriormente, suas posições às entidades ambientalistas, para sugestões.

No Brasil, cerca de trezentas entidades foram consultadas e apresentaram sugestões, acatadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e que constam do documento brasileiro, fechado em novembro passado, segundo informou Hélio Lobo, técnico da Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério do meio Ambiente.

A reunião desse subgrupo de trabalho servirá para a elaboração do documento final, que representará a posição conjunta do Mercosul, contando com a posição de cada um dos quatro países. Representando o MMA seguiram hoje (9) para Assunção Marília Marreco, diretora de Programa da Secretaria de Qualidade Ambiental, e José Alfredo Araújo, consultor da agência de cooperação alemã do Projeto Cyma (Competitividad y Medio Ambiente).

Dentre os principais objetivos do protocolo, está o de promover políticas de produção e consumo dos setores produtivos, em especial as micro, pequenas e médias empresas.

Três definições estão previstas no documento levado pelos representantes brasileiros para o encontro de Assunção, para nortear o protocolo comum sobre políticas de produção e consumo sustentáveis do Mercosul: 1) o uso de produção mais limpa, por meio de uma estratégia ambiental preventiva e integrada, a fim de melhorar a eficiência e reduzir os riscos à saúde; 2) integração das variáveis econômicas, ambientais e sociais na produção; e 3) estímulo ao uso de bens e serviços que proporcionem qualidade de vida e, ao mesmo tempo, minimizem o uso de recursos naturais.

Além da definição do protocolo do Mercosul, o subgrupo de trabalho discutirá também o sistema de informação ambiental, gestão ambiental de substâncias e produtos químicos, proteção e gestão da base de recursos naturais para o desenvolvimento econômico e social, além de outros temas.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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