11/04/2007 - A Secretaria
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
apresenta alternativas eficazes para a preservação
dos recursos naturais da Terra e reduzir a
emissão de gases causadores do efeito
estufa, durante a 47.ª Exposição
Agropecuária e Industrial de Londrina.
A trilha “Vamos Mudar de Atitude”, instalada
na Via Rural e aberta diariamente até
as 18 horas, mostra, passo a passo, o que
fazer para recuperar o equilíbrio do
planeta. A exposição segue até
o próximo dia 15.
“O Governo do Paraná
tem dado forte contribuição
para a proteção e recuperação
do meio ambiente: será um dos primeiros
estados a definir uma política clara
no âmbito das mudanças climáticas
e realiza ações alinhadas ao
Protocolo de Kyoto por meio dos Programas
Paraná Biodiversidade, Mata Ciliar
e Desperdício Zero”, destacou o secretário
do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues. Segundo
o secretário, mais do que nunca este
é o momento de mostrar à população
a importância de ações
para interromper a degradação
do meio ambiente e reduzir os impactos do
aquecimento global.
Em um ambiente lúdico
e acolhedor, toda a área florestal
da Via Rural foi transformada em 10 estações,
que mostram técnicas de reaproveitamento
de água, construção de
aquecedor solar com materiais recicláveis
e controle de pragas em lavouras sem uso de
agrotóxicos.
Percurso – Na primeira etapa,
foi montada uma estação de água
com uma cisterna de 5 mil litros, mostrando
como coletar água da chuva a partir
do telhado de uma casa construída com
material reciclável. A água
coletada é submetida a uma pré-filtragem
e depois reutilizada na irrigação
de um pomar de jabuticabas. Neste mesmo espaço,
o visitante vê o volume de água
desperdiçado durante banho rotineiro:
um chuveiro ligado por 30 minutos consome,
aproximadamente 500 litros de água.
Posteriormente, técnicos
e pesquisadores do Instituto Ambiental do
Paraná e Iapar – Instituto Agronômico
do Paraná, ensinam práticas
para controle biológico e controle
de pragas em lavouras, sem o uso de agrotóxicos
ou uso de técnicas agressivas ao meio
ambiente.
Em relação
à redução no consumo
de energia, a trilha traz o aquecedor solar,
construído a partir de embalagens pet
(refrigerantes) e caixas de leite longa-vida,
que fornece água quente de graça
para o consumidor. Os interessados em aprender
a montar os aquecedores podem participar de
oficinas que oferecidas no local pela Secretaria
de Estado do Meio Ambiente. Além do
aquecedor, foram instalados aparelhos eletrodomésticos
como ar condicionado, geladeira e lâmpadas
incandescentes e fluorescentes. A idéia
é mostrar, por meio de termostatos,
como reduzir o consumo de energia doméstica.
O IAP, por sua vez, alerta
os visitantes para a necessidade de proteção
à fauna, expondo no trajeto da trilha
materiais apreendidos para captura de animais
como, por exemplo, arapucas, tarrafas e redes
de pesca que geram muitas vezes a extinção
de algumas espécies. O Sistema de Proteção
a Fauna (Sisfauna), projeto pioneiro criado
pelo governo do Paraná, é divulgado
nesta etapa da trilha.
Já a importância
da redução nos níveis
de desmatamento é demonstrada por meio
da madeira certificada - vinda de reflorestamento
ou de florestas com manejo sustentável.
O uso de madeira certificada tem sido estimulado
pelo governo do Paraná, sugerindo ao
consumidor que exija selo de certificação
ao adquirir madeira, móveis e objetos
de uso doméstico. Por outro lado, o
reflorestamento com o plantio de espécies
nativas está incluído na trilha,
que possui um viveiro utilizado para produção
de mudas para o Programa Mata Ciliar. No local
são repassadas informações
sobre como obter mudas e formas de plantio.
Ao final, o visitante recebe um tubete ecológico,
produzido a partir de substrato e semente
de espécies nativas para plantio individual.
Cidades – O impacto das
atividades humanas e a sua contribuição
para o aquecimento global, pode ser visto
na trilha. O uso de calçadas ecológicas
é apresentado como alternativas à
impermeabilização e retirada
de vegetação para construção
de ruas, avenidas e construções
urbanas nas cidades. Estas calçadas,
com uso de tijolinho permeável e áreas
de grama, permitem aumentar a infiltração
da água de chuva no subsolo, contribuindo
para a recarga de água dos lençóis
subterrâneos.
Já os problemas resultantes
da má disposição de resíduos,
é abordado de maneira didática.
Os visitantes visualizam, nessa estação,
a quantidade de resíduos gerados por
um cidadão em um período de
um mês, três meses e seis meses.
Aliado a isso, o quanto se reduz a poluição
ao reciclar a quantidade de lixo gerada.
Ao final da trilha a Secretaria
apresenta móveis em vários estilos,
construídos com materiais e madeira
recicláveis e bloquetes fabricados
a partir de entulhos da construção
civil.
IAP treina gestores da Área
de Proteção Ambiental da Serra
da Esperança
11/04/2007 - O Instituto
Ambiental do Paraná (IAP) promoveu
nesta terça-feira (10), em Irati, um
treinamento para os representantes do município
no Conselho Gestor da Área de Proteção
Ambiental (APA) da Serra da Esperança.
A APA ocupa 206 mil hectares em dez municípios
da região Centro-Sul do Estado.
O curso teve com o objetivo
auxiliar a atuação dos representantes
do município no Conselho, que está
em fase de seleção de seus integrantes.
“O treinamento aborda constituição,
funcionamento e atribuições
do conselho da Unidade de Conservação,
além de oferecer informações
sobre a construção do plano
de manejo. Este trabalho de preparação
com certeza enriquecerá a participação
dos representantes nas decisões do
Conselho”, destacou o presidente do IAP, Vitor
Hugo Burko.
O treinamento também
vem sendo realizado com representantes de
Guarapuava, Prudentópolis, Inácio
Martins, Rio Azul, Mallet, Cruz Machado, Paulo
Frontin, Paula Freitas e União da Vitória
- os outros municípios abrangidos pela
APA. O trabalho para formação
do Conselho Gestor começou em maio
do ano passado, quando foram realizadas reuniões
abertas à comunidade para apresentação
do projeto da APA e seleção
de representantes. “Nestas reuniões
foram apontados os primeiros integrantes do
Conselho, que agora participam deste treinamento”,
disse Burko.
A expectativa é que
35 representantes de comunidades, instituições
e prefeituras dos dez municípios abrangidos
pela APA, além de técnicos de
três escritórios regionais do
IAP, componham o Conselho, que terá
como uma das principais atribuições
acompanhar a elaboração e aprovar
do plano de manejo da Área de Proteção
Ambiental da Serra da Esperança.
Burko explica que o plano
de manejo determina quais atividades podem
ser realizadas dentro da APA, além
de estabelecer normas e restrições
para uso do solo, por exemplo. “Áreas
de proteção ambiental são
unidades de conservação de uso
sustentável, onde o objetivo principal
é a preservação e conservação
dos recursos naturais O plano também
estabelece em que áreas podem ser desenvolvidas
algumas atividades, desde que de caráter
sustentável, como ecoturismo e agricultura
orgânica”, afirma.
O gerente da APA, Germano
Toledo Alves, destaca que os objetivos desta
Unidade de Conservação são
a proteção dos solos, cachoeiras
e mananciais de abastecimento público;
o manejo sustentável dos recursos naturais;
a educação ambiental e o resgate
do patrimônio genético de espécies
florestais raras ou ameaçadas de extinção,
como araucária, imbuia e canela-sassafrás.
“Durante o período
de treinamento dos conselheiros continuaremos
promovendo palestras abertas à comunidade,
que abordam as características sócio-ambientais,
objetivos e perspectivas da APA. Desta forma
garantimos a participação e
informação de toda a sociedade
sobre o processo de gestão da área”,
disse Alves. A formação do Conselho
Gestor da APA é orientada pelo IAP
em parceria com a Organização
Não-Governamental (ONG) Mater Natura,
com apoio da organização mundial
The Nature Conservancy (TNC).