12-04-2007 - São
Paulo - Das 109 empresas que compõem
o guia do Greenpeace, 68 estão na lista
verde, entre os quais gigantes da indústria
alimentícia como Nestlé, Parmalat,
Unilever, Sadia e Perdigão.
A Yakult, que produz uma
grande variedade de bebidas, passou a adotar
uma política para garantir que seus
produtos não contenham transgênicos.
Com isso, ela passou da lista vermelha (indústrias
que não garantem produtos sem transgênicos)
para a verde (empresas que dão garantias
de uma produção livre de transgênicos)
do Guia do Consumidor, do Greenpeace.
Das 109 empresas que compõem
o Guia, 68 estão na lista verde. Além
das novas adesões, estão nesta
lista gigantes da indústria alimentícia
como Nestlé, Parmalat, Unilever, Sadia
e Perdigão, entre outras. Já
outras gigantes como Bunge, Cargill, Garoto
e Vigor continuam na lista vermelha, pois
não assumiram o compromisso de levar
aos consumidores brasileiros alimentos livres
de transgênicos.
“A mudança de política
de empresas como a Yakult demonstra que a
opinião dos consumidores brasileiros
vem sendo cada vez mais respeitada pela indústria
de alimentos. Das 53 empresas da primeira
edição do Guia, 74% estavam
na lista vermelha. Agora, essa porcentagem
caiu para 38%”, declarou Gabriela Vuolo, coordenadora
da campanha de engenharia genética
do Greenpeace.
Além da pressão
dos consumidores, muitas companhias já
perceberam que a produção e
a comercialização de produtos
sem transgênicos pode ser uma alternativa
econômica vantajosa. É o que
mostra o “Relatório Brasileiro de Mercado:
a Indústria de Alimentos e os Transgênicos”,
lançado pelo Greenpeace em julho de
2006. O estudo se baseia no depoimento de
dez fabricantes de alimentos (Batavo, Brejeiro,
Caramuru, Ferrero, Imcopa, Josapar, Perdigão,
Sadia, Sakura e Unilever) e três redes
varejistas (Carrefour, Pão de Açúcar
e Sonae) que adotaram uma política
não-transgênica.
O relatório mostra
também que, apesar de ser difícil
mensurar o retorno de marketing ou imagem
decorrente da adoção dessa prática,
nenhuma das empresas consultadas quis ter
seu nome associado aos produtos transgênicos
e todas temem a rejeição dos
consumidores.