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ARGENTINA E URUGUAI RETOMAM NEGOCIAÇÃO SOBRE FÁBRICA NA FRONTEIRA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

20 de Abril de 2007 - Julio Cruz Neto - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Argentina e Uruguai assinaram hoje (20), nos arredores de Madri, um acordo que reabre as negociações sobre o conflito em torno da construção de fábricas de papel na fronteira, às margens do rio Uruguai. O encontro entre delegações dos dois governos foi intermediado pela Coroa Espanhola. E terá seqüência em maio, em lugar a ser definido, informa a agência argentina Télam.

Por causa das indústrias Ence (da Espanha) e Botnia (da Finlândia), o governo argentino acusa o país vizinho de violar acordos que regulam a exploração do rio e danificar o meio ambiente. O Uruguai alega que os projetos seguem padrões internacionais e vão proporcionar empregos e investimentos na região: US$ 1,7 bilhão. O caso foi parar na Corte Internacional de Haia e, agora, em mesas de negociação espanholas.

O acordo estipula quatro pontos de discussão: reposicionamento da planta de Botnia, circulação pelas rotas e pontes que unem os dois países – algumas foram interrompidas por manifestantes –, aplicação do Estatuto do Rio Uruguai, proteção ambiental e desenvolvimento sustentável.

O estatuto, firmado em 1975 para permitir um "ótimo e racional aproveitamento do rio”, como estipula o artigo 1º, é usado nesta disputa pelo Estado argentino, que invoca os seguintes artigos: 7 a 12 (regime de comunicações e inspeções frente a qualquer obra que possa afetar a qualidade das águas); 41 (compromisso de prevenir a contaminação das águas); 42 (responsabilidade por danos de um país perante o outro por contaminação que as atividades causem); 60 (jurisdição da Corte Internacional de Haia para resolver qualquer conflito). A informação está na enciclopédia virtual Wikipedia.

O chanceler da Argentina, Jorge Taiana, qualificou como “muito positivo” o acordo e disse que os dois países vão caminhar “passo a passo” rumo à solução da controvérsia. Ele chamou de “silenciosa mas muito frutífera” a mediação do facilitador espanhol, Juan Antonio Yañez Barnuevo.

Barnuevo afirmou: “O importante é que as partes [Argentina e Uruguai] reencontraram o caminho do diálogo”. “Não se deve dissimular as dificuldades que ainda persistem, mas também é preciso dizer que me sinto muito estimulado pela atitude construtiva das partes”.

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Na presença do rei da Espanha, argentinos e uruguaios tentam resolver conflito ambiental

19 de Abril de 2007 - Julio Cruz Neto - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Quase 200 anos após sua independência, Argentina e Uruguai tiveram de recorrer à Coroa Espanhola para resolver um conflito entre as duas nações. Os governos dos dois países cruzaram o Atlântico para dialogar sobre uma disputa que já dura mais de um ano. Com mediação do rei Juan Carlos, da Espanha, delegações dos dois países discutiram hoje (19), em Madri, a polêmica instalação de fábricas de papel do lado uruguaio da fronteira, às margens do rio Uruguai.

Por causa das indústrias Ence (da Espanha) e Botnia (da Finlândia), o governo argentino acusa o país vizinho de violar acordos internacionais que regulam a exploração do rio e danificar o meio ambiente. O Uruguai alega que os projetos seguem padrões internacionais e vão proporcionar empregos e investimentos na região: US$ 1,7 bilhão. Ligações entre os países foram bloqueadas e a questão foi parar na Corte Internacional de Haia.

A Agência Télam informa que a delegação argentina ficou grata ao monarca espanhol não só pela oportunidade de sentar-se à mesa com os uruguaios, mas pelo fato de ter resolvido o problema da Ence. “Isso reduziu o conflito pela metade”, disse uma fonte oficial – sem detalhes de como a questão foi solucionada.

O encontro, que durou aproximadamente uma hora, “excedeu o tempo previsto no protocolo, algo que não é comum”, segundo a fonte. “Sempre que há diálogo, há esperança”, concluiu.

Ontem, delegados dos dois países tiveram uma reunião preliminar. O chanceler argentino, Jorge Taiana, disse em entrevista que os negociadores de seu país ficaram “moderadamente otimistas”.

“É o primeiro passo de um processo que confiamos que vai continuar”, afirmou Taiana. “Insistimos na posição que defendemos em Haia, de solicitar o reposicionamento da planta de Botnia, mas não entramos em detalhes”.

O chanceler uruguaio, Reinaldo Gargano, afirmou estar de “espírito aberto”, com perspectiva de que a reunião “tenha êxito”. Disse que “a agenda está aberta e se definirá nos próximos dias”. Mas frisou que “não se falou em corte de rotas nem reposicionamento [de Botnia], porque não era o lugar”. “Vamos trabalhar no tempo necessário para conseguir um acordo”.

A Télam observa que o clima de boa vontade ficou evidenciado pela maneira como os integrantes das duas delegações se trataram.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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