Panorama
 
 
 

1ª CÚPULA SUL-AMERICANA DE ENERGIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

Brasil renegocia com a Venezuela venda de etanol, diz assessor da Presidência

16 de Abril de 2007 - Flávia Peixoto - Repórter da TV Brasil - Ilha Margarita (Venezuela) - O assessor da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse hoje (16) que o governo brasileiro está renegociando a venda do etanol para a Venezuela. Garcia participa da 1ª Cúpula Energética Sul-Americana.

“Nós vendemos etanol e vamos continuar vendendo etanol para a Venezuela para que incorpore cerca de 10% do etanol. As críticas sobre a produção do etanol estão atenuadas em certa medida. O acordo já está sendo refeito e agora é simplesmente uma questão de preço. Este tom de debate que apareceu em determinado momento está mais calmo, a discussão está mais racional e menos emocional.”

De acordo com o assessor da Presidência, “existe uma falsa oposicão entre biocombustíveis e combustíveis fósseis”. O governo brasileiro defende que não há incompatibilidade. “Se juntarmos biocombustível, gás, petróleo, recursos hídricos e outros recursos energéticos vamos nos dar conta de que a América do Sul será a maior potência do mundo”, defendeu Marco Aurélio Garcia.

Ele argumentou que a produção de biocombustíveis não ameaça a produção de alimentos. “Ninguém deixa de comer por falta de alimento e, sim, por falta de renda.”

Segundo Garcia, a estimativa é de que a produção de alimentos hoje permitiria nutrir 12 bilhões de pessoas, o dobro da população mundial. Ele admitiu, entretanto, que determinadas formas de produção do biocombustivel podem reduzir a produção e elevar o preço de alimentos.

“Mas a cana é mais produtiva que o milho”, afirmou o assessor da Presidência, ressaltando a opção brasileira por produzir etanol a partir da cana. Nos Estados Unidos, o milho vem sendo mais utilizado.

De acordo com Marco Aurélio Garcia, o documento final da Cúpula Energética Sul-Americana fará menção à questão dos alimentos para todos os combustíveis e, não só para o etanol e outros biocombustíveis. Durante entrevista coletiva, o assessor da Presidência disse ainda não que há e não haverá uma invasão da Amazônia para produzir biocombustível.

“O Brasil vai produzir cana com respeito ambiental e respeito ao trabalhador, de acordo com as regras da Organização Internacional do Trabalho. Não queremos obrigar ninguém a produzir biocombustível. Cada país saberá a forma como quer utilizar os biocombustíveis. O Brasil tem a tecnologia e pode contribuir.”

Declaração final de Isla Margarita defende união para produzir biocombustíveis

19 de Abril de 2007 - Mylena Fiori - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A América do Sul unirá esforços para que a produção de biocombustíveis se torne instrumento de promoção do desenvolvimento social, tecnológico, agrícola e produtivo da região. O compromisso consta na declaração final da Cúpula Energética da Comunidade Sul-Americana de Nações, encerrada ontem em Isla Margarita, na Venezuela. Assinam o documento chefes de estado e de governo e ministros da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai, Suriname e Venezuela.

Na declaração conjunta, os 12 países acordam “impulsionar o desenvolvimento das energias renováveis, já que cumprem um papel importante na diversificação da matriz de energia primária, na segurança energética, na promoção do acesso universal à energia e na preservação do meio ambiente”.

Os dirigentes sul-americanos também destacam a integração energética como ferramenta para promover o desenvolvimento social, econômico e a erradicação da pobreza, diminuir as assimetrias existentes na região e avançar em direção à unidade sul-americana. Nesse sentido, comprometem-se a promover, por meio de investimentos conjuntos, o desenvolvimento e a expansão da infra-estrutura de integração energética da região e a realização de pesquisas conjuntas em matéria energética.

Outro compromisso assumido pelos países sul-americanos refere-se à cooperação entre as empresas petrolíferas nacionais, incluindo a industrialização dos hidrocarbonetos e as transações comerciais de recursos energéticos. Os dirigentes sul-americanos assinalam, ainda, a importância de garantir a compatibilidade entre a produção de todas as fontes de energia, a produção agrícola, a preservação do meio ambiente e a promoção e defesa de condições sociais e trabalhistas dignas no setor de produção de energia.

Por fim, criam o Conselho Energético da América do Sul, integrado pelos Ministros de Energia de cada país, para que apresentem uma proposta de diretrizes da Estratégia Energética Sul-Americana. A proposta será discutida na III Cúpula Sul-Americana de Nações.

Participaram da Cúpula Energética os presidentes de Argentina, Néstor Kirchner; Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; Bolívia, Evo Morales; Colômbia, Alvaro Uribe; Chile, Michelle Bachelet; Equador, Rafael Correa; Paraguai, Nicanor Duarte, e Venezuela, Hugo Chávez; o vice-presidente uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, o ministro delegado de Suriname, Gregory Rusland e o primeiro-ministro da Guiana, Sam Hinds.

Cúpula Energética sul-Americana começa com parceria entre Brasil e Venezuela

15 de Abril de 2007 - Flávia Peixoto - Repórter da TV Brasil - Ilha Margarita (Venezuela) - Mesmo com a discórdia sobre o tema etanol, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende e o presidente Hugo Chávez combate, a 1ª Cúpula Energética Sul-Americana começa com uma parceria entre os dois governos.

Antes chegar à Ilha Margarita, na Venezuela, Lula e Chávez anunciam na manhã desta segunda-feira (16), no município de Barcelona, estado de Anzoátegui, a construção do Complexo Industrial de Jose, que marca o início de um projeto petroquímico conjunto que será desenvolvido naquele estado venezuelano.

Lula é esperado na ilha venezuelana por volta das 15h (horário de Brasília). Segundo o Itamaraty, acompanham o presidente o chanceler Celso Amorim, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli. O assessor da presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, chegou hoje (15) à Ilha Margarita.

No avião de Lula também virá o presidente do Paraguai, Nicanor Duarte. Dos 12 chefes de Estado da Comunidade Sul-Americana de Nações, somente o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, anunciou que não comparecerá.

Também há dúvidas sobre a presença da presidente chilena, Michelle Bachelet, devido a recentes declarações do presidente anfitrião, Hugo Chávez, contra o Senado do Chile. Parlamentares deste país aprovaram uma resolução contra o governo venezuelano por ter anunciado o cancelamento da concessão da RCTV - Radio Caracas Televisión.

Os governos de Brasília e de Caracas planejam construir juntos o gasoduto do Sul, uma parceria que também envolve Argentina e Bolívia. Trata-se de um duto que levará gás por mais de 12.500 quilômetros entre a Venezuela e a Patagônia argentina.

Hoje (15), no Hotel Hilton de Ilha Margarita, local onde se realiza a reunião, altos funcionários dos governos dos 12 países participaram de uma reunião preparatória sobre os pontos que deverão constar na declaração a ser firmada pelos chefes de Estado ao final do encontro, na terça-feira (16). Na reunião a portas fechadas, o Brasil foi representado pelo secretário-executivo do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimaraes.

A cúpula de Ilha Margarita pretende discutir o fortalecimento da integração regional em matéria de eletricidade, hidrocarbonetos, biocombustíveis e fontes alternativas de energia. O desenvolvimento social, o combate a pobreza e a proteção ao meio ambiente deverão estar na pauta da cúpula como metas a serem alcançadas com a ajuda econômica resultante da integração energética dos países da América do Sul.

Países sul-americanos devem se integrar para superar dificuldades no setor energético, diz Lula

16 de Abril de 2007 - Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (16) que a 1ª Cúpula Energética da Comunidade Sul-Americana de Nações, que começa hoje (16) na Venezuela, tem de estudar formas para que as nações possam se integrar para superar dificuldades no setor energético.

Lula embarca, agora de manhã, para Ilha Margarita, na Venezuela, onde será realizado o evento, que deverá reunir 10 mil pessoas de 12 delegações sul-americanas. “A nossa idéia é que a gente possa ter um diagnóstico correto da dificuldade de cada país na questão energética. Com esse diagnóstico correto na mão, nós então apresentamos uma proposta do que fazer conjuntamente, onde arrumar dinheiro, qual projeto nós vamos ter para que a gente tenha uma integração”, afirmou, no programa de rádio Café com o Presidente.

“Essa reunião é, para mim, importante na medida em que ela pode definir o que vai ser a América do Sul para os próximos dez, 15 ou 20 anos”, completou.

O presidente citou formas de como um país pode ajudar o outro. Segundo ele, o Brasil, por exemplo, quando tiver energia excedente poderá vender para quem sofre desabastecimento. "Quando tiver muita chuva em um país que tiver energia, nós poderemos estar utilizando a energia deles. Quando lá chover pouco e aqui chover muito e a gente tiver energia em excesso, a gente pode passar energia para eles".

Lula destacou pontos fortes de algumas nações sul-americanas no setor energético, como as grandes reservas de gás da Bolívia, as jazidas de petróleo da Venezuela e a produção de biodiesel no Brasil. “A sociedade vai ganhar mais tranqüilidade, mais certeza de que nós vamos ter energia suficiente para atender a demanda da sociedade e a demanda do crescimento econômico desses países”, afirmou.

Na Cúpula em Ilha Margarita, chefes de Estado e ministros vão debater sobre gás, petróleo, biocombustíveis, projetos de coordenação conjunta de políticas energéticas (Petroamerica, Petrosur, Petrocariben e Petroandina) e de financiamento da infra-estrutura de integração energética (Banco do Sul, IIRSA - Iniciativa para Integração Regional Sul-Americana, e CAF - Corporação Andina de Fomento). O encontro termina amanhã (17).

Lula afirma que cúpula energética é importante para o futuro da América do Sul

17 de Abril de 2007 - Flávia Peixoto - Enviada especial - Ilha Margarita (Venezuela) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou a 1ª Cúpula Energética dos Chefes de Estado da Comunidade Sul-americana de Nações (Casa) uma reunião importante para o futuro da América do Sul. “Nós consolidamos a união da América do Sul. Nós fizemos, pela primeira vez, uma discussão muito forte sobre o tema energético”, afirmou o presidente em entrevista. O presidente anunciou que os chefes de Estado do continente querem criar uma comissão de política energética da América do Sul.

O presidente Lula ressaltou que o potencial de energia elétrica da América do Sul é equivalente a todas as reservas de petróleo que existem no mundo: “Um potencial extraordinário, que por falta de discussão nós não aprofundamos. E agora eu acho que vamos discutir com mais clareza todo o potencial de gás, todo potencial de petróleo, todo potencial de [energia] eólica, de biodiesel e de energia hídrica, para que a gente possa dar ao nosso continente uma dimensão para se desenvolver”.

O presidente afirmou que não há nenhum mal-estar com relação à produção de etanol, acrescentando que na declaração final da cúpula consta o reconhecimento à política de combustíveis renováveis. “Só para você ter idéia, países como a Venezuela estão comprando etanol do Brasil”, comentou.

O presidente Lula disse ainda que não se discutiu a criação do Banco do Sul. “É preciso definir, antes de qualquer coisa, o que é esse Banco do Sul; para que ele serve, se ele é banco que tem a finalidade do FMI, se tem a finalidade do Banco Mundial, do BNDES. Primeiro é preciso definir para que nós queremos um banco, qual a sua finalidade, para depois saber se compensa participar ou não”.

Lula disse que a criação do Banco do Sul não consta da declaração final da cúpula.

Presidente afirma que países podem produzir biocombustível sem ameaçar produção de alimentos

16 de Abril de 2007 - Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (16) que os países podem produzir biocombustíveis sem afetar as plantações de alimentos, ao contrário do que pensam os presidentes de Cuba, Fidel Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez.

Castro e Chávez vêm criticando o incentivo à fabricação de combustível alternativo, defendida pelo Brasil, pois poderia diminuir a produção de alimentos e aumentar a fome no mundo. Para Lula, as atividades podem ocorrer simultâneamente. Ele reconhece, porém, que é preciso uma política de Estado sobre o assunto.

“Nós temos uma imensidão de um território, não apenas no Brasil, mas em todos os países da América do Sul, na África, que poderão tranqüilamente combinar a produção de oleaginosa [matéria-prima para o biodiesel] para produzir o biodiesel e de cana para produzir o etanol, e ao mesmo tempo, produzir alimento. O que nós precisamos é ser racionais, trabalhar com muito cuidado nisso. Nós temos que ter uma política de Estado, orientando onde vai ser produzido, que tipo de coisa vai ser utilizada. Isso nós estamos tratando com o maior carinho; pelo menos, no caso do Brasil, nós não temos essa preocupação”, disse Lula, no programa de rádio Café com o Presidente.

Ele afirmou que não conhece a “base técnica ou científica das críticas”, mas espera ter oportunidade de discutir o assunto. Apesar das divergências sobre etanol e biodiesel, os presidentes Lula e Hugo Chávez anunciam hoje (16), no município de Barcelona, estado de Anzoátegui, a construção do Complexo Industrial do Jose, que marca o início de um projeto petroquímico conjunto que será desenvolvido no estado venezuelano.

Os dois anunciam a parceria antes de embarcar para Ilha Margarita, onde começa a 1ª Cúpula Energética da Comunidade Sul-Americana de Nações.

Chávez diz que não está contra biocombustíveis e que importará etanol do Brasil

17 de Abril de 2007 - Flávia Peixoto - Enviada especial - Ilha Margarita (Venezuela) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse hoje (17), ao final da Cúpula Energética Latino-Americana, em Ilha Margarita, que não está contra a produção de etanol e que seu país, inclusive, importará o produto do Brasil. "Quero esclarecer que nós não estávamos contra biocombustíveis. Queremos importar etanol do Brasil, além disso, sem taxas." Em seu discurso, Chávez dirigiu-se ao presidente brasileiro: "Lula, solicito o melhor preço possível para os próximos dez anos".

No início de março, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criticou a visita de Bush à América Latina – inclusive ao Brasil – e afirmou que o plano de difundir o etanol é “irracional e antiético”. “Pretender substituir a produção de alimentos para animais e seres humanos pela produção de alimentos para veículos para dar sustentação ao american style of life [estilo de vida americano] é uma coisa de loucos”, disse.

Hugo Chávez confirmou as declarações do assessor da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, de que o Brasil está renegociando a venda do etanol para a Venezuela. "Nós vendemos etanol e vamos continuar vendendo etanol para a Venezuela para que incorpore cerca de 10%. As críticas sobre a produção do etanol estão atenuadas em certa medida. O acordo já está sendo refeito e agora é simplesmente uma questão de preço", afirmou Garcia em entrevista ontem (16).

O presidente venezuelano defendeu, no documento final do encontro, um tratado energético sul-americano que tenha, entre os eixos estratégicos, petróleo, gás e biocombustível. Defendeu ainda duas formas de transportar gás pela América do Sul - uma por plantas de regaseificação, que levam gás líquido, e outra pelos gasodutos como o do Sul, o Transoceânico e o Transandino.

Sobre o Transandino, Chávez disse que conversou, ontem à noite, com Álvaro Uribe, presidente da Colômbia, sobre a extensão do gasoduto até o Panamá, na América Central. O Transandino passa também pelo Equador, Peru e Bolívia.

Quanto ao Gasoduto do Sul, informou que, durante café da manhã hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que o governo adiante as obras em território venezuelano.

"As riquezas energéticas devem ser o grande eixo de integração. Que tenhamos certeza de que não nos faltará energia. Para isso, é preciso um bom plano estratégico, ao menos para os próximos 20 anos", disse Chávez.

Ele lembrou que na faixa de Orinoco, na Venezuela, foi reservado um bloco sul-americano, onde já estão Brasil e Argentina, para exploração conjunta de poços de petróleo.

Quanto ao Banco do Sul, Chávez afirmou que o projeto deverá fiananciar a infra-estrutura da integração energética na região. A intenção brasileira de aderir à instituição foi anunciada no último domingo (15) em Washington, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Lançada em fevereiro pelos presidentes Chávez e Néstor Kirchner, da Argentina, a nova instituição já havia recebido adesão do Equador e da Bolívia. O Brasil vinha participando como observador nas reuniões técnicas que estudam o formato do banco.

Em seu discurso no encerramento da cúpula, Hugo Chávez lembrou ainda que do total de barris de petróleo no mundo, 25% estão na América do Sul e desses, 95% na Venezuela.

Diplomata do Equador defende redução do consumo de petróleo

19 de Abril de 2007 - Julio Cruz Neto - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Não é porque o Equador tem petróleo que não deve investir em fontes alternativas e mais limpas de energia. Essa é a opinião do embaixador do país no Brasil, Eduardo Mora-Anda, que considera “muito boa” a iniciativa brasileira de investir em biocombustível.

“Não podemos continuar como agora, com muitos carros, consumo de petróleo, poluição”, afirmou em entrevista à Agência Brasil, ontem (18). Confira a terceira e última parte.

Agência Brasil: Como o senhor avalia a Cúpula Energética da América do Sul, realizada nesta semana, em Ilha Margarita (Venezuela)?
Eduardo Mora-Anda: Todos estão trabalhando juntos pela união sul-americana, no campo energético, ambiental, alimentício, agricultura, construção de estradas. Precisamos de melhor comunicação entre os países. Vamos estabelecer vôos diretos entre Equador e Brasil, porque não há. E isso é muito importante, para turismo, negócios... (Rafael Correa falou disso recentemente).

ABr: Quem vai operá-los?
Mora-Anda: Uma companhia equatoriana chamada Tame. Estamos procurando um parceiro brasileiro.

ABr: A rota será Quito-São Paulo?
Mora-Anda: Provavelmente Quito-Manaus-Rio. E talvez São Paulo-Salvador. Porque pensamos que os brasileiros podem fazer turismo no Equador e os equatorianos, no Brasil. E também podemos transportar produtos delicados, como flores. Hoje chegam algumas a São Paulo, mas o vôo é longo, via Lima.

ABr: Aí a flor fica cara e o brasileiro compra a colombiana, de onde há vôo direto. As flores de vocês concorrem com as colombianas?
Mora-Anda: Sim, rosas e outras. Mas as equatorianas duram mais tempo, porque o caule é mais longo. Tanto que exportamos para a Rússia, porque suportam o frio.

ABr: Voltando à Cúpula Energética: o Equador tem petróleo...
Mora-Anda: Tem bastante, mas o petróleo vai acabar um dia. E outra coisa: o petróleo contamina. Então precisamos de alternativas, por isso Equador e Brasil assinaram um convênio para biodiesel e etanol.

ABr: O senhor não teme então que um investimento excessivo em etanol pode contribuir com o aumento da fome, como Hugo Chávez e Fidel Castro disseram recentemente?
Mora-Anda: Cana-de-açúcar é uma coisa, milho é outra. O milho [matéria-prima do etanol dos Estados Unidos] é um alimento de muita gente e muitos animais no mundo, a cana [matéria-prima brasileira], não. Essa é uma opinião pessoal minha. Temos que estudar essa questão. Mas não podemos continuar como agora, com muitos carros, consumo de petróleo, poluição. Não podemos viver assim, temos que mudar os hábitos. Então a idéia brasileira de procurar outras fontes de energia é muito boa.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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