19/04/2007 - A Superintendência
de Desenvolvimento em Recursos Hídricos
e Saneamento Ambiental (Suderhsa) apresentou
nesta quarta-feira (18) em Guarapuava, durante
reunião ordinária do Comitê
da Bacia Hidrográfica do Rio Jordão,
a conclusão do diagnóstico sobre
as potencialidades e necessidades da bacia,
localizada na região centro-sul do
Paraná.
Os dados levantados comprovam
que a Bacia é rica em água tanto
superficial quanto subterrânea e que
a qualidade se mantém dentro de parâmetros
considerados positivos. Mesmo assim, segundo
a Suderhsa, os cuidados com a manutenção
e melhoria desta qualidade devem ser mantidos.
O estudo trouxe informações
como a quantidade de água existente
na bacia, disponibilidade de água para
o futuro, uso e ocupação do
solo, entre outras.
O coordenador do diagnóstico,
diretor de Operações das Águas
da Suderhsa, José Luis Scrocaro, disse
que o trabalho é fundamental para que
se tenha uma noção da real situação
da bacia e suas potencialidades para o futuro.
“O que posso dizer, após os resultados
obtidos, é que a Bacia do Rio Jordão
está no caminho certo. A água
tem volume e qualidade. Este é o objetivo
de todas as ações do Governo
do Estado no sentido de preservar os seus
recursos hídricos”, declarou Scrocaro.
O coordenador de Bacias
hidrográficas do Médio Iguaçu
e Rio Jordão, Mauro Battistelli, explicou
que o próximo passo, depois da elaboração
do diagnóstico, será discutir
e aprovar o Plano de Uso da Bacia entre os
40 integrantes do comitê.
“A nova forma de gestão
dos recursos hídricos prioriza o planejamento
minucioso das bacias e o debate com as organizações
da sociedade. O objetivo é assegurar
cada vez mais a qualidade dos recursos hídricos
do Paraná, garantindo qualidade de
vida às futuras gerações
com desenvolvimento da consciência ambiental”,
destacou Battistelli.
Na reunião também
foram criadas a Câmara Técnica
de Cobrança e a Câmara de Acompanhamento
da Elaboração do Plano de Bacia.
As duas terão a missão de avaliar
as propostas, fazer uma análise crítica,
propor ações e repassar as informações.
O presidente do Comitê
da Bacia do rio Jordão e gerente da
Sanepar, Evandro Marcos Dalmolin ficou satisfeito
com o diagnóstico e enfatizou que “estes
resultados vêm de encontro ao que estamos
realizando desde 2003. A região de
Guarapuava está sendo acompanhada de
perto por todos os órgãos públicos
responsáveis pelos recursos hídricos”.
O Comitê de Bacia
Hidrográfica é o fórum
de decisão das ações
que serão desenvolvidas na área
de abrangência da bacia para reverter
a poluição já ocorrida
e também para proteger aquelas bacias
que ainda não foram atingidas pela
poluição.
Características -
A bacia do rio Jordão possui 4.791
quilômetros quadrados e 105 quilômetros
de extensão. O rio Jordão abrange
os municípios de Guarapuava, Inácio
Martins, Candói, Foz do Jordão,
Reserva do Iguaçu e Pinhão.Possui
duas usinas hidrelétricas e cinco Pequenas
Centrais Hidrelétricas (PCHs).
+ Mais
Bacias hidrográficas
serão discutidas durante encontro nacional
no Paraná
19/04/2007 - O secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Rasca Rodrigues, anunciou, na terça-feira
(17) à noite, durante o seminário
“Discussões Sobre um Mundo Ambientalmente
Correto”, em Ponta Grossa, que o Paraná
será sede do IX Fórum Nacional
de Comitês de Bacias Hidrográficas,
em outubro deste ano. O evento reunirá
142 comitês de bacias hidrográficas
já instalados em todo o país
e a sistemas de recursos hídricos de
19 estados. “É uma possibilidade para
que o Paraná apresente as suas ações
na área de recursos hídricos
e, ainda, conheça outras experiências
em andamento no país”, declarou o secretário.
Rasca explicou que o Paraná
possui 16 bacias hidrográficas e já
instalou os comitês da bacia do Alto
Iguaçu e afluentes do Rio Ribeira,
da bacia do Rio Tibagi, Paraná III
e do Rio Jordão. “A meta é implantarmos
outros três comitês ainda este
ano e, até 2010, totalizarmos 12 comitês
instalados de acordo com a definição
do Conselho Estadual de Recursos Hídricos”,
destacou Rasca.
O Comitê de Bacia
Hidrográfica é o fórum
de decisão das ações
que serão desenvolvidas na área
de abrangência da bacia para reverter
a poluição já ocorrida
e também para proteger aquelas bacias
que ainda não foram atingidas pela
poluição. Os comitês são
formados por 40 integrantes, sendo 14 representantes
do Poder Público, 16 do setor de usuários
de Recursos Hídricos e 10 da sociedade
civil organizada.
Experiência - De acordo
com o coordenador do Fórum Nacional,
Lupércio Ziroldo Antônio, a escolha
do Paraná se deve às ações
já em andamento voltadas à cobrança
pelo uso da água e preservação
de aqüíferos, entre outras ações
que se enquadram à nova política
nacional de recursos hídricos. “Os
projetos do Paraná estão diretamente
relacionados ao objetivo do encontro de articular
os Comitês de Bacias Hidrográficas
visando o fortalecimento do sistema nacional
de recursos hídricos, de forma descentralizada,
integrada e participativa”, afirmou. Ele lembrou
que a idéia é trazer ao Paraná
ainda mais participantes do que no último
encontro, realizado no Espírito Santo
onde 900 pessoas compareceram.
Os coordenadores do Fórum
estarão reunidos com técnicos
da Secretaria do Meio Ambiente e Superintendência
de Desenvolvimento em Recursos Hídricos
e Saneamento Ambiental (Suderhsa) para discutirem
as propostas a serem abordadas durante o encontro
e a composição da comissão
organizadora. “A realização
do Fórum no Paraná mostra o
avanço e o comprometimento do governo
do estado na implementação da
política de recursos hídricos”,
completou o presidente da Suderhsa, Darcy
Deitos.
Encontro - O seminário
Discussões Sobre um Mundo Ambientalmente
Correto, está sendo realizado em Ponta
Grossa até quinta-feira (19) e tem
como objetivo discutir as políticas
ambientais do Estado e propor ações
preservacionistas para este século.
O seminário é uma realização
do Instituto Ambiental do Paraná (IAP)
e Instituto Brasileiro de Ciências Avançadas
(Inbrava).
Durante a abertura do encontro,
foi assinado o protocolo que cria o “I Congresso
Internacional de Mulheres e Meio Ambiente”.
“Queremos abordar a importância da mulher
na preservação do meio ambiente,
levando em consideração a relação
mulher e planeta terra, a sensibilidade e
os ciclos femininos de regeneração”,
declarou a chefe do IAP de Ponta Grossa e
organizadora do seminário, Elma Romanó.
Ela completou ainda dizendo que o seminário
está ajudando a diminuir a distância
entre as esferas envolvidas com o Meio Ambiente.
“É uma forma de aproximar a sociedade
e o Estado chegando a um denominador comum
para ações de preservação
dos recursos naturais”, finalizou Elma.
Nesta quarta e quinta-feira
(18 e 19) o encontro abordará temas
como siderurgia e produção de
carvão vegetal, coleta seletiva, mineração,
licenciamento ambiental para suinocultura,
meio ambiente rural, várzeas, produção
de orgânicos nos campos gerais e código
florestal.