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INDÍGENAS RECONHECEM AÇÕES DO GOVERNO REQUIÃO EM FAVOR DE SUAS COMUNIDADES

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Abril de 2007

19/04/2007 - Nos últimos quatro anos, os principais avanços ocorridos nas comunidades indígenas do Paraná têm sua origem em ações desenvolvidas pelo Governo do Estado. Esta afirmação é unânime entre as principais lideranças indígenas paranaenses. “Houve uma evolução muito grande no modo de vida das comunidades a partir da entrada do governador Roberto Requião. Por temermos a mudança de governo e perdermos estas conquistas é que os índios paranaenses garantiram nas urnas a permanência de Requião”, afirma o presidente do Conselho Indígena do Paraná, Ivan Bibes. Segundo ele, dos 8 mil eleitores indígenas, 7,6 mil votaram em Requião.

O governador Roberto Requião reafirma a prioridade das políticas voltadas às comunidades indígenas. “No Paraná as comunidades indígenas têm todo o respeito e atenção do Governo. É assim que o governo se relaciona com os primeiros moradores da nossa terra. Não se trata de uma ação dirigida a uma minoria. Não é isso. É um gesto humanitário em direção àqueles que nos antecederam e foram tão discriminados, afirma o governador.

O presidente do Conselho Indígena destaca a atuação conjunta entre as comunidades e o governo. “Estamos tendo a oportunidade de atuar em conjunto com o governo e de apresentarmos novas propostas para que no futuro tenhamos um êxito ainda maior. As urnas provaram o reconhecimento que os povos indígenas têm por este governo”, enfatiza Ivan Bibes. Já o caingangue Pedro Cornélio Seg-Seg elogia a existência de um setor no governo para atender aos índios. “Os índios do Paraná sabem onde fica o ponto de apoio no Governo do Estado e onde podem ser ouvidos. Isso é uma grande evolução”, comenta Seg-Seg.

O secretário de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, explica que os programas e projetos de governo voltados à melhoria da qualidade de vida dos povos indígenas acontecem de forma transversal entre várias secretarias e têm garantido habitação, educação, preservação ambiental e manutenção da cultura.
Moradias – “Nos últimos dez anos não havia projeto de desenvolvimento habitacional para os índios. Hoje, o programa Casa da Família Indígena devolveu às nossas famílias o bem-estar e a saúde”, reconhece o presidente do Conselho Indígena do Paraná.

A Cohapar, com o programa da Casa da Família Indígena, um dos mais bem sucedidos programas de habitação indígena em execução no Brasil, já entregou quase mil unidades habitacionais, com investimentos de aproximadamente R$ 15 milhões. Os projetos das casas seguem a arquitetura tradicional de cada etnia e incorporam recursos como água encanada, energia elétrica, construção em alvenaria, telhas de barro e janelas de vidro.

Programas sociais - O programa Leite das Crianças atende atualmente todas as 18 comunidades indígenas do Paraná. O programa Luz Fraterna investe mensalmente R$ 1,9 milhão para levar energia às famílias indígenas. “Somos um governo nacionalista e que trabalha preferencialmente em prol das comunidades mais carentes. Não podemos ficar omissos diante da pauperização de nossos indígenas, que hoje habitam casas dignas”, afirma Nizan Pereira.

Artesanato que Alimenta – Desde junho de 2005, o Provopar desenvolve a troca de artesanato por alimentos, valorizando e incentivando a produção artesanal e já beneficiou mais de 3,6 mil indígenas. A iniciativa garante a redução do tempo de permanência deles nas cidades e na beira das estradas tentando vender artesanato. O programa fez com que muitas famílias indígenas retomassem a produção do artesanato, ajudando a preservar sua cultura.

Além disso, o Provopar começou, neste ano, a entregar kits indígenas para 2.007 escolas públicas estaduais, com o objetivo de resgatar a cultura e os costumes dos primeiros habitantes do Paraná. O kit é composto por peças de artesanato, CD multimídia com cânticos sagrados guaranis, um DVD e filme com informações sobre os povos indígenas do Paraná e o livro “Memória, Presença e Horizontes”.

Educação - Em novembro de 2006, governador Roberto Requião homologou as licitações para a construção de mais quatro escolas indígenas no Estado. Atualmente, há 28 escolas indígenas no Paraná, sendo quatro estaduais e 24 municipais que estão em processo de estadualização. São aproximadamente 2.500 alunos atendidos nas aldeias das etnias caingangue, guarani e xetá. As novas unidades terão laboratórios do programa Paraná Digital com acesso à internet. Todas as escolas indígenas recebem kits esportivos da Paraná Esporte.

Os professores indígenas das etnias caingangue e guarani estão obtendo formação no magistério. Antes, eles davam aulas sem ter formação adequada para isso. Em 2005, foram contratados pela Secretaria da Educação 47 professores indígenas. Em 2006, foram 86, sendo que outros 49 foram contratados para trabalhar em serviços gerais nas escolas. Antes de 2003, não havia contratações pelo Estado, apenas através das prefeituras.

“É um grande avanço para nossas comunidades. Nesse espaço, poderemos abrigar melhor os alunos, fazer um trabalho sócio-pedagógico com as famílias e trazer os anciãos para a sala de aula, para ajudar no processo educacional. É um novo tempo que se inicia”, comenta Florêncio Fernandes, pedagogo indígena.

Ensino Superior - Em 2005 a Secretaria de Tecnologia e Ensino Superior ampliou de três para seis o número de vagas que cada universidade estadual deve disponibilizar para candidatos de comunidades indígenas. Atualmente, 97 indígenas estão cursando Universidades Públicas no Paraná.

Meio Ambiente - Edívio Battistelli, indigenista e coordenador de Assuntos Indígenas na Secretaria de Assuntos Estratégicos, lembra que no Paraná o ICMS ecológico é repassado para 23 municípios que têm áreas indígenas, totalizando cerca de R$ 3,5 milhões por ano. Outros 11 Estados estão em vias de implantar projetos semelhantes. Além disso, a implantação de ações para a recuperação da mata ciliar nas áreas indígenas têm sido fundamental para a qualidade de vida dessas comunidades.

“Houve prejuízo ambiental histórico nessas áreas, devido às agressões ao meio ambiente durante o período de expansão agrícola do Paraná. No próximo dia 23 a Secretaria do Meio Ambiente irá repassar 400 mil mudas para recomposição da mata ciliar nas aldeias de Turvo e Guarapuava”, afirma Battistelli. Outro ponto lembrado por ele é a criação da Brigada Indígena de Fiscalização Ambiental, criada na área de Mangueirinha, que abriga um dos maiores remanescentes de araucária do planeta.

Agricultura – O apoio da Secretaria de Agricultura tem sido fundamental para a sustentabilidade das comunidades indígenas, que recebem mensalmente sementes de milho, feijão e calcário para suas plantações. O Centro Paranaense de Referencia em Agroecologia está regatando as tradições alimentares das comunidades Guaranis, por meio de orientações para melhorar a produtividade e garantir a biodiversidade em seu território.

“O Paraná representa um referencial no cenário nacional. Em relação às atitudes praticadas em favor da proteção e assistência aos índios, onde imperam a determinação, a ousadia e a criatividade”, resume Battistelli. O Paraná conta atualmente com 14 mil índios das etnias caingangue, guarani, xetá e xokleng, distribuídos em 27 pontos do Estado.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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