20-04-2007 – Berlim - Campanha
do Greenpeace iniciada na Alemanha quer sensibilizar
países-membros do G8 e ministros europeus
a discutir medidas de eficiência energética.
Dez mil lâmpadas foram
destruídas nesta sexta-feira em frente
ao Portão de Brandenburgo, em Berlim,
para protestar contra o desperdício
de energia. A iniciativa do Greenpeace acontece
às vésperas do encontro marcado
entre ministros europeus e representantes
dos países-membros do G8 na cidade
alemã.
O Greenpeace usou um rolo-compressor
para esmagar as lâmpadas incandescentes
e pediu o banimento delas da Europa, por desperdiçarem
muita energia. A ONG pede ainda que os países
europeus adotem padrões mais rígidos
de eficiência para produtos que precisam
de energia, como eletrodomésticos.
O tema do encontro
de dois dias dos ministros europeus em Berlim
é Eficiência Energética:
Moldando o Mundo de Amanhã. Nele serão
discutidas medidas para otimizar o consumo
de energia elétrica. A iniciativa é
do governo alemão, que atualmente preside
tanto a União Européia como
o G8.
A ação no
Portão de Brandenburgo dá largada
na campanha de eficiência energética
do Greenpeace, que pretende acabar com o grande
desperdício de energia causado por
produtos elétricos ineficientes, com
as lâmpadas incandescentes.
O relatório [R]evolução
Energética aponta o caminho para evitarmos
os perigos das mudanças climáticas:
combinar eficiência energética
com fontes renováveis de energia (como
a dos ventos, a solar e geo-termal) para reduzir
a emissão de gases do efeito estufa.
As lâmpadas incandescentes
são emblemáticas dos muitos
produtos que desperdiçam energia e
ainda assim são vendidos aos consumidores.
Apesar de ser mais barata do que lâmpadas
mais eficientes, como as fluorescentes, elas
custam cerca de 200 euros por ano aos consumidores
em energia desperdiçada. E contribui,
na Europa, com milhões de toneladas
de gases do efeito estufa, na geração
dessa energia que é gasta à
toa. A simples troca dessas lâmpadas
nos países europeus possibilitaria
o fechamento de 25 estações
de energia poluidoras no continente.
“É importante fechar
o mercado europeu a produtos que desperdiçam
energia. Já escutamos rumores e promessas
vagas de vários governos sobre o fim
do comércio dessas lâmpadas incandescentes.
Então, façamos isso já!
Estamos pedindo aos ministros que promovam
proibições em seus países
a essas lâmpadas e incentivem padrões
de eficiência no uso de energia elétrica
nas residências até 2010. Isso
não seria nada difícil para
a União Européia e enviaria
um sinal político forte para o mundo:
que esse produto do século 19 não
tem lugar no século 21”, afirma Laetitia
de Marez, líder do projeto de eficiência
energética do Greenpeace Internacional.
Foto: Greenpeace