16/04/2007 - Rubens Júnior
- Em meados de maio próximo, o Ministério
do Meio Ambiente porá em funcionamento
uma nova arma contra o desmatamento ilegal
da Amazônia Legal. Naquele período,
entrará em operação um
novo sistema de monitoramento por satélite
da região - o Detecção
de Exploração Seletiva (Detex).
Com ele, o governo federal passa a contar
com três sistemas simultâneos
de rastreamento da floresta amazônica,
cada qual com uma função técnica.
A soma das imagens oferecidas por eles tornará
ainda mais difícil ao infrator derrubar
a floresta sem ser descoberto, dando maior
agilidade à intervenção
em campo dos fiscais.
O Detex será operado
pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), que também administra os outros
dois sistemas usados pelo governo para vigiar
a floresta amazônica, o Programa de
Cálculo de Desflorestamento da Amazônia
(Prodes) e o Detecção em Tempo
Real (Deter).
Diferentemente do Prodes,
que faz leituras abrangentes anuais de imagens
esparsas, e do Deter, que identifica clareiras
na imensidão da floresta, o Detex será
pontual e detalhista. Ele foi concebido para
monitorar exclusivamente os distritos florestais,
identificando atividades madeireiras no meio
da floresta, como abertura de picadas, pátios
para armazenamento de toras e retirada de
árvores individuais - o chamado corte
seletivo.
As primeiras áreas
a serem rastreadas pelo Detex serão
os distritos florestais da BR-163 e de Carajás,
no Pará, e do Madeira-Purus, situado
no entroncamento dos estados do Amazonas e
de Rondônia, áreas passíveis
de planos de manejo de particulares autorizados
pelo governo.
O Detex coletará
imagens de tamanho 20x20 metro, mais definidas
que as fornecidas pelo Prodes (30x30 m) e
pelo Deter (250x250 m). Elas serão
captadas pelo satélite sino-brasileiro
CBERS II e por radares aerotransportados do
Sistema de Proteção da Amazônia
(Sipam). A conjugação de todos
os sistemas (Prodes, Deter, Detex e Sipam)
permitirá captar imagens da floresta
numa escala que vai do abrangente ao refinado,
inclusive porque, em vôos baixos nos
aviões do Sipam, pode-se colher imagens
ainda mais próximas e precisas.
"Com os vários
sistemas que o Inpe concebeu, o Instituto
oferece ao Serviço Florestal Brasileiro
e ao Ibama um conjunto de instrumentos para
que o governo possa exercer a fiscalização
em condições cada vez mais eficientes
e seguras , disse o consultor do Inpe Cláudio
Almeida. Com o Detex, será possível
identificar com clareza a ocorrência
do corte seletivo, possibilitando uma maior
avaliação da situação
da mata, além da rápida intervenção
da fiscalização do Ibama",
acrescentou Almeida.
A concepção
do Detex envolveu várias instituições
que compartilham ações para
identificar, fiscalizar e coibir as práticas
ilegais e predatórias na exploração
florestal. Além do Serviço Florestal
Brasileiro e do Inpe, fizeram parte das discussões
do Centro Gestor e Operacional do Sistema
de Proteção da Amazônia
(Censipam), do Ibama, do Instituto de Pesquisa
da Amazônia (Inpa), do Museu Emílio
Goeldi e da ong paraense Imazon, ligada a
pesquisas na Amazônia.
+ Mais
Cooperação
técnica do Arpa fortalece ações
integradas
19/04/2007 - Adriano Ceolin
- Integrantes do Arpa (Programa de Áreas
Protegidas da Amazônia) começaram
a definir nesta quinta-feira (19) o planejamento
de cooperação técnica
para o biênio 2007-2008. Representantes
do Ministério do Meio Ambiente, do
WWF e da GTZ (parceiros do programa) discutiram
como atuar com mais sinergia para o cumprimento
de metas e objetivos.
Criado em 2003, o Arpa visa
a implementação de 50 milhões
de hectares de unidades de conservação
até 2012. O investimento é de
US$ 81 milhões. A primeira fase do
programa, a ser encerrada no fim do ano que
vem, prevê que sejam estabelecidos 12
milhões de hectares de unidades de
conservação.
O Arpa é coordenado
pelo Ministério do Meio Ambiente e
tem como principais parceiros o WWF (Fundo
Mundial da Natureza) e GTZ (Agência
Alemã de Cooperação Técnica).
Por meio de uma oficina realizada em Brasília
entre esta quinta e sexta-feira (20), integrantes
dos três órgãos vão
definir o planejamento para os próximos
dois anos.
Na tarde desta quinta, o
encontro já apresentava resultados
positivos. Foi proveitoso. [A reunião]
melhorou nossa visão compartilhada
do programa , disse Ronaldo Weigand, coordenador
do Arpa pelo Ministério do Meio Ambiente.
Fernando Vasconcelos de
Araújo, gestor do WWF no Arpa, afirmou
que "a iniciativa é fundamental
para otimização dos recursos
humanos e financeiros". "O Arpa
é um programa de sucesso, mas o desafio
é grande por isso é importante
um fórum como esse", concluiu.
O assessor técnico
da GTZ no Arpa, Johannes Scholl, também
avaliou positivamente a reunião. "A
construção conjunta da cooperação
técnica nos ajuda a encontrar janelas
de oportunidades", disse.
Coletânea poupa tempo
e dinheiro na formulação de
políticas para a Amazônia
19/04/2007 - Rubens Júnior
- A secretaria de Coordenação
da Amazônia do MMA, Muriel Saragoussi,
disse nesta quinta-feira (19), no lançamento
do CD Construindo Conhecimentos: coletânea
de estudos do Programa Piloto para a Proteção
das Florestas Tropicais do Brasil, que o produto,
uma espécie de catálogo das
políticas públicas concebidas
e implantadas na Amazônia nos últimos
quinze anos, ajudará os gestores a
poupar tempo e dinheiro. "Antes de formular
e mandar publicar novas cartilhas, o gestor
terá a oportunidade de pesquisar nos
títulos da coletânea se as idéias
que pretendem veicular já não
foram elaboradas e postas em prática",
disse Muriel.
Depois da apresentação,
o produto foi distribuído aos cerca
de 100 participantes do evento, realizado
no Centro de Treinamento do Ibama (Centre),
no Setor de Autarquias Sul, em Brasília.
O CD é um resgate da memória
acumulada pelo Programa Piloto para Proteção
das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7),
desenvolvido pela Secretaria de Coordenação
da Amazônia.
O produto será uma
obra de referência para pesquisadores,
cientistas, gestores públicos, professores,
estudantes, entre outros interessados. O material
reúne 182 estudos, relatórios
e publicações didáticas
editadas, ao longo dos últimos 15 anos,
pelos projetos e subprogramas inovadores financiados
na Amazônia e na Mata Atlântica
pelo PPG-7.
Alguns dos títulos
permaneceram inéditos ou tiveram divulgação
restrita. Outros, embora publicados há
muito, não estavam disponíveis.
Entre os projetos descritos, os interessados
encontrarão informações
sobre o Projeto de Apoio ao Manejo Florestal
Sustentável na Amazônia (ProManejo),
o Projeto de Manejo dos Recursos Naturais
da Várzea (ProVárzea), o Projeto
Corredores Ecológicos.
Quem quiser receber o CD,
deve enviar e-mail informando o endereço
postal para: Marilza Ferreira (marilza.ferreira@mma.gov.br)
ou Gerusa Pereira (gerusa.pereira@mma.gov.br).
Em Brasília, o exemplar pode ser retirado
no MMA, 9º andar, sala 916.
MMA lança CD sobre
projetos de proteção da Amazônia
18/04/2007 - Rubens Júnior
- O Ministério do Meio Ambiente, por
meio da Secretaria de Coordenação
da Amazônia, lança às
9h30 desta quinta-feira (19), o CD intitulado
Construindo Conhecimentos: coletânea
de estudos do Programa Piloto para a Proteção
das Florestas Tropicais do Brasil. O evento
ocorrerá no Centro de Treinamento do
Ibama (Centre), no Setor de Autarquias Sul,
Quadra 05, lote 05, Bloco H, sala 611.
O CD é um resgate
da memória acumulada em mais de dez
anos da existência do Programa Piloto
para Proteção das Florestas
Tropicais do Brasil (PPG-7), desenvolvido
pela Secretaria da Amazônia. Na prática,
o produto será uma obra de referência
para pesquisadores, cientistas, gestores públicos,
professores, estudantes, entre outros interessados.
Isto porque reúne 182 estudos, relatórios
e publicações didáticas
editadas, ao longo dos últimos 15 anos,
pelos projetos e subprogramas inovadores financiados
na Amazônia e na Mata Atlântica
pelo PPG-7.
A coletânea foi produzida
pela Secretaria da Amazônia, por intermédio
do Projeto de Apoio ao Monitoramento (AMA),
responsável pela organização
e difusão das experiências apoiadas
pelo PPG-7. Com sua edição,
o MMA espera subsidiar aquele público
com informações capazes de favorecer
a construção de um modelo de
desenvolvimento pautado nos princípios
da sustentabilidade socioambiental. Alguns
dos quase 200 títulos permaneceram
inéditos ou tiveram divulgação
restrita. Outros, embora publicados há
muito, não estavam disponíveis.
O material reunido na coletânea
foi produzido pelos seguintes projetos subprogramas:
- Subprograma Projetos Demonstrativos (PDA);
- Projeto de Apoio ao Manejo Florestal Sustentável
na Amazônia (Promanejo);
- Projeto de Mobilização e Capacitação
para a Prevenção de Incêndios
Florestais na Amazônia (Proteger);
- Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas;
- Projeto de Manejo dos Recursos Naturais
da Várzea (ProVárzea);
- Projeto Corredores Ecológicos;
- Projeto Integrado de Proteção
às Terras e Populações
Indígenas da Amazônia Legal;
- Grupo de Trabalho Amazônico;
- Rede Mata Atlântica;
- Subprograma de Políticas de Recursos
Naturais;
- Subprograma de Ciência e Tecnologia
e Projeto de Apoio ao Monitoramento e Análise
(AMA).
Conama promove seminário
em Cuiabá sobre desenvolvimento sustentável
da Amazônia
16/04/2007 - Rafael Imolene
- Cuiabá vai sediar em maio um seminário
organizado pelo Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama) para debater o desenvolvimento
sustentável na Amazônia. Além
da troca de informações, o evento,
programado para os dias 16 e 17, na Assembléia
Legislativa do Mato Grosso, tem por objetivo
gerar minutas de resoluções
para a Câmara Técnica de Economia
e Meio Ambiente do Conama. Serão convidados
a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
o governador do estado, Blairo Maggi, dirigentes
do MMA e autoridades federais e estaduais.
Também serão
chamados para integrar os trabalhos os 108
conselheiros do Conama, especialistas de universidades
e de diferentes órgãos, bem
como entidades de classe e setores da sociedade
civil. Em um dos painéis serão
apresentados pelo governo federal e pelo Banco
Mundial os programas já em andamento
para a região, incluindo as linhas
de crédito adotadas para garantir o
desenvolvimento sustentável dos estados
que compõem a Amazônia Legal.
O primeiro dia do seminário,
intitulado Instrumentos Econômicos para
a Gestão Ambiental Rural na Amazônia:
desafios e oportunidades, será exclusivamente
de painéis e apresentações.
Os temas do seminário contemplam gestão
ambiental rural, política agrícola,
integração lavoura-pecuária
e instrumentos de manejo florestal, entre
outros.
Após o primeiro dia
de debates, no segundo dia do evento serão
formados grupos de trabalho entre os participantes,
divididos de acordo com o resultado das discussões
da data anterior. Durante a manhã,
os grupos desenvolverão idéias
com a finalidade de gerar resoluções
para a área.
No período da tarde
haverá uma reunião ampliada
da Câmara Técnica de Economia
e Meio Ambiente, bem como apresentação
dos trabalhos concluídos pelos grupos
de trabalho. A Câmara Técnica
receberá todas as sugestões
e depois decidirá o encaminhamento
mais pertinentes. Caso necessário,
serão solicitados novos estudos ou
consultoria. Assim, as sugestões podem
se transformar em resoluções
para garantir o desenvolvimento sustentável
de toda a região. O seminário
conta com apoio do Ministério da Agricultura,
da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e
da Assembléia Legislativa do Mato Grosso.