Panorama
 
 
 

DIVISÃO DO IBAMA PREOCUPA WWF-BRASIL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

25 Apr 2007 - O WWF-Brasil acredita que a decisão anunciada hoje pelo governo federal de dividir o Ibama em dois órgãos inspira cuidado e preocupação, devido à falta de informações disponíveis para a sociedade e debate. A reestruturação do órgão já era algo discutido e desejado pela sociedade há muito tempo. Porém, é preciso lembrar que esta mudança está sendo feita no momento em que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, acusam o Ibama de ter uma “atitude pouco eficiente” em relação aos licenciamentos ambientais.

O WWF-Brasil lembra que o licenciamento ambiental é um instrumento de avaliação da viabilidade de uma obra e deve ser feito de forma séria, transparente e participativa, como prevê a legislação do país. O licenciamento deve poder julgar se a obra é ou não viável ambientalmente para o país e contribuir para a melhoria do desenvolvimento do projeto. Todas as obras de infra-estrutura devem ser analisadas com profundidade, pois afetam ecossistemas inteiros, a vida de pessoas e, muitas vezes, o clima de todo o planeta.

Nesse momento em que se discute a expansão da matriz energética brasileira, é fundamental ressaltar que existem várias opções para o país quando se trata em geração de eletricidade. Uma das alternativas é a utilização do potencial de biomassa (geração de energia por meio do bagaço da cana-de-açúcar) do sudeste do país, hoje em torno de 8 mil MW, mais que toda a geração da usina do rio Madeira. Isso, se considerarmos a produção atual de cana-de-açúcar, sem nenhuma expansão. Por outro lado, é importante destacar que o país utiliza menos de 1% do que os ventos podem gerar de energia elétrica. Este total está em torno de 30 GW, representando cerca de um terço da capacidade total de geração de energia instalada atualmente no Brasil.

A questão hoje não é discutir a matriz elétrica na perspectiva de uma oposição entre grandes hidrelétricas versus nucleares ou térmicas, mas sim o modelo de desenvolvimento almejado para o país. O importante é discutir todas as opções viáveis e sustentáveis para garantir a segurança energética, evitando obras faraônicas que consomem bilhões, deslocam populações inteiras e destroem ecossistemas. É preciso que o Brasil dê o exemplo ao mundo e adote um modelo de desenvolvimento eficiente, limpo e sustentável, considerando a eficiência energética e a geração descentralizada de eletricidade.

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WWF-Brasil assina Pacto de Ação em Defesa do Clima

24 Apr 2007 - O WWF-Brasil, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a Petrobrás, a Votorantim e o Greenpeace assinam hoje, terça-feira, 24 de abril, um Pacto de Ação em Defesa do Clima. O evento será no Ibirapuera, em São Paulo, às 14 horas. O objetivo é promover a adoção de ações que assegurem a continuidade do desenvolvimento econômico, contribuam para reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.

As ações deverão contemplar aspectos como a valorização de uma matriz energética limpa, o estímulo à inovações tecnológicas, à introdução de hábitos de consumo mais sustentáveis e à criação de mecanismos políticos, jurídicos e econômicos que, por meio de um processo participativo e transparente, permitam o estabelecimento de uma agenda pró-ativa e construtiva no País.

O Pacto de Ação em Defesa do Clima propõe o engajamento de toda a sociedade brasileira – governos, empresas e entidades civis - na luta contra o aquecimento global, através da implementação de ações capazes de transformar a realidade e difundir soluções e exemplos positivos, estabelecendo uma Política Nacional de Mudança Climática baseada em 10 itens:

1) O fim do desmatamento, garantindo maior governança nas florestas, por meio de políticas de combate ao desmatamento na Amazônia, na Mata Atlântica e em outras regiões florestais brasileiras, e o fortalecimento das instituições responsáveis pela implementação e fiscalização;
2) Fomento a iniciativas que pretendam incorporar à matriz energética brasileira, de forma sustentável, energia proveniente de fontes renováveis, aproveitando as imensas potencialidades do País nessa área;
3) Conscientização da sociedade quanto aos efeitos adversos da mudança do clima, bem como quanto às medidas que estão sendo tomadas para reduzir nossas emissões;
4) Identificação das vulnerabilidades do País à mudança climática, inclusive no que diz respeito à biodiversidade, e definição das medidas de adaptação necessárias;
5) O estabelecimento de metas de redução de emissões que as empresas e o País podem adotar e a formalização de uma posição internacional mais ativa e comprometida com a redução da emissão de gases de efeito estufa, envolvendo instituições públicas, privadas e da sociedade civil;
6) Ampliação da Comissão Interministerial de Mudanças do Clima, assegurando a participação ativa de outros setores da sociedade, como empresas e organizações da sociedade civil, inclusive na definição da posição brasileira em fóruns internacionais relacionados ao tema;
7) Pesquisas que promovam o valor econômico da nossa biodiversidade;
8) Consideração e priorização das questões sócio-ambientais, inclusive a mudança climática, nos programas e ações dos Planos Plurianuais;
9) Estimular a disseminação de exemplos positivos, tais como programas de eficiência energética e a ampliação do uso sustentável de combustíveis provenientes de fontes renováveis;
10) Fomentar o desenvolvimento de um mercado nacional para energias limpas, como solar, eólica, pequenas centrais hidroelétricas e outras.

 
 

Fonte: WWF-Brasil (www.wwf.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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