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LOJAS PAULISTAS SÃO AUTUADAS POR COMÉRCIO ILEGAL DE PRODUTOS DA FAUNA BRASILEIRA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

25 de Abril de 2007 - Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autuaram hoje (25) lojas e estabelecimentos comerciais de São Paulo acusados de vender produtos e subprodutos da fauna silvestre brasileira.

Na tarde desta quarta-feira, os fiscais estiveram em um estabelecimento na zona central da cidade para averiguar a venda de produtos de arte indígena, bem como em lojas de materiais de construção que comercializavam tampas de assento sanitários decorados com borboletas nativas.

Em comunicado, o Ibama informa que a operação foi batizada de “Moda Triste” e ocorreu simultaneamente em 23 estados. O objetivo da ação, diz o comunicado era "inibir a comercialização ilegal de partes de animais da fauna silvestre brasileira tais como peles, penas, dentes em artesanatos e acessórios de decoração e moda”.

A nota afirma que a operação respalda-se na lei dos Crimes Ambientais, cujas penas variam de detenção de seis meses a um ano e multa.

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Conama adia votação de projeto sobre criação e comercialização de animais silvestres

26 de Abril de 2007 - Érica Santana - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O plenário do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) adiou a votação de três das seis resoluções que faziam parte da ordem do dia da primeira reunião ordinária do órgão neste ano. Representantes da sociedade civil pediram vistas à proposta de resolução que trata dos padrões de emissão de óleos e graxas em plataforma marítima de exploração de gás natural e petróleo.

O mesmo pedido foi feito em relação ao estabelecimento de critérios pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a determinação de espécies silvestres, ou seja, não-domesticadas, que poderão ser criadas e comercializadas como animais de estimação. A proposta de resolução que dispõe sobre a gestão compartilhada de unidades de conservação com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip's) também será revista.

O diretor do Conama, Nilo Diniz, explicou que os conselheiros que pediram vistas aos projetos de resolução têm 30 dias para apresentar parecer justificando o pedido. Esse prazo pode ser prorrogado por mais 15 dias.

Para Diniz, essas três resoluções “são relativamente complexas”, mas os pedidos não atrapalham o andamento da pauta do Conama. Ele estima que até o final de abril todas as resoluções tenham sido votadas. “O Conama ganha um prazo maior para aprofundar o debate, mas na próxima reunião os conselheiros terão que votar e decidir sobre essas matérias”, explicou, em entrevista à Agência Brasil.

A conselheira Vera Lúcia, do Instituto Maranhense de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Imarh), responsável pelo pedido de vistas à resolução que estabelece padrões de emissão de óleos e graxas, disse que “ a resolução está mal redigida e o pedido foi uma oportunidade para reformulá-la e deixá-la menos ruim”.

Para o coordenador-geral de Fauna do Ibama, Ricardo Soavinski, a resolução sobre a comercialização e domesticação de animais silvestres vai apenas regulamentar a lei sobre o tema, que existe desde 1965. “Fazemos essa proposta ao Conama para que o Ibama, em seis meses, faça uma lista dos animais que poderão ser comercializados ou criados em casa”, disse Soavinski , que não é membro do conselho, mas foi convidado a se pronunciar para explicar o objetivo da resolução.

Ricardo Soavinski destacou que o Ibama não está estimulando a criação de animais domésticos. “O que nós estamos querendo é um pouco mais de critérios para nos respaldar e, por essa razão, estamos recorrendo ao Conama”. Ele disse que é preciso que esses animais silvestres possam ser rastreados de alguma forma, caso sejam devolvidos ou se percam. “Nossa preocupação se deve ao potencial invasor de determinados animais e também por cuidado à saúde humana”.

O conselheiro Carlos Osório, da organização Bicuda Ecológica, questionou o funcionamento do Conama porque, segundo ele, se o órgão aprovar a resolução pedida pelo Ibama poderá legitimar a criação de animais silvestres em cativeiro. “Eu não me sinto seguro em votar isso pois estaria legitimando uma ação contrária ao movimento ambiental, que vai contra o que defendemos e atenta contra a vida animal e humana”.

Osório defendeu a criação de política públicas educacionais que transformem as unidades de conservação em espaços voltados para a preservação de animais silvestres. “Assim, cada brasileiro poderá ir a uma unidade e ali, sim, ver e conhecer esses animais silvestres”.

Ao pedir vistas à proposta sobre a gestão compartilhada de unidades de conservação com as Oscip's, o conselheiro Rubens Sampaio, do Grupo Ecológico Rio de Contas (Gerc/Bahia) ressaltou que nem sempre o pedido de revisão da proposta significa uma manifestação prévia de rejeição. “É sim para tentar aprimorar o texto. Matérias como esta merecem o melhor e mais cuidadoso exame”, explicou.

Segundo Sampaio, “as unidades de conservação são um dos temas centrais das políticas ambientais deste país e a atuação das Oscip's têm deixado a desejar”. Na opinião dele, determinadas organizações “não foram criadas para melhorar a questão ambiental, mas para se infiltrarem em entidades que querem alcançar esse objetivo”.

As resoluções podem voltar à pauta de votação da reunião extraordinária do Conama, que será realizada no dia 29 de maio, no Rio de Janeiro. Caso isso não ocorra, elas voltam à ordem do dia da reunião ordinária seguinte, prevista para os dias 3 e 4 de julho.

O Conama é presidido pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e trata das políticas nacionais do setor, além de ser o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).

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Empresas negam ou dizem estar empenhadas em acabar com testes em animais

26 de Abril de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Com o objetivo de orientar o consumidor na hora de escolher qual produto usar, a organização Projeto Esperança Animal (PEA) elaborou listas com empresas que fazem testes em animais. “Não queremos que ninguém se torne um radical anti-social. A idéia da lista é que se você tiver opção de escolher, opte por quem não faz os testes”, diz o presidente da PEA, Carlos Rosolen,

A lista foi organizada a partir de um comunicado enviado pelo PEA às empresas, perguntando se fazem ou não uso de animais vivos em testes de laboratório. As empresas que responderam “sim” ou aquelas que não enviaram resposta entraram na relação daquelas que fazem os testes.

A Bionatus, fabricante de alimentos e medicamentos fitoterápicos, que consta da lista da PEA, informou à Agência Brasil, por meio de nota da assessoria de imprensa, que não realiza testes toxicológicos ou clínicos dos seus produtos, porque eles já têm segurança de uso e eficácias comprovadas cientificamente. “Estes estudos já foram realizados por pesquisadores e publicados em livros ou revistas científicas e são estes que a Bionatus utiliza para registrar os medicamentos”, afirma o comunicado.

Outra empresa citada pela PEA foi a Unilever, fabrincante de produtos alimentícios, de beleza, higiene e limpeza. Também em nota enviada à Agência Brasil, a assessoria da Unilever diz que a empresa está empenhada na eliminação total de testes com animais em seus produtos. “A aplicação de testes em animais é a exceção e não a regra na Unilever, utilizada muito raramente e apenas quando não há método alternativo disponível (testes em laboratórios ou modelos computadorizados) ou quando a legislação de um país realmente exigir e não existir alternativa segura”.

O documento informa também que, no Brasil, a Unilever não realiza testes em animais e que a empresa está empenhada em eliminar a realização de testes em animais da legislação em todo o mundo. “Mas isso leva tempo, pois cada país tem diferentes diretrizes sobre o tema”, explica a assessoria.

A Galderma, que fabrica cosméticos e produtos para cuidados pessoais, diz que a empresa segue normas que garantem a qualidade e segurança de seus medicamentos, expondo da menor maneira possível o uso de animais em pesquisas. “Todos os programas de testes em animais são supervisionados pelo Animal Welfare Officer, sendo que a empresa não faz uso desses testes para desenvolvimento de quaisquer produtos cosméticos”, afirma a empresa, em nota. A Galderma diz que também não faz testes com animais no Brasil e afirma que acompanha todos os esforços mundiais atuais para o desenvolvimento de alternativas que eliminem a necessidade desses testes.

A fabricante de cosméticos Embelleze está na lista de empresas que não usam animais para testar seus produtos. De acordo com a gestora de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Embelleze, Vanderlina Oliveira, essa é a realidade há mais de dez anos, e a decisão foi tomada levando em conta as demandas da sociedade. Ela explica que os produtos a serem testados são mandados para um laboratório especializado, que faz os testes de segurança de uso e de comprovação de eficácia.

Oliveira acredita que não há mais espaço na sociedade brasileira para empresas que não estão comprometidas com o meio ambiente. “Hoje em dia a sociedade está bastante consciente com relação à preservação do meio ambiente, da fauna e da flora e não aceita mais esse tipo de atitude. Basta olhar os inúmeros movimentos de sociedades protetoras dos animais e a preocupação crescente com o meio ambiente para o futuro do nosso planeta. E os animais estão inseridos nesse contexto”, afirma a gestora.

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Operação Moda Triste aplica R$ 3 milhões em multas, metade delas em São Paulo

26 de Abril de 2007 - Gabriel Corrêa - Da Agência Brasil - São Paulo - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) aplicou R$ 1,614 milhão em multas no estado de São Paulo durante a operação Moda Triste realizada ontem (25), divulgou hoje o Instituto. Cerca de R$ 3 milhões foram aplicados em multas em todo o país. Participaram da operação cem agentes, em 25 estados. O objetivo da operação é coibir a venda de produtos pessoais e domésticos que sejam feitos com materiais, animais e insetos protegidos por lei.

De acordo com a assessoria do Ibama, em todo o país foram apreendidas 8.567 peças de artesanato feitas a partir de material protegido e que não tinham licença comprovada. A maior parte do material apreendido é de enfeites pessoais e de decoração, como quadros feitos com borboletas, escorpiões e estrelas-do-mar. Também colares de dentes de onças, de jacarés e de cobras; cascos de tartaruga; brincos de penas de papagaio; ovos de ema pintados. E itens exóticos, como a genitália de um boto.

Em São Paulo, 1.126 assentos sanitários com borboletas foram apreendidos e 1.996 peças de artesanato foram retiradas de uma loja da Fundação Nacional do Índio (Funai), destacou a assessoria de imprensa do Ibama. De acordo com a legislação, os índios podem confeccionar esse tipo de peça apreendida, mas elas não podem ser comercializadas.

Segundo Harue Yamanaka, funcionária dessa loja da Funai, o material foi apenas retirado e não apreendido. Ele estava encaixotado desde maio de 2004, quando o então presidente da Fundação, Mércio Pereira Gomes, proibiu a venda dessas peças e comunicou as lojas.

Os processos decorrentes da fiscalização serão encaminhados ao Ministério Público de cada região.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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