Panorama
 
 
 

MINISTRA DIZ QUE IBAMA NÃO ESTÁ “ACÉFALO” E FALA EM SUBSTITUIÇÕES NO MOMENTO OPORTUNO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

30 de Abril de 2007 - Juliana Andrade - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ministra no Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou hoje (30) que apesar de não haver definição sobre o novo presidente do Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturáveis Renováveis (Ibama), o órgão não está acéfalo (sem cabeça).

Na semana passada, o Ibama foi desmembrado, com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, autarquia federal responsável por executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza.

Já o Ibama manterá suas atribuições de fiscalização, autorização do uso de recursos naturais e licenciamento ambiental. De acordo com Marina Silva, o atual presidente do órgão permanece na função até que seja escolhido o substituto.

“Não está acéfalo porque o presidente Marcus Barros ainda está à frente do Ibama, no momento oportuno será feita a substituição, a pedido do próprio presidente do Ibama - eu quero dizer isso reiteradas vezes - que tinha o compromisso de ficar durante essa gestão”, explicou Marina Silva, após solenidade no Ministério do Meio Ambiente.

Segundo a ministra, Barros pediu para deixar o cargo para voltar a dar aulas em universidades.

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Marina confirma convite a diretor-geral da PF para assumir presidência do Ibama

25 de Abril de 2007 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Acompanhada de secretários, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anuncia a reestruturação do ministério, durante reunião do Conama.

Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, confirmou hoje (25) que convidou o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, para a presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ela disse que tem a “simpatia” deste para o convite.

“O doutor Paulo está agora em uma missão muito importante dentro do governo. Mas foi um dos nomes que eu pensei de primeira mão”, afirmou. Se o convite for recusado, a ministra informou que tem “planos B, C e D”. Ela falou à imprensa na saída de reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), na qual anunciou, entre outras mudanças, que o Ibama vai ser desmembrado, com a criação do Instituto Brasileiro de Preservação da Biodiversidade.

Marina disse que convidou Lacerda por causa de sua atuação em defesa do meio ambiente. “Foi o homem que criou 27 delegacias especializadas, prendeu 500 pessoas envolvidas em crimes ambientais, entre elas, o joio do Ibama”, afirmou. De acordo com a ministra, Marcus Barros já havia pedido para deixar o cargo desde o ano passado.

Ela negou que as mudanças na estrutura da pasta tenham o objetivo de facilitar a liberação de licenças ambientais para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Não sei por que prospera esse tipo de coisa: que os projetos estratégicos importantes para o país terão que passar por cima da legislação”, disse.

De acordo com a ministra, os processos de licenciamento ambiental seguem a legislação e são institucionais. “O setor ambiental não facilita, nem dificulta procedimentos. Ele viabiliza corretamente, com base nas regras estabelecidas e com transparência”, afirmou Marina, enfatizando que as mudanças são importantes para adaptação às questões ambientais atuais, como o aquecimento global.

“Hoje, estamos vivendo claramente a era dos limites. Ou nós mudamos, ou seremos mudados. A imposição do problema das mudanças climáticas está mudando as economias carbonizadas dos países que não fizeram suas mudanças. O Brasil está fazendo essa mudança há mais de 20 anos. Temos 45% de matriz energética limpa, e os outros países em desenvolvimento têm 13%. Isso é um trabalho de sucessivos governos. O que não poderíamos permitir é que ficássemos oito anos e não deixássemos a nossa contribuição”, afirmou.

A ministra ressaltou que a proposta de mudanças estruturais foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não tem o objetivo de diminuir a importância da “questão ambiental”.

Segundo Marina, há uma preocupação internacional com a degradação ambiental que poderia ser gerada pela produção de etanol no Brasil, com base na cana-de-açúcar, e as alterações na pasta são estratégicas também para responder a essa questão. “Estamos fazendo aprimoramentos, não no sentido de diminuir a questão ambiental, mas de colocá-la à altura do que é necessário”, afirmou. Ela disse que o Brasil precisa certificar os biocombustíveis, para que não haja barreiras no mercado externo para o produto brasileiro. “Isso é pensamento estratégico”.

O novo secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco, explicou que o Ibama permanecerá com as funções de “fiscalização, controle, licença e autorização”. O novo instituto, que deverá ser criado por medida provisória, cuidará das unidades de conservação ambiental e, de acordo com a ministra, contará com dinheiro do Fundo da Compensação Ambiental, entre outros recursos. “O dinheiro do fundo vai para regularização fundiária, implementação e criação de estruturas nos parques”, ressaltou a ministra.

Foram criadas no MMA quatro secretarias: de Mudanças do Clima e Qualidade Ambiental; de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos, de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável e de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental. As novas secretarias substituem as de Qualidade Ambiental, de Recursos Hídricos, de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e de Coordenação da Amazônia. O MMA mantém as secretarias Executiva e de Biodiversidades e Florestas.
Capobianco deixou a Secretaria de Biodiversidades e Florestas, assumindo a Secretaria Executiva no lugar de Claudio Langone.

Convidado para assumir a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos, Langone recusou a proposta. Segundo Marina, está em estudo “a forma certa para que ele [Langone] contribua com o projeto”. O secretário disse que não voltará para o seu estado de origem, o Rio Grande do Sul, permanecendo em Brasília.

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Ministério aceita negociar alteração no Ibama, mas não muda prazo de medidas

27 de Abril de 2007 - Érica Santana - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Ministério do Meio Ambiente aceita negociar com os funcionários do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) os termos da divisão do órgão em dois. Uma medida provisória publicada hoje (27) criou, a partir do Ibama, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Mesmo assim, o ministério não pretende alterar o prazo estabelecido para realizar as mudanças na estrutura, segundo o novo secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente , João Paulo Capobianco. “Nós estamos trabalhando com um cenário de noventa dias para organizar o processo de medidas necessárias para a organização das áreas do Ibama que serão transferidas para o instituto", afirmou Capobianco, após reunião com representantes da Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Asibama).

Já na próxima semana, segundo ele, o ministério começa a planejar as mudanças necessárias para a criação do Instituto Chico Mendes, nome do órgão que será formado a partir do desdobramento do Ibama.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje, por meio de comunicado dirigido aos servidores do órgão, que as mudanças no Ibama "representam uma oportunidade de criar melhores condições para todos que se dedicam intensamente em construir uma sociedade baseada na sustentabilidade ambiental". Ela destacou que a consolidação dessas alterações "depende do envolvimento de todos e de um diálogo constante entre gestores, servidores e sociedade, para o que dedicarei o melhor de minhas energias".

Servidores entraram hoje em estado de alerta para uma possível convocação de greve. A decisão foi tomada após a realização de assembléias-gerais nos estados, e se deve às mudanças no órgão federal, segundo informou a presidente da Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Asibama-DF), Lindalva Cavalcanti. Está prevista reunião de representantes da categoria com a ministra para tratar do assunto nesta noite.

De acordo com Marina Silva, caberá ao poder executivo estabelecer a transferência do patrimônio, recursos orçamentários, extra-orçamentários e financeiros, de pessoal e das funções vinculadas ao Ibama para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Da mesma foram serão estabelecidos os direitos, créditos e obrigações, decorrentes de lei, ato administrativo ou contrato, nas respectivas receitas.

No texto, Marina afirmou que por essa razão, "os servidores deverão continuar a desempenhar suas funções nos mesmos locais em que estão desempenhando hoje, até que estas destinações sejam estabelecidas". No comunicado ela destaca que tanto os servidores do Ibama como os do Instituto Chico Mendes fazem parte da carreira de especialista em meio ambiente e que as mudanças não causarão qualquer alteração nas remunerações.

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Presidente em exercício assina criação do órgão que assumirá parte das funções do Ibama

26 de Abril de 2007 - Ana Paula Marra - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Após encontro no Palácio do Planalto com o presidente em exercício, José Alencar, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anuncia a criação do Instituto Chico Mendes.

Brasília - O presidente da República em exercício, José Alencar, assinou hoje (26) medida provisória que cria uma nova autarquia federal – o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O órgão, que será vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, terá como principal objetivo cuidar da gestão, implementação e proteção das unidades de conservação da natureza. O anúncio foi feito, há pouco, pelo porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach.

O novo órgão do governo assumirá parte das atribuições atuais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) – que, segundo informou Baumbach, manterá suas atribuições de fiscalização, autorização do uso de recursos naturais e licenciamento ambiental.

Alencar assinou também três decretos, todos ligados a questões ambientais. Um deles modifica a estrutura atual do Ministério do Meio Ambiente, criando, entre outras medidas, as Secretarias de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental; Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável; e Cidadania Ambiental e Articulação Institucional. Os outros dois decretos aprovam, respectivamente, a estrutura regimental e o quadro dos cargos em comissão do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

As medidas assinadas, segundo o porta-voz Baumbach, visam reestruturar e modernizar o sistema federal de gestão ambiental. "O objetivo das medidas é atualizar a estrutura do governo para adaptá-la às grandes questões ambientais do presente, como mudanças climáticas, biocombustíveis e outras energias renováveis, meio ambiente urbano e gestão das unidades de conservação da natureza", disse.

Com as mudanças anunciadas ao longo desta semana no Ministério do Meio Ambiente e no Ibama, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que agora a pasta tem uma estrutura à altura do desafio ambiental.

"O Brasil é uma potência ambiental e tem de fazer jus à potência que é”, declarou, em entrevista à imprensa. “Somos responsáveis por 11% da água doce do planeta e por 22% das espécies vivas do mundo, e temos a maior floresta tropical. Temos, também, uma agenda promissora em relação às alternativas de energia fósseis, e o Brasil poderá contribuir com todo o processo de adaptação do contexto da crise das mudanças climáticas."

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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