Brasília
(26/04/07) - O uso do fogo no espaço
agrário brasileiro tem sido responsável
pela devastação de imensas áreas
de cobertura vegetal todos os anos no Brasil,
provocando anualmente mais de 200 mil focos
de calor. A atividade vem resultando em sérias
implicações sócio-ambientais
e pondo em risco áreas protegidas tais
como os Sítios do Patrimônio
Mundial Natural reconhecidos pela Unesco.
Para debater o assunto, será realizado,
nos dias 27 e 28 de abril o seminário
sobre Prevenção, Combate a Incêndios
Florestais e Proteção da Fauna
no Sítio do Patrimônio Mundial
Natural no Complexo de Áreas Protegidas
do Pantanal Mato-Grossense.
O evento será aberto
amanhã (27), 8h30, no sindicato rural
de Poconé e terá a participação
do Coordenador do Setor de Ciências
Naturais da Unesco no Brasil, Celso Schenkel,
do Chefe do Centro Nacional de Prevenção
e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo),
Elmo Monteiro, além de 70 técnicos
especializados da áreas, representantes
governamentais, sindicatos rurais e secretarias
de meio ambientes da região e outros
atores locais.
O objetivo do seminário
é congregar num espaço de diálogo
democrático os principais grupos sociais
e entidades envolvidas com a gestão
dos recursos naturais no meio rural e instituições
preocupadas com o desenvolvimento de pesquisas
científicas e ações que
visem à substituição
do uso do fogo nas atividades agrosilvipastoris,
representando um esforço conjunto da
sociedade brasileira pela preservação
de áreas protegidas como os sítios.
No Brasil, existem sete
sítios naturais junto à Unesco:
Parque Nacional do Iguaçu (1986) ;
Costa do Descobrimento Reservas de Mata Atlântica
(1999), Mata Atlântica Reservas do Sudeste
(1999), Área de Conservação
do Pantanal (2000), Complexo de Conservação
da Amazônia Central (2000/2003), Ilhas
Atlânticas Brasileiras: Fernando de
Noronha e Atol das Rocas (2001) e Área
de Proteção do Cerrado: Parques
Nacionais Chapada dos Veadeiros e Emas (2001).
Os sítios são considerados excepcionais
do ponto de vista da diversidade biológica
e da paisagem. Neles, a proteção
ao ambiente, o respeito à diversidade
cultural e às populações
tradicionais são objeto de atenção
especial. Eles geram, além de benefícios
à natureza, uma importante fonte de
renda oriunda do desenvolvimento do ecoturismo.
O seminário é
uma iniciativa conjunta do Ibama e da Unesco
na busca de alternativas que reduzam o potencial
que muitas atividades realizadas no meio rural
têm de promover danos a essas áreas.
A idéia é estimular a substituição
gradual do uso do fogo nas atividades agrosilvipastoris
no entorno de unidades de conservação,
o que contribuiria para uma redução
significativa de um dos principais riscos
à integridade dos sítios, que
têm reconhecida relevância ambiental
para o Brasil e o mundo.
O encontro está sendo
realizado no âmbito do Programa Conservação
da Biodiversidade nos Sítios do Patrimônio
Mundial Natural no Brasil (Projeto BRA-Patrimônio)
e do Prevfogo/Ibama. O Projeto BRA-Patrimônio
é um Acordo de Cooperação
Técnica entre a Unesco, o Ministério
do Meio Ambiente, o Ibama, a United Nations
Foundations (UNF), o World Wildlife Fund (WWF),
The Nature Conservancy (TNC) e Conservação
Internacional (CI).
Entre os assuntos que serão
discutidos no seminário estão:
O uso do fogo no espaço agrário
a cerca da proteção do ambiente
Pantanal - suas conseqüências sócio-ambientais
e mudanças climáticas globais,
unidades de conservação e conflitos
com o meio rural, combate a Incêndios
e proteção à fauna no
Sítio do Patrimônio Mundial Natural
do Brasil no Pantanal Matogrossense, manejo
de pastagens e alternativas ao uso do fogo
no meio rural, experiências e propostas
de substituição ao uso do fogo
em atividades agrosilvipastoris e no espaço
agarário.
+ Mais
Sede do Ibama/PB é
adequada a normas de acesso a portadores de
deficiência
João Pessoa (27/04/07)
- A Superintendência do Ibama no Estado
da Paraíba inaugurou hoje as obras
de adequação do prédio
da sede às normas de acessibilidade
das pessoas portadoras de deficiência,
mais notadamente aos que têm dificuldade
de locomoção. Foram construídas
rampas para o acesso aos dois pavimentos,
propiciando um deslocamento seguro por parte
dos usuários e servidores do órgão.
As obras propiciaram uma nova imagem para
a sede da Superintendência.
Nos quadros do Ibama/PB
há cinco servidores com dificuldade
de locomoção que serão
favorecidos com essas obras, além dos
usuários que se encontram nessas condições.
De acordo com o Analista Ambiental Ronilson
Paz, que logrou êxito no concurso de
2002 nas vagas destinadas aos portadores de
deficiência, "na atual conjuntura
de dificuldades, inclusive financeiras, por
qual o IBAMA passa, merece louvor os esforços
da atual administração, composta
exclusivamente por servidores efetivos do
órgão, que teve a preocupação
adequar às instalações
antigas às normas de acessibilidade".
Foram ainda construídos
810 m² de calçamento, que servirão
de base para a instalação da
futura garagem coberta dos veículos
oficiais, cujos recursos necessários
já foram solicitados à administração
central do Ibama. Segundo o Superintendente
do Ibama na Paraíba, o Analista Ambiental
Ivan Coutinho Ramos, "o apoio recebido
por parte da Presidência do Ibama e
da Diretoria de Gestão Estratégica
foram de suma importância para a concretização
destas obras, que são necessárias
à instituição".
Segundo o Superintendente
do Ibama na Paraíba, o analista ambiental
Ivan Coutinho Ramos, "o apoio recebido
por parte da Presidência do Ibama e
da Diretoria de Gestão Estratégica
foram de suma importância para a concretização
destas obras, que são necessárias
à instituição. Por outro
lado, contou-se com o engajamento dos servidores
que, passados 13 anos de gestões desastrosas,
viram que, mesmo diante da crise por que passa
o Ibama, se conseguiu resultados positivos.
Para a conclusão da obra, os servidores
cotizarem-se para custear as despesas com
a pintura do prédio da sede da Superintendência,
além de outros serviços relacionados
à imagem da instituição,
como a pintura da logomarca do Ibama. Coisas
simples, mas que nunca tivemos nas outras
administrações".
Gutemberg Pádua
Operação “Areia”
lavra R$ 10,5 mil em multas no Mato Grosso
Juína (26/04/07)
- Em operação denominada Areia,
visando coibir a extração ilegal
de areia no Mato Grosso, a Gerência
Executiva do Ibama em Juína apreendeu
dois caminhões; dois motores estacionários
usados na extração de areia;
duas bombas d´água. A equipe
de fiscalização embargou 2,02
de hectares, em uma Área de Proteção
Permanente (APP). Ao todo foram lavrados R$
10.500,00 em multas. As empresas foram, ainda,
notificadas dos ilícitos ambientais
praticados e o Ibama/MA está averiguando
a situação cadastral das infratoras.