Panorama
 
 
 

REESTRUTURAÇÃO DO MMA DEFINE COM CLAREZA COMPETÊNCIAS DE CADA SECRETARIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

27/04/2007 - Um dos resultados imediatos da reestruturação do Ministério do Meio Ambiente é a clareza nas competências de cada secretaria. Com as mudanças, acabaram as superposições de funções, os sombreamentos de áreas e os setores com baixa sinergia. A reestruturação foi feita para fortalecer e modernizar os mecanismos de ação do governo federal na área de meio ambiente e para adaptá-los às novas prioridades do setor ambiental, como a questão da mudança do clima.

Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental
Além de coordenar as ações do MMA relacionadas às mudanças climáticas e de propor políticas e instrumentos econômicos para regular o mercado de carbono, com especial atenção para os projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), esse órgão tem a responsabilidade de definir estratégias para os seguintes temas: avaliação ambiental estratégica; diferentes formas de poluição, degradação ambiental e riscos ambientais; resíduos danosos à saúde e ao meio ambiente; avaliação de impactos ambientais e licenciamento ambiental; monitoramento da qualidade do meio ambiente; desenvolvimento de novos instrumentos de gestão ambiental; e o desenvolvimento de matriz energética ambientalmente adequada.

Também cabe à secretaria formular, propor e implementar políticas de prevenção e atendimento a situações de emergência ambiental e desenvolver estudos e projetos sobre a recuperação de danos ambientais causados pelas atividades da indústria do petróleo. O órgão deve coordenar a participação brasileira nas atividades do Foro Intergovernamental de Segurança Química. Estão entre as sua competências, ainda, a coordenação e a execução das políticas públicas decorrentes de acordos e convenções internacionais ratificadas pelo Brasil na sua área de atuação.

Secretaria de Biodiversidade e Florestas
Esse órgão deve propor políticas e estratégias para os biomas brasileiros. A promoção do conhecimento, conservação, valorização e uso sustentável da biodiversidade, patrimônio genético e conhecimento tradicional associado são atribuições da secretaria, que também deve regular e monitorar o acesso e a remessa de componentes do patrimônio genético, assim como o acesso a conhecimentos tradicionais associados. Deve, ainda, monitorar a repartição justa e eqüitativa dos benefícios derivados de seus usos.

São competências suas também: proteção e recuperação de espécies da flora, da fauna e de microorganismos ameaçados de extinção; promoção do uso sustentável da fauna e dos recursos pesqueiros; implantação de plantios florestais e de sistemas agroflorestais em bases sustentáveis; promoção da recuperação de áreas degradadas e da restauração de ecossistemas; manejo sustentável de florestas nativas para a geração de produtos madeireiros e não-madeireiros e para a valorização dos serviços ambientais prestados pelas florestas; promoção da biossegurança de organismos geneticamente modificados e do controle de espécies exóticas invasoras; promoção da conservação e do uso sustentável da biodiversidade em terras indígenas e de comunidades quilombolas; apoio à bioprospecção e ao desenvolvimento de bioprodutos e outras formas de uso socioeconômico da biodiversidade e dos ecossistemas; e proteção florestal, incluindo a prevenção e o controle de queimadas, de incêndios florestais, de desmatamentos e de outras formas de destruição de habitats.

A secretaria deve ainda subsidiar a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), na formulação de políticas e normas relacionadas à biossegurança, particularmente a organismos geneticamente modificados e a espécies invasoras. A coordenação, ampliação e consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc) e outras modalidades de áreas, o monitoramento e a avaliação de impactos das mudanças climáticas sobre a biodiversidade, com a previsão e o estímulo a medidas preventivas e mitigatórias, também são funções desse órgão. Ela ainda deve executar políticas públicas decorrentes dos acordos e convenções internacionais ratificadas pelo Brasil em sua área de competência.
A Secretaria de Biodiversidade e Florestas tem responsabilidades também na área da pesca. Ela deve fixar normas, critérios e padrões de uso para as espécies sobreexplotadas ou ameaçadas de sobreexplotação, inclusive mamíferos marinhos, a partir de dados científicos, com exceção de espécies altamente migratórias. Caberá ao órgão ainda subsidiar, assessorar e participar, ao lado da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) e do Ministério das Relações Exteriores, de negociações e eventos que envolvam o comprometimento de direitos e a interferência em interesses nacionais sobre a pesca.

Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano
A formulação da Política Nacional dos Recursos Hídricos, assim como o acompanhamento e o monitoramento de sua implementação, é uma tarefa da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. O órgão deve também propor políticas, planos, normas e estratégias para: a gestão integrada do uso múltiplo sustentável dos recursos hídricos; a gestão de águas transfronteiriças; a gestão de recursos hídricos em fóruns internacionais; a implantação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; o saneamento e revitalização de bacias hidrográficas; a política ambiental urbana; a gestão ambiental urbana; o desenvolvimento e aperfeiçoamento de instrumentos locais e regionais de planejamento e gestão que incorporem a variável ambiental; a avaliação e a mitigação de vulnerabilidades e fragilidades ambientais em áreas urbanas; o controle e mitigação da poluição em áreas urbanas; e a gestão integrada de resíduos sólidos urbanos.

O acompanhamento da implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos é outra responsabilidade do órgão, que também deve propor a formulação da Política Nacional de Combate à Desertificação em conformidade com as diretrizes pré-estabelecidas pelo MMA e os compromissos da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação. Atuar no âmbito do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, com apoio aos estados, estimular a constituição dos Comitês de Bacia Hidrográfica são outras funções da secretaria, que deverá seguir os acordos e convenções internacionais ratificadas pelo país na área de sua competência. Outras tarefas do órgão são assessorar o ministério no cumprimento do contrato de gestão estabelecido com a Agência Nacional de Águas (ANA) e exercer a função de secretaria-executiva do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável
Compete a essa secretaria propor políticas e estratégias e promover estudos, com vistas ao desenvolvimento sustentável, para os temas: gestão e o ordenamento ambiental do território; gerenciamento ambiental das áreas costeiras; agroextrativismo; as experiências demonstrativas de desenvolvimento sustentável; as cadeias produtivas baseadas nos recursos da sociobiodiversidade; recuperação de áreas degradadas no meio rural; aspectos ambientais da produção sustentável de biocombustíveis; planejamento ambiental da aqüicultura; políticas de reposição florestal; e sustentabilidade ambiental da atividade turística e com o desenvolvimento do ecoturismo.

O órgão deve também coordenar a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) e promover a adoção de tecnologias sustentáveis, especialmente na agricultura, no agroextrativismo e na agroindústria e suas cadeias produtivas. A promoção do desenvolvimento de produtos e processos derivados de recursos genéticos da biodiversidade, a partir da bioprospecção e da caracterização técnico-econômica de cadeias produtivas, e o estímulo à gestão ambiental e ao desenvolvimento sustentável com populações tradicionais, povos indígenas, assentamentos rurais e produtores familiares, são outras tarefas da secretaria, que, assim como as demais, também deve executar políticas públicas decorrentes de acordos e convenções internacionais ratificadas pelo país.

Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental
O novo órgão deve articular e integrar as ações do governo interna e externamente, com o objetivo de implementar as políticas públicas de meio ambiente, construir agendas bilaterais ou multilaterais e discutir assuntos legislativos de interesse do ministério. Também serão tarefas do órgão harmonizar a atuação das unidades do MMA e entidades vinculadas nos órgãos colegiados, promover articulação institucional para implementar a descentralização de funções, formular e adotar estratégias e mecanismos para fortalecer os órgãos e entidades que compõem o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e gerir o Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente (Sinima).

A secretaria ainda deve desenvolver estatísticas ambientais e indicadores de desenvolvimento sustentável, bem como elaborar, coordenar e acompanhar a implementação da Agenda 21 brasileira e estimular a implementação de Agendas 21 locais e regionais. A coordenação e acompanhamento da Política Nacional de Educação Ambiental, da Conferência Nacional do Meio Ambiente, da Conferência Nacional Infanto-Juvenil de Meio Ambiente também são atribuições do órgão, que ainda deve apoiar administrativamente a Comissão Permanente do Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas, desenvolver cadastro geral de interlocutores do MMA e promover a adoção de códigos voluntários de conduta e tecnologias ambientalmente adequadas nas empresas e órgãos públicos.

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Composição do Conama passa por renovação

27/04/2007 - Rubens Junior - O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) passou pela renovação dos membros de suas 11 Câmaras Técnicas. A nova composição, válida para o biênio 2007/2009, foi anunciada na 85ª Reunião Ordinária do Conama, no auditório da Agência Nacional de Águas, realizada nos dias 25 e 26 deste mês, e manteve a proporcionalidade representativa dos cinco segmentos participantes: governo federal, governos estaduais, prefeituras municipais, setor empresarial e sociedade civil. Cada câmara técnica é composta por cinco membros, indicados por segmento, e mais dois eleitos. Apenas os empresários declinaram de apresentar candidatos às vagas eletivas. Este fato, porém, não feriu a consistência da proporcionalidade conquistada , disse o diretor do Conama, Nilo Diniz.
Câmaras técnicas e composição

Câmara de Biodiversidade, Fauna e Recursos Pesqueiros (1)

Entidades de Trabalhadores e da Sociedade Civil
- Associação Civil indicada pela Presidência da República; Associação de Defesa do Meio Ambiente (Adema/SP); Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
Entidade Empresarial
- Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
Governos Municipais
- Confederação Nacional de Municípios
Governos Estaduais
- Paraná
Governo Federal
- Ibama e Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (PR).

Câmara de Florestas e Atividades Agrossilvopastoris (2)

Entidade de Trabalhadores e da Sociedade Civil
- Entidades ambientalistas da região norte-Kanindé
Entidade Empresarial
- Setor Florestal
Governos Municipais
- Região Norte
Governos Estaduais
- Rio Grande do Sul
Governo Federal
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Ibama.

Câmara de Unidades de Conservação e demais Áreas Protegidas (3)

Entidades de Trabalhadores e da Sociedade Civil
- Entidades ambientalistas da região Norte - Novos Curupiras
Entidades Empresariais
- Confederação Nacional do Comércio
Governos Municipais
- Confederação Nacional dos Municípios
Governos Estaduais
- Distrito Federal e Amazonas
Governo Federal
- Ministério da Defesa e Ministério do Turismo.

Câmara de Gestão Territorial e Biomas (4)

Entidades de Trabalhadores e da Sociedade Civil
-Comunidade Indígena
Entidades Empresariais
-Setor Florestal
Governos Municipais
-Âmbito nacional
Governos Estaduais
-Pará e Roraima
Governo Federal
-Ministério do Desenvolvimento Agrário e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Câmara de Controle e Qualidade Ambiental (5)

Entidades de Trabalhadores e da Sociedade Civil
-Entidades Ambientalistas de Âmbito Nacional - Vidagua
Entidades Empresariais
-Confederação Nacional do Transporte
Governos Municipais
-Região Sul
Governos Estaduais
-Minas Gerais e Espírito Santo
Governo Federal
-Ministério das Cidades e Ministério do Meio Ambiente.

Câmara de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos (6)

Entidades de Trabalhadores e da Sociedade Civil
-Entidades Ambientalistas da Região Nordeste
Entidades Empresariais
-Confederação Nacional do Comércio
Governos Municipais
-Região Sul
Governos Estaduais:
-Alagoas e São Paulo
Governo Federal
-Ministério da Saúde e Ministério das Comunicações.

Câmara de Atividades Minerárias, Energéticas e de Infra-estrutura (7)

Entidades de Trabalhadores e da Sociedade Civil
-Entidades Ambientalistas da Região Sudeste - AMDA
Entidades Empresariais
-Confederação Nacional do Transporte
Governos Municipais
-Região Nordeste;
Governos Estaduais
-Alagoas.
Governo Federal
-Ministério da Integração Nacional e Ministério da Defesa.

Câmara de Economia e Meio Ambiente (8)

Entidades de Trabalhadores e da Sociedade Civil
-Entidades Ambientalistas da Região Sul - CAETÉ;
Entidades Empresariais
-Confederação Nacional da Indústria - CNI
Governos Municipais
-Região Centro-Oeste;
Governos Estaduais
-Goiás e Tocantins.
Governo Federal
-Ministério do Turismo e Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

Câmara de Educação Ambiental (9)

Entidades de Trabalhadores e da Sociedade Civil
-Entidades Ambientalistas da Região Centro-Oeste - OCA BRASIL
Entidades Empresariais
-Confederação Nacional do Comércio
Governos Municipais
-Confederação Nacional de Municípios - CNM
Governos Estaduais
-Bahia e Ceará.
Governo Federal
-Ministério da Cultura e Ministério do Esporte

Câmara de Assuntos Internacionais (10)

Entidades de Trabalhadores e da Sociedade Civil
-Entidades Ambientalistas da Região Sul - APROMAC
Entidades Empresariais
-Confederação Nacional da Indústria – CNI
Governos Municipais
-Região Nordeste
Governos Estaduais
-Maranhão
Governo Federal
-Ministério da Justiça, Comando do Exército e Membro Honorário.

Câmara de Assuntos Jurídicos (11)

Entidades de Trabalhadores e da Sociedade Civil
-Entidades Ambientalistas da Região Nordeste - GERC
Entidades Empresariais
-Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA
Governos Municipais
-Região Centro - Oeste
Governos Estaduais
-São Paulo e de Pernambuco
Governo Federal
-Ministério do meio Ambiente e Casa Civil da Presidência da República.

MMA conclui primeira fase para eleição do Conselho da Biosfera do Pantanal

25/04/2007 - Rubens Junior - O Ministério do Meio Ambiente, o Ibama e a Unesco concluíram a primeira fase do processo eleitoral da composição do Conselho Deliberativo da Reserva da Biosfera do Pantanal. Das 64 pessoas inscritas, 55 foram consideradas aptas a serem eleitas. Esses candidatos pertencem a 11 segmentos sociais, que terão seus representantes definidos em eleição. Participarão do Conselho, entre outros, integrantes da comunidade científica, de pescadores profissionais, de povos indígenas e populações tradicionais, de trabalhadores da indústria. Por sua vez, outros 13 segmentos, com organização formal, indicarão diretamente seus representantes. É o caso dos representantes de governo, de organizações não-governamentais e de produtores rurais.

A próxima fase do processo eleitoral será a realização das eleições, quando os candidatos habilitados receberão a cédula eleitoral específica de seu segmento. O processo terminará em junho próximo, quando os eleitos, empossados, iniciarão suas atividades, ou seja, analisar e propor políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável do Pantanal.

Presidente institui nova estrutura do MMA e órgãos vinculados

26/04/2007 - Marluza Mattos - O presidente da República em exercício, José de Alencar, assinou nesta quinta-feira (26) quatro atos que instituem a nova estrutura do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e de órgãos vinculados. Foram três decretos e uma medida provisória, que serão publicados no Diário Oficial da União. "Essas medidas fazem parte de um processo de amadurecimento no âmbito do ministério, ao longo dos últimos quatro anos, e que está se consolidando agora. Elas atendem também a uma demanda antiga da sociedade civil, que reivindicava uma estrutura adequada para o imenso patrimônio de riquezas naturais do Brasil", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em coletiva à imprensa no Palácio do Planalto.

Ela destacou que em 1989, quando o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi criado, o País possuía 113 unidades de conservação (UCs), o que correspondia a uma área de 15 milhões de hectares. Hoje, são 288 UCs, ou seja, 60 milhões de hectares. Segundo ela, um dos atos desta quinta-feira, a assinatura da medida provisória que cria o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - uma autarquia com autonomia administrativa e financeira, cuja principal função será propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as unidades de conservação (UCs) federais -, deve auxiliar na proteção e conservação do patrimônio natural do País. "Todo esse imenso patrimônio era cuidado por apenas uma diretoria dentro do Ibama. Com a criação do Instituto Chico Mendes, nós teremos uma estrutura específica para a implementação e criação de novas unidades", explicou Marina Silva.

O novo instituto deverá também executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis, apoiar o extrativismo e as populações tradicionais nas UCs de uso sustentável, além de fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade. O presidente em exercício assinou também um decreto que aprova a estrutura regimental e o quadro de cargos em comissão e das funções gratificadas da autarquia, que terá um presidente e quatro diretores nomeados pela Presidência da República.

O Ibama salientou a ministra, continuará com a sua função de licenciamento, fiscalização e autorização: "E estará focando as suas atribuições para ajudar a preservar esse patrimônio e a viabilizar o desenvolvimento em bases sustentáveis". Outro decreto assinado nesta quinta-feira aprova a nova estrutura e o novo quadro de cargos em comissão do Ibama. Ele determina que o instituto continuará a exercer o poder de política ambiental no âmbito federal. Estabelece também que deverá executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e controle ambiental a partir das diretrizes do MMA.

Conforme o decreto, o Ibama terá um órgão colegiado, o conselho gestor; um órgão de assistência direta e imediata ao seu presidente, o gabinete; e quatro órgãos seccionais: a Procuradoria Federal Especializada; a Auditoria Interna; a Corregedoria e a Diretoria de Planejamento, Administração e Logística. São quatro, também, os órgãos específicos singulares: a Diretoria de Qualidade Ambiental, a Diretoria de Licenciamento Ambiental, a Diretoria de Proteção Ambiental e a Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas. Além disso, há quatro órgãos descentralizados no instituto: superintendências, gerências executivas, centros especializados e unidades avançadas - bases operativas.

Um terceiro decreto assinado pelo presidente em exercício aprova a reestruturação do próprio ministério. Ele institui a Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, a Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável e a Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental. Determina ainda a nova estrutura organizacional da Secretaria-Executiva do MMA e da Secretaria de Biodiversidade e Florestas. "O MMA tem uma estrutura agora também à altura do desafio que temos no contexto da crise ambiental do Planeta. O Brasil é uma potência ambiental e tem que fazer jus a essa posição: somos responsáveis por 11% da água doce do planeta, por 22% das espécies vivas do mundo e temos a maior floresta tropical do Planeta", disse Marina Silva.

A ministra também ressaltou que o País tem uma agenda promissora na substituição das energias fósseis e que poderá contribuir com o processo de adaptação e mitigação dos impactos das mudanças do clima. Para ela, a produção de biocombustíveis em bases sustentáveis é fundamental nesse processo, com o qual as secretarias de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável e de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental terão muito com o que contribuir. "No governo federal, estamos trabalhando um plano nacional para enfrentar as mudanças do clima", completou. Segundo ela, esse contexto também influenciou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reestruturar o ministério e alguns órgãos vinculados para fortalecer cada vez mais o setor ambiental.

A nova estrutura, de acordo com Marina Silva, ainda capacitará o País para melhor atuar na implementação de acordos internacionais, como a Convenção das Mudanças do Clima, a Convenção da Diversidade Biológica ou a Convenção de Combate à Desertificação.

Marina Silva anuncia mudanças nas estruturas do MMA e do Ibama

25/04/2007 - Rafael Imolene - Marluza Mattos - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou na manhã desta quarta-feira (25), em Brasília, mudanças nas estruturas do MMA e do Ibama. As alterações, de acordo com Marina Silva, atendem aos novos temas incorporados à agenda mundial do meio ambiente, como as mudanças climáticas e a adoção de biocombustíveis, bem como contemplam a necessidade de fortalecer e modernizar os mecanismos de ação do governo federal. O anúncio foi feito durante a abertura da 85ª Reunião Ordinária do Conama, no auditório da Agência Nacional de Águas.

De acordo com Marina Silva, as mudanças fazem parte de uma estratégia amadurecida ao longo de quatro anos, e foi levada pelo MMA ao presidente da República. "Foi em cima da proposta do ministério que, tanto ele quanto eu, entendemos que a nova demanda mundial é o desafio da sua segunda gestão nesta área", disse a ministra. "Há uma possibilidade de o Brasil ser uma grande alternativa para o processo de transição dos combustíveis no Planeta. Nós queremos estar à altura desse processo. Está dentro das prioridades do País de proteger seus imensos recursos naturais e colocar o País à altura da agenda ambiental global", afirmou.

No ministério são quatro novas secretarias: de Mudanças do Clima e Qualidade Ambiental (Semuc), de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos (SRU), de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SDR) e de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (Saic). Elas substituem as secretarias de Qualidade Ambiental (SQA), de Recursos Hídricos (SRH), de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável (SDS) e de Coordenação da Amazônia (SCA) -- que teve suas atribuições absorvidas por todas as demais.

As secretarias de Biodiversidade e Florestas (SBF) e Executiva (Secex) foram mantidas, mas sofreram modificações internas. O secretário de Biodiversidade e Florestas nos últimos quatro anos, João Paulo Capobianco, agora assume a Secex, no lugar de Claudio Langone. O objetivo das mudanças é tornar o ministério mais ágil e eficiente para ser capaz de atuar com precisão em temas considerados prioritários. Com elas, acabam as superposições de funções, os sombreamentos de áreas e os setores com baixa sinergia. Na nova estrutura, há mais clareza sobre a competência de cada área, tornando mais simples os processo decisórios.

Ibama
O Instituto também passará por transformações. O recém-anunciado secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, fez uma apresentação com as futuras mudanças no órgão, como a criação de uma corregedoria-geral ligada à presidência do Ibama. Também anunciou a criação do Instituto Brasileiro de Conservação da Biodiversidade, cujo nome ainda é provisório. O novo órgão será responsável pela gestão das 288 unidades de conservação (UCs) de todo o país. Com o Ibama permanecem as responsabilidades de licenciamento ambiental, fiscalização e autorizações.

Segundo Marina Silva, as medidas fortalecerão tanto o Ibama quanto o novo instituto. "Criamos 20 milhões de hectares de unidades de conservação nos últimos anos. Apresentamos uma proposta ao Ministério do Planejamento e à Casa Civil e vamos ter um gestor para cada unidade de conservação deste País", afirmou a ministra. "Além disso, vamos operar o Fundo de Compensação Ambiental e o novo instituto será um órgão beneficiado com o dinheiro da compensação, que vai para a regularização fundiária, implementação de unidades e criação de estrutura. Nós queremos que os nossos parques sejam visitados, gerando receita e consciência na população sobre nossas riquezas naturais".

Novo secretariado do MMA
Thelma Krug
Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental
Secretária-adjunta de Políticas e Programas de Ciência e Tecnologia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e vice-presidente do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), Thelma Krug é graduada em Matemática e tem mestrado em Probabilidade e Estatística pela Roosevelt University. Fez doutorado, também na área de Probabilidade e Estatística, na University of Sheffield.
No Inpe, onde trabalha desde 1983, desenvolveu pesquisas sobre emissões de gases de efeito estufa oriundas de atividades de mudança do uso da terra e por queima de biomassa no Cerrado não antropizado, foi coordenadora-geral de Observação da Terra e chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto. Dentre suas áreas de atuação, também estão Recursos Florestais e Engenharia Florestal, no âmbito das Ciências Agrárias, e Geociências, na área de Ciências Exatas e da Terra.
Recebeu a Condecoração da Legião do Mérito da Academia Brasileira de Engenharia Militar, o Prêmio Missão Austríaca da Diretoria de Serviço Geográfico do Ministério do Exército, o Cavaleiro da Ordem do Mérito Cartográfico, da Sociedade Brasileira de Cartografia, e Honra ao Mérito, da Franklin Honor Society, dos Estados Unidos. Publicou inúmeros artigos, trabalhos e obras e é orientadora de teses de mestrado e doutorado.

Maria Cecília Wey de Brito
Secretária de Biodiversidade e Florestas
Desde janeiro de 2007, Maria Cecília Wey de Brito foi responsável pela Coordenadoria de Licenciamento Ambiental e Proteção dos Recursos Naturais da Secretaria do Meio Ambiente do estado de São Paulo e, nos últimos cinco anos, coordenou o Programa de Preservação da Mata Atlântica, que envolve o governo estadual e o governo alemão (KfW).
É engenheira agrônoma, graduada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz, da Universidade de São Paulo (USP), e mestre em Ciência Ambiental, também pela USP.

Maria Cecília foi membro da coordenação do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (Biota), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e consultora ad hoc do Fundo de Parcerias para Ecossistemas Críticos (Critical Ecosystem Partnership Fund - CEPF), iniciativa da Conservation International, Banco Mundial, Global Environmental Facility, Fundação MacArthur e do governo do Japão. Foi diretora-executiva da Fundação Florestal e diretora-geral do Instituto Florestal, ambos da secretaria estadual de meio ambiente. Coordenou a Aliança para a Conservação da Mata Atlântica, que uniu a Fundação SOS Mata Atlântica e a Conservation International do Brasil, entre 2000 e 2003. Atuou no curso de pós-graduação em Turismo e Hotelaria da Faculdade Senac, como responsável pelo curso de pós-graduação em Ecoturismo (Latu sensu), e na disciplina Planejamento e Manejo de Unidades de Conservação do curso em Gestão Ambiental da Faculdade Senac de Educação Ambiental. Ainda é autora de várias obras especializadas.

Egon Krakhecke
Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável
Engenheiro agrônomo, Egon Krakhecke foi vice-governador do Mato Grosso do Sul e secretário de Planejamento, Ciência e Tecnologia do estado no segundo governo de Zeca do PT, entre 2003 e 2006. No primeiro governo, foi secretário de Meio Ambiente e, depois, de Meio Ambiente, Cultura e Turismo. Participou da fundação do Partido dos Trabalhadores no estado e hoje integra os diretórios regional e nacional.

Egon Krakhecke é funcionário aposentado do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Entre 1980 e 1987, foi professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Tem especialização em Desenvolvimento Econômico pela Comision Económica para a América Latina y El Caribe das Nações Unidas (Cepal)/Instituto Latinoamericano y del Caribe de Planificación Económica y Social (Ilpes) e prestou serviços de consultoria ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a outras instituições e empresas privadas.

Egon Krakhecke nasceu em Garibaldi, no Rio Grande do Sul, em 21 de abril de 1941. Em 1973, mudou-se para o Mato Grosso do Sul e ajudou a organizar e coordenar diversos movimentos sociais ligados aos direitos humanos, à reforma agrária e à defesa do meio ambiente.

Luciano Zica
Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano
Ocupou por 11 anos uma vaga na Câmara dos Deputados por São Paulo, deixando a Casa na legislatura que encerrou no início de 2007, e pautou sua atuação pela preocupação com os problemas ambientais. Coordenou, em 2003, o grupo de trabalho criado para acelerar a tramitação do projeto de lei da Mata Atlântica, aprovado e sancionado no final de 2006.

Na Câmara, também apresentou propostas para instituir uma política nacional de resíduos sólidos no país. Foi membro das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, de Minas e Energia, de Ciência e Tecnologia e de Constituição e Justiça. Além disso, coordenou os núcleos de meio ambiente e de infraestrutura da bancada de deputados do Partido dos Trabalhadores.

Zica nasceu em Biquinhas, em Minas Gerais, em 07 de janeiro de 1951. Técnico em processamento de petróleo, hoje está aposentado. Foi vereador de Campinas, cidade onde cursou, sem concluir, Ciências Sociais na Pontifícia Universidade Católica.

Hamilton Pereira
Secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental
Presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-secretário de Cultura do Distrito Federal, no governo de Cristovam Buarque, Hamilton Pereira da Silva teve sua trajetória marcada pela mobilização social. Ajudou a fundar sindicatos de trabalhadores rurais em todo o país e foi o primeiro secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Goiás.

Ex-seminarista atuou durante vários anos no Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e na Comissão Pastoral da Terra (CPT), organismos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Acompanhou o Movimento dos Sem-Terra e participou da fundação do Partido dos Trabalhadores. Em 1987, foi eleito membro da Comissão Executiva Nacional do PT, responsável pelas políticas agrárias. Em 11000, coordenou a elaboração de documentos que orientaram o partido nas áreas de reforma agrária, política agrícola e segurança alimentar. Em 2002, coordenou a área cultural da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República.

Hamilton Pereira nasceu em 06 de julho de 1948, em Porto Nacional, hoje, Tocantins. É poeta e já publicou livros no Brasil e no exterior.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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