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ARPA VAI PARTICIPAR DA REDE POVOS DA FLORESTA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

04/05/2007 - Adriano Ceolin - O Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) vai participar da Rede Povos da Floresta, implementando dez pontos na região amazônica que servirão de monitoramento, centros de formação e núcleos comunitários para comunidades tradicionais indígenas e unidades de conservação de proteção integral.

Em março deste ano, foi firmado um acordo de cooperação entre os ministérios do Meio Ambiente, das Comunicações e a Associação de Cultura e Meio Ambiente, representante da Rede Povos da Floresta - que tem como origem a Aliança dos Povos da Floresta, criada nos anos 1980 por lideranças como Chico Mendes, Ailton Krenak e David Yanomamy, entre outros.

A meta é implementar 150 pontos no Brasil inteiro. O Arpa vai se responsabilizar por dez deles, que ficarão localizados em áreas de conservação dos estados do Amazonas e do Acre. O nome do projeto chama-se Rede Digital de Monitoramento, Vigilância e Educação Ambiental em Áreas Protegidas.

Seu objetivo é "fortalecer o papel das comunidades tradicionais e povos indígenas na gestão ambiental de áreas protegidas e seus entornos, com destaque ao monitoramento, vigilância, educação ambiental, de forma articulada com as políticas culturais, educativas e com as agendas de promoção da sustentabilidade das comunidades envolvidas".

De acordo com o texto do projeto, os benefícios vislumbrados são "agilidade; capacidade de articulação; comunicação de baixo custo; aliança com as comunidades; técnicos do Ibama conectados; aspecto inovador da inclusão digital; comunidade conscientizada sobre a importância das unidades de conservação".

Segundo Virgínia Gandres, uma das coordenadoras da Rede Povos de Floresta, os pontos serão de três tipos: centro de formação; monitoramento e vigilância; e núcleo comunitário/monitoramento e vigilância. Entre os dez pontos do Arpa, seis ficarão localizados em unidades de conservação no Amazonas e quatro no Acre. "Esse projeto visa transformar a antiga relação de órgão fiscalizador e as comunidades locais, promovendo a participação de todos no monitoramento ambiental", disse Virgínia.

O Arpa é um programa do governo federal, em parceria com organizações não-governamentais, doadores e governos estaduais e municipais da Amazônia. A coordenação é feita pelo Ministério do Meio Ambiente e a execução pelo Ibama, Funbio e os governos do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins.

O programa tem como doadores GEF, através do Banco Mundial, KFW e a ong WWF-Brasil, que também atua na cooperação técnica ao lado da Agência Alemã de Cooperação (GTZ). Em funcionamento desde 2002, o Arpa pretende criar, implementar e consolidar 37,5 milhões de hectares de novas unidades de conservação e consolidar 12,5 milhões de hectares de unidades existentes até o ano de 2012.

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Fórum de Florestas da ONU firma acordo mundial proposto pelo Brasil

04/05/2007 - Rubens Júnior - A 7ª Sessão do Fórum de Florestas das Nações Unidas foi concluída no último dia 29 de abril com um fato inédito: a aprovação de um acordo internacional em torno de quatro objetivos essenciais à conservação das florestas e à melhoria da qualidade de vida das populações, sobretudo daquelas que extraem seu sustento diretamente da natureza. Tanto o acordo quanto os objetivos, acatados depois de debates, foram sugestões feitas pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil.

O acordo será agora submetido - para aprovação - à Assembléia Geral da ONU. Quando isto ocorrer, automaticamente os países em todo o mundo ficarão moralmente compromissados a alcançar aqueles objetivos. São eles: 1) Reverter a perda de cobertura florestal; 2) Fortalecer os benefícios econômicos relacionados às florestas e à qualidade de vida das populações que delas vivem; 3) Aumentar o tamanho das áreas de floresta protegidas, bem como a prática do manejo florestal sustentável e a proporção de produtos provenientes do manejo 'inteligente'; 4) Aumentar o volume de recursos para financiamento dos planos de manejo sustentável e das ações de conservação florestal.

Segundo o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB/MMA), Tasso Azevedo, o acordo traz à luz objetivos nacionais e de cooperação fundamentais para que o mundo avance na melhoria das condições gerais de vida do Planeta, a meta primordial. A cooperação entre as nações será determinante para aumentar o volume de recursos financeiros para a área ambiental. Para elevar a qualidade das intervenções técnicas. E para propiciar a transferência de tecnologia entre países para melhorar os processos de conservação e manejo , diz Tasso Azevedo, que representou o Brasil na 7ª Sessão do Fórum de Florestas, realizada em Nova York.

"Durante o Fórum, o Brasil reafirmou sua posição em respeito à soberania dos países em relação às suas florestas, ao mesmo tempo em que reconheceu a necessidade da realização de um esforço global, a exemplo do que o Brasil vem fazendo, destinado a apoiar outros países a conservar suas florestas e a adotarem técnicas de manejo e de desenvolvimento sustentável", afirma Tasso Azevedo.

Além do acordo e dos objetivos, lembra Tasso Azevedo, o Fórum definiu um plano de trabalho. Deste ano até 2015, a cada dois anos, seus membros se encontrarão para revisar os progressos esperados em relação aos quatro objetivos, além de tratar de questões específicas que surjam durante o processo. No primeiro encontro, em 2009, dois temas já foram decididos para análise do grupo: Florestas & Clima e Florestas e Unidades de Conservação.

Segundo Tasso Azevedo, o Brasil vem desenvolvendo políticas públicas, com resultados concretos, para atingir os quatro objetivos aprovados no acordo no Fórum da ONU. Alguns exemplos: Com a colocação em curso do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia (PPCDAM), o governo federal conseguiu reduzir a taxa de desmatamento ilegal na Amazônia em 52%. Em 2006, um recorde histórico: o Brasil plantou 627 mil hectares de florestas de produção. Pela primeira vez, foram plantados mais de um bilhão de árvores em um único ano, ao mesmo tempo em que a participação dos pequenos produtores na área plantada atingiu 25%, superando em muito os 7,8% alcançados em 2002.

Nos primeiros quatro anos do atual governo, o MMA criou mais de 20 milhões de hectares de áreas protegidas, alcançando cerca de 60 milhões de hectares protegidos em todo o território nacional. O governo aprovou a criação do Distrito Florestal da BR-163, onde serão desenvolvidas técnicas de manejo sustentável. Criou sistemas de monitoramento por satélite, como o Detecção em Tempo Real (Deter). Propiciou o surgimento do Fundo de Compensação Ambiental, gerenciado pela Caixa Econômica Federal, abastecido com contribuições financeiras de empresários responsáveis por empreendimentos que causem impacto ambiental.

O governo brasileiro também se colocou à disposição daqueles países que desejarem tecnologias adotadas na conservação das florestas e na extração de riquezas naturais sem destruir as florestas nacionais.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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