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EM GREVE, SERVIDORES DO IBAMA NO AMAZONAS DIZEM QUE ÓRGÃO CORRE RISCO DE EXTINÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

4 de Maio de 2007 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Amazonas iniciaram hoje (4) greve por tempo indeterminado contra o que consideram um "desmonte" da instituição. O estado é o primeiro a deflagrar o movimento. O Ibama tem 268 funcionários no Amazonas.

Com a greve, estão funcionando apenas os serviços essenciais, como coleta e tratamento de animais silvestres, e fiscalizações emergenciais, como a realizada no sul do estado, região que concentra os maiores problemas de desmatamento.

O presidente da Associação dos Servidores do Ibama no Amazonas, Adilson Cordeiro, destaca que a greve não é por questões salariais, mas pela unicidade do órgão. Na semana passada, foi publicada a medida provisória que cria uma nova autarquia federal, responsável pela gestão, implementação e proteção das unidades de conservação, o Instituto Chico Mendes. Além disso, foi modificada a estrutura do Ministério do Meio Ambiente, com a criação de quatro novas secretarias.

"Não tenho dúvida nenhuma de que esse é o primeiro passo mais firme para a extinção do Ibama. O Instituto Chico Mendes é um nome disfarçado para tratar das unidades de conservação. Você tem as agências nacionais de florestas, a Secretaria Especial da Pesca, e agora o que sobra? Não sobra nada", questiona Cordeiro, para quem a "crise" no setor teria começado porque o Ibama ainda não concedeu licenciamento ambiental para a construção das hidrelétricas do Rio Madeira.

O superintendente do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira, diz que servidores do próprio órgão vão atuar no Instituto Chico Mendes. "Nós fomos convocados pelo Ministério do Meio Ambiente para tomar conhecimento das mudanças estruturais e da criação do Instituto Chico Mendes. Fomos orientados a apresentar, nos próximos 90 dias, as questões administrativas para que haja a separação de recursos humanos, patrimônio, necessárias para a implantação do instituto", conta Pereira.

A direção nacional do Ibama anunciou recentemente o fechamento dos escritórios regionais do Amazonas que não têm unidades de conservação. Seriam fechados os escritórios de Eirunepé, Tabatinga, Coari, Boca do Acre e Parintins.

Funcionários do Ibama preparam protestos contra divisão do instituto

2 de Maio de 2007 - Aline Bravim - Da Agência Brasil - Brasília - As mudanças no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), previstas na Medida Provisória (MP) 366 – que cria o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, além de desmembrar o Ibama em duas instituições, – provocaram reações nos funcionários.

Os servidores vão fazer manifestações para tentar convencer parlamentares a não aprovarem a MP. Segundo a presidente da Associação dos Servidores do Ibama no Distrito Federal (Asibama - DF), Lindalva Cavalcanti, a medida provisória é incoerente e acaba com a unicidade da gestão ambiental.

Ela criticou afirmações feitas pelo novo secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco. “As palavras de autoridades do Ministério do Meio Ambiente como as do Capobianco, de que a MP fortalece o Ibama, são inverdades. Essa medida tira parte de recursos substanciais do Ibama, que já são escassos, para colocar dentro do instituto e que só vão gerir as unidades de conservação”, contestou Cavalcanti.

A presidente questionou ainda o fato de que o novo Instituto Chico Mendes passará a receber recursos que não eram repassados ao Ibama, mesmo com as deficiências enfrentadas pelo órgão.

De acordo com ela, as manifestações são uma forma de pressão. Ela diz que a greve é o último recurso. “Queremos mostrar ao presidente Lula que essa MP, criada pelo MMA com o aval da Casa Civil, leva ao enfraquecimento do Ibama. Parece que existe uma forma de esvaziar o Ibama para que ele perca credibilidade”, afirmou.

As manifestações serão feitas em todas as cidades brasileiras que tiverem unidades do Ibama, e em todos os lugares em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursar. “Nós estaremos com pelo menos um servidor do Ibama levantando uma bandeira. Vamos continuar lutando com toda nossa garra contra a MP 366”, ressaltou Cavalcanti.

Segundo a presidente do Asibama, o primeiro protesto será feito no próximo sábado (5), em frente ao anexo 2 da Câmara dos Deputados. Em seguida, haverá um encontro com parlamentares, para pedir que eles derrubem a MP. Na sexta-feira (4), será realizada uma assembléia com servidores do DF, incluindo trabalhadores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), para avaliar os trabalhos elaborados e dar novos rumos ao movimento.

Lindalva Cavalcanti disse que os protestos vão durar conforme os fatos e negociações e que se for preciso uma greve nacional, ela será feita.

Fiscais do Ibama apreendem em São Paulo madeira ilegal vinda da Amazônia e da Mata Atlântica

3 de Maio de 2007 - Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fizeram barreiras hoje (03) em duas das principais rodovias federais de São Paulo para interceptar caminhões carregados com madeira irregular ou produtos que infringiram a legislação ambiental. Nesta quinta-feira, a operação foi realizada nas rodovias Fernão Dias (BR 381), próximo ao município de Vargem (SP), e na Transbrasiliana (BR 153), próxima à cidade de São José do Rio Preto (SP). A ação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal.

Segundo Luís Antônio Gonçalves de Lima, coordenador estadual de fiscalização do Ibama em São Paulo, a operação teve início em março deste ano e, até o momento, o órgão já apreendeu cerca de 704 metros cúbicos de madeira (o equivalente a quase 30 carretas) e aplicou quase R$ 1 milhão em multas, além de ter lavrado quase 100 autos de infração. Todas as pessoas que tiveram a carga apreendida vão responder por crime ambiental.

“Essa operação visa coibir o transporte, o armazenamento e a comercialização de produto ilegal, oriundo da Amazônia e da Mata Atlântica. O estado de São Paulo é o estado que tem maior consumo desses produtos”, afirmou Lima.

“Essas madeiras que vêm para o estado de São Paulo vêm basicamente para a construção civil e são utilizadas de forma indiscriminada”, diz o coordenador do Ibama. Segundo ele, a operação foi realizada no estado de São Paulo para poder “reprimir a demanda” do consumo de madeira. “Obviamente isso tem reflexo nos estados onde estão sendo extraídos os produtos”, afirma.

De acordo com Lima, os materiais apreendidos pelos fiscais do Ibama serão retidos e, “depois de um procedimento administrativo e criminal, esses produtos provavelmente serão doados para instituições de caridade e filantrópicas”.

A operação do Ibama realizada em diversas rodovias do estado foi facilitada pela utilização do novo sistema de controle de produtos florestais, o Documento de Origem Florestal (DOF). O coordenador estadual do Ibama explicou que o DOF é um “mecanismo informatizado em que o Ibama controla o transporte e a comercialização de produtos florestais, no caso, especialmente de madeira”.

Na próxima etapa da operação, o Ibama pretende intensificar a fiscalização das empresas que comercializam essa madeira ilegal. “É importante que a população saiba que, quando for adquirir um produto florestal, é sempre importante verificar se aquela empresa que está comercializando a madeira possui registro no Ibama, porque isso é o primeiro passo para a legalidade”, afirma Lima.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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