04-05-2007
- São Paulo - País pagou sua
dívida na entidade e vai defender a
manutenção da moratória
à caça. Venezuela e Colômbia
são os próximos alvos do Greenpeace
para que os defensores das baleias obtenham
maioria na próxima reunião da
Comissão, em Anchorage, no Alasca.
Depois de meses pressionando
o Equador a tomar partido em defesa das baleias,
o Greenpeace finalmente conseguiu fazer com
que o país saísse de sua imobilidade
na Comissão Internacional de Baleias.
O governo equatoriano anunciou oficialmente
nesta sexta-feira que vai pagar sua dívida
na Comissão e participar ativamente
na defesa das baleias.
A boa nova surgiu num grande
evento realizado no Equador para cerca de
150 pessoas, entre as quais os ministros do
Meio Ambiente, Relações Exteriores
e Turismo do país, além de diversas
ONGs, como o Greenpeace, e diplomatas de outros
países, incluindo o Japão –
notório defensor da caça às
baleias.
O Greenpeace organizou no
fim de semana passado atividades em seis cidades
brasileiras – Rio de Janeiro, Campos do Jordão
(SP), Brasília, Belo Horizonte, Salvador
e Porto Alegre – pedindo que o Equador votassem
pela conservação das baleias
na Comissão Internacional na próxima
reunião marcada para o final deste
mês, em Anchorage, no Alasca (Estados
Unidos). Diversas faixas foram preenchidas
por assinaturas e comentários das pessoas
e depois enviadas ao consulado equatoriano
em Salvador.
A estratégia de pressão
já havia funcionado antes com a Nicarágua,
que também se comprometeu a apoiar
a conservação das baleias na
Comissão Internacional. Ativistas do
Greenpeace levaram centenas caudas de baleias
de papelão, para a frente de embaixadas
e consulados nicaragüenses em 11 países
do mundo, para montar um imenso cemitério.
A pressão deu certo e a Nicarágua
anunciou que irá mudar seu posicionamento
na próxima reunião da Comissão
Internacional de Baleias.
Com a conquista também
do Equador, agora as atenções
do Greenpeace se voltam para outros países
sul-americanos que podem engrossar o coro
dos contrários à caça
– notadamente Venezuela e Colômbia.
Liderados pelo Japão,
muitos países querem derrubar a moratória
da caça comercial de baleias, o que
contribuiria para a extinção
de muitas espécies. Apesar dessa moratória
existir desde 1986, esses países continuam
a caçar sob o pretexto de realizarem
“pesquisa científica”. No entanto,
a comunidade científica já mostrou
que é possível realizar estudos
e alcançar importantes resultados sem
a necessidade de matar baleias.