04/05/2007
- Empreendimentos públicos, que contribuem
para a melhoria da qualidade do meio ambiente,
devem ter um tratamento diferenciado nos processos
de licenciamento no âmbito da Secretaria
do Meio Ambiente do Estado. Esta a opinião
do secretário do Meio Ambiente, Xico
Graziano, falando a respeito da estação
de tratamento de esgoto do Município
de Mogi Mirim, cujo prefeito Carlos Nelson
Bueno solicitou maior agilidade na aprovação
do pedido de licença.
O encontro ocorreu em Mogi
Guaçu, onde Graziano se encontrou também
com o prefeito local, Hélio Miachon
Bueno, e com a vereadora Claudia Diegues,
de Estiva Gerbi, durante visita às
instalações da International
Paper, fabricante de papel, que investiu US$
129 milhões em sistemas de controle
de odor, material particulado e substituição
de cloro elementar no sistema produtivo.
Segundo o secretário,
o processo para aprovar estações
de tratamento de esgoto é igual ao
de qualquer outro empreendimento. “Vamos alterar
o procedimento de licenciamento de obras de
interesse público, para reduzir os
prazos praticados atualmente”, afirmou. Para
isso, a CETESB – Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental será transformada
em agência ambiental, que irá
assumir atribuições de outros
órgãos envolvidos nos processos
de licenciamento como o Departamento de Avaliação
de Impacto Ambiental – DAIA, Departamento
Estadual de Proteção dos Recursos
Naturais – DEPRN e Departamento de Uso do
Solo Metropolitano – DUSM.
O prefeito de Mogi Mirim,
que ouviu do secretário que a estação
de tratamento esgoto será tratada como
prioridade pela Secretaria do Meio Ambiente,
disse que se trata de uma obra fundamental
para o município, com 100 mil habitantes,
e deverá contribuir para a recuperação
da qualidade das águas do Rio Mogi
Guaçu.Na visita à International
Paper, Graziano salientou que os investimentos
realizados pela empresa também terão
reflexos positivos no rio. “As empresas da
região estão fazendo a sua parte
e com isso o rio está voltando a ser
piscoso”, salientou.
Acompanhado pelo presidente
da empresa, Máximo Pacheco, o secretário
conheceu o novo sistema de tratamento de efluentes
que promove a redução de 99%
da carga orgânica lançada no
Rio Mogi Guaçu, o sistema de eliminação
do uso de cloro no branqueamento da celulose,
o precipitador eletrostático para o
controle da emissão de material particulado
e sistema de coleta e incineração
de gases odoríferos e novas chaminés
para dispersão para minimizar o odor
emitido pela fábrica.
Texto: Newton Miura
Foto: José Jorge
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Operações
para içamento do rebocador Pegasus
deverão ter início
04/05/2007 - As operações para
o içamento do rebocador Pegasus, que
naufragou no estuário de Santos, no
último dia 2, devem ter início
neste sábado (05/05), logo após
a reunião agendada para as 9 horas
na Capitania dos Portos, onde serão
definidos os procedimentos a serem adotados.
Entre os cuidados exigidos pela CETESB, que
participa da operação, estão
o monitoramento constante de mergulhadores
e a colocação de barreiras de
contenção para evitar que o
manguezal e as praias sejam atingidas, caso
ocorra vazamento de óleo dos tanques
de combustível da embarcação.
Na tarde de hoje (04/05),
foi realizada reunião na agência
da CETESB em Santos, da qual participaram
os representantes da empresa responsável
pela embarcação, a Wilson Sons,
e da Ecosorb, especializada em operações
desse porte. Ficou acertado que a empresa
apresentará uma planilha com a descrição
dos equipamentos disponíveis e os procedimentos
que serão adotados para a remoção
do barco, sem que haja risco de vazamento
do óleo diesel contido nos tanques,
com volume estimado de aproximadamente 50
mil litros.
O rebocador Pegasus naufragou no Estuário
de Santos na manhã de quarta-feira,
em um ponto conhecido como Farol de Itapema,
próximo à Base Aérea
de Santos e ao bairro Vicente de Carvalho,
no Guarujá. No mesmo dia, foi providenciada
a colocação de barreiras de
contenção, mas na tarde do dia
seguinte (03/05), uma vistoria marítima
indicou a presença de película
de óleo em alguns pontos próximos
à Ilha Diana, em área de manguezal.
O produto, em pequena quantidade, foi removido
com material absorvente. Novo monitoramento
feito ao longo da Ponta da Praia e do Rio
Diana não indicou novas manchas.
A empresa responsável
pela embarcação, a Wilson, Sons,
contratou uma equipe especializada para fazer
o monitoramento de área e planejar
a remoção do rebocador. Já
foi definido que os 50 mil litros de óleo
diesel contido nos tanques não serão
removidos antes do seu içamento, pois
não há risco aparente de vazamento.
O rebocador encontra-se
submerso a aproximadamente 8 metros de profundidade.
A CETESB participa do atendimento através
de equipes da Agência Ambiental de Santos
e do Setor de Operações de Emergência.
A Codesp, o Corpo de Bombeiros e a Capitania
dos Portos também participam da operação.
Texto: Eli Serenza