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de Maio de 2007 - Amanda Mota - Repórter
da Agência Brasil - Manaus - A primeira
fábrica de preservativos do Brasil
a usar látex de seringueira será
inaugurada em junho no município de
Xapuri, no Acre. Ela faz parte dos 45 novos
projetos que serão implantados nas
áreas de abrangência da autarquia
federal - Amazonas, Acre, Rondônia,
Roraima e os municípios de Macapá
e Santana, no Amapá. O prazo dado para
que os investidores iniciem suas produções
é de três anos.
De acordo com a direção
da Superitendência da Zona Franca de
Manaus (Suframa) – que aprovou nesta semana
os incentivos fiscais –, a produção
da fábrica deve chegar a 200 milhões
de preservativos ao ano. Com o novo empreendimento,
espera-se viabilizar a economia extrativista
da borracha e ampliar a distribuição
gratuita de camisinhas na rede de serviços
públicos de saúde.
O superintendente adjunto
de Projetos da Suframa, Oldemar Ianck, explica
que a operação da fábrica
será feita por meio de Parceria Pública
Comunitária (PPC), que conta com 420
produtores da Reserva Extrativista Chico Mendes,
localizada nos municípios de Xapuri
e Brasiléia (AC). Ele acredita que
esse projeto contribui para a inclusão
social e a promoção da cidadania
do homem do interior.
“A operação
da fábrica será feita por meio
de Parceria Pública Comunitária,
o que representa um processo de integração
intra-regional e um processo de beneficiamento
dos atores sociais, dos estados e municípios
que compõem a Amazônia Ocidental.
O investimento na indústria de preservativos
usando látex natural é fruto
das taxas de serviços recolhidas pela
Suframa no Pólo Industrial de Manaus”,
explica.
Ianck dia que “o látex
natural é a grande potencilidade da
Amazônia, em particular do estado do
Acre. Para nós, o mais interessante
desse projeto é poder fazer a inclusão
social e a promoção da cidadania,
ou como diria o povo acreano, a 'florestania'
dos homens do interior que vivem na ou próximos
da floresta”.
Oldemar Ianck destaca ainda
que, a partir da aprovação dos
incentivos pela Suframa para os 45 novos projetos,
os fabricantes autorizados para iniciar atividades
planejam injetar na economia local US$ 720
milhões em investimentos totais e gerar
mais de mil empregos diretos nos próximos
anos.
Segundo Ianck, os projetos
prevêem exportações de
US$ 250 milhões a partir do primeiro
ano de atividade, chegando a mais de US$ 375
milhões no terceiro ano. De acordo
com a Suframa, as metas de exportação
propostas pelas empresas devem ser cumpridas
sob pena de perda ou redução
de incentivos.
Entre os novos projetos
destacam-se o setor de duas rodas, para produção
de motocicletas e motonetas acima de 100 até
450 cilindradas, microcomputadores portáteis,
TV em cores com tela de cristal líquido,
receptores de sinal de TV via cabo e espelho
retorvisor interno eletrônico para veículo
de quatro rodas.
Uma das empresas beneficiadas
com os incentivos anunciados é a Jabil,
responsável pela produção
de produtos diversos, mas sem marca própria.
“Produzimos para fabricantes diferentes, em
setores distintos. A Jabil produz e a empresa
que nos contrata insere no produto a sua marca”,
explica o gerente de desenvolvimento de negócios
da Jabil, Celso Piacentini.A partir dos novos
benefícios que serão concedidos
pela Suframa, a Jabil irá produzir
aparelhos de TV convencional e também
TV LCD.
Atualmente, a empresa emprega
2,4 mil funcionários, mas tem como
meta chegar aos 3 mil colaboradores até
novembro. “A aprovação desses
incentivos representa para as empresas benefícios
para nossa permanência no Amazonas e
também maiores garantias para a competitividade
com os produtos asiáticos”, finaliza.