11
de maio - A Funai está realizando uma
reestruturação administrativa,
visando maior eficiência no atendimento
aos povos indígenas em todo o país.
Por meio do Decreto edição nº
76 de 20 de abril de 2007, foi instituído
o Comitê Gestor de Ação
Indigenista Integrada para a Região
da Grande Dourados, no Estado do Mato Groso
do Sul, como instância de coordenação,
articulação, avaliação
e monitoramento das ações de
competência da União, nas Aldeias
indígenas Guarani Kaiowá e Guarani
Ñandéva.
O Comitê Gestor é
composto por um representante de cada órgão
e entidades a seguir indicados. Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, que o coordenará; Casa Civil
da Presidência da República;
além dos Ministérios do Desenvolvimento
Agrário, da Ciência e Tecnologia,
da Educação, da Cultura, do
Esporte e das Cidades. Também participam
a Secretaria Especial dos Direitos Humanos
da Presidência da República e
a Secretaria Nacional de Segurança
Pública do Ministério da Justiça;
além da Fundação Nacional
do Índio – FUNAI; Fundação
Nacional de Saúde – FUNASA; Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA; e Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
– EMBRAPA.
A portaria nº 352,
de 07 de maio de 2007, transforma o Núcleo
de Apoio Local de Dourados, em Administração
Executiva Regional do Cone Sul do Mato Grosso
do Sul, com sede em Dourados, e cuja administração
foi designada ao servidor Eliezer Cardoso
Louzado Cruz. Assim, a Administração
Regional de Amambai passa a operar como Núcleo
de Apoio Operacional de Amambai, subordinado
à Administração do Cone
sul, conforme a portaria de nº 353 de
07 de maio de 2007.
+ Mais
Etnias Kayapó e Juruna
exibem artesanato e dança em São
Paulo
11 de maio - Ribeirão Preto (SP) sediará,
de 14 a 20 de maio, a II Semana Nacional de
Museus, na qual serão realizadas exposições
nos Museus Plínio Travassos dos Santos
e Francisco Smith. Com o objetivo de divulgar
a cultura indígena como processo de
inclusão social, a Fundação
Nacional do Índio (Funai) promove a
ida de índios das etnias Kayapó
e Juruna à cidade, a fim de expor o
artesanato, realizar apresentações
culturais e ressaltar a importância
dos povos indígenas.
Simultaneamente, o “Virada
Cultural”, movimento de arte que faz intercâmbio
cultural entre as mais diversas realidades
brasileiras, receberá uma expedição
da etnia Kayapó para uma exibição
de dança, programada para 20h do dia
19 de maio, no Parque de Exposições
da Prefeitura de Ribeiro Preto. Este evento
tem 24 horas de duração, abrange
nove municípios do Estado de São
Paulo e traz como tema deste ano o patrimônio
cultural.
A escolha
A II Semana de Museus optou
por apresentar ao público desta edição
os trabalhos confeccionados pelas etnias Kayapó
e Juruna. A arte Juruna torna-se expressiva
devido às cores fortes de suas cerâmicas,
que geralmente são constituídas
por resinas, assim como é relevante
o trabalho apresentado também nas cestarias,
colares e vestimentas de rituais. Já
os Kayapó além de expor o artesanato
tradicional de sua cultura, eles comercializam
peças que utilizam no cotidiano como
borduna, lança, arco e flecha entre
outras, que auxiliam caça, pesca e
eventualmente para defesa pessoal.
A proposta dessas exposições
surgiu da necessidade da Secretaria de Cultura
do Estado de São Paulo, juntamente
com a Funai, em discutir sobre a cultura indígena
como patrimônio universal. O impacto
ambiental provocado após a aproximação
do homem branco será um dos assuntos
abordados no evento, que contará com
a presença do servidor e administrador
Executivo Regional de Colider, Megaron, o
líder Kayapó Raoni, dentre outras
lideranças indígenas.
+ Mais
Índio terena brasileiro
participa em Israel de Seminário para
Líderes Indígenas sobre Desenvolvimento
Rural Integrado
10 de maio - Na próxima
semana, o indígena terena da Aldeia
Bananal (MS), Miguel Jordão desembarca
em Israel, para representar o Brasil em um
seminário inédito para líderes
indígenas da América Latina,
no Weitz Center for Development Studies (Cerur),
na cidade de Rehovot. O evento começa
no próximo dia 14 e se encerra em 27
de maio.
Funcionário da Fundação
Nacional do Índio (Funai), em Campo
Grande (MS), e formado em Administração
de Cooperativa e Empresas Ruais, Miguel foi
indicado pela Funai e pela Aldeia Bananal
para participar do evento. Ele foi selecionado
pela Embaixada de Israel no Brasil para levar
a sua experiência ao seminário
e trocar informações com os
outros participantes.
O evento discutirá
o modelo israelense em desenvolvimento real
integrado; as metodologias de planificação;
o sistema de apoio à produção
agrícola; o desenvolvimento da agroindústria
em áreas rurais, entre muitos outros
temas, e contará ainda, com visitas
de campo.
O seminário, com
duas semanas de duração, é
o primeiro realizado pelo programa israelense
de desenvolvimento de cooperação
internacional (Mashav) do Ministério
das Relações Exteriores de Israel,
para líderanças indígenas.
Criado em 1950, o Mashav
organiza cursos com bolsas de estudos sobre
diferentes disciplinas em seus centros de
formação espalhados por Israel.
Os programas oferecidos têm o objetivo
de desenvolver recursos humanos e habilidades
profissionais, combinando teoria e planejamento
prático.
A maioria dos cursos enfatiza
a erradicação da fome e da pobreza
por meio da promoção do desenvolvimento
contínuo, da proteção
ambiental, do desenvolvimento comunitário
e da transferência de tecnologia.
O Mashav já recebeu
cerca de 50.000 bolsistas de todo o mundo.
Destes, centenas são brasileiros que
foram a Israel e participaram de cursos também
ministrados no Brasil.
Do início de 2006
até maio deste ano, a Embaixada de
Israel no Brasil já enviou 40 profissionais
de várias cidades brasileiras para
os cursos do Mashav.
Os interessados em obter
mais informações sobre os cursos
oferecidos pelo programa Mashav, podem acessar
o link Cooperação Internacional
do site: http://brasilia.mfa.gov.il, enviar
um e-mail para consulsec@brasilia.mfa.gov.il
ou ligar para (61) 2105-0507.
+ Mais
Mêbêngokre,
Tapajúna e Panará lançam
Atlas geográfico e cultural
10 de maio - O Plano Nacional
de Educação (PNE) de 2001, traz
como uma das metas “a produção
e publicação de materiais didáticos
e pedagógicos específicos, elaborados
por professores indígenas e seus assessores”.
Nesse sentido, foi realizada entre 30 de abril
e 07 de maio, no Sítio Alegria em Brazlândia/DF,
a oficina para revisão de conteúdo
do atlas geográfico e cultural produzido
pelos professores indígenas dos povos
Mêbêngokre, Tapajúna e
Panará, com o apoio e assessoria da
Coordenação Geral de Educação(CGE)
da Funai e patrocínio da Petrobrás.
A idéia de construção
do atlas surgiu durante as aulas do Curso
de Formação de Professores Mêbêngokre,
na disciplina de geografia e meio ambiente.
A construção do projeto contou
com a participação ativa dos
indígenas, não só dos
professores, como das lideranças, dos
idosos e da juventude das aldeias.
Para a socióloga
Maria Eliza Leite, a elaboração
do estudo favoreceu os professores indígenas
para o exercício da técnica
de tradução dos textos e depoimentos
para o português e para o idioma próprio
dos povos. Segundo ela, também aumentou
os conhecimentos dos povos sobre a história
da luta pelas demarcações junto
aos mais antigos das aldeias. O professor
Kremoro Metuktire, da etnia Metuktire, destacou
que esse atlas servirá para o futuro,
para os jovens não esquecerem os lugares
onde os avós e bisavós moravam,
as roças e os antigos caminhos. “Nós
estamos fazendo este material para o futuro
por que os brancos estão desmatando
e vamos mostrar os nossos limites. Tudo isso
a gente pensou para fazer este atlas para
todos os brasileiros“, afirma.
O lançamento do material
didático está marcado para o
próximo mês de julho. A tiragem
será financiada pela Petrobrás
em convênio com a Associação
IPRÊRE, associação indígena
que levou o projeto do atlas para o Ministério
da Cultura. Será impresso nas línguas
dos três povos e em português.
O gestor de projetos culturais da Petrobrás
Luis Carlos Nascimento, que também
visitou a oficina, salientou a intenção
do programa cultural da empresa em dar visibilidade
às culturas indígena, inclusive,
as que estão em vias de desaparecimento.
+ Mais
Seminário capacita
gestores na administração pública
11 de maio - Terminou na
quinta, 10 de maio, a primeira etapa do workshop
“Práticas da Gestão Pública”,
que reuniu 46 administradores da Funai, como
parte do plano de capacitação
e desenvolvimento dos servidores para 2007.
O projeto abrange todas as Administrações
Executivas Regionais e Núcleos de Apoio
e deverá treinar e definir procedimentos
operacionais para cerca de 180 servidores,
incluindo os chefes do Serviço Administrativo
(SEAD) e demais servidores que atuam na gestão
pública.
Além de orientar
os servidores, o projeto busca sensibilizar
os participantes para a realização
de uma gestão de qualidade, com estrito
cumprimento da legislação. Celso
Alberici, Diretor de Administração
da Funai, destacou a boa receptividade do
grupo que, atento, soube direcionar as questões
para suprir a carência de informações.
Estella Parnes, Administradora
Regional do Recife e há 21 anos na
fundação, diz que nunca esteve
em um evento parecido. Para ela, a Funai está
iniciando um novo caminho e há expectativa
de mudanças significantes na estratégia
da instituição que favoreçam
o desenvolvimento etnológico dos índios.