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ONZE AÇÕES CONTRA A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO AGUARDAM JULGAMENTO NO STF

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

13 de Maio de 2007 - José Carlos Mattedi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Correm no Supremo Tribunal Federal (STF) onze ações civis contrárias ao início das obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco. Segundo o STF, não há previsão de quanto tempo os processos levarão para ser apreciados e julgados.

Uma das ações foi impetrada pelo Ministério Público Federal e questiona a licença para a obra concedida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). O MPF pede que as obras não sejam executadas antes de realizados os estudos de impacto ambiental na bacia do “Velho Chico”. Outras foram ajuizadas por Ministérios Públicos Estaduais, Ordem dos Advogados do Brasil e instituições ligadas ao meio ambiente.

A OAB de Sergipe também ingressou com uma ação no STF. A entidade requer antecipação de tutela para que a União Federal, o Ibama e a Agência Nacional de Águas (ANA) paralisem imediatamente a implementação do projeto. A ação popular afirma que dos “projetos de integração” de bacias hidrográficas já realizadas no planeta, surgiram inúmeros problemas ecológicos e a “imposição da transposição da bacia hidrográfica do rio São Francisco ignora a gestão da bacia doadora e traz sérios riscos para seu futuro”.

Nesta semana, o coordenador de Projeto de Integração do Rio São Francisco, Rômulo de Macedo Vieira, do Ministério da Integração Nacional, afirmou que não acredita que ações na justiça possam impedir a implementação do projeto. “Não acredito em paralisações. Todas as ações contra o projeto, foram mais de vinte, foram derrubadas. Não existe nenhum fato novo que possibilite a justiça voltar atrás naquilo que já decidiu”, enfatizou Vieira. As obras de transposição do Rio São Francisco começam no mês que vem. O Batalhão de Engenharia do Exército vai fazer a construção dos primeiros seis quilômetros de dois canais de aproximação do rio, incluindo estações de bombeamento. Também serão abertas estradas de acesso às estações, localizadas nos municípios de Floresta e Cabrobó, em Pernambuco.

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Militares e trabalhadores envolvidos com transposição do São Francisco terão curso sobre questões ambientais

8 de Maio de 2007 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os militares do Exército e os trabalhadores civis que poderão ser contratados para dar início às obras de transposição do Rio São Francisco participam, nas próximas segunda (14) e terça-feira (15), de um curso sobre questões ambientais.

Segundo o coordenador do Projeto de Integração do Rio São Francisco às Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, do Ministério da Integração Nacional, Rômulo Macedo, eles vão receber instruções sobre preservação ambiental, recuperação de áreas degradadas, desmatamento, saúde pública, comunicação com comunidades locais e recomendações do estudo de impacto ambiental.

Macedo explicou que o curso foi uma exigência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), quando liberou a licença de instalação, há cerca de dois meses. “Para que, quando as equipes forem para o campo, tenham plena consciência de como devem ser comportar", enfatizou.

A ordem de serviço para o início das obras foi assinada ontem (7) pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. O Exército recebeu do ministério R$ 26 milhões para construir 6 quilômetros de construção de dois canais de aproximação do rio com estações de bombeamento. O dinheiro também será usado para construção de estradas de acesso a estações de bombeamento. Esse obra inicial será feita nos municípios de Floresta e Cabrobó, em Pernambuco.

O projeto completo de transposição prevê a construção dos canais na direção Leste, que levará água para Pernambuco e Paraíba, a partir da captação no lago da barragem de Itaparica e no sentido Norte, abastecendo o Ceará e o Rio Grande do Norte com a retirada sendo feita nas imediações da cidade de Cabrobó.

A transposição do rio São Francisco é uma das maiores obras previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de infra-estrutura hídrica. Os recursos previstos para o projeto são de cerca de R$ 4,9 bilhões. A previsão é que em quatro anos as obras estejam concluídas.

Hoje, o ministério recebe propostas de empresas interessadas em fazer consultoria e fiscalização da execução das obras e da aquisição e montagens de equipamentos. Amanhã, será a vez das empresas participantes da licitação da transposição do rio São Francisco enviarem as propostas para a realização das primeiras obras civis do projeto.

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Desperdício na irrigação e desmatamento são problemas para revitalização do São Francisco

8 de Maio de 2007 - Roberta Lopes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O assoreamento do Rio São Francisco foi um dos principais problemas apontados em audiência pública na Câmara dos Deputados. “Um dos problemas graves e que é bem visível na calha do rio é o assoreamento, causado pela erosão na região do planalto, onde se expande muito rapidamente o cultivo de soja e algodão. Esse avanço rápido leva a um desmatamento desenfreado que causa esses problemas de erosão que são irreversíveis”, afirmou a assessora do Projeto de Articulação Popular para a Revitalização do Rio São Francisco, Andrea Zellhuber. Ela participou hoje (8) de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.

Ela também falou sobre alguns dos problemas causados pelas barragens do São Francisco. “As barragens alteram completamente os ciclos de cheia e vazante do rio e isso trás um efeito negativo para os peixes que não conseguem mais circular pelo rio naturalmente e também para a pesca”.

O superintendente de Recursos Hídricos do Estado de Sergipe, Ailton Francisco da Rocha, que também participou da audiência, destacou que em algumas regiões como Alto Preto e Alto Grade, Verde Grande e alto São Francisco há disputas pelo uso da água do rio. Segundo ele, grande parte dessa disputa se dá entre a irrigação e a geração de energia ou entre a irrigação e o abastecimento humano.

''Normalmente o conflito é provocado pelo uso indiscriminado da água pela irrigação em virtude da grande demanda que esse setor requer. Além disso, cerca de 60% da água usada para irrigação é desperdiçada, e isso acaba comprometendo os demais usos, inclusive aqueles que requerem uma opção mais nobre, como o abastecimento humano”, explicou.

Ele acrescentou ainda que o uso dos recursos do São Francisco devem levar em conta vários o abastecimento humano, irrigação, geração de energia, navegação e a garantia do ecossistema.

O deputado Iran Barbosa (PT-SE), que estava presidindo a audiência, afirmou que as discussões foram muito proveitosas e que serão úteis para elaborar o relatório final da subcomissão do São Francisco, criada pela comissão de meio ambiente para avaliar os impactos do projeto de transposição do Rio São Francisco. Ele disse ainda que até o meio do ano será divulgado o relatório parcial da subcomissão.

Ele também comentou sobre as obras de transposição do Rio São Francisco. Para o deputado, ainda é preciso haver mais discussões sobre o assunto. “Precisávamos dar mais uma dilatada nesse prazo de início dessas obras para que pudéssemos aprofundar essa discussão e corrigir em tempo eventuais problemas que a obra possa apresentar futuramente”, disse.

Nesta segunda-feira (7) o ministro da Integração Nacional assinou a ordem de serviço para o início das obras de transposição do Rio São Francisco. O Exército recebeu do ministério R$ 26 milhões para construir 6 quilômetros de construção de dois canais de aproximação do rio com estações de bombeamento. O dinheiro também será usado para construção de estradas de acesso a estações de bombeamento. Esse obra inicial será feita nos municípios de Floresta e Cabrobó, em Pernambuco.

O projeto completo de transposição prevê a construção dos canais na direção Leste, que levará água para Pernambuco e Paraíba, a partir da captação no lago da barragem de Itaparica e no sentido Norte, abastecendo o Ceará e o Rio Grande do Norte com a retirada sendo feita nas imediações da cidade de Cabrobó.

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Obras de transposição do São Francisco começam mês que vem, diz coordenador

9 de Maio de 2007 - José Carlos Mattedi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - As primeiras obras de transposição do Rio São Francisco começam no mês que vem, segundo garantiu hoje (9) o coordenador de Projeto de Integração do Rio São Francisco, Rômulo de Macedo Vieira, do Ministério da Integração Nacional. O Batalhão de Engenharia do Exército vai fazer a construção dos primeiros seis quilômetros de dois canais de aproximação do rio, incluindo estações de bombeamento. Também serão abertas estradas de acesso às estações, localizadas nos municípios de Floresta e Cabrobó, em Pernambuco. As obras vão consumir R$ 26 milhões.

No entanto, uma ação do Ministério Público Federal questiona na Justiça a licença para a obra concedida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).

O ministério estima que a transposição do rio vai gerar cinco mil empregos diretos e indiretos. Na tarde de hoje, 20 consórcios e seis empresas apresentaram 76 propostas para participar do processo de licitação dos catorze lotes de obras, que compreendem a construção de canais, barragens, adutoras e estações de bombeamento. O resultado da concorrência sai até setembro, mês previsto para o início da segunda fase de trabalhos, orçados em R$ 3,3 bilhões.

O projeto de transposição, segundo o ministério, vai atender 12 milhões de pessoas no Nordeste Setentrional (área mais seca do país), e prevê a construção de dois eixos (canais): um a Leste, que levará água para Pernambuco e Paraíba, a partir da captação no lago da barragem de Itaparica; e outro na direção Norte, abastecendo o Ceará e o Rio Grande do Norte com a retirada sendo feita nas imediações da cidade de Cabrobó (PE).

“O eixo Leste vai estar totalmente construído e funcionando até 2010. Já o Norte, que tem maior extensão, deve levar seis anos para ser construído. Assim mesmo, este eixo vai estar com parte dele operando também em 2010”, destacou Macedo Vieira. Ele não acredita que ações na justiça possam impedir a implementação do projeto. “Não acredito em paralisações. Todas as ações contra o projeto, foram mais de vinte, foram derrubadas. Não existe nenhum fato novo que possibilite a justiça voltar atrás naquilo que já decidiu”, enfatizou.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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