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de Maio de 2007 - Istambul, Turquia, Internacional
— Protesto do Greenpeace no Monte Ararat,
na Turquia, convoca líderes do G8 a
tomarem medidas urgentes contra o aquecimento
global e as mudanças climáticas.
Uma nova arca de Noé
começou a ganhar forma no Monte Ararat,
na Turquia, a 2.500 metros acima do nível
do mar, num dramático apelo para que
os líderes mundiais tomem medidas urgentes
contra o aquecimento global e as mudanças
climáticas.
O barco está sendo
construído por voluntários do
Greenpeace para mostrar que não temos
muito tempo de sobra para combater o aquecimento
global e evitar uma crise no clima, com inundações
costeiras, seca, eventos climáticos
extremos, grande aumento de doenças
e êxodo de milhões de pessoas
de suas casas, principalmente em países
em desenvolvimento.
“A mudança climática
é real, está acontecendo agora
e a menos que os líderes do mundo tomem
medidas urgentes e decisivas, teremos nas
próximas décadas problemas inimagináveis,
com sérias conseqüências
para a vida do ser humano no planeta. A mensagem
que enviamos aos líderes mundiais é
clara: parem de evitar o assunto e tomem medidas
imediatas para cortar emissões de gases
do efeito estufa”, afirmou Hilal Atici, do
Greenpeace Turquia.
Uma caravana de 40 cavalos
levou 12 metros cúbicos de placas pré-fabricadas
de madeira para o Monte Ararat para o início
dos trabalhos de montagem da arca. Um time
de 20 carpinteiros alemães e turcos
está construindo o barco que deverá
ser aberto ao público em cerimônia
oficial no dia 31 de maio deste ano, um dia
depois de um grupo de escaladores do Greenpeace
subir ao topo do Monte Ararat, a 5.137 metros
de altitude, para convocar os líderes
mundiais a protegerem o clima.
Recentemente, cientistas
reunidos no Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em
inglês) confirmaram os potenciais impactos
catastróficos das mudanças climáticas
causados pela atividade humana, e sublinharam
a necessidade dos países reduzirem
pela metade as emissões de gases do
efeito estufa até 2050.
Nos países do G8,
grupo dos países mais industrializados
do mundo, a redução tem que
ser de 30% até 2020, em relação
aos dados de 11000, e 80% até 2050.
O Greenpeace lançou
no início deste ano o relatório
[R]evolução Energética,
que traz o caminho das pedras para se evitar
os impactos das mudanças climáticas
e manter o aquecimento global sob controle.
O documento é um detalhado plano de
como podemos reduzir as emissões de
gases até 2050 usando tecnologia de
fontes renováveis de energia e programas
de eficiência energética, sem
causar problemas ao crescimento econômico
dos países e levando em consideração
o aumento populacional.
“No encontro do G8, em Heiligendamm,
na Alemanha, muitos anúncios deverão
ser feitos em relação à
necessidade de proteção do clima,
mas é preciso que medidas efetivas
sejam tomadas”, afirma Andree Böhling,
campaigner de energia do Greenpeace. “Caso
contrário, o encontro do G8 perderá
uma oportunidade histórica de enfrentar
o problema.”
+ Mais
ExxonMobil financia críticos
do aquecimento global
18 de Maio de 2007 - Washington,
Estados Unidos, Internacional — Grupos céticos
em relação aos efeitos negativos
do efeito estufa sobre o clima receberam mais
de US$ 2 milhões da empresa petrolífera
em 2006.
Uma análise dos últimos
relatórios da ExxonMobil revela que
a empresa tem investido pesado em organizações
que usam a ciência para negar o aquecimento
global.
A pesquisa dos documentos,
conduzida pelo projeto ExxonSecrets, do Greenpeace
– e membro da coalização Exxpose
Exxon -, mostra que em 2006, a empresa gastou
US$ 2,1 milhões no financiamento de
uma dúzia de proeminetes grupos anti-aquecimento
global.
Em resposta às crescentes
críticas de entidades da sociedade
civil, da Sociedade Real de cientistas britânicos
e senadores americanos, entre outros, a ExxonMobil
iniciou uma cuidadosa campanha de relações
públicas para tentar passar a noção
de que foi mal-interpretada em relação
ao tema do aquecimento global.
A diretoria da empresa tem
dito que não mais financia esses grupos.
“A campanha da Exxon para
negar o aquecimento global já dura
uma década e ajudou a encobertar a
inepta política climática do
governo Bush”, afirmou Kert Davies, diretor
de pesquisas do Greenpeace. “Apesar da retórica
pública da empresa em relação
ao aquecimento global aparentemente estar
mudando, na verdade eles continuam a financiar
a indústria que nega o problema.”
A análise feita pelo
Grenpeace mostra que a Exxon continua a financiar
uma extensa rede de grupos que negam o aquecimento
global e atacam o Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas (IPCC,
na sigla em inglês) desde a década
de 11000.
+ Mais
João Gordo cede música
“Amazônia Nunca Mais” ao Greenpeace
18 de Maio de 2007 - São
Paulo, Internacional — O vocalista João
Gordo, do grupo punk Ratos de Porão,
doou a música “Amazônia Nunca
Mais” ao Greenpeace. A canção
foi composta em 1989 e foi oferecida pelo
também apresentador da MTV após
se reunir com a organização
no mês passado. João Gordo já
havia contribuído com o Grenpeace em
2006, ao posar para fotos e participar de
filmes publicitários do grupo na Semana
do Meio Ambiente.
Em entrevista à Folha
Online, João Gordo afirmou que espera
ajudar na conscientização dos
jovens sobre questões ambientais.
“Os Ratos de Porão
se preocupam com essas causas desde a década
1980”, afirmou. “Para essa geraçãozinha
de começo de século, tudo chega
muito fácil, é só apertar
um botão”, critica, preocupado com
a falta de iniciativa por parte dos jovens.
Confira a letra de "Amazônia
Nunca Mais":
"A mãe
terra não é de ninguém
Assim dizia quem morava aqui
A mata virgem é força do bem
E os animais, vida e razão.
Mas o homem branco
Com seu sujo poder
Escravizou e prostituiu
Se aproveitou da pura inocência
Dos verdadeiros filhos do brasil
MORTE!
Para quem defende o verde e os animais
DOENÇAS!
Misérias, queimadas, devastação
Por que ninguém faz nada para os deter?
CUIDADO!
Senão, Amazônia nunca mais!
O mundo depende do inferno verde
O mundo depende do inferno verde
O mundo depende do inferno verde
O Guarani e Hino da Morte
Para índios, árvores e animais
O fogo queima tudo que sobrou
Infelizmente, Amazônia nunca mais!"
Jorge Cordeiro