Panorama
 
 
 

IBAMA EM GREVE CONTRA DIVISÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

Greve no Ibama afeta exportação madeireira do Amazonas

17 de Maio de 2007 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Pelo menos R$ 80 mil em madeira estão deixando de ser exportados do Amazonas para o mercado europeu, em virtude da greve dos funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), deflagrada no estado desde o dia 3.

Segundo Francisco Antônio, gerente de exportação e logística da madeireira Mil, sediada no município de Itacoatiara, aproximadamente 100 metros cúbicos de madeira ficam parados diariamente na empresa por falta de fiscalização e da liberação por parte do Ibama. "Desde que a greve do Ibama começou no Amazonas, esses processos estão empacados e sem a exportação para a Holanda, nosso principal cliente, o prejuízo diário é estimado em até R$ 90 mil", informou.

Para o diretor-presidente da Agência de Florestas do Amazonas (Afloram), Malvino Salvador, apesar dos 13 dias de paralisação no Ibama, ainda não é possível mensurar os prejuízos causados no interior do estado sem a fiscalização ambiental. Desde outubro do ano passado, explicou, as atividades de licenciamento, liberação das atividades madeireiras e planos de manejo, se feitos em áreas com menos de 50 mil hectares, são de responsabilidade do governo estadual, por meio do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

"Neste momento, ainda não temos como calcular os prejuízos da greve. Mas sobre as reservas de desenvolvimento sustentável, como a de Mamirauá, as atividades de controle ambiental estão transcorrendo normalmente", afirmou Salvador.

Na segunda-feira (14), o juiz substituto da 17ª Vara Federal em Brasília, José Gutemberg de Barros Filho, concedeu decisão provisória determinando que 50% dos servidores efetivos do Ibama retornem ao trabalho. A medida foi tomada a pedido da direção da autarquia na semana passada.

O analista ambiental Marcelo Dutra, funcionário do Ibama no Amazonas, lembrou que os servidores já estão cumprindo essa decisão desde ontem (16). Ele garantiu, no entanto, que a partir de segunda-feira (21) será iniciada uma "greve política, principalmente para sensibilizar a sociedade de que o instituto é o principal guardião do meio ambiente brasileiro".

E acrescentou: "Faremos uma nova assembléia com os servidores e reivindicaremos a reposição salarial. Não queremos prejudicar a sociedade, mas fazê-la entender a importância de não enfraquecer o Ibama por conta da criação do Instituto Chico Mendes".

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Servidores do Ibama doam sangue em manifestação contra divisão do instituto

17 de Maio de 2007 - Clara Mousinho - da Agência Brasil - Brasília - Cinqüenta servidores grevistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) doaram hoje (17) sangue no Hemocentro de Brasília, durante manifestação contra a divisão do instituto, com a criação do Instituto Chico Mendes. Eles levavam cartazes com a inscrição Doando nosso sangue pela natureza.

O coordenador da manifestação, o analista ambiental Liséas de Moura, disse que a ação tem duplo sentido. "Queremos mostrar que estão levando nosso sangue com a divisão do Ibama. A gente quer que o meio ambiente tenha uma gerência única para evitar a possibilidade de choques de idéias e de posições". O outro sentido, segundo ele, é colaborar com o hemocentro de Brasília e incentivar a população do Distrito Federal a doar sangue.

A greve dos servidores do Ibama foi iniciada na última segunda-feira (14) por tempo indeterminado. A categoria quer que o governo desista da Medida Provisória 366/07, que estabelece a divisão do órgão ambiental com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

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Em São Paulo, mais de 80% dos servidores do Ibama aderem à greve, diz sindicato

17 de Maio de 2007 - Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - Mais de 80% dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em São Paulo estão aderindo à paralisação da categoria, iniciada na última segunda-feira (14), segundo dados do comando de greve.

A expectativa dos grevistas é de que esse número aumente ainda mais hoje (17). A assessoria de imprensa do Ibama de SP informou, no entanto, que apenas 50% trabalhadores estão paralisados.

Segundo Carlos Daniel Toni, do comando de greve, quase todos os servidores estão parados na capital, com exceção dos trabalhadores que ocupam cargos de confiança. No interior, esse número é de aproximadamente 80%.

De acordo com ele, no estado de São Paulo, apenas algumas operações que já estavam agendadas com a Polícia Federal e poucas áreas do setor de Recursos Humanos não foram atingidas pela greve.

As demais atividades do instituto, como protocolo, licenciamento, fiscalização e reconhecimento de fauna, estão suspensas. As ações nos portos e aeroportos do estado também não estão funcionando.

Segundo Toni, os grevistas vão decidir em assembléia hoje a realização de uma operação padrão no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), e no Porto de Santos. Caso seja aprovada, explicou, os fiscais do Ibama vão passar a abrir todos os contêineres com produtos orgânicos primários para averiguar a conformidade com a legislação ambiental.

Ontem (16), contou Toni, a assembléia dos grevistas concluiu que não se aplica a São Paulo a determinação da Justiça de que ao menos 50% dos servidores do órgão federal permaneçam trabalhando. "Ela foi impetrada contra o sindicato de servidores do Distrito Federal [Sindsep], contra a confederação dos trabalhadores ligados à Central Única dos Trabalhadores [Condsef] e contra a associação dos trabalhadores do Ibama [Asibama] do Distrito Federal", comentou.

Por essa interpretação, a decisão seria válida apenas para instâncias do Ibama que estão no Distrito Federal, o que permitiria paralisações maiores nos demais estados. No entanto, a assessoria jurídica da 17ª Vara do Tribunal Regional Federal - 1ª Região, responsável pela decisão, informou à Agência Brasil que a liminar vale para todo o país.

A assessoria de imprensa do Ibama-SP informou que as funções mais importantes do instituto em São Paulo, como licenciamento, fiscalização e controle de madeiras estão funcionando normalmente. A fiscalização nos aeroportos e nos portos, acrescentou, também não está sendo afetada.

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Servidores querem que governo desista da MP que dividiu o Ibama

16 de Maio de 2007 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o deputado Sarney Filho (PV), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, participam de café da manhã para discutir as mudanças na estrutura de gestão ambiental. Ao fundo, faixa de servidores que protestam contra a divisão do Ibama.

Brasília - Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aproveitaram a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na Câmara dos Deputados, e promoveram um protesto contra a divisão do órgão ambiental com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Durante café da manhã dos deputados da Frente Parlamentar Ambientalista com a ministra, os servidores ergueram duas faixas contra as mudanças. Eles entregaram também uma carta aos parlamentares.

O presidente da Associação Nacional dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa, alertou que a divisão tornará mais burocrática a liberação de licenças. reclamou ainda que a proposta de divisão do órgão não foi discutida com os servidores. “Não somos contra a reestruturação da área ambiental, mas ela tem que ser discutida democraticamente. Após a edição da medida provisória, técnicos do Ibama fizeram uma análise e comprovaram que essa medida vai trazer mais burocracia, aumentar os gastos públicos e causar ineficiência. Hoje no Ibama são oito procedimentos até que o licenciamento saia. Com a liberação [edição] da medida provisória, passaram a ser 36”, argumentou.

Corrêa informou que os servidores querem que o governo federal desista da medida provisória. “Eles [governo] querem negociar a implementação da medida provisória. Estão querendo que venhamos a homologar essa medida arbitrária. E nós não vamos fazer isso. Se o governo quer negociar, retire a medida provisória e vamos sentar para discutir”, afirmou. O sindicalista informou também que os servidores vão buscar apoio no Congresso Nacional para derrubar a medida provisória.

A ministra Marina Silva reafirmou que a criação do novo órgão ambiental não vai “facilitar, nem prejudicar” a liberação de licenças para implantação de empreendimentos. “Vai fazer o processo certo de forma focada”, defendeu.

“Sei como proceder quando há dúvidas, quando há temor. O que o gestor não pode deixar de fazer é tomar as medidas corretas e necessárias”, disse.

Segundo ela, não há necessidades de mudanças na MP, por ser “muito enxuta", mas serão necessárias discussões para regulamentar as mudanças. “A discussão vai acontecer no decreto de regulamentação, quando vamos descer a pormenores. Foi por isso que eu nomeei um presidente substituto para o Ibama e para o Instituto Chico Mendes. Exatamente para que eles possam fazer esse processo com total isenção, sem nenhuma canibalização de uma instituição em relação à outra”, explicou.

Marina contou que já aconteceram três reuniões com os servidores para discutir as mudanças. “E estamos abertos a tantas quantas sejam necessárias”.

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Ibama no Paraná só atende serviços essenciais

15 de Maio de 2007 - Lucia Nórcio - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Com a greve dos 150 funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Paraná apenas os serviços essenciais estão funcionando. Segundo a representante da Associação dos Servidores do Ibama (Asibama) no Paraná, Guadalupe Vivekananda, todos os funcionários estão concentrados na sede do instituto e aproveitam a paralisação para discutir e elaborar propostas que possam melhorar os serviços prestados.

Serviços essenciais como a exportação de madeira pelo Porto de Paranaguá estão sendo mantidos. “Tem prevalecido o bom senso em todas as unidades, os casos estão sendo analisados na medida que surgem”, informou a sindicalista.

Na Unidade de Conservação Parque Nacional do Iguaçu, Patrimônio Natural da Humanidade, localizado em Foz do Iguaçu, as visitas estão ocorrendo normalmente, mas os turistas estão recebendo informações sobre a paralisação.

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Servidores do Ibama pedem que parlamentares rejeitem MP que divide instituto

15 de Maio de 2007 - Marcos Chagas - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Servidores do Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) tentam convencer deputados a rejeitar as mudanças no órgão federal, determinadas pela Medida Provisória (MP) 366, editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A MP criou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que retira do Ibama a gestão das unidades de conservação federais.

O presidente da Associação Nacional dos Servidores do Ibama (Asibama), Jonas Corrêa, afirmou que o "esforço concentrado" dos funcionários do Ibama com os deputados e senadores é tentar "sensibilizá-los" para que rejeitem a medida provisória, que, segundo ele, prejudica as ações de gestão e fiscalização.

"Por demandar que mais de um órgão participe de ações que antes eram atribuição apenas do Ibama, a divisão levará a um aumento da burocracia necessária para os processos de licenciamento analisados pelo instituto. Esses processos, que antes passavam por oito etapas entre o Ibama e o empreendedor, passarão a ter 36 etapas", afirmou o servidor.

Para garantir a conversa com o maior número possível de parlamentares, os servidores decidiram mobilizar equipes que atuam, simultaneamente, na Câmara e no Senado. Corrêa informou que amanhã (16) está marcado um café da manhã com a Frente Ambientalista da Câmara, no Auditório Nereu Ramos. Acrescentou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deverá comparecer ao encontro.

O presidente da Asibama afirmou que a liminar concedida pela Justiça que exige que, no mínimo, 50% dos servidores trabalhem está sendo cumprida pelos grevistas. "Os portões estão abertos, entre quem quer", comentou. Jonas Corrêa acrescentou que, mesmo com metade dos 4.600 servidores trabalhando, não há como os serviços técnicos da instituição funcionarem.

Um dos senadores visitados hoje por Corrêa foi Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA). O presidente da Asibama não soube informar quantos parlamentares já conversaram com os servidores em greve.

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Greve no Ibama vai prejudicar liberação de licenças, diz líder dos servidores

14 de Maio de 2007 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A greve dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), iniciada hoje (14), deve prejudicar a liberação de licenças ambientais e autorizações para importação e exportação de produtos de origem florestal ou da fauna, como madeira, pneus e peixes ornamentais.

Segundo o presidente a Associação Nacional dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa, só serão mantidos os serviços de fiscalização interna de parques e monitoramento de danos ambientais, como queimadas.

“As atividades vão ser mantidas em qualquer lugar onde possa ser causado algum dano ao patrimônio público. [Mas] a liberação de licenciamento, que está em andamento ou que venha a ser requerida será prejudicada”, afirmou Corrêa.

Com isso, podem haver atrasos, por exemplo, na construção das hidrelétricas no Rio Madeira, previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Se a licença não for concedida até o final deste mês, prazo estabelecido pelo governo para que as obras comecem, também será descumprido o cronograma previsto de fornecimento de cerca de 600 megawatts de energia dessas hidrelétricas a partir de 2012.

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Servidores do Ibama no Rio aderem à greve no instituto

14 de Maio de 2007 - Beatriz Mota - Da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Os cerca de 300 servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Rio de Janeiro já aderiram à greve nacional por tempo indeterminado. A informação é do analista ambiental Roberto Huet, que afirmou que 100% dos funcionários lotados na sede do órgão, no centro da cidade, estão paralisados.

Com a mobilização, serviços no estado, como a análise de processos ambientais, a concessão de autorizações e licenças e a atualização de documentos ficarão prejudicados.

Nas unidades de conservação do Rio de Janeiro, segundo o analista, apenas as atividades essenciais continuam funcionando. "Os centros de visitas e a administração dos parques estão fechados, mas eles não estão abandonados. As rondas de fiscalização ainda são realizadas para que não haja qualquer dano ao patrimônio e ao meio ambiente", explicou.

De acordo com Huet, a decisão sobre o fechamento total das 20 unidades descentralizadas ainda vai ser discutida com os servidores dos parques. "Estamos avaliando a necessidade de fechar parques como o da Floresta da Tijuca, de Itatiaia e da Serra dos Órgãos a partir do fim de semana, quando o fluxo de turistas é muito grande e o patrimônio corre mais riscos", disse.

O superintendente do Ibama no Rio de Janeiro, Rogério Rocco, informou que ainda não sabe quais medidas serão tomadas pela direção órgão: "Soube da decisão da greve na sexta-feira [11], depois da assembléia dos servidores, mas só tivemos o conhecimento oficial hoje [14], e ainda iremos avaliar quais providências serão adotadas no âmbito do estado do Rio de Janeiro".

Servidores do Ibama de todo o país iniciaram hoje uma paralisação em protesto contra a Medida Provisória 366, que estabelece a divisão do órgão ambiental, com repasse de funcionários e de infra-estrutura para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e para o Serviço Florestal Brasileiro.

Segundo Roberto Huet, a medida do governo prejudicará toda a sociedade. "Não estamos em um trabalho corporativo, nós acreditamos que a nova estrutura proposta empobrecerá todos os resultados, porque o mecanismo de controle do meio ambiente ficará prejudicado pela gestão fragmentada", argumentou.

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Justiça exige que metade dos funcionários do Ibama trabalhe durante greve

14 de Maio de 2007 - Monique Maia - Da Agência Brasil - Brasília - Presidentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Bazileu Alves Margarido Neto, e do recém-criado Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, João Paulo Capobianco, falam à imprensa. Servidores do Ibama inciaram greve hoje para que o governo desista de dividir o órgão ambiental nessas duas estruturas.

Brasília - Uma decisão judicial determinou que as associações envolvidas com a greve no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) garantam um mínimo de 50% (metade) dos funcionários em regime normal de trabalho. A decisão foi divulgada hoje (14), em entrevista coletiva, pelo presidente interino do Ibama, Bazileu Alves Margarido Neto, e pelo secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco, que preside interinamente o recém-criado Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

A liminar estabelece multa de R$ 5 mil à Associação dos Servidores do Ibama (Asibama), ao Sindicato dos Servidores Públicos do Distrito Federal (Sindisep-DF) e à Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), caso não cumpram a determinação. Foi proferida na noite da última sexta-feira (11) pelo juiz substituto José Gutemberg de Barros Filho, da 17ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal.

Bazileu Alves Margarido Neto, do Ibama, disse que o órgão federal está trabalhando para que as atividades essenciais sejam mantidas. Também em entrevista hoje de manhã, o presidente da Asibama, Jonas Corrêa, afirmou que só serão mantidos os serviços de fiscalização interna de parques e monitoramento de danos ambientais, como queimadas.

Perguntado se a greve afetará o licenciamento ambiental das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, João Paulo Capobianco, do MMA, respondeu que “há vários processos em andamento importantíssimos, inclusive com audiências públicas já marcadas, com cronogramas em execução e que envolvem investimentos de terceiros”. E concluiu: “Nós temos que respeitar esses cronogramas. Todos aqueles licenciamentos em curso e inclusive as audiências públicas marcadas deverão ser mantidas.”

Os servidores em greve reivindicam que o governo retire a Medida Provisória 366, que divide o Ibama em dois e cria o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

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No Amazonas, servidores do Ibama estão paralisados há 11 dias

14 de Maio de 2007 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Amazonas completam hoje (14), quando começou a greve nacional por tempo indeterminado, 11 dias de paralisação. Eles iniciaram a greve com o objetivo de impedir que governo federal coloque em prática a Medida Provisória 366, que estabelece a divisão do órgão ambiental, por meio da criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

De acordo com o analista ambiental do Ibama-AM, Marcelo Dutra, o discurso adotado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para falar da divisão do instituto, apresenta "uma incoerência do ponto de vista administrativo". Ele afirmou que o movimento do Amazonas pretende sensibilizar os parlamentares para a derrubada da medida, sob pena de extinção a médio prazo da instituição, o que chamou de "desmonte do Ibama".

"Precisamos sensibilizar os parlamentares para derrubar essa farsa que é a MP 366. Esse discurso da ministra sobre a divisão das atividades do Ibama para fortalecer as ações ambientais no país é uma incoerência administrativa. É como dizer que o Brasil precisa de dois presidentes para ser melhor administrado. Nós precisamos, neste momento, do fortalecimento da diretoria de nossa instituição", destacou.

Para Itamar Oliveira, secretária de Movimentos Sociais do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amazonas (Sindsep) e também funcionária do Ibama em Manaus, essa medida tem por objetivo "enfraquecer o órgão ambiental em todo país". Na opinião dela, a questão da infra-estrutura também deve receber atenção por parte dos parlamentares.

"Está muito claro para nós que a criação do Instituto Chico Mendes é uma ação que visa ao enfraquecimento do Ibama em todo o Brasil. Eles irão tirar aos poucos nossas responsabilidades, até o ponto de estarmos sem qualquer importância para a sociedade brasileira. Desde que o órgão foi instalado em Manaus, por volta de 1978, não houve melhoria da nossa infra-estrutura, o que também deve ser colocado em pauta durante as discussões em torno de nossa greve", acrescentou.

O Ibama conta com 268 funcionários no estado. Durante a greve, foram mantidos serviços essenciais, como o atendimento jurídico e o acompanhamento e fiscalização de animais silvestres.

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Servidores do Ibama SP aguardarão definição do comando nacional de greve sobre a liminar judicial

14 de Maio de 2007 - Paulo Montoia - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - Os servidores da regional paulista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Nacionais Renováveis (Ibama-SP), que decidiram hoje (14) entrar em greve por tempo indeterminado, irão aguardar um posicionamento do comando nacional de greve quanto à decisão da Justiça Federal, que determinou a atuação de pelo menos metade dos funcionários durante o movimento.

A decisão em caráter liminar, divulgada apenas hoje, foi tomada na noite da última sexta-feira pelo juiz substituto José Gutemberg de Barros Filho, da 17ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal, após o Ibama entrar com medida judicial, em razão da greve ter sido deliberada na quinta-feira em assembléia de caráter nacional de dirigentes sindicais em Brasília.

De acordo com Adalberto dos Santos, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos em São Paulo (Sindisef-SP) e membro do comando de greve paulista, os grevistas não sabem se a liminar abrange toda a categoria do país. “Sabemos que essa liminar foi par o Ibama em Barsília, para a Condsef (Confederação dos Servidores Públicos Federais), para o Sindisep-DF e para a Asidama (Associação de Servidores do Ibama). Aguardaremos um parecer do departamento jurídico do sindicato e a orientação do comando nacional de greve”, disse dos Santos.

Segundo a Assessoria de comunicação do Ibama-SP, trabalham no instituto cerca de trezentas pessoas no estado de São Paulo, das quais 64 são fiscais, em quinze unidades. Independentemente da concessão da liminar judicial, de acordo com a assessoria, não podem ser interrompidas as atividades essenciais do instituto, que são autuar flagrantes de crimes ambientais quando requisitado, inspecionar portos e aeroportos e atuar em acidentes e desastres ambientais. Quando a categoria decide adotar operação-padrão ou fazer greve tartaruga o maior transtorno costuma ocorrer nos portos e aeroportos, com o atraso de embarque de produtos perecíveis, como frutas para exportação, ou na liberação de insumos para a indústria nacional. Os postos do Ibama também oferecem serviço direto à população e empresas, como receber guias de pagamento de taxas e fornecer certidões e documentos.
Foto: Abr

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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