Greve
no Ibama afeta exportação madeireira
do Amazonas
17 de Maio de 2007 - Amanda
Mota - Repórter da Agência Brasil
- Manaus - Pelo menos R$ 80 mil em madeira
estão deixando de ser exportados do
Amazonas para o mercado europeu, em virtude
da greve dos funcionários do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), deflagrada
no estado desde o dia 3.
Segundo Francisco Antônio,
gerente de exportação e logística
da madeireira Mil, sediada no município
de Itacoatiara, aproximadamente 100 metros
cúbicos de madeira ficam parados diariamente
na empresa por falta de fiscalização
e da liberação por parte do
Ibama. "Desde que a greve do Ibama começou
no Amazonas, esses processos estão
empacados e sem a exportação
para a Holanda, nosso principal cliente, o
prejuízo diário é estimado
em até R$ 90 mil", informou.
Para o diretor-presidente
da Agência de Florestas do Amazonas
(Afloram), Malvino Salvador, apesar dos 13
dias de paralisação no Ibama,
ainda não é possível
mensurar os prejuízos causados no interior
do estado sem a fiscalização
ambiental. Desde outubro do ano passado, explicou,
as atividades de licenciamento, liberação
das atividades madeireiras e planos de manejo,
se feitos em áreas com menos de 50
mil hectares, são de responsabilidade
do governo estadual, por meio do Instituto
de Proteção Ambiental do Amazonas
(Ipaam).
"Neste momento, ainda
não temos como calcular os prejuízos
da greve. Mas sobre as reservas de desenvolvimento
sustentável, como a de Mamirauá,
as atividades de controle ambiental estão
transcorrendo normalmente", afirmou Salvador.
Na segunda-feira (14), o
juiz substituto da 17ª Vara Federal em
Brasília, José Gutemberg de
Barros Filho, concedeu decisão provisória
determinando que 50% dos servidores efetivos
do Ibama retornem ao trabalho. A medida foi
tomada a pedido da direção da
autarquia na semana passada.
O analista ambiental Marcelo
Dutra, funcionário do Ibama no Amazonas,
lembrou que os servidores já estão
cumprindo essa decisão desde ontem
(16). Ele garantiu, no entanto, que a partir
de segunda-feira (21) será iniciada
uma "greve política, principalmente
para sensibilizar a sociedade de que o instituto
é o principal guardião do meio
ambiente brasileiro".
E acrescentou: "Faremos
uma nova assembléia com os servidores
e reivindicaremos a reposição
salarial. Não queremos prejudicar a
sociedade, mas fazê-la entender a importância
de não enfraquecer o Ibama por conta
da criação do Instituto Chico
Mendes".
+ Mais
Servidores do Ibama doam
sangue em manifestação contra
divisão do instituto
17 de Maio de 2007 - Clara
Mousinho - da Agência Brasil - Brasília
- Cinqüenta servidores grevistas do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) doaram
hoje (17) sangue no Hemocentro de Brasília,
durante manifestação contra
a divisão do instituto, com a criação
do Instituto Chico Mendes. Eles levavam cartazes
com a inscrição Doando nosso
sangue pela natureza.
O coordenador da manifestação,
o analista ambiental Liséas de Moura,
disse que a ação tem duplo sentido.
"Queremos mostrar que estão levando
nosso sangue com a divisão do Ibama.
A gente quer que o meio ambiente tenha uma
gerência única para evitar a
possibilidade de choques de idéias
e de posições". O outro
sentido, segundo ele, é colaborar com
o hemocentro de Brasília e incentivar
a população do Distrito Federal
a doar sangue.
A greve dos servidores do
Ibama foi iniciada na última segunda-feira
(14) por tempo indeterminado. A categoria
quer que o governo desista da Medida Provisória
366/07, que estabelece a divisão do
órgão ambiental com a criação
do Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade.
+ Mais
Em São Paulo, mais
de 80% dos servidores do Ibama aderem à
greve, diz sindicato
17 de Maio de 2007 - Bruno
Bocchini - Repórter da Agência
Brasil - São Paulo - Mais de 80% dos
servidores do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) em São Paulo estão aderindo
à paralisação da categoria,
iniciada na última segunda-feira (14),
segundo dados do comando de greve.
A expectativa dos grevistas
é de que esse número aumente
ainda mais hoje (17). A assessoria de imprensa
do Ibama de SP informou, no entanto, que apenas
50% trabalhadores estão paralisados.
Segundo Carlos Daniel Toni,
do comando de greve, quase todos os servidores
estão parados na capital, com exceção
dos trabalhadores que ocupam cargos de confiança.
No interior, esse número é de
aproximadamente 80%.
De acordo com ele, no estado
de São Paulo, apenas algumas operações
que já estavam agendadas com a Polícia
Federal e poucas áreas do setor de
Recursos Humanos não foram atingidas
pela greve.
As demais atividades do
instituto, como protocolo, licenciamento,
fiscalização e reconhecimento
de fauna, estão suspensas. As ações
nos portos e aeroportos do estado também
não estão funcionando.
Segundo Toni, os grevistas
vão decidir em assembléia hoje
a realização de uma operação
padrão no Aeroporto Internacional de
Cumbica, em Guarulhos (SP), e no Porto de
Santos. Caso seja aprovada, explicou, os fiscais
do Ibama vão passar a abrir todos os
contêineres com produtos orgânicos
primários para averiguar a conformidade
com a legislação ambiental.
Ontem (16), contou Toni,
a assembléia dos grevistas concluiu
que não se aplica a São Paulo
a determinação da Justiça
de que ao menos 50% dos servidores do órgão
federal permaneçam trabalhando. "Ela
foi impetrada contra o sindicato de servidores
do Distrito Federal [Sindsep], contra a confederação
dos trabalhadores ligados à Central
Única dos Trabalhadores [Condsef] e
contra a associação dos trabalhadores
do Ibama [Asibama] do Distrito Federal",
comentou.
Por essa interpretação,
a decisão seria válida apenas
para instâncias do Ibama que estão
no Distrito Federal, o que permitiria paralisações
maiores nos demais estados. No entanto, a
assessoria jurídica da 17ª Vara
do Tribunal Regional Federal - 1ª Região,
responsável pela decisão, informou
à Agência Brasil que a liminar
vale para todo o país.
A assessoria de imprensa
do Ibama-SP informou que as funções
mais importantes do instituto em São
Paulo, como licenciamento, fiscalização
e controle de madeiras estão funcionando
normalmente. A fiscalização
nos aeroportos e nos portos, acrescentou,
também não está sendo
afetada.
+ Mais
Servidores querem que governo
desista da MP que dividiu o Ibama
16 de Maio de 2007 - Kelly
Oliveira - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, e o deputado Sarney
Filho (PV), coordenador da Frente Parlamentar
Ambientalista, participam de café da
manhã para discutir as mudanças
na estrutura de gestão ambiental. Ao
fundo, faixa de servidores que protestam contra
a divisão do Ibama.
Brasília - Servidores do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) aproveitaram
a presença da ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, na Câmara dos Deputados,
e promoveram um protesto contra a divisão
do órgão ambiental com a criação
do Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade.
Durante café da manhã
dos deputados da Frente Parlamentar Ambientalista
com a ministra, os servidores ergueram duas
faixas contra as mudanças. Eles entregaram
também uma carta aos parlamentares.
O presidente da Associação
Nacional dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa,
alertou que a divisão tornará
mais burocrática a liberação
de licenças. reclamou ainda que a proposta
de divisão do órgão não
foi discutida com os servidores. “Não
somos contra a reestruturação
da área ambiental, mas ela tem que
ser discutida democraticamente. Após
a edição da medida provisória,
técnicos do Ibama fizeram uma análise
e comprovaram que essa medida vai trazer mais
burocracia, aumentar os gastos públicos
e causar ineficiência. Hoje no Ibama
são oito procedimentos até que
o licenciamento saia. Com a liberação
[edição] da medida provisória,
passaram a ser 36”, argumentou.
Corrêa informou que
os servidores querem que o governo federal
desista da medida provisória. “Eles
[governo] querem negociar a implementação
da medida provisória. Estão
querendo que venhamos a homologar essa medida
arbitrária. E nós não
vamos fazer isso. Se o governo quer negociar,
retire a medida provisória e vamos
sentar para discutir”, afirmou. O sindicalista
informou também que os servidores vão
buscar apoio no Congresso Nacional para derrubar
a medida provisória.
A ministra Marina Silva
reafirmou que a criação do novo
órgão ambiental não vai
“facilitar, nem prejudicar” a liberação
de licenças para implantação
de empreendimentos. “Vai fazer o processo
certo de forma focada”, defendeu.
“Sei como proceder quando
há dúvidas, quando há
temor. O que o gestor não pode deixar
de fazer é tomar as medidas corretas
e necessárias”, disse.
Segundo ela, não
há necessidades de mudanças
na MP, por ser “muito enxuta", mas serão
necessárias discussões para
regulamentar as mudanças. “A discussão
vai acontecer no decreto de regulamentação,
quando vamos descer a pormenores. Foi por
isso que eu nomeei um presidente substituto
para o Ibama e para o Instituto Chico Mendes.
Exatamente para que eles possam fazer esse
processo com total isenção,
sem nenhuma canibalização de
uma instituição em relação
à outra”, explicou.
Marina contou que já
aconteceram três reuniões com
os servidores para discutir as mudanças.
“E estamos abertos a tantas quantas sejam
necessárias”.
+ Mais
Ibama no Paraná só
atende serviços essenciais
15 de Maio de 2007 - Lucia
Nórcio - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - Com a greve dos
150 funcionários do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) no Paraná apenas os serviços
essenciais estão funcionando. Segundo
a representante da Associação
dos Servidores do Ibama (Asibama) no Paraná,
Guadalupe Vivekananda, todos os funcionários
estão concentrados na sede do instituto
e aproveitam a paralisação para
discutir e elaborar propostas que possam melhorar
os serviços prestados.
Serviços essenciais
como a exportação de madeira
pelo Porto de Paranaguá estão
sendo mantidos. “Tem prevalecido o bom senso
em todas as unidades, os casos estão
sendo analisados na medida que surgem”, informou
a sindicalista.
Na Unidade de Conservação
Parque Nacional do Iguaçu, Patrimônio
Natural da Humanidade, localizado em Foz do
Iguaçu, as visitas estão ocorrendo
normalmente, mas os turistas estão
recebendo informações sobre
a paralisação.
+ Mais
Servidores do Ibama pedem
que parlamentares rejeitem MP que divide instituto
15 de Maio de 2007 - Marcos
Chagas - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - Servidores do Instituto
Nacional de Meio Ambiente e Recursos Renováveis
(Ibama) tentam convencer deputados a rejeitar
as mudanças no órgão
federal, determinadas pela Medida Provisória
(MP) 366, editada pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. A MP criou o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade,
que retira do Ibama a gestão das unidades
de conservação federais.
O presidente da Associação
Nacional dos Servidores do Ibama (Asibama),
Jonas Corrêa, afirmou que o "esforço
concentrado" dos funcionários
do Ibama com os deputados e senadores é
tentar "sensibilizá-los"
para que rejeitem a medida provisória,
que, segundo ele, prejudica as ações
de gestão e fiscalização.
"Por demandar que mais
de um órgão participe de ações
que antes eram atribuição apenas
do Ibama, a divisão levará a
um aumento da burocracia necessária
para os processos de licenciamento analisados
pelo instituto. Esses processos, que antes
passavam por oito etapas entre o Ibama e o
empreendedor, passarão a ter 36 etapas",
afirmou o servidor.
Para garantir a conversa
com o maior número possível
de parlamentares, os servidores decidiram
mobilizar equipes que atuam, simultaneamente,
na Câmara e no Senado. Corrêa
informou que amanhã (16) está
marcado um café da manhã com
a Frente Ambientalista da Câmara, no
Auditório Nereu Ramos. Acrescentou
que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
deverá comparecer ao encontro.
O presidente da Asibama
afirmou que a liminar concedida pela Justiça
que exige que, no mínimo, 50% dos servidores
trabalhem está sendo cumprida pelos
grevistas. "Os portões estão
abertos, entre quem quer", comentou.
Jonas Corrêa acrescentou que, mesmo
com metade dos 4.600 servidores trabalhando,
não há como os serviços
técnicos da instituição
funcionarem.
Um dos senadores visitados
hoje por Corrêa foi Antonio Carlos Magalhães
(DEM-BA). O presidente da Asibama não
soube informar quantos parlamentares já
conversaram com os servidores em greve.
+ Mais
Greve no Ibama vai prejudicar
liberação de licenças,
diz líder dos servidores
14 de Maio de 2007 - Kelly
Oliveira - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - A greve dos servidores
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
iniciada hoje (14), deve prejudicar a liberação
de licenças ambientais e autorizações
para importação e exportação
de produtos de origem florestal ou da fauna,
como madeira, pneus e peixes ornamentais.
Segundo o presidente a Associação
Nacional dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa,
só serão mantidos os serviços
de fiscalização interna de parques
e monitoramento de danos ambientais, como
queimadas.
“As atividades vão
ser mantidas em qualquer lugar onde possa
ser causado algum dano ao patrimônio
público. [Mas] a liberação
de licenciamento, que está em andamento
ou que venha a ser requerida será prejudicada”,
afirmou Corrêa.
Com isso, podem haver atrasos,
por exemplo, na construção das
hidrelétricas no Rio Madeira, previstas
no Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC).
Se a licença não
for concedida até o final deste mês,
prazo estabelecido pelo governo para que as
obras comecem, também será descumprido
o cronograma previsto de fornecimento de cerca
de 600 megawatts de energia dessas hidrelétricas
a partir de 2012.
+ Mais
Servidores do Ibama no Rio
aderem à greve no instituto
14 de Maio de 2007 - Beatriz
Mota - Da Agência Brasil - Rio de Janeiro
- Os cerca de 300 servidores do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) no Rio
de Janeiro já aderiram à greve
nacional por tempo indeterminado. A informação
é do analista ambiental Roberto Huet,
que afirmou que 100% dos funcionários
lotados na sede do órgão, no
centro da cidade, estão paralisados.
Com a mobilização,
serviços no estado, como a análise
de processos ambientais, a concessão
de autorizações e licenças
e a atualização de documentos
ficarão prejudicados.
Nas unidades de conservação
do Rio de Janeiro, segundo o analista, apenas
as atividades essenciais continuam funcionando.
"Os centros de visitas e a administração
dos parques estão fechados, mas eles
não estão abandonados. As rondas
de fiscalização ainda são
realizadas para que não haja qualquer
dano ao patrimônio e ao meio ambiente",
explicou.
De acordo com Huet, a decisão
sobre o fechamento total das 20 unidades descentralizadas
ainda vai ser discutida com os servidores
dos parques. "Estamos avaliando a necessidade
de fechar parques como o da Floresta da Tijuca,
de Itatiaia e da Serra dos Órgãos
a partir do fim de semana, quando o fluxo
de turistas é muito grande e o patrimônio
corre mais riscos", disse.
O superintendente do Ibama
no Rio de Janeiro, Rogério Rocco, informou
que ainda não sabe quais medidas serão
tomadas pela direção órgão:
"Soube da decisão da greve na
sexta-feira [11], depois da assembléia
dos servidores, mas só tivemos o conhecimento
oficial hoje [14], e ainda iremos avaliar
quais providências serão adotadas
no âmbito do estado do Rio de Janeiro".
Servidores do Ibama de todo
o país iniciaram hoje uma paralisação
em protesto contra a Medida Provisória
366, que estabelece a divisão do órgão
ambiental, com repasse de funcionários
e de infra-estrutura para o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
e para o Serviço Florestal Brasileiro.
Segundo Roberto Huet, a
medida do governo prejudicará toda
a sociedade. "Não estamos em um
trabalho corporativo, nós acreditamos
que a nova estrutura proposta empobrecerá
todos os resultados, porque o mecanismo de
controle do meio ambiente ficará prejudicado
pela gestão fragmentada", argumentou.
+ Mais
Justiça exige que
metade dos funcionários do Ibama trabalhe
durante greve
14 de Maio de 2007 - Monique
Maia - Da Agência Brasil - Brasília
- Presidentes do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), Bazileu Alves Margarido Neto, e do
recém-criado Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade,
João Paulo Capobianco, falam à
imprensa. Servidores do Ibama inciaram greve
hoje para que o governo desista de dividir
o órgão ambiental nessas duas
estruturas.
Brasília - Uma decisão judicial
determinou que as associações
envolvidas com a greve no Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) garantam um mínimo de 50% (metade)
dos funcionários em regime normal de
trabalho. A decisão foi divulgada hoje
(14), em entrevista coletiva, pelo presidente
interino do Ibama, Bazileu Alves Margarido
Neto, e pelo secretário executivo do
Ministério do Meio Ambiente (MMA),
João Paulo Capobianco, que preside
interinamente o recém-criado Instituto
Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade.
A liminar estabelece multa
de R$ 5 mil à Associação
dos Servidores do Ibama (Asibama), ao Sindicato
dos Servidores Públicos do Distrito
Federal (Sindisep-DF) e à Confederação
dos Trabalhadores no Serviço Público
Federal (Condsef), caso não cumpram
a determinação. Foi proferida
na noite da última sexta-feira (11)
pelo juiz substituto José Gutemberg
de Barros Filho, da 17ª Vara da Justiça
Federal, no Distrito Federal.
Bazileu Alves Margarido
Neto, do Ibama, disse que o órgão
federal está trabalhando para que as
atividades essenciais sejam mantidas. Também
em entrevista hoje de manhã, o presidente
da Asibama, Jonas Corrêa, afirmou que
só serão mantidos os serviços
de fiscalização interna de parques
e monitoramento de danos ambientais, como
queimadas.
Perguntado se a greve afetará
o licenciamento ambiental das usinas hidrelétricas
do Rio Madeira, João Paulo Capobianco,
do MMA, respondeu que “há vários
processos em andamento importantíssimos,
inclusive com audiências públicas
já marcadas, com cronogramas em execução
e que envolvem investimentos de terceiros”.
E concluiu: “Nós temos que respeitar
esses cronogramas. Todos aqueles licenciamentos
em curso e inclusive as audiências públicas
marcadas deverão ser mantidas.”
Os servidores em greve reivindicam
que o governo retire a Medida Provisória
366, que divide o Ibama em dois e cria o Instituto
Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade.
+ Mais
No Amazonas, servidores
do Ibama estão paralisados há
11 dias
14 de Maio de 2007 - Amanda
Mota - Repórter da Agência Brasil
- Manaus - Os servidores do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) no Amazonas completam hoje (14), quando
começou a greve nacional por tempo
indeterminado, 11 dias de paralisação.
Eles iniciaram a greve com o objetivo de impedir
que governo federal coloque em prática
a Medida Provisória 366, que estabelece
a divisão do órgão ambiental,
por meio da criação do Instituto
Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade.
De acordo com o analista
ambiental do Ibama-AM, Marcelo Dutra, o discurso
adotado pela ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, para falar da divisão do instituto,
apresenta "uma incoerência do ponto
de vista administrativo". Ele afirmou
que o movimento do Amazonas pretende sensibilizar
os parlamentares para a derrubada da medida,
sob pena de extinção a médio
prazo da instituição, o que
chamou de "desmonte do Ibama".
"Precisamos sensibilizar
os parlamentares para derrubar essa farsa
que é a MP 366. Esse discurso da ministra
sobre a divisão das atividades do Ibama
para fortalecer as ações ambientais
no país é uma incoerência
administrativa. É como dizer que o
Brasil precisa de dois presidentes para ser
melhor administrado. Nós precisamos,
neste momento, do fortalecimento da diretoria
de nossa instituição",
destacou.
Para Itamar Oliveira, secretária
de Movimentos Sociais do Sindicato dos Servidores
Públicos Federais do Amazonas (Sindsep)
e também funcionária do Ibama
em Manaus, essa medida tem por objetivo "enfraquecer
o órgão ambiental em todo país".
Na opinião dela, a questão da
infra-estrutura também deve receber
atenção por parte dos parlamentares.
"Está muito
claro para nós que a criação
do Instituto Chico Mendes é uma ação
que visa ao enfraquecimento do Ibama em todo
o Brasil. Eles irão tirar aos poucos
nossas responsabilidades, até o ponto
de estarmos sem qualquer importância
para a sociedade brasileira. Desde que o órgão
foi instalado em Manaus, por volta de 1978,
não houve melhoria da nossa infra-estrutura,
o que também deve ser colocado em pauta
durante as discussões em torno de nossa
greve", acrescentou.
O Ibama conta com 268 funcionários
no estado. Durante a greve, foram mantidos
serviços essenciais, como o atendimento
jurídico e o acompanhamento e fiscalização
de animais silvestres.
+ Mais
Servidores do Ibama SP aguardarão
definição do comando nacional
de greve sobre a liminar judicial
14 de Maio de 2007 - Paulo
Montoia - Repórter da Agência
Brasil - São Paulo - Os servidores
da regional paulista do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Nacionais
Renováveis (Ibama-SP), que decidiram
hoje (14) entrar em greve por tempo indeterminado,
irão aguardar um posicionamento do
comando nacional de greve quanto à
decisão da Justiça Federal,
que determinou a atuação de
pelo menos metade dos funcionários
durante o movimento.
A decisão em caráter
liminar, divulgada apenas hoje, foi tomada
na noite da última sexta-feira pelo
juiz substituto José Gutemberg de Barros
Filho, da 17ª Vara da Justiça
Federal, no Distrito Federal, após
o Ibama entrar com medida judicial, em razão
da greve ter sido deliberada na quinta-feira
em assembléia de caráter nacional
de dirigentes sindicais em Brasília.
De acordo com Adalberto
dos Santos, diretor do Sindicato dos Servidores
Públicos em São Paulo (Sindisef-SP)
e membro do comando de greve paulista, os
grevistas não sabem se a liminar abrange
toda a categoria do país. “Sabemos
que essa liminar foi par o Ibama em Barsília,
para a Condsef (Confederação
dos Servidores Públicos Federais),
para o Sindisep-DF e para a Asidama (Associação
de Servidores do Ibama). Aguardaremos um parecer
do departamento jurídico do sindicato
e a orientação do comando nacional
de greve”, disse dos Santos.
Segundo a Assessoria
de comunicação do Ibama-SP,
trabalham no instituto cerca de trezentas
pessoas no estado de São Paulo, das
quais 64 são fiscais, em quinze unidades.
Independentemente da concessão da liminar
judicial, de acordo com a assessoria, não
podem ser interrompidas as atividades essenciais
do instituto, que são autuar flagrantes
de crimes ambientais quando requisitado, inspecionar
portos e aeroportos e atuar em acidentes e
desastres ambientais. Quando a categoria decide
adotar operação-padrão
ou fazer greve tartaruga o maior transtorno
costuma ocorrer nos portos e aeroportos, com
o atraso de embarque de produtos perecíveis,
como frutas para exportação,
ou na liberação de insumos para
a indústria nacional. Os postos do
Ibama também oferecem serviço
direto à população e
empresas, como receber guias de pagamento
de taxas e fornecer certidões e documentos.
Foto: Abr