15
de Maio de 2007 - Ana Luiza Zenker - Da Agência
Brasil - Brasília - O coordenador nacional
da Comissão Pastoral da Terra, José
Batista Afonso, afirmou que a condenação
de Vitalmiro Bastos Moura, o Bida, como um
dos mandantes do assassinato da missionária
norte-americana Dorothy Stang, é um
"acontecimento histórico"
na luta dos trabalhadores, principalmente
do Pará, e principalmente no campo.
Mas pediu que o mesmo rigor seja usado em
casos semelhantes.
O julgamento começou
ontem (14) e terminou hoje (15): Bida foi
condenado a 30 anos de prisão. Até
agora, Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo
Carlos Batista também foram condenados
como executores, a 27 e 17 anos, respectivamente.
Amair Feijoli da Cunha pegou 27 anos, por
contratar os pistoleiros. Só falta
o julgamento de outro acusado de ser mandante,
o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão,
conhecido como “Taradão”, que aguarda
julgamento de recursos em liberdade.
O coordenador da Pastoral
destacou a rapidez com que o caso tramitou
na Justiça. Mas lamentou que o mesmo
tratamento não seja dado a outros casos
de violência, o que reforça o
sentimento de impunidade, segundo ele. “É
preciso que esse mesmo tratamento do caso
Dorothy seja dado aos demais casos que apuram
assassinatos no campo no estado do Pará.
Só assim de fato estaremos combatendo
a violência”.
De acordo com o advogado
de defesa de Bida, Eduardo Imbiriba, a defesa
vai entrar com um recurso por um novo júri,
sob o mesmo argumento apresentado durante
o julgamento. “No nosso entendimento, o Ministério
Público não trouxe provas suficientes
para se aplicar uma condenação
ao acusado”. O advogado explica que esse é
um recurso automático ao qual o réu
tem direito quando a pena é superior
a 20 anos.
O assessor da Secretaria
Especial dos Direitos Humanos (SEDH) Olmar
Klich disse que a expectativa da secretaria
era pela absolvição de Bida,
já que é “muito difícil
condenar um mandante de um crime no Brasil”.
Ele ressaltou o caráter testemunhal
das provas que incriminaram o fazendeiro,
lembrando que uma das testemunhas de defesa,
o já condenado Rayfran das Neves, negou
em seu depoimento a versão apresentada
durante seu próprio julgamento.
Segundo Klich, a secretaria
defende que cada caso seja devidamente apurado
antes de ser julgado. Essa é a posição
em relação ao julgamento de
Regivaldo Galvão. O assessor disse
que "Taradão" deve ser julgado
até o final deste ano, de acordo com
uma conversa com o juiz após o final
do julgamento de Bida.
A missionária foi morta com seis tiros
em Anapu, a 300 quilômetros de Belém.
Ela trabalhava com a Pastoral da Terra e comandava
o programa em uma área autorizada pelo
Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra). A missionária
trabalhou durante 30 anos em pequenas comunidades
da Amazônia pelo direito à terra
e à exploração sustentável
da floresta.
+ Mais
Fazendeiro é condenado
a 30 anos de prisão por mandar matar
missionária Dorothy Stang
15 de Maio de 2007 - Ana
Luiza Zenker - Da Agência Brasil - Brasília
- Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como
Bida, foi condenado a 30 anos de reclusão
pela acusação de mandar matar
a missionária Dorothy Stang, em fevereiro
de 2005. Um dos anos da condenação
foi dado pelo agravante de a vítima
ter mais de 60 anos de idade. O julgamento
do quarto acusado de participar do assassinato
da missionária norte-americana Dorothy
Stang terminou na tarde de hoje (15).
Acusado de ser um dos mandantes
do crime, o fazendeiro começou a enfrentar
o júri popular ontem (14), em Belém
(PA). O advogado de defesa, Eduardo Imbiriba,
afirmou que vai entrar com um recurso por
um novo júri. O advogado explica que
esse é um recurso automático
ao qual o réu tem direito quando a
pena é superior a 20 anos.
A Ordem dos Advogados do
Brasil no Pará (OAB-PA) emitiu nota
oficial para comemorar a decisão. A
presidente da OAB-PA, Ângela Sales,
que comunicou a decisão ao presidente
nacional Cezar Britto, disse que ficou satisfeita
com a condenação porque "o
histórico dos julgamentos em relação
a mandantes desse tipo de crime no Pará
sempre foi muito frustrante para as lideranças
dos direitos sociais e sociedade civil em
geral".
Até agora, Rayfran
das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista
foram condenados como executores a 27 e 17
anos de reclusão respectivamente. Amair
Feijoli da Cunha foi condenado a 27 anos de
reclusão, como intermediador do assassinato,
acusado de contratar os pistoleiros. Regivaldo
Pereira Galvão, fazendeiro conhecido
como Taradão, também acusado
de mandante, aguarda julgamento de recursos
para definição de júri
popular.
A missionária foi
morta com seis tiros em Anapu, a 300 quilômetros
da capital paraense. Ela trabalhava com a
Pastoral da Terra e comandava o programa em
uma área autorizada pelo Instituto
Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra). A missionária
trabalhou durante 30 anos em pequenas comunidades
da Amazônia pelo direito à terra
e à exploração sustentável
da floresta.
+ Mais
Bida é apelido do
quarto acusado de participar de morte de missionária
14 de Maio de 2007 - Gláucia
Gomes - Repórter da Agência Brasil
- Brasília - O fazendeiro Vitalmiro
Bastos de Moura, conhecido como Bida, é
o quarto acusado de participar do assassinato
da missionária norte-americana Dorothy
Stang, em fevereiro de 2005. Ele começou
a enfrentar o juri popular hoje (14) em Belém.
Bida é dos acusados de ser o mandante
do assassinato.
Até agora, Rayfran
das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista
foram condenados como executores a 27 e 17
anos de reclusão respectivamente. Amair
Feijoli da Cunha foi condenado a 27 anos de
reclusão, como intermediador do assassinato,
acusado de contratar os pistoleiros.
Regivaldo Pereira Galvão,
fazendeiro conhecido como Taradão,
também acusado de de mandante, aguarda
julgamento de recursos para definição
de júri popular. A missionária
foi morta com seis tiros em Anapu, a 300 quilômetros
da capital paraense. Ela trabalhava com a
Pastoral da Terra e comandava o programa em
uma área autorizada pelo Instituto
Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra).
A missionária trabalhou
durante 30 anos em pequenas comunidades da
Amazônia pelo direito à terra
e à exploração sustentável
da floresta. O juiz Raimundo Moisés
Alves Flexa, da 2ª Vara Penal da Comarca
de Belém, é quem preside o julgamento,
que deve para durar dois dias.
+ Mais
Acusado da morte de Dorothy
Stang enfrenta júri popular
14 de Maio de 2007 - Mylena
Fiori - Repórter da Agência Brasil
- Brasília - Começa hoje (14)
em Belém (PA) o julgamento do fazendeiro
Vitalmiro Bastos de Moura - o Bida -, acusado
de ser um dos mandantes do assassinato da
missionária norte-americana Dorothy
Stang em fevereiro de 2005. Vitalmiro será
levado a júri popular. O outro acusado
de encomendar a morte de Dorothy, Regivaldo
Pereira Galvão, fazendeiro conhecido
como "Taradão", aguarda em
liberdade decisão de recursos para
definição de seu julgamento.
Os demais envolvidos no
crime já foram julgados e condenados.
Em 2005, os pistoleiros Raifran das Neves
Sales e Clodoaldo Carlos Batista foram condenados
a 27 e 17 anos de reclusão, respectivamente.
Amair Feijoli da Cunha, o Tato, acusado de
contratar os pistoleiros, foi condenado em
2006 a 27 anos de prisão, mas foi beneficiado
com redução de um terço
da pena, por delação premiada.
A missionária foi
morta com seis tiros em Anapu, a 300 quilômetros
da capital paraense, em 12 de fevereiro de
2005. Conforme a denúncia oferecida
pelo Ministério Público, Dorothy
Stang foi assassinada quando seguia para uma
reunião com colonos, para tratar de
questões referentes ao Programa de
Desenvolvimento Sustentável (PDS).
Ela trabalhava com a Pastoral da Terra e comandava
o programa em uma área autorizada pelo
Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra). A missionária
trabalhou durante 30 anos em pequenas comunidades
da Amazônia pelo direito à terra
e à exploração sustentável
da floresta.
O assessor da Secretaria
Especial de Direitos Humanos da Presidência
da República, Romeu Olmar Klich, acompanhará
o julgamento de Vitalmiro Bastos de Moura
no Tribunal de Justiça do Pará,
em Belém.
+ Mais
Oito caravanas acompanham
julgamento de suspeito de mandar matar Dorothy
Stang
14 de Maio de 2007 - Gláucia
Gomes - Repórter da Agência Brasil
- Brasília - O julgamento do fazendeiro
Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado
de ser um dos mandantes do assassinato da
missionária norte-americana Dorothy
Stang, em fevereiro de 2005, começou
nesta segunda-feira e deve durar cerca de
dois dias. O assassinato ficou marcado como
exemplo da luta de movimentos sociais e pequenos
trabalhadores rurais pela reforma agrária
e contra a grilagem na Amazônia.
Uma manifestação
organizada pelo Comitê Dorothy para
chamar a atenção das autoridades
para a impunidade, conta com oito caravanas
que vieram do interior do estado e cerca de
600 pessoas que participam do movimento em
frente ao Tribunal de Justiça do Pará.
A coordenadora do Comitê, Luíza
Virgínia Oliveira Moraes, explicou
que a manifestação é
para pressionar e sensibilizar os membros
do Tribunal e o corpo de jurados. Segundo
Luíza, durante o julgamento desta manhã,
um dos advogados de defesa de Vitalmiro acusou
a irmã Dorothy de ser líder
de uma quadrilha que fornecia armas para eliminar
pessoas, “numa tentativa de criminalizar a
vítima para comover os jurados”.
A coordenadora destaca o
sentimento que existe entre as pessoas que
estão em frente ao tribunal ou que
acompanham o julgamento: “A gente percebe
um misto de indignação e de
euforia. Você sente neles aquele desejo
de ver a irmã Dorothy tendo justiça,
mas ou mesmo tempo há aquele sentimento
de comoção, tristeza e indignação”.
Luíza Virgínia
disse que estamos vivendo um momento muito
delicado, pelo que vem sendo constatado através
dos relatórios dos cientistas sobre
a questão ambiental, em que o futuro
do nosso planeta está sendo ameaçado.
“Nós brasileiros, nós amazônicos,
precisamos tomar consciência de que
Dorothy e outras lideranças que tombaram
estavam lutando por todos nós, que
vivemos em áreas urbanas e nesse grande
país, assim como as outras pessoas
que vivem nesse planeta”.
De acordo com o informações
divulgadas pelo site do Tribunal de Justiça
do Pará, em interrogatório,
Vitalmiro Bastos de Moura negou qualquer participação
na morte da missionária. O fazendeiro
que foi preso em abril de 2005, teve sua prisão
preventiva decretada poucos dias após
o crime. Ele afirmou também que não
deu ordem para assassinarem Dorothy Stang.