18/05/2007
- A operação de içamento
e condução da embarcação
ao estaleiro foram bem-sucedidas e acompanhadas
pela CETESB
O rebocador Pégasus,
que havia naufragado no estuário de
Santos, no último dia 2, teve a operação
de içamento finalizada no dia de hoje
(18/05), sendo que a embarcação
já se encontra no estaleiro da Wilson
Sons, na Vila Lígia, no Guarujá,
para onde foi conduzida no final desta tarde.
A operação
de amarração do rebocador aconteceu
na última quarta-feira. E o içamento
teve início ontem, tendo sido realizado
durante todo o dia, na madrugada de hoje e
terminando agora à tarde. A operação
de içamento foi lenta, não só
em função das dificuldades inerentes
a esse tipo de trabalho, como também
devido ao fato do Pégasus, de cerca
de 30 metros de comprimento, estar atolado
na lama do fundo do canal de Santos. Desta
forma, entre outras providências, mergulhadores
tinham de proceder à drenagem constante
de lama e água, a bordo do rebocador,
e evitar movimentação excessiva
que pudesse provocar vazamento do óleo
combustível residual da embarcação.
O içamento foi realizado
por meio da balsa guindaste Cabrea Pará,
que durante a operação mantinha
o Pégasus sustentado por quatro cabos.
No início, o rebocador ficou adernado
a estibordo e, por volta do meio-dia já
flutuava e tinha boa parte de sua superficie
acima do nível da água. Quando,
finalmente, se conseguiu estabilizar a embarcação,
pôde-se promover a sua condução
até o estaleiro.
A empresa Ecosorb procedeu
ao recolhimento, por meio de sucção
ou absorção (mantas absorventes),
de eventuais películas de óleo
que surgiram durante a operação.
Paralelamente, os técnicos
da CETESB realizaram o monitoramento de todo
o trabalho, por terra e também com
uso de embarcações. Participaram
dos trabalhos a Wilson Sons, proprietária
do Pégasus, a Smit, empresa especializada
em resgate deste tipo e dona da balsa guindaste,
a Capitania dos Portos e a Codesp, além
da Agência Ambiental de Santos e do
Setor de Operações de Emergência,
da CETESB.
As operações
para o içamento do rebocador Pegasus,
que naufragou no estuário de Santos,
no último dia 2, devem ter início
neste sábado (05/05), logo após
a reunião agendada para as 9 horas
na Capitania dos Portos, onde serão
definidos os procedimentos a serem adotados.
Entre os cuidados exigidos
pela CETESB, que participa da operação,
estão o monitoramento constante de
mergulhadores e a colocação
de barreiras de contenção para
evitar que o manguezal e as praias sejam atingidas,
caso ocorra vazamento de óleo dos tanques
de combustível da embarcação.
Na tarde de hoje (04/05),
foi realizada reunião na agência
da CETESB em Santos, da qual participaram
os representantes da empresa responsável
pela embarcação, a Wilson Sons,
e da Ecosorb, especializada em operações
desse porte. Ficou acertado que a empresa
apresentará uma planilha com a descrição
dos equipamentos disponíveis e os procedimentos
que serão adotados para a remoção
do barco, sem que haja risco de vazamento
do óleo diesel contido nos tanques,
com volume estimado de aproximadamente 50
mil litros.
O rebocador Pegasus naufragou no Estuário
de Santos na manhã de quarta-feira,
em um ponto conhecido como Farol de Itapema,
próximo à Base Aérea
de Santos e ao bairro Vicente de Carvalho,
no Guarujá. No mesmo dia, foi providenciada
a colocação de barreiras de
contenção, mas na tarde do dia
seguinte (03/05), uma vistoria marítima
indicou a presença de película
de óleo em alguns pontos próximos
à Ilha Diana, em área de manguezal.
O produto, em pequena quantidade, foi removido
com material absorvente. Novo monitoramento
feito ao longo da Ponta da Praia e do Rio
Diana não indicou novas manchas.
A empresa responsável
pela embarcação, a Wilson, Sons,
contratou uma equipe especializada para fazer
o monitoramento de área e planejar
a remoção do rebocador. Já
foi definido que os 50 mil litros de óleo
diesel contido nos tanques não serão
removidos antes do seu içamento, pois
não há risco aparente de vazamento.
O rebocador encontra-se
submerso a aproximadamente 8 metros de profundidade.
A CETESB participa do atendimento através
de equipes da Agência Ambiental de Santos
e do Setor de Operações de Emergência.
A Codesp, o Corpo de Bombeiros e a Capitania
dos Portos também participam da operação.
Texto: Eli Serenza
Foto: Cetesb