Livro revela diversidade
ecológica de floresta nativa na região
metropolitana de Belém
PPBio - 24/05/2007 - “Mocambo”
resgata décadas de pesquisa em remanescente
floresta da capital do Pará, a primeira
área de campo implantada na Amazônia
para estudos de longo prazo sobre ecologia
e biologia.
O Museu Paraense Emílio
Goeldi (MPEG/MCT) e a Embrapa Amazônia
Oriental lançam nesta quinta-feira
(24), o livro "Mocambo: Diversidade e
Dinâmica da Área de Pesquisa
Ecológica do Guamá", obra
que resgata, em 23 capítulos, os principais
estudos e pesquisas realizadas, desde a década
de 1960, nesta importante área remanescente
de floresta nativa, inserida na bacia do rio
Guamá, na região metropolitana
de Belém (PA).
O lançamento acontece
às 17h30, durante o 1° Seminário
Científico do Programa de Pesquisa
em Biodiversidade (PPBio), que começou
nesta terça-feira (22), em Belém,
e prossegue até amanhã (25).
Dividida em três partes
que abordam os aspectos históricos,
os inventários biológicos e
os estudos sobre a dinâmica, uso e conservação
da área, a publicação
é resultado do esforço coletivo
de pesquisadores, professores, alunos de pós-graduação,
graduação e técnicos
que se dedicaram ao registro e estudo de dados
sobre o ambiente físico, a estrutura
e a dinâmica biológica da área.
"A publicação
certamente será uma fonte de referência
permanente para pesquisadores, estudantes
e moradores de Belém, e também
se constituirá numa base de informações
importantes para gestores públicos,
pois resgata um valioso conjunto de informações
oriundas da pesquisa", afirma a diretora
do Museu Goeldi, Ima Vieira.
Localizada na região
metropolitana de Belém, a Área
de Pesquisa Ecológica do Guamá
(APEG) foi a primeira área implantada
em campo para o estudo da ecologia e biologia
na Amazônia, direcionada para pesquisas
de longo prazo. Considerada de extrema importância,
a área reúne, em um único
local, os três ecossistemas mais representativos
da Amazônia: a floresta densa de terra
firme, a floresta inundável de várzea
e a floresta inundada de igapó.
O pesquisador do Museu Goeldi,
Samuel Almeida, um dos organizadores da obra,
conta que o nome do livro foi escolhido devido
ao fato de o local onde se localiza a área
ser remanescente de quilombos. Ele ressalta
que o livro resgata também a importante
colaboração de antigos pesquisadores
para os estudos desenvolvidos na APEG.
"Para falar da história
da APEG é válido lembrar nomes
de pesquisadores pioneiros como Felisberto
Cardoso de Camargo, diretor do Instituto Agronômico
do Norte (IAN), fundado na década de
1940, atual Embrapa Amazônia Oriental.
Outra importante figura foi João Murça
Pires, um dos idealizadores do programa da
APEG. Ambos tinham extrema preocupação
em proteger os ecossistemas da área",
relata Samuel.
Ainda segundo o pesquisador,
há muitas dificuldades em se manter
áreas de preservação
na cidade. "Essas áreas, como
a APEG, estão extremamente ameaçadas,
principalmente pela especulação
imobiliária devido estar localizada
no centro da cidade. Outros problemas como
a cobrança de altas taxas tem dificultado
a manutenção da área
por parte das instituições",
conclui o pesquisador.
Fernanda Engelhard – Assessoria de Comunicação
Social PPBio Amazônia Oriental/Serviço
de Comunicação Social do Museu
Goeldi
+ Mais
Novas espécies da
Amazônia em exposição
PPBio - 23/05/2007 - Como
se descobre uma espécie nova? Quem
faz esse trabalho? E qual a importância
disso? Para responder essas e outras perguntas,
o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT)
apresentou nesta terça-feira (22) a
exposição Fauna e Flora do Século
XXI, que integra o 1º Seminário
Científico do Programa de Pesquisa
em Biodiversidade (PPBIO).
A exposição
apresenta ao público as novas espécies
de plantas e animais amazônicos investigados
pelos pesquisadores do Museu Goeldi no novo
milênio. São 33 novas espécies
das 77 descobertas e descritas pelo Goeldi
ao longo dos seis últimos anos. Em
exibição 23 espécies
de animais (como aranhas, borboletas, peixes
etc.) e dez espécies de plantas, entre
elas, várias espécies novas
de orquídeas.
Além de ver as espécies
in loco, na forma como são armazenadas
nas coleções científicas
da instituição, quem visita
a exposição pode observar pinturas,
desenhos e fotos das novas espécies,
bem como mapas indicando os locais na Amazônia
onde cada espécie foi descoberta.
Fauna e Flora do Século
XXI tem um caráter didático,
uma vez que apresenta as descobertas científicas
para todas as idades, de forma que qualquer
pessoa que não seja do ramo científico
tem condições de compreender
as informações científicas.
Além de conhecer
as espécies novas será possível
entender o trabalho dos zoólogos e
botânicos na descrição
da biodiversidade. Cada espécie é
apresentada com os detalhes que permitiram
reconhecê-las como novas, alguns totalmente
invisíveis ao olho humano ou difíceis
de serem percebidos, como o número
de escamas de uma nova serpente ou o som emitido
por uma nova espécie de gavião.
Segundo Horácio Higuchi,
curador da exposição e chefe
da Coordenação de Museologia
do MPEG, muitas espécies novas tem
sido descobertas na Amazônia devido
a dois fatores: o surgimento de novas ferramentas
científicas que permitem examinar melhor
animais e plantas (como a biologia molecular),
e a presença de biólogos em
locais da Amazônia que, até então,
nunca haviam recebido presença humana,
como as áreas de fronteira do Brasil
com outros países.
Para Alexandre Bonaldo,
zoólogo, especialista em aranhas e
presidente dos curadores das Coleções
Científicas do Museu Goeldi, a descoberta
de espécies novas facilita o estabelecimento
de políticas de conservação
da natureza, pois torna mais fácil
preservar quando já se conhece a espécie.
"Não podemos
preservar o que não conhecemos. Essas
descobertas são uma herança
para as gerações futuras, que
provavelmente não terão a chance
de conhecer muitas dessas espécies,
se levarmos em conta que o ritmo de extinção
é muito maior que o ritmo de descoberta
de novas espécies", explica o
zoólogo.
A exposição,
inaugurada ontem, quando se comemora o Dia
Internacional da Diversidade Biológica,
fica localizada em uma das salas de exposições
temporárias do prédio da Rocinha
(Pavilhão Domingos Soares Ferreira
Penna) até o dia 31 de julho.
Tiago Araújo - Assessoria de Comunicação
do Museu Goeldi
+ Mais
Museu Goeldi comemora a
diversidade biológica
PPBio - 22/05/2007 - O Museu
Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT) comemora
nesta terça-feira (22) o Dia Internacional
da Diversidade Biológica. A data será
marcada com a realização de
seminário, debates, lançamento
de livro, site e portal, além de uma
exposição sobre as novas espécies
descritas neste milênio.
O Dia Internacional da Diversidade
Biológica foi estabelecido pela Organização
das Nações Unidas, durante a
Conferência de Nairobi, em 22 de maio
de 1992. O Museu Goeldi, com o apoio do Programa
de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT), celebra
a data neste ano promovendo o 1º Seminário
Científico do PPBio e a exposição
"Fauna e Flora do Século XXI:
novas espécies da Amazônia nas
Coleções do Museu Goeldi".
Durante o evento também
serão lançados o site "Herbário
MG on line", o livro "Mocambo: Diversidade
e Dinâmica Biológica da Área
de Pesquisa Ecológica do Guamá"
e o Portal Brasileiro de Taxonomia – GTI-Brasil.
Seminário
Inventariamento, bancos de dados científicos
e bioprospecção são alguns
dos temas a serem tratados durante o 1º
Seminário Científico do PPBio,
que acontece em Belém (PA), de amanhã
(22) até o dia 25, no Hotel Beira Rio
e no Museu Goeldi.
O seminário é
uma realização do Programa de
Pesquisa de Biodiversidade - Amazônia
Oriental coordenado pelo Museu Goeldi e com
a participação de 200 profissionais,
entre autoridades e pesquisadores de diferentes
instituições como o MCT, Ministério
do Meio Ambiente (MMA), Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT),
Instituto de Pesquisas Científicas
e Tecnológicas do Amapá (Iepa),
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
das universidades federais do Pará
(UFPA), Paraná (UFPR), Piaui (UFPI),
Rural da Amazônia (Ufra), Estadual de
Feira de Santana, Unicamp, Universidade do
Kansas (EUA), de Paris VI (França)
e da Conservação Internacional
do Brasil (CI-Br).
O PPBio é um programa
do Ministério da Ciência e Tecnologia,
criado em 2004, e conta hoje com a participação
de mais de cem pesquisadores de 15 instituições
na região amazônica e semi-árido.
O Programa está estruturado em três
componentes: Inventários, Coleções
e Projetos Temáticos.
O objetivo central do PPBio
é articular a competência regional
e nacional para que o conhecimento da biodiversidade
brasileira seja ampliado e disseminado de
forma planejada e coordenada. Entre os objetivos
específicos estão: o apoio à
manutenção, ampliação
e informatização de acervos
biológicos do País, apoio à
pesquisa e desenvolvimento em áreas
temáticas da biodiversidade e o desenvolvimento
de ações estratégicas
para políticas de pesquisa em biodiversidade.
O programa iniciou pelo
bioma Amazônia, onde é executado
pelo Museu Goeldi (responsável pela
Amazônia Oriental) e pelo Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia/Inpa
(Amazônia Ocidental). As duas instituições,
vinculadas ao MCT), são responsáveis
pela articulação de Núcleos
Regionais, uma estratégia desenvolvida
com o objetivo de colaborar na construção
de novos centros para o estudo da biodiversidade
amazônica.
Na porção
oriental da Amazônia, o Goeldi trabalha
com o Instituto de Pesquisas Científicas
e Tecnológicas do Amapá (Iepa)
e com as universidades Estadual e Federal
do Maranhão.
Com a realização
do 1º Seminário Científico,
o PPBio pretende obter maior integração
entre os Componentes do Programa, os Núcleos
Executores (NE) e os Núcleos Regionais
(NR), assim como divulgar sua produção
cientifica e consolidar parcerias com programas
correlatos e com as ações de
gestão ambiental.
Serviço de Comunicação
Social do Museu Goeldi
+ Mais
Seminário debate
estrutura da pesquisa em biodiversidade
PPBio - 21/05/2007 - Programa
de Pesquisa em Biodiversidade do Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT realiza
nesta semana, no Museu Goeldi, em Belém,
evento científico
O acesso aos bancos de dados científicos
e bioprospecção e as estratégias
de inventariamento são alguns dos temas
que serão debatidos a partir desta
terça-feira (22) no 1º Seminário
Científico do Programa de Pesquisa
em Biodiversidade (PPBio), no Hotel Beira
Rio e no Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG/MCT),
em Belém (PA). O seminário prossegue
até o dia 25.
O PPBio é um programa
do Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT), criado em 2004, e que hoje tem a participação
de mais de 100 pesquisadores de 15 instituições
na região amazônica e semi-árido.
Seu objetivo central é articular a
competência regional para que o conhecimento
da biodiversidade nacional seja ampliado e
disseminado de forma planejada e coordenada.
De forma específica
o programa busca apoio à manutenção,
ampliação e informatização
de acervos biológicos do País,
amparo à estudo e desenvolvimento em
áreas temáticas da biodiversidade
e o incremento de ações estratégicas
para políticas de pesquisa em biodiversidade.
Com esse seminário,
o PPBio busca obter maior integração
entre os componentes do Programa, os Núcleos
Executores (NE) e os Regionais (NR), assim
como divulgar sua produção científica
e consolidar parcerias com programas correlatos
e com as ações de gestão
ambiental.
Além de mesas-redondas,
debates e exposição de painéis,
os mais de duzentos inscritos participam da
comemoração do Dia Internacional
da Diversidade Biológica. Da programação
consta ainda o lançamento do Portal
Brasileiro de Taxonomia, do site do Herbário
MG on line, do livro "Mocambo: Diversidade
e Dinâmica Biológica da Área
de Pesquisa Ecológica do Guamá"
e a exposição "Fauna e
Flora do Século XXI: novas espécies
da Amazônia nas Coleções
do Museu Goeldi".
O evento é realizado
pelo PPBio Amazônia Oriental, coordenado
pelo MPEG e tem a participação
de representantes de instituições
como o MCT, Ministério do Meio Ambiente
(MMA), Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa/MCT), Instituto de Pesquisas
Científicas e Tecnológicas do
Amapá (Iepa), Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), das universidades
federais do Pará (UFPA), Paraná
(UFPR), Piaui (UFPI), Rural da Amazônia
(Ufra), Estadual de Feira de Santana, Unicamp,
Universidade do Kansas (EUA), de Paris VI
(França) e da Conservação
Internacional do Brasil (CI-Br).
Serviço de Comunicação
Social do Museu Goeldi