Biodiesel - 21/05/2007 -
Uma mistura de biodiesel desenvolvida pelo
Instituto Nacional de Tecnologia (INT) reduz
em 30% a poluição provocada
pelos ônibus urbanos, ao mesmo tempo
em que diminui em 38% a utilização
de derivados de petróleo. Este é
o resultado do relatório de testes
da mistura que foi entregue na ultima sexta-feira
(18) à Agência Nacional de Petróleo
(ANP).
Numa parceria entre o INT,
unidade de pesquisa vinculada ao Ministério
da Ciência e Tecnologia, e a ABC Participações,
a mistura vem sendo testada em 40% da frotas
dos ônibus da região metropolitana
de São Paulo, desde outubro do ano
passado.
"O sucesso na utilização
da mistura indica que ela pode ser utilizada
em outras cidades, o que contribuirá
para diminuir a carga poluidora de material
particulado, que é emitida com a combustão
de óleo diesel e, assim, melhorar as
condições ambientais nos grandes
centros urbanos", disse o pesquisador
Álvaro Barreto, do Laboratório
de Combustíveis e Lubrificantes do
INT.
Coordenador da pesquisa
de biocombustíveis, principalmente,
na substituição do óleo
diesel, ele também avalia que "essa
substituição do óleo
diesel deve diminuir a dependência do
petróleo importado".
A mistura testada é
composta de 30% de biodiesel e 8% de álcool
anidro, que entram na composição
para reduzir o índice de resíduo
de carbono. Para chegar a essa fórmula,
a equipe de pesquisadores se dedicou a estudar
várias combinações possíveis,
dentro de um projeto de pesquisa que tem como
título "Desenvolvimento de uso
de misturas de biodiesel".
Helena Beltrão - Assessoria de Imprensa
do MCT
+ Mais
Seminário define
projeto para pequenas usinas de álcool
Biocombustível -
21/05/2007 - A Confederação
da Agricultura e Pecuária no Brasil
(CNA) promove hoje (21) e amanhã, em
Brasília, em parceria com os ministérios
da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Agricultura
(Mapa) o 1º Seminário de Tecnologia
para a Pequena Produção de Álcool
(Tecppa). O evento objetiva definir um projeto
viável para a pequena produção
de álcool (etanol). Esse modelo deve
levar em consideração pontos
de vista econômico, técnico e
social, capaz de inserir produtores independentes
de cana-de-açúcar e a agricultura
familiar na cadeia produtiva do álcool.
Segundo Edson Ustulin, presidente
da Comissão Nacional da Cana-de-Açúcar
da CNA, o formato buscado desempenhará
um importante papel na geração
de renda e emprego, fortalecimento da agricultura
familiar e no cooperativismo. "O setor
produtivo tem responsabilidade de ampliar
a produção de combustível
"limpo", e de estimular a participação
daqueles que produzem a matéria-prima",
afirma ele.
Segundo levantamento da
CNA, hoje o álcool produzido no País
é proveniente de 358 usinas sucroalcooleiras
que utilizam, em sua maioria, cana própria.
"Só 22% da cana utilizada pelas
usinas vem de produtores independentes (até
1000 ton). São cerca de 45 mil em todo
o País", informa José Ricardo
Severo, assessor técnico da Comissão
da CNA. O mesmo estudo mostra que os produtores
já foram responsáveis por 60%
da cana processada pelas usinas. Para ele,
com o Tecppa, o setor encontrará os
arranjos produtivos necessários para
implementar um modelo capaz de aumentar a
renda destes pequenos produtores, aposta Severo.
O seminário terá,
dentre outros palestrantes, Eduardo Soriano
(MCT), Alexandre Strapasson (Mapa), Wang Hsiu
Ching, do Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae),
Francisco Dutra Melo, da Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE), além de representantes
da Petrobras e da Agência Nacional do
Petróleo (ANP).
Ubirajara Jr - Assessoria de Imprensa do MCT
+ Mais
Produtores avaliam desenvolvimento
de tecnologia para pequena produção
de álcool
Arranjos Produtivos Locais
- 22/05/2007 - A Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA), em parceria com os ministérios
da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Agricultura
(Mapa), está realizando em Brasília
um seminário para definir um projeto
técnica e economicamente viável
para a criação de pequenas unidades
industriais para produção de
álcool.
O encontro termina nesta
terça-feira (22) e está avaliando
os diversos fatores que influenciam na implantação
de modelos eficientes. Entre as avaliações
realizadas, vale destacar o pedido da categoria
de um número maior de investimentos,
assim como a organização de
pequenas cooperativas e de um programa federal
específico para o setor.
No seminário foi
mencionado o aproveitamento dos resíduos
e o desenvolvimento de produtos nobres. A
grande novidade é fazer com que os
pequenos produtores fabriquem combustíveis
com mais eficiência e que estejam certificados
através de um selo de qualidade. A
idéia é desenvolver nichos,
trabalhar a matéria-prima e produzir
álcool com maior valor agregado.
O representante do MCT,
Eduardo Soriano, disse que também está
sendo debatido a realização
de três modelos de produção:
pequenas usinas em cooperativa, unidades de
pequeno porte com qualidade elevada e várias
microusinas que certificam o combustível
em fábricas de maior porte.
Para Soriano pode-se criar
a médio prazo uma indústria
de bens de capital ligada ao álcool.
"Com as pesquisas e o aproveitamento
das tecnologias podemos criar uma indústria
de bens de capital, que poderá ser
importante para auxiliar países que
iniciam este processo, como os da África
e Caribe".
(Com informações: www.cna.org.br)
Carlos Freitas - Assessoria de Imprensa do
MCT