Panorama
 
 
 

IBAMA PERMANECE EM GREVE CONTRA DIVISÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

Servidores do Ibama condicionam volta ao trabalho a derrubada de medida provisória

23 de Maio de 2007 - Clara Mousinho - Da Agência Brasil - Brasília - O presidente da Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Asibama), Jonas Corrêa, disse hoje (23), em entrevista à Agência Brasil, que os servidores do órgão só voltam a trabalhar se Medida Provisória 366/07 for retirada pelo governo ou se for vetada pelo Congresso Nacional.

Cerca de 6,4 mil funcionários do Ibama estão de greve desde a semana passada porque são contra a edição da MP, que divide a gestão ambiental brasileira com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O novo órgão ficaria responsável pela gestão de unidades de conservação.

Corrêa se reuniu ontem (22) com 44 deputados federais das comissões da Amazônia e do Meio Ambiente da Câmara para discutir a MP 366. Segundo ele, a maioria dos parlamentares é contra a medida. “Nós mostramos aos parlamentares o prejuízo que essa MP vai trazer para o país. Pudemos fazer uma explanação com dados, mostrando estudo técnicos de como ficará o Ibama se essa medida for aprovada. Eu acho que em função disso, os próprios parlamentares estão solicitando que se retire a medida.”

O presidente do Ibama, Brazileu Margarido, e o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, também participaram da reunião no Congresso. De acordo com Corrêa, a discussão sobre a MP 366 foi positiva. “É importante que se faça um processo de discussão mais democrático, porque a medida foi encaminhada sem nenhuma discussão prévia”, acrescentou o presidente da Asibama.

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Em audiência, deputados se manifestam contra MP que divide Ibama

22 de Maio de 2007 - Katia Paiva - Da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Em audiência pública na Câmara hoje (22), vários deputados pediram a retirada da medida provisória (MP) que divide o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama ) e cria o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade.

A audiência, sobre a situação do licenciamento ambiental após a reestruturação do Ibama e a Medida Provisória 366, foi realizada pelas Comissões da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Entre os parlamentares favoráveis à retirada da MP da pauta do plenário estava o deputado Sarney Filho (PV-MA). "Qual é a urgência que justifica a necessidade de se tratar as modificações estruturais do Ibama por medida provisória? Eu já tomei minha decisão de votar contra a medida ela", disse.

A deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) informou que era favorável à reestruturação e passou a ser contra, por avaliar que ela aumentará a burocratização do órgão: "O governo já anunciou essa medida de reestruturação do Ibama dizendo que isso melhoraria e reforçaria o setor de licenciamento ambiental, mas infelizmente, na prática, não é isso que estamos vendo. A informação que nós recebemos agora é que de oito procedimentos passarão para 36".

O presidente interino do Ibama, Bazileu Alves Margarido Neto, afirmou que a reestruturação é necessária para que o instituto atue mais focado nas funções de licenciamento e fiscalização. Ele afirma que a expectativa é que haja uma melhoria no processo, tanto na questão do prazo quanto na qualidade.

Ele informou que o Ibama tem hoje 6.400 servidores, alguns já lotados no novo instituto. Os funcionários continuam em greve por tempo indeterminado.

O presidente da Associação dos Servidores do Ibama (Asibama), Jonas Corrêa, reafirmou que a medida não traz. Ele disse também que a demora do órgão em avaliar processos de licenciamento, na maioria das vezes, é provocada por empreendedores que não cumprem a legislação ambiental.

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, presidente interino do Instituto Chico Mendes, disse que não houve mudança nas leis da área. "Não provocamos nenhuma alteração na legislação ambiental, criamos novas autarquias. O Ibama conta hoje com 127 analistas ambientais e há previsão de que tomem posse mais 42, que foram aprovados em concurso público. As nomeações vão agilizar os processos de licenciamento acumulados no instituto", comentou.

Para o subprocurador-geral da República Mário Gisi, o Ministério Público ainda não tem uma visão clara e crítica ao que está sendo proposto, e defendeu que se debata a necessidade de aprovação da medida provisória.

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Servidores do Ibama fazem manifestação e pedem unidade na gestão ambiental

22 de Maio de 2007 - Clara Mousinho - Da Agência Brasil – Foto: Antonio Cruz/ABr - Brasília - Funcionários do Ibama, em greve contra a divisão do instituto, fazem manifestação em frente ao Congresso Nacional.

Brasília - Para comemorar o Dia Mundial da Biodiversidade e pedir ao Congresso Nacional a unidade da gestão ambiental brasileira, cerca de 150 servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fizeram uma manifestação hoje (22) pela manhã.

Os servidores do Ibama estão de greve desde a semana passada. Eles são contrário à edição da Media Provisória 366/07, que cria o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade para gerir as unidades de conservação.

De acordo com a presidente da Associação dos Servidores do Ibama (Asibama) no Distrito Federal, Lindalva Cavalcanti, a mudança pode causar prejuízos a espécies ameaçadas. “A gente tem problemas sérios como espécies ameaçadas de extinção em unidades de conservação. A MP deixa uma lacuna muito grande”, destacou a presidente da Asibama.

Segundo ela, a gestão unificada do Ibama resolveu problemas que existiam antes da criação do instituto. “Nós não podemos voltar ao que éramos antes de 1989, quando foi criado o Ibama. Se o jacaré estivesse dentro da água era cuidado por um órgão, fora da água por outro e se estivesse no limite cuidaria quem quisesse. Não podemos mais voltar a isso.”

Durante a manifestação, os servidores fizeram um cordão humano em volta da bandeira do Ibama. Lindalva Cavalcati explicou que o ato tem a intenção de mostrar que a categoria está unida para manter a gestão ambiental única no Brasil. “Todo mundo de mãos dadas, unidos em defesa de um ideal. Pela defesa da gestão ambiental unificada, traduzida, no caso, pelo Ibama.”

Funcionários do instituto em Goiás, no Amazonas e no Maranhão também fazem manifestações hoje para pedir a unicidade da gestão ambiental. O presidente da Asibama Nacional, Jonas Corrêa, está reunido em uma audiência pública com as Comissões da Amazônia e do Meio Ambiente da Camara dos Deputados. Ele vai pedir a derrubada da medida provisória aos parlamentares e discutir uma reestruturação do Ibama.

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Ibama e Incra fazem manifestação conjunta em Manaus

23 de Maio de 2007 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Os servidores do Instituto Brasileiro Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) promovem hoje (23), em Manaus, uma manifestação conjunta para chamar a atenção das autoridades e do poder público sobre as atuais condições salariais e de trabalho nos dois órgãos. Eles protestam ainda contra uma das propostas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - o Projeto de Lei Complementar 1/2007 (PLC1) — que altera a Lei de Responsabilidade Fiscal e restringe o aumento de despesa de pessoal.

O secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amazonas (Sindsep), Walter Matos, explica que o PLC1 impedirá, se implementado, a contratação de novos servidores federais e melhorias no repasse de verbas para as instituições públicas federais.

"O PLC1 inviabilizará todo o processo de melhorias no serviço público brasileiro porque impede o processo de reestruturação dos órgãos federais, bem como a realização de novos concursos para contratação de mais serviços", afirma Matos.

Nessa terça-feira (22), servidores do Ibama estiveram reunidos no centro de Manaus para divulgar à população local os motivos que os levaram a realizar greve nacional. Por meio de cartazes, faixas e panfletos, os servidores manifestaram rejeição à medida provisória 366/07, que cria o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade para gerir as unidades de conservação. De acordo com a Associação dos Servidores do Ibama no Amazonas (Asibama), a criação do Instituto Chico Mendes pode levar ao desmonte da instituição em pouco tempo.

No Incra, apesar de 18 superintendências nacionais terem entrado em greve desde ontem (21), a representação no Amazonas continua funcionando normalmente. Ainda assim, os funcionários do Incra exigem a contratação de novos servidores, aumento do salário-base e incorporação das gratificações.

Em todo o Amazonas, Ibama e Incra concentram cerca de 600 funcionários.

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Comando de greve do Ibama no Rio estima paralisação de 100%

21 de Maio de 2007 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - No Rio de Janeiro, é total a mobilização dos 395 servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em greve por tempo indeterminado desde o dia 14 de maio.

A paralisação é em protesto à Medida Provisória 366/07, que estabelece a divisão do órgão ambiental com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

"Considerando que todas as unidades estão paradas, eu diria que a adesão é de 100%”, disse hoje (21) Roberto Huet, do comando de greve no estado. Ele acrescentou que os funcionários não estão impedidos de entrar na sede do órgão, mas nenhum processo está sendo examinado.

Apesar disso, os serviços essenciais nas principais áreas de atuação do Ibama no estado - como o Parque Nacional da Tijuca, onde fica a estátua do Cristo Redentor - estão sendo preservados. Nesses locais, acrescentou Huet, os servidores se revezam em regime de plantão.

Na avaliação dele, a divisão do Ibama terá repercussão negativa. “Vão aumentar a burocracia e os custos e não vai antecipar licenças. Não é possível antecipar licença, porque tem a legislação para seguir”, frisou. "Então, dividir o Ibama só vai atrasar tudo”.

De acordo com Huet, amanhã (22), está prevista uma reunião entre o comando nacional de greve, o presidente interino do Ibama, Bazileu Alves Margarido Pinto, e do Instituto Chico Mendes, João Paulo Capobianco. Devem participar também parlamentares e representantes do Ministério Público e parlamentares.

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Servidores do Ibama em greve reúnem se com líder do governo na Câmara

21 de Maio de 2007 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) se reúnem hoje (21), às 11 horas, com o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Múcio (PTB-PE).

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa, a categoria tem se encontrado com vários parlamentares para tentar convencê-los a rejeitar a medida provisória encaminhada pelo governo que divide o órgão ambiental, com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

“O trabalho que estamos fazendo com os parlamentares é mostrar tecnicamente o prejuízo que a medida provisória vai causar ao país, em termos de aumento da burocracia, de gastos públicos, além da ineficiência que vai causar à área ambiental”, argumentou Corrêa.

Ele informou que não está agendada nenhuma reunião com dirigentes do Ministério do Meio Ambiente ou do Ibama. “A partir do momento que o governo encaminhou a medida provisória, ele deslocou toda a negociação para o Congresso Nacional”, disse o presidente da associação.

Corrêa acrescentou que cabe à direção do Ibama informar o número de funcionários de cada área do órgão ambiental para que seja cumprida a determinação da Justiça de funcionamento de 50% dos serviços durante a greve.

“O que a Justiça determinou que é que 50% de cada setor estivesse trabalhando. Quem tem que informar é a direção. No nosso entendimento, estamos cumprindo a determinação”, afirmou. Na última sexta-feira (18), os servidores recorreram dessa decisão da justiça, mas ainda aguardam resposta.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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