25/05/2007
Uma das idéias é apoiar os trabalhos
de pesquisa desenvolvidos pelas universidades
nas unidades de conservação
do Estado
Formalizar a implantação,
na Secretaria do Meio Ambiente (SMA), do Conselho
Científico de Pesquisa Ambiental, envolvendo
os institutos de pesquisa da Secretaria, as
universidades públicas estaduais, Fapesp,
setor privado e sociedade, entre outros. Este
foi o objetivo do secretário Xico Graziano,
ao participar, ontem (24/05), do primeiro
encontro reunindo diversos pesquisadores na
sede da SMA, em São Paulo, para discutir
a constituição e implantação
do Conselho, como parte do Projeto Pesquisa
Ambiental, um dos 21 Projetos Ambientais Estratégicos
do Governo do Estado.
O secretário lembrou
que há muitos trabalhos de pesquisa
sendo desenvolvidos pelas universidades nas
unidades de conservação administradas
pela Secretaria do Meio Ambiente, afirmando
que a intenção é melhorar
o apoio do Estado a esses estudos. “Em que
medida o Governo, através da Secretaria,
pode ajudar nesse processo?”, questionou Graziano,
explicando que, a partir da troca de informações
e sugestões dos pesquisadores, a Secretaria
poderá reforçar esses trabalhos,
nos aspectos relativos à logística,
infraestrutura e acessibilidade, nas unidades
de conservação. “Digam qual
a nossa tarefa e nós vamos realizá-la”,
afirmou.
A reunião, organizada
pela gerente do Projeto Pesquisa Ambiental,
Vera Bononi, também diretora do Instituto
de Botânica, teve a presença,
entre outros, de representantes dos Institutos
Florestal e Geológico, Fundação
Florestal, Parque Zoológico de São
Paulo e CETESB, todos vinculados à
Secretaria do Meio Ambiente, e da USP, UNICAMP,
UNESP, Universidades Federal do ABC e Mackenzie,
e Institutos de Pesca, Agronômico de
Campinas e Butantan, além da FAPESP.
Segundo o secretário
Graziano, o Conselho Científico funcionará
como um fórum, agregando os pesquisadores
das mais diversas instituições
que realizam trabalho de interesse ambiental
relevante, organizando e incentivando a pesquisa,
e visando uma gestão ambiental eficiente,
entre outras finalidades.
Linhas prioritárias
De acordo com Vera Bononi,
na elaboração da proposta do
Projeto Pesquisa Ambiental, foram estabelecidas
previamente quatro linhas prioritárias
de pesquisa ambiental na SMA: biodiversidade
e conservação, recursos hídricos,
bioprospecção e mudanças
climáticas e sequestro de carbono.
Ela informou que a SMA conta
com 230 pesquisadores científicos atuando
nos Institutos Botânico, Geológico
e Florestal, mas que envolvendo pesquisadores
bolsistas este número se eleva para
cerca de 500, podendo chegar a até
2 mil, considerando-se os pesquisadores de
outras instituições no estado
inteiro. Ainda com relação às
unidades de conservação da Secretaria,
são atualmente cerca de 500 projetos
instalados sob a responsabilidade dos pesquisadores
dos Institutos da SMA, universidades, ongs
e empresas privadas, correspondendo a um percentual
estimado em torno de 40% da pesquisa ambiental
realizada no estado.
Na reunião
de hoje, os pesquisadores presentes foram
unânimes em apoiar a iniciativa de formação
do Conselho Científico e apresentaram
diversas sugestões que deverão
compor uma primeira lista de propostas de
objetivos e diretrizes, visando sua inclusão
numa primeira minuta de uma eventual resolução
criando e estabelecendo o Conselho.
Texto: Mário Senaga
Foto: José Jorge