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PARANÁ SERÁ UM DOS PRIMEIROS ESTADOS A REGULAMENTAR A LEI DA MATA ATLÂNTICA

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Maio de 2007

25/05/2007 - O Paraná será um dos primeiros estados brasileiros a colocar em prática a Lei da Mata Atlântica - sancionada em dezembro do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As primeiras resoluções regulamentando a lei no Estado estão previstas para o próximo mês. “Queremos leis que assegurem a proteção da fauna e das florestas, da biodiversidade do Estado”, afirma o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, adianta que os primeiros itens em fase de regulamentação são o licenciamento e manejo da bracatinga, o corte de vegetação em estágio inicial de desenvolvimento e uma política de estímulo à manutenção de araucárias jovens.

O governador Roberto Requião determinou que a legislação paranaense seja mais restritiva que a federal, sem brechas que possam desviá-la de sua função. A aplicação da nova legislação vêm sendo discutida desde o início do ano pela Secretaria do Meio Ambiente, IAP e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

No Paraná, uma das principais alterações da nova lei é a delimitação do bioma Mata Atlântica em seu território. Até então, apenas o ecossistema floresta ombrófila densa, que ocupa cerca de 6% do Estado, era considerado mata atlântica. Com a nova legislação, passa-se a utilizar como referência o mapa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que caracteriza cerca de 98% do território paranaense como bioma Mata Atlântica - ou seja, considera todo o conjunto de ecossistemas associados à floresta ombrófila densa, como as florestas ombrófila mista e estacional semi-decidual, cerrados, campos e várzeas (em especial as dos rios Paraná e Iguaçu).

De acordo com a Constituição, a Mata Atlântica é considerada patrimônio nacional e, segundo a Lei Federal 9.605/98, o desmate nesse bioma é crime. “Desta forma, a nova lei federal trouxe maior rigidez nas penalidades para corte irregular e desmatamentos, que saem da esfera administrativa e adquirem caráter criminal”, afirma Burko.

Segundo o secretário Rasca Rodrigues, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) deu prazo de 180 dias, a partir de 22 de dezembro, data da sanção presidencial, para os estados executarem este trabalho. Até agora apenas Minas Gerais encaminhou ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) a regulamentação da nova lei em seu território.

Zoneamento - Há dois meses a Secretaria do Meio Ambiente começou a elaborar um zoneamento que vai georreferenciar os critérios para aplicação da Lei da Mata Atlântica no Estado. “Uma das novidades deste estudo é a inclusão de informações sobre as áreas de ocorrência de espécies da fauna ameaçadas de extinção, por exemplo”, citou Rasca. O trabalho, que tem a colaboração da Embrapa e da UFPR, será concluído no início de junho. Com base neste trabalho, os órgãos de fiscalização e licenciamento poderão adotar critérios mais específicos para seus procedimentos.

“Se a tipologia florestal permitir o licenciamento de empreendimentos em determinada área e em nossos registros constar que existe no local uma espécie da fauna ameaçada de extinção, o licenciamento não será concedido”, explicou Rasca. A Lei da Mata Atlântica traz várias determinações que já estão em prática pelo governo do Paraná e outras alinhadas à política conservacionista do Estado.

O secretário Rasca também comentou que a atual lei paranaense já é bastante restritiva, o que fez com que nos últimos cinco anos a degradação florestal no Estado reduzisse em 88% - de acordo com dados da Fundação SOS Mata Atlântica. “Mesmo assim, em outro estudo da Fundação ficamos como o segundo estado em área desmatada, entre oito estados avaliados. Isso significa que a floresta ainda está caindo. Com a regulamentação, iremos caracterizar nossos remanescentes como inatacáveis”, explicou o secretário.

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Paraná apresenta política de gestão ambiental a representantes de seis países

25/05/2007 - O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, fez a abertura oficial da “10a Missão Técnica sobre Reciclagem e Manejo Resíduos Sólidos”, que reuniu nesta quinta-feira (24) representantes de seis países da América Latina em Curitiba para conhecer o trabalho paranaense de gestão ambiental.

Esta é a segunda vez que o evento, promovido pela Organização para o Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (Onward) em parceria a Associação dos Municípios do Paraná (AMP), é realizado no Paraná.

Na abertura, o secretário de Meio Ambiente apresentou os programas voltados à conservação e preservação do meio ambiente e falou sobre a forma de atuação do governo do Estado na área de resíduos sólidos. “A política de gestão ambiental paranaense é conhecida por ir direto ao problema, buscando junto aos grandes geradores uma ação conjunta, em prol do meio ambiente. E esse posicionamento vem dando resultados”, destacou.

De acordo com o presidente da Onward, Carlos Almeida, o Paraná foi escolhido para receber a missão novamente porque a Secretaria do Meio Ambiente é exemplo na questão ambiental. “Nosso objetivo é fazer com que os resultados alcançados no Paraná sejam levados a países que têm dificuldade em fazer uma logística para atender suas necessidades ambientais. Com esta troca de experiências esperamos melhorar a qualidade de vida destas comunidades”, comentou Carlos.

O secretário do Meio Ambiente de Santa Cruz de La Sierra (Bolívia), Erwin Aguilera, disse que um dos maiores problemas enfrentados em sua localidade é a classificação e seleção dos resíduos. “Entraremos em contato com a Secretaria do Meio Ambiente em busca de apoio técnico para resolvermos essa questão em nossa cidade. Queremos reproduzir algumas iniciativas que vimos aqui na Missão e o Paraná tem muito a nos ensinar”, acrescentou.

O diretor nacional da Assessoria para Assuntos Regionais e Locais de Angola, José Cassuli, contou que o país esteve em guerra por 30 anos e que muitos artefatos militares com metais pesados estão sem destino correto. “Conhecer resultados que deram certo como os do Paraná, situado em um país que está em desenvolvimento e faz parte da América Latina, mostra que com vontade tudo pode ser feito”, disse Cassuli.

Rasca finalizou sua apresentação dizendo que considera importante essa transversalidade de opiniões, resultados e experiências. “Não adianta o Paraná ser exemplo em algumas ações, se o restante do mundo não seguir uma política ambiental. Por isso, a presença de seis países é uma grande oportunidade de troca de conhecimentos. Estas ações de intercâmbio têm ajudado a construir mais ações para enriquecer a nossa gestão”, concluiu Rasca.

Após a palestra do secretário, o coordenador estadual de Resíduos Sólidos, Laerty Dudas, apresentou algumas ações bem sucedidas do programa Desperdício Zero - como o Polentaço (que ensinou aos alunos da rede estadual de educação o destino certo do óleo de cozinha) e o Escoteiraço (que até o final do ano terá treinado 4,8 mil escoteiros para a montagem do aquecedor solar feito de garrafas pet e embalagens longa vida pós-consumo).

Para o coordenador, o sucesso destas ações está baseado na formação agentes multiplicadores para descentralizar os conhecimentos. “Por isso realizamos oficinas onde são ensinadas as técnicas de reaproveitamento de materiais, assim a boa idéia é passada adiante” explicou Dudas.

Os participantes da missão visitaram a sede da Secretaria do Meio Ambiente para conhecer ainda mais o trabalho desenvolvido em outros programas.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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