Panorama
 
 
 

MUDANÇAS CLIMÁTICAS: RELATÓRIO DO WWF INDICA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

Mudanças climáticas: Relatório da Rede WWF diz que a solução para países do G8 + 5 passa pela eficiência energética

29 May 2007 - O novo relatório da Rede WWF aponta que a implementação de medidas de eficiência energética, ou seja, o uso racional de energia, ainda é tímida nos países do G8 + 5, o grupo dos 8 países mais desenvolvidos e dos 5 maiores países em desenvolvimento. Esses países são responsáveis por 85% das emissões globais de gases do efeito estufa, e seus líderes se reúnem em Heiligendamm, na Alemanha, na próxima semana.

No grupo do G8 + 5 há um enorme potencial para aplicação de técnicas de eficiência energética em diversos setores, dentre eles, geração de energia elétrica, calefação e refrigeração, construção civil e transporte. O setor de energia, por exemplo, é um dos que mais emitem gases causadores do efeito estufa no mundo, responsável por aproximadamente 37%, ou mais de 700 toneladas por segundo.

Com esse novo relatório, a rede WWF mostra o potencial existente em cada um dos países do G8 + 5 e quais as políticas que podem ser adotadas para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa. A utilização deste potencial é uma das saídas para combater o aquecimento global.

“Não existe apenas uma maneira de deter as mudanças climáticas, mas a eficiência energética, quando bem aplicada, é uma das melhores soluções, pois, além de ser barata, evita o desperdício de energia”, afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. “Os líderes mundiais não podem mais ignorar esta opção, incentivos devem ser colocados em prática o quanto antes”, completa.

As recomendações da rede WWF estão focadas principalmente nos setores de energia, transporte e construção civil. Para a reunião do G8 em Heiligendamm, a Alemanha sugeriu um aumento de 20% na eficiência energética para cada um desses setores até 2020, comparado ao ano de 2005.

O documento mostra que os países que compõem o G8 + 5, e o Brasil está entre eles, têm um potencial ainda maior na área de eficiência energética e que as metas são técnica e economicamente possíveis para todos os países. O relatório estima que o potencial para o setor de transporte é de 25% a 50%, na área de construção, de 30% a 45% e de energia de 4% a 45% até o ano de 2030, dependendo do país.

O relatório revela ainda que todos os cinco países em desenvolvimento analisados têm políticas de eficiência energética, mas são tímidas e podem ser melhoradas. No Brasil, por exemplo, um estudo do WWF-Brasil, intitulado “Agenda Elétrica Sustentável 2020” aponta que as técnicas de eficiência energética têm o potencial de reduzir em até 38% a demanda por eletricidade até 2020, e juntamente com a expansão de energias renováveis não-convencionais - como biomassa, eólica e termosolar –, podem representar uma economia de R$ 33 bilhões para o bolso dos cidadãos brasileiros. Além disso, é preciso que o Brasil continue investindo em energias limpas e reverta a tendência de crescimento de termelétricas baseadas na queima de combustíveis fósseis. “Se o estudo for colocado em prática, nossa taxa de emissão de gases de efeito estufa do setor serão estabilizadas até 2020”, explica Karen Suassuna, técnica em Mudanças Climáticas do WWF-Brasil.

As medidas recomendadas no relatório incluem padrões de eficiência, rótulos para eficiência energética, como o do Procel no Brasil, instrumentos de incentivos fiscais como subsídios ou isenções e a adoção de padrões mínimos para novas construções como, por exemplo, a necessidade de instalação de aquecedores solares de água.

“Durante a reunião do G8, na próxima semana, os países deveriam primeiro chegar a um acordo sobre o futuro das negociações de clima no âmbito das Nações Unidas e também se comprometer a estabelecer metas de redução de demanda por energia e apoio ao desenvolvimento tecnológico limpo nos demais países”, enfatiza Karen Suassuna. “No mundo globalizado de hoje, os países industrializados precisam trabalhar conjuntamente com os países em desenvolvimento, estabelecendo um arcabouço comum para a adoção de práticas de eficiência energética”, encerra.

Notas aos editores

1. O G8 + 5 é o grupo dos países mais desenvolvidos e em desenvolvimento responsáveis por 85% das emissões de gases do efeito estufa. Fazem parte do G8: Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, tendo a União Européia como observadora. O G5 é composto por: Brasil, China, Índia, México e África do Sul.
2. A íntegra do relatório estará disponível em inglês nesta terça-feira, 29 de maio, no link http://www.panda.org/climate

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WWF-Brasil participa de sessão especial em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente no Senado Federal

31 May 2007 - O WWF-Brasil representou a sociedade civil na sessão especial em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), realizada no dia 30 de maio, no Senado Federal, em Brasília (DF). O superintendente de conservação de programas regionais do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, compôs a mesa da sessão, na qual também estavam a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, os senadores Serys Slhessarenko e Leomar Quintanilha, presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, e a secretária-adjunta da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Maria do Carmo Ferreira da Silva, representando a ministra Matilde Ribeiro.

“A sessão especial deixou clara a intenção de envolvimento do Senado Federal nas questões ambientais. A participação do WWF-Brasil demonstrou que a Casa está disposta a incluir a sociedade civil brasileira em discussões de suma importância para o futuro do Brasil”, avaliou Maretti, citando o destaque dado a relação entre as mudanças climáticas e o desmatamento brasileiro. “O trabalho do governo federal e o apoio do WWF-Brasil foram ressaltados. Bem como, perspectivas para acordos globais e a importância dos biocombustíveis serem sustentáveis”.

Durante a abertura da solenidade a senadora Slhessarenko defendeu que o Brasil deve assumir posição de liderança mundial nas questões ambientais e também destacou o papel de organizações não-governamentais nesse processo e no combate ao desmatamento. “O WWF-Brasil, por exemplo, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente, vem desenvolvendo importantíssimo trabalho no Programa de Apoio às Áreas Protegidas da Amazônia. Em sua estratégia de apoio ao Arpa, o WWF-Brasil oferece auxílio técnico e financeiro à elaboração de planos de manejo, um instrumento essencial para o bom funcionamento das unidades de conservação”, citou a senadora no seu discurso de abertura, explicando que o manejo sustentável pode incluir as populações locais na estrutura da preservação e garantir a disseminação de novas formas de explorar os recursos naturais disponíveis, sem com isso esgotar suas potencialidades. “Não podemos deixar para agir amanhã, porque amanhã já poderá ser tarde”, finalizou a senadora.

Exposição Montanhas do Tumucumaque

“A consciência ecológica é recentíssima na história da humanidade. Ainda assim, tem produzido bons efeitos, o que nos traz uma perspectiva de superação das catástrofes ambientais”, disse o senador Quintanilha, durante a solenidade, utilizando como exemplo a exposição fotográfica do WWF-Brasil “Montanhas do Tumucumaque”, inaugurada na Biblioteca Acadêmica Luiz Viana Filho, no Senado Federal, na noite anterior, 29 de maio.

Parte das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, a mostra, montada pelo WWF-Brasil, apresenta imagens do fotógrafo Zig Koch registradas durante a “Expedição ao Rio Jari - Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque”, no Amapá, realizada entre julho e agosto de 2005. Uma das maiores áreas protegidas do mundo, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque é uma das unidades de conservação apoiadas pelo programa Arpa (Áreas Protegidas da Amazônia), do governo federal. A expedição teve a participação da equipe do parque, da Gerência Regional do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama Macapá) e do WWF-Brasil, com a colaboração e apoio dos índios Waiãpi, do Arpa, do governo federal e de outras instituições locais.

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HSBC, WWF-Brasil, água e mudanças climáticas: novos desafios, novas propostas

30 May 2007 - O Grupo HSBC lança hoje, 30 de maio, em âmbito mundial, o “Climate Partnership”, programa ambiental para responder às urgentes ameaças das mudanças climáticas em todo mundo. Com investimento de U$ 100 milhões e duração de cinco anos, o programa terá ações desenvolvidas pelos parceiros WWF, The Climate Group, Earthwatch Institute e Smithsonian Tropical Research Institute (STRI).

O HSBC Climate Partnership será focado em quatro pontos estratégicos: defesa dos recursos hídricos; mitigação dos impactos do CO2 em grandes metrópoles e; pesquisa de biodiversidade em florestas tropicais e engajamento pessoal para mudança de atitude dos indivíduos em todo mundo.

O WWF-Brasil é um dos mais importantes parceiros do HSBC neste novo programa de responsabilidade ambiental. O banco irá investir US$ 8 milhões nas atividades do Programa Água para a Vida nos próximos cinco anos, que terá como focos principais combater as causas das mudanças climáticas no Brasil e, ao mesmo tempo, reduzir os dos impactos do aquecimento global sobre os recursos hídricos. O programa se propõe a identificar e estimular o desenvolvimento de novos negócios sustentáveis nas áreas dos biocombustíveis, da energia renovável e eficiência energética, do manejo florestal e dos assuntos relativos à água.

Crescimento x desmatamento - O WWF-Brasil pretende incentivar o uso sustentável de biocombustíveis como forma de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Uma das preocupações da instituição, entretanto, é com a ameaça de um crescimento desordenado das culturas necessárias ao biocumbustível, que pode induzir ao desmatamento e ameaçar a segurança alimentar, na medida em que estas culturas substituam a área hoje cultivada com alimentos. No Brasil, a maior causa da emissão de CO2 é justamente o desmatamento.

Álvaro de Souza, presidente do Conselho Diretor do WWF-Brasil acredita que há muito espaço para o crescimento de novos negócios sustentáveis como os biocombustíveis e que a ONG conservacionista tem muito a contribuir no sentido de que este crescimento seja sustentável. “Esta deve ser a opção do Brasil para gerar emprego, promover o desenvolvimento e, ao mesmo tempo, cuidar dos recursos naturais e se preparar para os efeitos das mudanças climáticas”.

O presidente acrescentou que a parceria com o HSBC pode conduzir a uma mudança global, considerando que o banco é uma das mais importantes instituições financeiras do mundo e está elaborando linhas de ação que orientarão seus investimentos de forma a considerar critérios ambientais e sociais.

Gestão de Recursos Hídricos - O Programa Água para a Vida, em sua fase 2, continuará investindo na mobilização da sociedade e na criação e adequação de políticas públicas para a gestão dos recursos hídricos no Brasil, a adoção efetiva do Plano Nacional de Recursos Hídricos e sua adequação à realidade das mudanças climáticas são dois desafios que o WWF-Brasil se propõe a enfrentar nos próximos cinco anos.

A organização irá promover estudos de impactos das mudanças climáticas sobre a água, de forma a propor aos governos e à iniciativa privada medidas de prevenção e redução dos seus efeitos. “Estes estudos são fundamentais, porque ainda é pequeno o conhecimento específico sobre os efeitos do aquecimento global sobre os recursos hídricos no Brasil”, explica Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.

“Toda a sociedade brasileira sabe o que significa excesso ou falta de água e, com os desafios das mudanças climáticas, teremos que nos adaptar para reduzir esses riscos. O Brasil tem, reconhecidamente, uma das melhores legislações do mundo no que tange à gestão dos recursos hídricos. Entretanto, é necessário avançar na sua aplicação, principalmente em se considerando que o país detém 13,7% de toda a água doce disponível no planeta”, avalia Denise Hamú.

Ana Paula Gumy, diretora executiva do Instituto HSBC Solidariedade e coordenadora do programa Climate Partnership para o Brasil, considera que este é um importante programa para engajamento da nossa rede solidária – colaboradores, clientes, parceiros e sociedade brasileira – para entendermos o inter-ser entre natureza, economia e desenvolvimento humano.”Precisamos cuidar para não faltar, devemos refletir que manter os ecossistemas em perfeito funcionamento é importante para garantir a vida” diz Ana Paula.

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WWF-Brasil apóia fortalecimento de instrumentos de gestão de áreas protegidas e de licenciamento

28 May 2007 - O WWF-Brasil é favorável a medidas que fortaleçam a gestão ambiental no país. A recente proposta de criação de uma instituição que trataria exclusivamente da gestão das unidades de conservação federais, deixando o Ibama concentrado nos processos de licenciamento e fiscalização, pode representar um importante passo para a melhoria da elaboração e implementação de políticas públicas ambientais.

O Brasil tem hoje cerca de 62 milhões de hectares de unidades de conservação, distribuídas de forma dispersa pelo território nacional. “As unidades de conservação no Brasil ocupam uma área maior que a França, com perspectivas de crescimento para os próximos anos. A presente estrutura não tem conseguido responder de maneira adequada às demandas de implementação, gestão e fiscalização dessas áreas”, avalia Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.

Denise Hamú ressalta, no entanto, que para funcionar de maneira adequada, o Instituto de Conservação da Biodiversidade precisa nascer forte. “A instituição tem que contar, desde o princípio, com modernidade gerencial, quantidade e qualidade de recursos humanos e volume de recursos financeiros condizentes com a grandiosidade da sua missão, não basta dividir a carência atual”, opina a secretária-geral do WWF-Brasil.

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara promoveu na terça-feira passada (22/05) uma audiência pública para debater a Medida Provisória nº 366, que define a divisão do Ibama e a criação do Instituto de Conservação da Biodiversidade, que vai gerir as unidades de conservação federais. Participaram das discussões deputados, representantes do governo, do Ministério Público Federal e dos funcionários do Ibama, que expressaram durante seis horas diferentes opiniões sobre o licenciamento, mas também a respeito da divisão do órgão.

O fato de que a mudança foi feita via medida provisória, sem que a proposta fosse amplamente debatida pela sociedade, recebeu críticas na audiência pública, especialmente dos funcionários do Ibama. Mas a criação de uma instituição específica para gestão de unidades de conservação também mereceu algumas manifestações de apoio. O deputado federal Fernando Gabeira propôs que o governo retirasse a MP e desse de 45 a 60 dias para que os interessados pudessem discutir o assunto, negociando um formato que aproximasse as posições do governo e dos funcionários do órgão.

O superintendente de conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, que representou a instituição na audiência, lembra que deveria, de fato, ter havido um debate mais amplo. “É fundamental ressaltar, no entanto, que todos os presentes concordaram que é necessário fortalecer os processos de licenciamento e gestão ambiental no país, com mais investimentos em gestão, estrutura, e recursos humanos”, declara.

 
 

Fonte: WWF-Brasil (www.wwf.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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