Panorama
 
 
 

O PAC, O IBAMA E O INSTITUTO CHICO MENDES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

Funcionários fazem protesto contra divisão do Ibama

29 de Maio de 2007 - Thais Leitão - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), que estão em greve há duas semanas, realizaram hoje (29), no Rio de Janeiro, uma manifestação aproveitando a presença da ministra Marina Silva. Ela participou da abertura da 50ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Durante o discurso de Marina Silva, os manifestantes, que estavam na platéia, ergueram faixas e cartazes em protesto à Medida Provisória 366/07, que prevê a divisão do Ibama e a criação do Instituto Chico Mendes. O órgão hoje existente continuaria responsável pelos licenciamentos e fiscalização ambientais, enquanto a nova instituição teria como principal atribuição a gestão das Unidades de Conservação do meio ambiente.

De acordo com os servidores, que entregaram uma carta à ministra, a mudança enfraqueceria a gestão ambiental, ao dividi-la. Eles também reclamaram da maneira como foi proposta a mudança, através de Medida Provisória. Em resposta ao protesto, a ministra disse que está aberta ao diálogo, mas garantiu que não existe qualquer possibilidade de modificação na decisão por parte do ministério.

"Nós temos 60 milhões de hectares de unidades de conservação e é impossível cuidar de tudo isso com apenas uma diretoria. Nós queremos uma instituição que tenha agilidade para proteção dos imensos ativos ambientais para viabilizar a pesquisa, o turismo sustentável e a visitação. Estamos abertos para o diálogo, mas a decisão de criar o instituto está tomada e vamos trabalhar democraticamente no Congresso Nacional para a sua aprovação", disse.

A ministra lembrou que a criação do Ibama, há 19 anos, também através de medida provisória, enfrentou resistência semelhante e hoje os resultados são visíveis à população.

Questionada sobre a possibilidade de a greve dos servidores em todo o país estar atrasando a concessão do licenciamento ambiental para as obras das hidrelétricas do Rio Madeira, Marina Silva apenas disse que o ministério está avaliando as respostas que foram encaminhadas pelo consórcio Odebrecht Furnas (responsável pelos estudos sobre o impacto ambiental do projeto), como complemento ao Estudo de Impacto Ambiental, realizado pelo Ibama.

"Nós não trabalhamos com a idéia de prazo, mas de urgência, e no tempo oportuno vamos nos manifestar", disse.

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Governo trabalha no Congresso para acelerar aprovação do Instituto Chico Mendes

30 de Maio de 2007 - Katia Paiva - Da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), participam da sessão de homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de Junho.

Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou na manhã de hoje (30) de uma sessão promovida no Senado para comemorar antecipadamente o Dia Internacional do Meio Ambiente. Durante a sessão, ela disse que o governo trabalha para que seja aprovada "o quanto antes", no Congresso, a Medida Provisória 366/07, dividindo a gestão ambiental brasileira com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

O novo órgão ficaria responsável pela gestão de unidades de conservação. Os funcionários do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) estão de greve há 16 dias e reivindicam a derrubada da medida provisória que cria o Instituto Chico Mendes. Eles argumentam que, ao dividir a gestão ambiental, o governo enfraquecerá as atividades de conservação, fiscalização e licenciamento.

"Em primeiro lugar, nós estamos dispostos ao diálogo, mas ao mesmo tempo temos tomado todas as providências para que se mantenha em funcionamento os serviços essenciais. Além disso, estamos trabalhando no Congresso Nacional para que o quanto antes se possa aprovar a medida provisória e a partir daí começarmos o processo de regulamentação do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade para o decreto de sua regulamentação", afirmou Marina Silva.

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Ibama no Amazonas pára novamente em protesto contra divisão do órgão

29 de Maio de 2007 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Amazonas decidiram voltar à greve em protesto contra a medida provisória que divide as atividades do instituto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

A greve do Ibama no Amazonas iniciou no dia 4 de maio, mas foi interrompida no dia 18, quando uma liminar da Justiça Federal determinou o retorno imediato de 50% dos servidores ao trabalho e multa diária de R$ 5 mil às associações dos servidores nos estados que desobedecessem a liminar.

Pelo menos 74 funcionários do órgão ambiental estiveram reunidos hoje durante a assembléia realizada na sede do Ibama na capital amazonense, além de 24 representantes do Ibama no interior do estado, que participaram por meio de teleconferência.

A decisão de retornar à paralisação por tempo indeterminado foi praticamente unânime, já que apenas um funcionário foi contrário à greve.

Nesta quarta-feira (30), o comando de greve apresentará em Brasília as estratégias para o movimento no estado e a formatação das ações que devem ser realizadas em Manaus e no interior.

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Greve no Ibama não vai afetar licenciamento das usinas do Rio Madeira, diz ministra

31 de Maio de 2007 - Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assegurou hoje (31) que a greve do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não vai atrapalhar o processo de licenciamento ambiental para as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira.

Segundo ela, apesar da greve, o Ibama trabalha intensamente para analisar as informações fornecidas pelo Ministério de Minas e Energia e pelo consórcio responsável por produzir os estudos ambientais. A estatal Furnas e a empreiteira Odebrecht formam o consórcio.

Marina Silva disse ainda que os técnicos do instituto estão prestes a fechar o relatório que definirá a emissão da licença prévia, a primeira etapa do licenciamento ambiental, quando são aprovadas a localização e a concepção do empreendimento. Ela evitou confirmar se a licença sai ainda neste semana.

O presidente da Associação Nacional dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa, disse estranhar as afirmações da ministra, porque todos os técnicos do órgão envolvidos com o projeto estão parados: “Não sei como os projetos dessas hidrelétricas podem ser analisados, se quem está envolvido com esses trabalhos entrou de greve”. Desde o dia 14 os servidores do Ibama estão em greve, mas por determinação judicial, 50% deles foram obrigados a retomar as atividades.

Marina Silva, no entanto, reiterou que o Ibama está concluindo as análises do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e das informações complementares fornecidas por Furnas e Odebrecht. “Não sei o que a associação disse, mas o fato é que temos trabalhando fortemente nos últimos dias”, afirmou, após reunião com líderes partidários na Câmara dos Deputados. Ela pedira a esses líderes pressa na aprovação da medida provisória que divide o Ibama e cria o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Segundo a ministra, as usinas do Rio Madeira estão sendo tratadas da mesma forma que outros empreendimentos, como a transposição do Rio São Francisco e a recuperação da BR-163, no Pará. “Não há por que ser diferente no caso do Complexo do Rio Madeira”, disse.

Ela informou ainda que o governo aumentou a capacidade de licenciamento do Ibama. “Em 2003 havia 45 hidrelétricas com pendências judiciais. Hoje, temos apenas uma em processo difícil, mas que está sendo resolvido”, comparou a ministra, ao repetir afirmações de terça-feira (29), quando participou no Rio de Janeiro de reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Na tarde de hoje, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, José Roberto Capobianco, havia afirmado na Câmara dos Deputados que a tendência do Ibama era aprovar o projeto das hidrelétricas. Mas a ministra evitou comentário sobre a conclusão das análises. “Nós só vamos nos posicionar no mérito após fecharmos o relatório. Não expressamos conclusões antecipadas em relação a nenhum outro empreendimento e não vamos fazer diferente em relação a esse”, disse.

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Marina diz que está empenhada para fazer servidores do Ibama cumprirem decisão judicial

31 de Maio de 2007 - Petterson Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje (31) que está empenhada pelo cumprimento da decisão judicial que determina que metade dos servidores trabalhe durante a greve no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Nós estamos trabalhando muito fortemente para viabilizar a decisão judicial”, afirmou. Os funcionários do Ibama começaram a paralisação há 17 dias, contra a divisão do órgão federal e a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Marina participou do lançamento do programa do Instituto Coca-Cola Brasil para preservação e recuperação de bacias hidrográficas. Perguntada como o instituto estava trabalhando no decorrer da greve para não atrapalhar os trabalhos, inclusive a análise da viabilidade ambiental de empreendimentos, como a do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, a ministra disse que todas providências estão sendo tomadas “para que os serviços essenciais não tenham problema de continuidade”.

“A definição é que se possam manter em funcionamento os serviços na área de fiscalização, o cuidado com os parques, os centros de pesquisa e o setor de licenciamento”, listou.

Marina Silva disse também que trabalha para que seja aprovada “o mais rápido possível” a Medida Provisória 366, que altera a gestão ambiental e cria o Instituto Chico Mendes. Ela afirmou que o ministério está aberto ao diálogo com os servidores.

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Ministra Marina Silva promete receber representantes dos grevistas do Ibama

31 de Maio de 2007 - Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfrentou hoje (31) momentos de tensão com servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Câmara dos Deputados.

Quando saía de uma reunião com líderes da base aliada para discutir a medida provisória que desmembra o Ibama e cria o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, a ministra foi abordada por cerca de 50 servidores, que gritavam palavras de ordem contra a aprovação da MP. Em tom calmo, ela cumprimentou uma manifestante e se disse disposta a marcar audiência com representantes da Associação Nacional dos Servidores do Ibama.

Mas ao afirmar que a intenção do ministério é fortalecer o órgão, Marina Silva foi vaiada. E, questionada por uma servidora, explicou o motivo para ter enviado uma medida provisória – e não um projeto de lei – ao Congresso: “Não queremos deixar a faca no pescoço dos servidores. É a gestão ambiental no Brasil que tem o sentido da urgência”.

Em greve há duas semanas, os servidores do Ibama protestam contra a divisão do órgão. A medida provisória editada pelo governo prevê que o Ibama se encarregue apenas do licenciamento ambiental, enquanto o Instituto Chico Mendes cuida das unidades de conservação.

O presidente da Associação Nacional dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa, contestou a alegação da ministra, de que a divisão do órgão trará mais agilidade para o licenciamento ambiental, e perguntou: “Como isso vai fortalecer o Ibama se a medida provisória torna o sistema mais burocrático, aumenta o gasto público e causa mais ineficiência? Hoje, um processo de licenciamento pode ter até oito procedimentos dentro do Ibama, mas depois da medida provisória esse número pode chegar a 36".

No encontro com os deputados, Marina Silva pediu urgência na votação da medida provisória. O apelo, porém, não surtiu efeito em todos os partidos da base aliada. Para o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (20), “essa é uma proposta polêmica, que tem de ser discutida com mais calma”.

Ele destacou o risco de o desmembramento do Ibama resultar em conflitos na atuação do Instituto e dos órgãos ambientais estaduais: “Existe um projeto que trata das competências da União, dos estados e dos municípios no licenciamento ambiental. A medida provisória vai atropelar essa discussão”.

Para terça-feira (5) está marcada mais uma reunião entre representantes do Ministério do Meio Ambiente e os líderes da base aliada na Câmara, informou a ministra Marina Silva, que no entanto não confirmou se irá ao novo encontro.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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