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PRESIDENTE DE COMITÊ DA ONU DEFENDE RETOMADA DE ANGRA 3

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

31 de Maio de 2007 - Thais Leitão - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A entrada em operação da Usina Angra 3 é fundamental para o desenvolvimento do país e para a melhoria da qualidade de vida da população. A declaração foi feita hoje (31) pelo presidente do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Instituto Brasil Pnuma), Haroldo Lemos.

Ele lembrou que, como a construção da usina está paralisada há cerca de 20 anos, o país gasta aproximadamente US$ 20 milhões por ano com a manutenção dos equipamentos, já comprados.

"Eu sou absolutamente a favor. Os equipamentos já estão comprados, nós estamos gastando dinheiro para mantê-los. Por que, então, não montar a usina com todo o cuidado necessário?”, questionou. "Construir novas usinas é discutível, porque é preciso pensar nas necessidades, na localização, nas tecnologias. Mas nós não vamos escapar de precisar de mais energia nuclear no futuro", afirmou, ao participar da abertura das comemorações pela Semana do Meio Ambiente promovidas pela Eletronuclear.

O presidente do Pnuma também afirmou que atualmente as usinas nucleares são muito mais seguras do que as construídas logo que a tecnologia foi desenvolvida. Segundo ele, o principal problema nesse tipo de fonte energética é a produção dos rejeitos tóxicos. De acordo com a Eletronuclear, todo o lixo produzido (que é o combustível depois de irradiado) é armazenado em cápsulas em condições seguras, que permitem o isolamento de todo o material em uma piscina na própria usina.

"Essa é a solução hoje aceitável, mas tem que ser mantida se não descobrirmos nada melhor a se fazer e isso significa ter custos etc. O ideal seria que num futuro próximo fosse desenvolvida uma tecnologia para neutralizar esses resíduos. No entanto, pior do que fazer a armazenagem é ficar sem geração energética. A sociedade não nos perdoaria se tomássemos essa decisão e faltasse energia", declarou.

No dia 16, o secretário de Desenvolvimento e Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimermmann, disse que o país precisará de quatro a oito novas usinas atômicas para suprir o crescimento da demanda por energia até 2030. A necessidade é contestada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e por entidades como o Greenpeace, que apontam riscos no acúmulo de lixo radioativo e possibilidades de produção energética a custo mais baixo.

O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, que também participou da abertura do evento de hoje, lembrou que o Brasil conta com uma das maiores reservas mundiais de urânio (combustível usado nesse tipo de usina). Ele também afirmou que a construção das duas outras usinas nucleares brasileiras (Angra 1 e Angra 2) foi decidida numa perspectiva de necessidades futuras, ao contrário do que hoje acontece com Angra 3.

Segundo ele, neste caso, trata-se de uma "perspectiva atual de necessidade e de desenvolvimento econômico". Segundo ele, embora a matriz energética brasileira seja predominantemente hidrelétrica, precisa da geração térmica para garantir a estabilidade em épocas de seca. A fonte nucelar é uma alternativa (ao lado do gás e do petróleo) de geração de energia térmica.

"As térmicas funcionam como um reservatório virtual para garantir o abastecimento. A gente quer eletricidade no verão, quando há maior disponibilidade de água para fazer funcionar as hidrelétricas, para usar o ar condicionado, a cafeteira. Mas no inverno, quando há menos chuvas, a gente também quer continuar tendo eletricidade. Por isso, a gente tem que assegurar que o ano todo e ao longo dos anos haja geração energética. Tem que diversificar para ter segurança", defendeu.

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Estatal quer oferecer royalties para cidades que abrigarem lixo nuclear

31 de Maio de 2007 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O presidente da empresa estatal Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, afirmou hoje(31) que as próprias regiões brasileiras é que vão escolher os lugares que irão sediar os depósitos definitivos de lixo radioativo planejados pela empresa. Ele acredita que vai sobrar candidatos para esse fim. “Eu não tenho a menor dúvida de que vai haver uma fila.”

“Nós vamos demonstrar que é seguro e vamos colocar tipo leilão. Aquela região que quiser vai ganhar um royalty para armazenar”, informou Silva, durante evento no Rio.

Os depósitos finais deverão ser construídos em locais geologicamente convenientes, ou seja, que tenham rochas em volta de preferência, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear(CNEN), Odair Dias Gonçalves, que foi homenageado pelos 50 anos de criação da entidade, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

A construção desses depósitos definitivos de rejeitos nucleares dependerá de licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis(Ibama). O presidente da CNEN afirmou que o governo pretende criar uma série de incentivos para os municípios.

Atualmente, só é pago royalty pelo depósito inicial de rejeitos das usinas de Angra 1 e 2 ao município fluminense de Angra dos Reis. Em termos de depósitos definitivos, só existe um no país, relativo aos rejeitos radioativos oriundos do acidente com o césio 157, em Goiânia(GO).

O presidente da CNEN negou que haja no país depósitos provisórios de lixo nuclear. Segundo ele, há depósitos "iniciais, intermediários e finais”.Os rejeitos, explicou, são de baixa, média ou alta atividade. Os de baixa e média estão relacionadas à área médica e são fáceis de controlar, segundo ele. Os de alta atividade surgem dos combustíveis usados nas usinas e são guardados nas próprias plantas nucleares.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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