(29/05/2007) Técnicos
da área ambiental, que atuam em órgãos
dos governos estadual e municipais e em empresas
de consultoria, passarão a contar com
uma referência para projetos que visam
recuperação de áreas
degradadas ao longo de cursos d’água.
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema)
e a empresa AES Sul lançarão,
no dia 31 de maio, a publicação
“Diretrizes Ambientais para Restauração
de Matas Ciliares”. O evento faz parte da
programação da Semana Estadual
do Meio Ambiente, que transcorre de 27 de
maio a 05 de junho.
Conforme os técnicos
do Departamento de Florestas e Áreas
Protegidas (Defap) da Sema e da AES Sul autores
do texto, a publicação vem suprir
uma lacuna em termos de bibliografia relacionada
a trabalhos que buscam a restauração
de áreas ribeirinhas. “As diretrizes
ambientais propõem uma uniformidade
nos procedimentos técnicos e legais
para elaboração de projetos
de recuperação de matas ciliares,
que são objeto de especial proteção
mas que, ao longo do tempo, foram sendo impactadas
pelo uso inadequado”, afirma o engenheiro
agrônomo Enio Pippi da Motta do Defap,
membro da equipe executora da cartilha técnica.
Ele ainda salienta que o conteúdo também
retrata estratégias resultantes de
experiências práticas que deram
bom resultados.
A cartilha contém
uma tabela anexa com cerca de 200 espécies
por região fitogeográfica identificadas
no Inventário Florestal Contínuo
do Rio Grande do Sul.
A Secretaria Estadual do
Meio Ambiente desenvolve, desde 2003, o Programa
de Restauração de Matas Ciliares
em algumas bacias hidrográficas do
Estado.
Importância da vegetação
ciliar - Mata ciliar é toda vegetação
que ocorre nas margens de rios, sangas, córregos,
lagoas, nascentes e reservatórios d’água
(naturais ou artificiais). Também é
conhecida como mata de galeria ou de várzea,
vegetação ripária e formação
ribeirinha. Pelo Código Florestal Federal,
as matas ciliares são consideradas
áreas de preservação
permanente.
Entre outros fatores, a
manutenção de matas ciliares
é fundamental para proteger as ribanceiras
da erosão e do conseqüente assoreamento
dos recursos hídricos, conservando
a qualidade e o volume das águas, além
de funcionar como filtro, retendo poluentes,
defensivos agrícolas e sedimentos que
seriam levados para dentro dos cursos d’água.
ASSECOM SEMA
Texto: Jornalista Jussara Pelissoli
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Rebio Serra Geral está
com sede própria
(30/05/2007) Um prédio
moderno e funcional, com 275m² de área
construída, está abrigando a
sede administrativa da Reserva Biológica
da Serra Geral, no distrito de Barra do Ouro,
em Maquiné. A solenidade de inauguração
ocorreu na terça-feira (29), dentro
das comemorações da Semana Estadual
do Meio Ambiente, que segue até 05
de junho. A área protegida está
inserida no Projeto de Conservação
da Mata Atlântica no RS/banco alemão
KfW.
A chefe da Rebio Serra Geral,
Paola Stumpf, destacou que já foram
investidos R$ 953 mil na unidade de conservação,
distribuídos entre a construção
da sede, equipamentos, geoprocessamento, veículo,
estudo fundiário e o plano de manejo
que está em fase final. “Isso possibilitou
que efetivamente se proteja esta porção
de mata atlântica”, falou Paola.
O Promotor de Justiça
de Osório e Terra de Areia, Júlio
Almeida, fez referência ao período
em que havia conflito entre a conservação
ambiental e a atividade dos produtores agrícolas
da região. “Hoje os colonos são
nossos aliados na proteção e
este trabalho de pacificação
foi feito pela Paola. Isso é exemplo
de gestão”, destacou.
“Torna-se muito fácil
todos nós conseguirmos recursos para
projetos como esse, mas isso não basta
se não tivermos a percepção
do homem inserido no meio ambiente”, falou
o secretário adjunto da Sema Francisco
Simões Pires. “O desafio é sermos
pró-ativos em proteger e preservar
a vida”, acrescentou.
Também participaram
da solenidade, o prefeito de Maquiné,
Pedro Baluk; a diretora do Departamento de
Florestas e Áreas Protegidas da Sema,
Vera Pitoni; o consultor chefe do Projeto
de Conservação da Mata Atlântica/RS,
Ludger Sheele; o vice-cônsul da Alemanha
no RS, Stefan Rohlaender, o Comandante e o
subcomandante do Comando Ambiental da Brigada
Militar, respectivamente Cel. Péricles
Alvarez e Ten.Cel Duarte; diretora do Museu
de Ciências Naturais da FZB, Maria de
Lurdes Oliveira; presidente interina da FDRH,
Ledi de Oliveira Teixeira; membros do Conselho
Consultivo da Reserva, representantes da Emater
e da Corsan.
ASSECOM SEMA
Texto: Jornalista Jussara Pelissoli