Panorama
 
 
 

PARA LULA, QUESTÃO CLIMÁTICA NÃO PODE FREAR DESENVOLVIMENTO DO BRASIL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

8 de Junho de 2007 - José Carlos Mattedi e Luiz Fara - Repórteres da Agência Brasil e da TV Nacional
Heiligendamm (Alemanha) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala à imprensa após encontro com a cúpula do G 8, grupo formado pelos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia
Brasília e Heiligendamm (Alemanha) - Apesar de considerar um “avanço” o compromisso assumido pelo G 8 de reduzir a emissão de gases poluentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (8), em Heiligendamm, na Alemanha, que o Brasil não vai abrir mão do crescimento econômico em virtude dos problemas climáticos mundiais.

Durante a reunião de cúpula do grupo formado pelos sete países mais ricos do mundo e pela Rússia, o presidente brasileiro afirmou que os países industrializados devem manter essa “disposição” de reduzir a emissão nos próximos anos, antes mesmo do vencimento do protocolo de Quioto, em 2012. Para ele, compromissos com “tempos mais curtos” permitem maior proteção contra a contaminação do planeta.

No entanto, frisou que os países em desenvolvimento “precisam ter uma participação ativa na questão climática” sem que isso seja “um inibidor de crescimento”. A cúpula do G 8 termina hoje, com participação dos líderes dos países do G 5 (Brasil, Índia, África do Sul, China e México).

Lula disse também que todo país tem o direito de crescer como os ricos cresceram, que os biocombustíveis são a solução para o planeta e que a Rodada de Doha será finalizada.

+ Mais

Metade do PIB brasileiro depende da biodiversidade do país, diz ministra

5 de Junho de 2007 - Carolina Pimentel e Érica Santana - Repórteres da Agência Brasil - Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje (5) que metade do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas de um país) nacional depende da biodiversidade brasileira, isto é, da diversidade de animais, vegetais e seres vivos em geral.

"É só verificar que o Brasil é abençoado em terras férteis, água potável e energia solar, o que faz com que a nossa agricultura possa ser promissora", disse a ministra. Por isso, acrescentou, a idéia de que crescimento econômico e conservação ambiental não caminham na mesma direção é um falso dilema. "Se nós continuarmos com a visão de opor desenvolvimento à conservação e conservação ao meio ambiente, não chegaremos a lugar nenhum".

Ao participar da cerimônia de comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto, Marina voltou a afirmar que os projetos para o desenvolvimento do país devem ser compatíveis com a preservação dos recursos naturais.

"Viabilidade econômica e viabilidade ambiental é o esforço do nosso século e do novo processo civilizatório que está em curso. No caso de projetos de países como o Brasil, o esforço deve ser maior, porque, afinal de contas, somo uma potência ambiental".

Ela também lembrou a difícil tarefa de defender a natureza "no nosso próprio ambiente". "É muito fácil defender os direitos dos que ainda estão presentes. Difícil é defender dos que ainda não nasceram. É muito fácil defender meio ambiente no ambiente dos outros, difícil é defender no nosso próprio ambiente".

Presente à cerimônia, o presidente em exercício, José Alencar, disse que desenvolvimento sem preservação ambiental "nem merece" ser chamado de desenvolvimento. "O Brasil tem muito a ensinar ao mundo quando se trata de conciliar crescimento econômico, combate à fome e preservação ambiental", acrescentou.

+ Mais

Para Pinguelli Rosa, usinas previstas não descartam uso racional de energia e novas fontes

10 de Junho de 2007 - Nielmar de Oliveira - Porto Velho (RO) - A Cachoeira do Teotônio, que será submersa caso se construam as usinas de Jirau e Santo Antônio no Rio Madeira.

Brasília - O Brasil precisa começar a pensar em racionalização do uso de energia, ou em desenvolver projetos de energia alternativa, para fazer frente ao crescimento da demanda para os próximos anos. Caso isso não ocorra, poderá haver problemas para sustentação do crescimento da economia nas taxas projetadas pelo próprio governo. A avaliação é do coordenador de Planejamento Energético da Unidade de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa.

Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que mesmo se for aprovada a construção das usinas do Rio Madeira e a conclusão da nuclear Angra 3, elas não entrarão em operação a tempo de atender à demanda previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Para Pinguelli Rosa, a intensidade do risco dependerá da oferta de energia hídrica – da existência ou não de água em quantidade suficiente para gerar a energia necessária. “O fato é que, embora ainda em boa situação, as usinas hídricas já não acusam uma situação tão confortável como apresentavam no início deste ano”, comentou. “Em caso de escassez de água, nem as hidrelétricas de grande porte e nem as usinas nucleares chegarão a tempo.”

O ex-presidente da Eletrobrás lembra que tanto os empreendimentos de geração de energia a partir das usinas hidrelétricas como os decorrentes da energia atômica levarão pelo menos cinco a seis anos para entrar em operação.

“E é daqui a três anos que poderá haver problemas de escassez de energia – que vai depender do crescimento econômico. Há um buraco nesse período que poderá até vir a ser aliviado com a inserção do gás natural liquefeito [GNL] na matriz energética", opinou, para depois questionar: "Mas será que o GNL será suficiente para resolver o problema?"

No entanto, Luiz Pinguelli Rosa avaliou como exageradas as previsões do Ministério de Minas e Energia de que o país terá que construir até oito usinas nucleares até 2030: “O prazo é muito longo”, comentou. “Você está me falando de uma coisa para daqui a 20 anos. Eu acho, no entanto, o número um pouco exagerado. É um planejamento, um indicativo que ainda deverá sofrer muitas mudanças. Embora não tenha nada contra raciocínios deste tipo, acho pouco provável esse número.”

Entre as fontes de energia alternativa viáveis em menor espaço de tempo, ele cita a do bagaço de cana-de-açúcar e a eólica (dos ventos), ressaltando que a última, nesse caso, é muito cara.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.