Panorama
 
 
 

FUTURO SUSTENTÁVEL PARA A PESCA DA LAGOSTA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

Uma nova realidade começa a ser desenhada a partir desta semana, com a reabertura da pesca da lagosta em todo o Nordeste, nos Estados do Espírito Santo, Amapá e Pará. Com as medidas implantadas, a partir do final do ano passado, foram pensados, discutidos e aprovados, no Comitê de Gestão para o Uso Sustentável da Lagosta, de forma ampla e democrática, com a participação da sociedade civil, os passos rumo à sustentabilidade ambiental e econômica da pescaria. Ainda este ano, com o rigor que estamos aplicando na fiscalização, vamos colher os primeiros resultados, freando o processo de desaparecimento da lagosta.

Mesmo antes do resultado econômico já podemos comemorar uma conquista importante: a inclusão de milhares de pescadores, antes relegados à ilegalidade. Essa condição era fruto da desorganização, da pesca predatória e da falta de políticas públicas para o setor. A partir das recomendações do Comitê, limitamos o esforço de pesca, redistribuímos as permissões de pesca, assegurando condição de trabalho, dentro da legalidade, para milhares de pescadores, e criamos normas e regras que permitirão futuro para ambos: espécie e pescador. Um não existe sem o outro. Estamos garantindo que, no futuro, haja lagosta e pescador de lagosta.

O uso dos manzuás ou cangalhas é apontado como alternativa sustentável, desde os primeiros estudos sobre o assunto. É posição definitiva do governo, que tal alternativa trará benefício ao pescador, seja com a manutenção da pescaria seja pelo valor agregado da venda das lagostas dentro do tamanho permitido. Nessa política, a oferta de crédito, os cursos de capacitação e o defeso, fixado entre janeiro e abril de cada ano, também são fundamentais, assim como a decisão de só permitir que ocorra a pesca além de quatro milhas náuticas da costa, longe do berçário das lagostas.

Consideramos o Plano de Gestão para o Uso Sustentável da Lagosta um exemplo do compromisso do Governo Federal com o futuro da pesca.e com a conservação da biodiversidade marinha. A qualidade do processo adotado gerou medidas eficientes e um forte concenso entre os seguimentos envolvidos. Esse é o modelo que seguiremos para resolver o problema de outras importantes espécies de peixes que estão ameaçadas de desaparecer do mar e dos rios. De parte do Governo Federal, haverá empenho constante para coibir os abusos e a pesca predatória, com o objetivo claro de garantir um futuro sustentável para o uso dos recursos pesqueiros.
Marina Silva
Ministra do Meio Ambiente

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Fiscais do Ibama são ameaçados por pescadores ilegais de lagosta

Natal (18/06/07) – Uma multidão com mais de duzentos pescadores cercou no último sábado, 16, no distrito de Acaú/Pitimbu, estado da Paraíba, equipe do plano emergencial de fiscalização da pesca da lagosta. O grupo, instigado por armadores insatisfeitos com as novas regras estabelecidas para a pesca do crustáceo a partir deste ano, fez ameaças e retirou os fiscais do veículo. Visivelmente embriagados, os vândalos chegaram a tombar a viatura do Ibama e incentivavam outros manifestantes a queimá-la.

Os fiscais negociaram a liberação do veículo com lideranças da comunidade, o que não foi aceito pelos vândalos embriagados. Com a chegada da Polícia Federal e a Polícia Militar da Paraíba, os agentes do Ibama conseguiram recuperar o veículo e percorrer três quilômetros até a saída da cidade em alta velocidade com os pneus furados e sendo apedrejados pela multidão.

O veiculo da equipe de fiscalização foi periciado pela Policia Federal. que procura identificar os líderes do movimento contra os fiscais do Ibama. Eles podem ser responsabilizados criminalmente por vandalismo e dano ao patrimônio público.

As novas regras para a pesca da lagosta foram amplamente discutidas no âmbito do Comitê de Gestão da Sustentabilidade da Lagosta cuja composição inclui representantes da federação dos pescadores. O Governo Federal adotou as medidas visando à recuperação dos estoques da espécie e à continuidade da atividade que gera renda a milhares de pescadores no país.

Segundo o coordenador da fiscalização da pesca na Paraíba, Jaime Costa, “apesar da pressão de grupos que insistem em a pescar na ilegalidade, o trabalho da fiscalização que vai continuar, por mar, terra e ar”.

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Fiscalização da pesca da lagosta é impedida por populares no RN

Natal (18/06/07) – No primeiro dia da pesca da lagosta neste ano, no último sábado, 16, cerca de quatro mil populares da comunidade de Rio do Fogo, município situado no litoral norte do RN, cercaram na praia 40 agentes do Ibama e policiais que participam das ações do Plano Emergencial de fiscalização da pesca da lagosta. O Ibama e a Polícia resolveram não fazer uso da força e retirar-se do local para evitar o confronto, visando à proteção da população.

Por volta das 14 horas, os fiscais observaram um morador percorrer a beira da praia com uma bandeira verde. A intenção era chamar a atenção para a chegada do efetivo do Ibama. Um agente avistou do helicóptero a formação de grupos que se dirigiam para a praia. Na sexta-feira, 15, a polícia registrou um carro de som percorrendo as ruas de Rio do Fogo e conclamando a população a participar de uma mobilização de resistência à fiscalização do Ibama.

No momento em que a lancha do Ibama chegou para realizar os trabalhos de inspeção nas 33 embarcações pesqueiras, a multidão se aglomerou em volta das viaturas da fiscalização e tentou virar um veículo da polícia. Em seguida os moradores começaram a atirar uma chuva de pedras e paus contra os fiscais e policiais e tentaram virar os veículos utilizados pela equipe. Seis viaturas foram amassadas e tiveram seus vidros quebrados e um policial foi atingido por uma pedra.

Os fiscais e a polícia ficaram encurralados na praia. Prefeito e vereadores do município tentaram em vão negociar com a multidão a saída do Ibama. A equipe se retirou do local por uma estreita faixa de praia que desaparecia devido à subida da maré e retornou a Natal para se submeter a exames de perícia na Delegacia da Polícia Federal da capital. O policial agredido foi encaminhado para fazer exame de corpo de delito. Há indícios de que a rebelião tenha sido planejada por pescadores que pescam de forma irregular que atuam na região que instigaram moradores locais, inclusive mulheres, idosos e crianças contra a fiscalização.

O Ibama disponibilizou às autoridades imagens obtidas em terra e pelo helicóptero do Ibama que vão ajudar a identificar os responsáveis pelas agressões. Eles podem ser indiciados por dano ao patrimônio público, agressão física à autoridade policial e obstrução aos trabalhos de fiscalização federal.

Antes do conflito no Rio do Fogo, as equipes do Ibama já haviam inspecionado oito barcos lagosteiros na praia de Pitangui e seis em Muriú. Não houve registro de irregularidades nesses locais. A programação da fiscalização, que teve de ser adiada por conta do incidente, incluía a realização de inspeções de embarcações pesqueiras em pelo menos mais três praias, totalizando mais de 160 quilômetros da costa do RN.

A fiscalização é realizada por mar, terra e ar pelo Ibama e conta com o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental e do Grupo Tático de Combate da Polícia Militar. O navio de patrulha costeira Napaco Goiânia do 3º Distrito Naval da Marinha do Brasil participa da operação, fornecendo informações sobre a posição dos barcos pesqueiros.

No mar, os fiscais verificam documentação, equipamentos, tamanho mínimo da lagosta e distância do local de pesca que deve ocorrer a 4 milhas ou 7,2 quilômetros do litoral. As equipes em terra vistoriam estabelecimentos comerciais – restaurantes, hotéis, bares, indústrias e outros - e verificam a saída das embarcações.

O Ibama cumpre sua função de executor das políticas de meio ambiente do Governo Federal, que implementou, em vista das sucessivas quedas de produção do crustáceo, medidas de proteção à lagosta e à atividade pesqueira consensuadas com a sociedade.
Denuncie a pesca ilegal de lagosta: Linha Verde do Ibama – 0800618080

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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