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LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA CONSTRUÇÃO DE ANGRA 3 SAI NESTE ANO, DIZ IBAMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

23 de Junho de 2007 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Até o final do ano o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deverá emitir o licenciamento prévio para a construção da usina nuclear de Angra 3, informou nesta semana a física Sandra Miano, responsável pela área nuclear na Diretoria de Licenciamento do instituto.

A construção da usina depende ainda de aprovação pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), cuja próxima reunião está marcada para segunda-feira (25), e da concessão de licenciamento nuclear, que é dada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

Segundo Miano, “com certeza até o final do ano a licença prévia será emitida pelo Ibama e o empreendedor que estiver de posse das duas licenças poderá, com o aval do CNPE, dar início às obras”. Ela informou ainda que o cronograma de avaliação técnico-financeira já foi aprovado pelo Ministério do Planejamento.

Nesta semana foram realizadas três audiências públicas – em Angra dos Reis no dia 19; em Parati no dia 20; e em Rio Claro no dia 21 – promovidas pelo Ibama para prestar esclarecimentos sobre a construção da usina. Mas o Ministério Público Federal não enviou representante e em ofício justificou a ausência do procurador André de Vasconcelos Dias, que está de férias. Ao retornar, no início de julho, ele deverá analisar as informações que receber do Ibama.

A recomendação de cancelamento ou adiamento das audiências, como teria sido sugerida pelo Ministério Público Federal, só seria acatada pelo Ibama se fosse acompanhada de liminar, explicou Sandra Miano. “As três audiências são consideradas válidas pelo Ibama, que não realizará mais nenhuma”, acrescentou.

Ela destacou como “bastante positiva” a avaliação que o instituto faz das audiências desta semana, devido à presença maciça das pessoas das comunidades organizadas: “Em Angra, 721 pessoas assinaram a lista; em Parati foram 210 e em Rio Claro, na quinta-feira (21), foram 270 pessoas”.

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Organização ambientalista critica condução do processo de licenciamento de Angra 3


23 de Junho de 2007 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - As audiências públicas realizadas nesta semana sobre a construção da usina nuclear de Angra 3 foram conduzidas de "de forma discricionária" pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A opinião é de José Rafael Ribeiro, conselheiro da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sapê).

Em entrevista à Agência Brasil, ele afirmou que os grupos ambientalistas foram convocados a falar "depois de todas as entidades interessadas no projeto, o que na maioria das audiências ocorreu de madrugada" e os questionamentos ficaram sem respostas.

A física Sandra Miano, responsável pela área nuclear na Direitoria de Licenciamento Ambiental do Ibama, e que presidiu a mesa das audiências, contestou o conselheiro e explicou que o regulamento de audiência pública do Ibama estabelece entrega à mesa, por escrito, das dúvidas durante os encontros. Segundo ela, a Sapê levou documentos impressos com 60 perguntas, "colados" no formulário do Ibama.

“Se eu tivesse lido as 60 perguntas deles, fora as outras 70 da população que se manifestou, nós teríamos cerceado o direito das demais pessoas de receberem respostas de um grupo técnico amplo que estava ali. Então, nós não achamos procedente acatar a forma como eles demonstraram interesse pelo assunto”, disse a técnica. Ela contou ter sugerido à Sapê selecionar cinco perguntas, mas a proposta não foi acatada.

Para o conselheiro da Sapê, mesmo que essa audiência seja considerada, o licenciamento não pode ser concedido porque “um empreendimento desse porte não é um empreendimento local, que deva ser considerado como um puxadinho no fundo do quintal”.

José Rafael Ribeiro advertiu que o processo está sendo feito de forma “atabalhoada”, em momento de greve de funcionários e de "uma cisão que enfraquece o Ibama". E reiterou que a Sapê "não considera a produção de energia nuclear como uma forma de energia sustentável nem para o Brasil, que tem outras fontes energéticas, nem para lugar algum do mundo".

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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