Panorama
 
 
 

POVOS DA FLORESTA QUEREM COMPENSAÇÕES PELO PAC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

18 de Junho de 2007 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Além das mudanças climáticas, as obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para ocorrer na região da Floresta Amazônica estimularam as organizações da região a promover o 2º Encontro Nacional dos Povos da Floresta. "A idéia é incorporar algumas medidas de valor e de compensação as população que vão estar em torno dos empreendimentos", afirma o presidente do Grupo de Trabalho da Amazônia (GTA), Alberto Cantanhêde. Entre as obras previstas, estão as usinas do Rio Madeira.

O encontro deve fechar uma proposta de "PAC sócio-ambiental" a ser apresentada para governos, segundo ele. “A idéia é pautar governos nacionais e internacionais e empresas para o desenvolvimentos sustentável e acrescer esse tema na pauta das conferências regionais do Meio Ambiente que terão início no segundo semestre".

Além da questão ambiental, a reforma agrária será um dos temas. "Há interesses que são muito particulares, mas uma coisa que é comum é quando se trata da questão da reforma agrária", o vice-presidente do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Júlio Barbosa de Aquino..

O encontro marca a retomada da Aliança dos Povos da Floresta, que é formada pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), e o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA).

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Líder seringueiro defende incentivo a comunidades das florestas para preservação ambiental

19 de Junho de 2007 - Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - As comunidades das florestas brasileiras – como quilombolas, indígenas e extrativistas – deveriam receber incentivos do governo para garantir a preservação do meio ambiente. Essa é uma das propostas que serão discutidas no 2º Encontro Nacional dos Povos da Floresta, previsto para setembro.

Durante o lançamento do encontro, hoje (19), o vice-presidente do Conselho Nacional dos Seringueiro (CNS), Julio Barbosa de Aquino, disse que as comunidades que vivem na Amazônia dependem economicamente do meio ambiente para sobreviver e por isso não podem destruí-las. Dessa maneira, evitam, por exemplo, a derrubada de árvores e as queimadas, atividades apontadas como causadoras do aquecimento global.

Para que essas populações não abandonem a atividade ou mudem a forma tradicional de exploração sustentável, o CNS propõe que recebam em dinheiro ou incentivos governamentais, por exemplo, uma compensação pela preservação ambiental. A proposta de como será essa compensação e se ela realmente é necessária, segundo Aquino, será discutida no encontro, mas para ele, “quem cuida das florestas precisa ser incentivado”.

O seringueiro sugeriu modelos de compensação como os já existentes, como benefícios de cerca de um salário mínimo, oferecidos pelos governos estaduais da Amazônia e do Acre à população das florestas. Outra opção, acrescentou, seria a valorização econômica dos produtos como a borracha, a castanha e o açaí. “No caso de uma indústria que compre borracha da Amazônia, por exemplo, pode-se embutir no preço do produto o que ela está emitindo dos gases. Nesse caso, o valor do saco, que é de R$ 2, poderia subir para R$ 2,50”, sugeriu.

Adilson Vieira, do Grupo de Trabalho Amazônico, disse concordar com a compensação para as populações das florestas, de alguma forma, pelo “serviço que prestam à humanidade” evitando a emissão de gás carbônico.

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Encontro aponta necessidade de mudança no modelo de vigilância das terras indígenas

23 de Junho de 2007 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Questões relacionadas à vigilância e à proteção de terras indígenas no Amazonas foram os principais problemas apontados pelas representações da classe que participaram esta semana do Encontro dos Chefes de Postos da Fundação Nacional do Índio (Funai).

O evento foi realizado em Manaus com o objetivo de levantar informações sobre a situação das áreas que estão sob a jurisdição dos postos subordinados à administração do órgão indígena na capital amazonense e capacitar seus representantes para a aplicação de uma nova política indigenista e um novo modelo de políticas públicas junto à Funai.

Para o coordenador técnico do Projeto Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da Amazônia Legal, Wagner Sena, muitos dos problemas percebidos envolvem não somente a garantia dos indígenas sobre suas terras, mas também a sua sustentabilidade.

"A demarcação das terras indígenas não resolve automaticamente outros problemas existentes como a sustentabilidade nas aldeias e a pressão recebida por parte dos não-índios sobre os recursos naturais existentes nas aldeias e que são a base da sustentacão cultural e física dos indígenas da Amazônia Brasileira. Apesar disso, as informações coletadas no encontro serão utilizadas para melhorar os procedimentos adotados pela Funai", afirma Sena.

Em todo Amazonas, as terras indígenas somam 42 milhões de hectares, o equivalente a 27% do território estadual. Só em Manaus, a abrangência da administração da Funai inclui os rios Solimões, Negro, Amazonas, Japurá, Purus e Jutaí.

Na cidade, as terras indígenas identificadas e homologadas totalizam cerca de 15 milhões de hectares. Segundo a Funai, os postos indígenas sob jurisdição da capital amazonense atendem a uma população estimada em 40 mil indígenas de 30 povos distintos e em 35 cidades do Amazonas.

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Mudanças climáticas fazem povos da floresta reunirem-se 20 anos depois

18 de Junho de 2007 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Vinte anos depois, um grupo de organizações sociais da Amazônia organiza o 2º Encontro Nacional dos Povos da Floresta. O primeiro encontro, em 1987, foi presidido por Chico Mendes. O líder seringueiro seria assassinado em novembro do ano seguinte. Os 20 anos de intervalo entre um encontro e outro foram provocado pela falta de união dos povos da floresta em torno de objetivos comuns, segundo coordenadores do encontro.

"No momento em que comunidade internacional coloca o clima em discussão, resolvemos atuar novamente juntos", afirma Alberto Cantanhêde, do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA). "Vamos discutir a compensação ambiental para populações que preservam as florestas", afirma o vice-presidente do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Júlio Barbosa de Aquino.

A segunda edição do encontro ocorre em setembro deste ano. Mas o lançamento do encontro será feito amanhã (19), em Brasília. O encontro é organizado pela Aliança dos Povos da Floresta, formada pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), e o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA).

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Representante de comunidades da Amazônia propõe PAC socioambiental para a floresta

19 de Junho de 2007 - Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil - Valter Campanato/ABr - Brasília - O secretário geral da GTA, Adilson Vieira, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participam de cerimônia para anunciar a realização do 2º Encontro Nacional dos Povos da Floresta.

Brasília - Muitas das comunidades que vivem na floresta Amazônica ainda não têm acesso a luz, água e educação. Para mudar esta realidade, uma das propostas do 2º Encontro Nacional dos Povos da Floresta, que será realizado em setembro, é a discussão de um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Socioambiental.

De acordo com o secretário geral do Grupo de Trabalho da Amazônia (GTA) e coordenador do encontro, Adílson Vieira, o PAC Socioambiental não deve ser confundido com o PAC lançado no início do ano pelo governo federal. “Com esse programa, queremos dar às comunidades da floresta acesso mais rápido a saúde, educação, infra-estrutura básica, saneamento, água potável – ou seja, inclusão social", explicou.

Esses direitos, acrescentou, são constitucionais e ainda não foram garantidos: “Não é possível que nós, no século 21, ainda estejamos vivendo em comunidades iluminadas por lamparinas, como no século 19”.

Além das questões de infra-estrutura, o programa socioambiental trata de formas para regularização fundiária, principalmente na Amazônia, e de mecanismos para escoar a produção das florestas. “Milhares de pessoas não têm um documento que comprove que a terra lhe pertence”, disse o secretário do GTA, e isso dificulta o acesso a financiamentos. Sobre o escoamento da produção, ele sugeriu que a discussão deve permear estruturas de transporte como a navegação.

O 2º Encontro Nacional dos Povos da Floresta está previsto para os dias 18 a 21 de setembro. Para Adílson Vieira, vinte anos após a primeira edição, essa será uma oportunidade de discutir com a sociedade os avanços para as comunidades da floresta. "Apesar desse tempo todo, ainda sofremos com a falta de cidadania. E vemos muitas lideranças perseguidas e mortas, como aconteceu com Chico Mendes”, concluiu.

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Ministra defende união com povos da floresta para aliar preservação a crescimento

19 de Junho de 2007 - Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participa de cerimônia para anunciar a realização do 2º Encontro Nacional dos Povos da Floresta, que será de 18 a 23 de setembro, na capital federal

Brasília - Aliar projetos de crescimento econômico aos de desenvolvimento sustentável deverá ser o desafio do governo e da sociedade neste século, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou hoje (19) do lançamento do 2° Encontro Nacional dos Povos da Floresta, marcado para setembro.

"A equação do desenvolvimento só fecha se a viabilidade econômica dos nossos projetos for igual à viabilidade ambiental”, disse, e para aplicar essa estratégia, a ministra defendeu a união com os povos que vivem nas florestas: "Temos que juntar o que existe de melhor nos conhecimentos tradicionais com o melhor da modernidade”.

Marina Silva admitiu que preservar o meio ambiente e crescer economicamente é um modelo contraditório, pois “o ministro que apóia os recursos naturais é o mesmo que precisa agilizar o crescimento – o mesmo banco que apóia as comunidades, apóia os projetos de desenvolvimento em infra-estrutura”. E afirmou que o modelo precisa ser enfrentado.

Representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), uma das entidades organizadoras do encontro, Jecinaldo Saterê-Mawê destacou a importância do diálogo com o governo, ao afirmar que as comunidades indígenas não aceitarão um modelo de desenvolvimento que “leve à miséria populações tradicionais”. Ele explicou: “Não aceitamos hidrelétricas que inundem nossos territórios nem o agronegócio que polua nossas águas. Ninguém quer ver filho tomando água poluída de mercúrio dos garimpos, o que está acontecendo na Amazônia”.

Vinte anos após a primeira edição do encontro, em Xapuri (AC) e presidido por Chico Mendes, a iniciativa, segundo a ministra, demonstra que as comunidades que vivem nas florestas fortaleceram-se e ampliaram a busca de ajuda “para algo que era secundário, marginalizado socialmente, economicamente e politicamente – o meio ambiente”.

Também organizadora do encontro, a Aliança dos Povos da Floresta lembrou que o país possui 4,7 milhões de quilômetros quadrados de florestas, o equivalente a 55% do seu território, abrangendo Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pampas, Mata Atlântica e Pantanal.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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