28/06/2007
- A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
participou no início da tarde desta
quinta-feira (28) da cerimônia de comemoração
dos 70 anos do Parque Nacional do Itatiaia,
no estado do Rio de Janeiro. O evento reuniu
representantes de organizações
não-governamentais, da iniciativa privada
e dos governos locais, estaduais e federal,
além do Exército.
Em seu discurso, Marina
Silva lembrou que em 1989, quando o Ibama
foi criado, o Brasil contava com 130 unidades
de conservação, somando 15 milhões
de hectares. Hoje, são 288 unidades,
ou seja, 70 milhões de hectares protegidos,
e o governo federal planeja chegar ao final
de 2010 com 100 milhões de hectares
de unidades de conservação.
A ministra destacou que somente nos últimos
quatro anos o governo criou 20 milhões
de hectares de área protegida e que
há um esforço para criar políticas
direcionadas a esse patrimônio, que
se traduzem em apoio orçamentário,
modernização da gestão
pública e qualificação
de pessoal.
Marina Silva disse também
que a média do número de visitantes
em unidades de conservação a
cada ano, calculado em 2 milhões de
pessoas, ainda é muito pequena diante
da riqueza que o País oferece. Para
mudar esse cenário, salientou que o
Ministério do Meio Ambiente (MMA) está
desenvolvendo uma agenda conjunta com o Ministério
do Turismo. Segundo ela, o aumento no número
de funcionários do Ibama e o aumento
no salário desses funcionários,
registrados desde 2003, têm influência
positiva nesse processo, bem como a recente
reestruturação do MMA e a criação
do Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade, voltado especialmente para
a gestão das unidades de conservação.
Para a ministra, o governo
e a sociedade estão se capacitando
para cuidar da área protegida do País.
O Programa 70 Anos, lançado por ela
em 13 de abril de 2006 para reestruturar o
Itatiaia, é exemplo disso. Foi a partir
dessa iniciativa que inúmeras inovações
foram desenvolvidas na unidade de conservação
mais antiga do País. Na cerimônia
desta quinta-feira (28), a ministra descerrou
a placa de inauguração das obras
do Centro de Visitantes Wanderbilt Duarte
de Barros, que foi totalmente revisitado no
âmbito do programa. O prédio
foi construído na década de
40 e teve a fachada restaurada. Os abrigos
de visitantes também foram reformados
e um novo folder, chamado Planalto do Itatiaia,
foi elaborado com o apoio da Federação
de Montanhismo de São Paulo (Femesp).
O material contém recomendações
para caminhadas, escaladas e, especialmente,
orientações para os turistas
que visitam a parte alta do parque, onde estão
localizadas as principais trilhas.
Na abertura da cerimônia,
o diretor do parque, Walter Behr, falou sobre
o que já foi desenvolvido e sobre os
próximos passos do Programa 70 Anos.
Está prevista a instalação
de terminais multimídia no Centro de
Visitantes, com as principais informações
do parque, de uma cafeteria e uma loja de
souvenir. Também está sendo
planejada uma sala de montanhismo e uma exposição
interpretativa, com jogos interativos para
a educação ambiental das crianças.
Novas exposições e mostras de
fotografia devem fazer parte do calendário
do parque para atrair novos visitantes. Atualmente,
cerca de 80 mil pessoas visitam o parque a
cada ano.
Os recursos do programa,
que servirá de referência para
a reestruturação de outros parques
nacionais, tiveram origem no sistema de compensação
ambiental. Duas empresas, cujos empreendimentos
causaram danos ao meio ambiente, destinaram
um percentual do investimento nas melhorias
do parque, conforme determina a legislação
nesses casos. Uma dedicou R$ 3,05 milhões
e outra R$ 415 mil. O Itatiaia também
conta com o apoio de empresas parceiras, como
a Natura, Instituto Votorantim, INB (Indústrias
Nucleares do Brasil) e Cogumelo (madeira plástica).
Na solenidade, também
foi lançada uma moeda de prata cunhada
para celebrar os 70 anos do parque pela Casa
da Moeda do Brasil. Em um dos lados da moeda,
a artista plástica Katia Dias idealizou
a imagem do tronco de uma árvore, com
o esquilo caxinguelê no galho, e alegorias
de folhas formando uma moldura. Ao fundo,
o Pico das Agulhas Negras, com as legendas
"Parque Nacional do Itatiaia" e
"70 anos". O objetivo foi representar
a fauna e a flora da região. No outro
lado da moeda, a artista representou a floresta
da unidade de conservação com
folhas e galhos retorcidos e o Centro de Visitantes,
numa referência à relação
do homem com o meio ambiente.
Durante o evento, a ministra
homenageou o funcionário do parque
José da Silva. Ele trabalhava na unidade
de conservação quando ela foi
criada pelo então presidente Getúlio
Vargas, em 14 de junho de 1937.
+ Mais
Festa para comemorar os
70 anos do Parque Nacional do Itatiaia
28/06/2007 - O Parque Nacional
do Itatiaia está de aniversário.
Para a festa, enfeita-se com o azul da plumagem
do sanhaço-frade, o tom avermelhado
do pequeno sapo flamenguinho - apenas para
citar duas espécies endêmicas
da unidade de conservação mais
antiga do País, cujas tonalidades sobressaltam
ao verde da Mata Atlântica. Nesta quinta-feira
(28), uma cerimônia marca os 70 anos
do Itatiaia, fundado em 14 de junho de 1937
pelo então presidente Getúlio
Vargas. Na solenidade, será descerrada
uma placa colocada na pedra fundamental do
parque. A ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, participa do evento.
Com 30 mil hectares, o Itatiaia
é alvo do "Programa 70 anos"
desde abril de 2006. Trata-se de uma iniciativa
para reestruturar o parque a partir de recursos
oriundos do sistema de compensação
ambiental - um percentual mínimo do
total do empreendimento que causa danos ao
meio ambiente deve ser destinado pelas empresas
para investimentos em unidades de conservação.
Os recursos para as obras e projetos, provenientes
desse sistema, somam R$ 3,05 milhões,
investidos pela Terna Participações
(holding brasileira de transmissão
de energia) e R$ 415 mil, de Furnas. O parque
também mantém parceria com diferentes
empresas, como Natura, Instituto Votorantim,
INB (Indústrias Nucleares do Brasil)
e Cogumelo (madeira plástica). O "Programa
70 anos" servirá como referência
para o desenvolvimento de processos semelhantes
em outras unidades de conservação
do país e suas ações
serão apresentadas na solenidade.
O cenário do evento,
o Centro de Visitantes, por exemplo, foi totalmente
revitalizado. Os abrigos para visitantes também
foram reformados. Um novo folder, o "Planalto
do Itatiaia", elaborado em parceria com
a Federação de Montanhismo de
São Paulo (Femesp), passou a orientar
os turistas no passeio pela parte alta do
parque, onde estão localizadas as principais
trilhas. No material, constam recomendações
para caminhadas e escaladas. A maquete do
Parque Nacional do Itatiaia também
foi restaurada para proporcionar aos visitantes
uma visão ampla de toda a sua área.
O projeto de reestruturação
do Itatiaia ainda prevê a realização
de novas exposições e mostras
de fotografia no Centro de Visitantes - construído
nos anos 1940 -, a instalação
de terminais multimídia com as principais
informações do parque, uma cafeteria
e uma loja de souvenir. Também está
sendo planejada uma exposição
interpretativa, com jogos interativos voltados
para a educação ambiental dirigidos
às crianças, e a construção
de uma sala de montanhismo. O objetivo das
inovações é incentivar
o turismo ecológico e ampliar o número
visitantes anuais no parque hoje calculado
em 80 mil.
A recuperação
do acervo científico do parque, composto
de vertebrados, invertebrados e herbário,
é outra iniciativa fundamental. Para
tanto, foi firmada uma parceria com a Escola
Nacional de Botânica do Jardim Botânico
do Rio de Janeiro e o Museu Nacional da UFRJ.
As espécies estão sendo analisadas,
cadastradas e recuperadas.
A preservação
do Itatiaia é de fundamental importância
para a biodiversidade brasileira. Abriga 365
espécies de aves, como o imponente
gavião-real e o próprio sanhaço-frade.
O muriqui-do-sul, o maior primata da América
Latina, ameaçado de extinção,
e a onça parda são outros exemplos
significativos da riqueza da fauna do parque.
A flora é igualmente farta, com espécies
diversas de ipês, bromélias e
orquídeas e outras endêmicas,
como a Samambaia Açu. O Palmito Juçara
cobre 40% do Itatiaia. A multiplicidade de
paisagens do Itatiaia também se destaca.
São centenas de nascentes e formações
rochosas, como o conhecido Pico das Agulhas
Negras.
Itatiaia significa "pedra
cheia de pontas". Era assim que índios
do grupo Puri e Puris se referiam à
região repleta de formações
rochosas. Situado no sudoeste do Rio de Janeiro,
nos municípios de Resende e Itatiaia,
e parte no sul de Minas Gerais, em Bocaina
de Minas, Alagoa e Itamonteo, o parque possui
inúmeras atrações: Mirante
do Último Adeus, Lago Azul, Cachoeira
Poranga, piscina natural do Maromba e as cachoeiras
Itaporani e Véu de Noiva.
O Itatiaia é a única
reserva natural da região das Agulhas
Negras. Com sua fauna e flora, tem contribuído
muito para o ensino e a pesquisa no País.
Atualmente, 40 pesquisas são realizadas
no seu espaço geográfico, envolvendo
15 das principais universidades das regiões
Sul e Sudeste.
+ Mais
Evento comemora 70 anos
do Parque Nacional do Itatiaia
26/06/2007 - Criado em junho
de 1937 pelo então presidente Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, o Parque Nacional
do Itatiaia foi a primeira unidade de conservação
do Brasil. Nesta quinta-feira (28), uma solenidade
com a presença do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e da ministra Marina Silva marcará
as comemorações dos 70 anos
do parque, fundado no dia 14 de junho. Na
cerimônia será colocada uma placa
ao lado da pedra fundamental inaugurada por
Getúlio Vargas, alusiva ao septuagésimo
aniversário. Também serão
apresentadas as ações resultantes
do "Programa 70 anos", lançado
pela ministra Marina Silva, em abril do ano
passado, que destinava recursos de compensação
ambiental para a reestruturação
da unidade de conservação.
No Itatiaia estão
guardadas verdadeiras preciosidades da fauna
e da flora. É um parque de cores, sons
e imagens. São 365 espécies
de aves como o imponente Gavião-real
ou o Sanhaço frade, encontrado apenas
no Itatiaia. Lá também estão
presentes espécies como o muriqui-do-sul
(Brachyteles arachnoides), o maior primata
da América Latina, atualmente em extinção,
o sapo flamenguinho (Melanophryniscus moreirae)
e a onça parda. A flora também
é riquíssima com espécies
como a Samambaia Açu, somente encontrada
no parque, ou o Palmito Juçara que
corresponde a 40% da cobertura vegetal do
Itatiaia, além de variadas espécies
de ipês, bromélias e orquídeas.
Hoje, com 30 mil hectares, o parque guarda
ainda centenas de nascentes e formações
rochosas como o pico das Agulhas Negras.
Para ampliar o número
de 80 mil visitantes anuais e incentivar o
turismo ecológico na região,
o Parque Nacional do Itatiaia contará
com novas exposições no centro
de visitantes, totalmente revitalizado. Além
da recuperação da fachada do
prédio erguido nos anos 1940, o projeto
prevê a instalação de
terminais multimídia com as principais
informações do parque, bem como
uma mostra de fotografias, uma cafeteria e
uma loja de souvenir. Para completar, haverá
uma exposição interpretativa,
jogos interativos para a educação
ambiental das crianças e uma sala de
montanhismo.
Os abrigos de visitantes
também foram reformados. Um novo folder,
o "Planalto do Itatiaia", elaborado
em parceria com a Federação
de Montanhismo de São Paulo (Femesp),
orienta a visita de turistas na parte alta
do parque, contendo as principais trilhas
e recomendações para caminhadas
e escaladas.
A origem do nome Itatiaia
é indígena. Significa "Pedra
Cheia de Pontas", por causa de suas formações
rochosas. O parque situa-se na parte sudoeste
do estado do Rio de Janeiro e no sul de Minas,
mais precisamente em dois municípios
fluminenses (Resende e Itatiaia) e em três
mineiros (Bocaina de Minas, Alagoa e Itamonte).
Além do "Mirante do Último
Adeus", outras atrações
do Itatiaia são o "Lago Azul",
a cachoeira "Poranga", a piscina
natural do "Maromba" e as cachoeiras
"ltaporani" e "Véu de
Noiva".
Os recursos para as obras
e projetos, provenientes de compensação
ambiental, totalizam R$ 3,05 milhões
da Terna Participações, holding
brasileira de transmissão de energia,
e R$ 415 mil de Furnas. O parque também
conta com parceria da Natura, Instituto Votorantim,
INB (Indústrias Nucleares do Brasil)
e Cogumelo (madeira plástica), entre
outras.