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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE DEFENDERÁ POSIÇÃO CONTRÁRIA A USINAS NUCLEARES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

25 de Junho de 2007 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Marcello Casal Jr./ABr - Brasília - Ativistas da organização não-governamental Greenpeace protestam em frente ao Ministério de Minas e Energia contra a construção de usina nuclear de Angra 3.

Rio de Janeiro - O Ministério do Meio Ambiente vai reafirmar hoje (25), durante a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em Brasília, sua posição contrária não só à construção da usina nuclear de Angra 3, mas a qualquer programa de energia nuclear.

Em entrevista concedida à Agência Brasil, a ministra Marina Silva disse que mantém a posição contrária à energia nuclear “em função da realidade do Brasil”. Isso ocorre, segundo frisou a ministra, devido à possibilidade de se ter no país outras fontes renováveis sem "o risco da energia nuclear”.

“Se vamos fazer um investimento de altíssimo custo para uma fonte que não se sabe o que fazer com os resíduos, é melhor investir em outras fontes. Essa é a posição que eu tenho assumido e nós vamos defendê-la dentro do conselho”, afirmou Marina Silva.

A ministra admitiu, porém, a existência de uma discussão dentro no governo, em que alguns setores são favoráveis à retomada de Angra 3 e ao programa nuclear como um todo. Na reunião do Conselho Nacional de Política Energética serão discutidos diversos assuntos além de Angra 3, entre os quais o planejamento energético para os próximos 30 anos no Brasil.

De acordo com Marina Silva, Angra 3 está em fase de processo de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Estão sendo feitas audiências públicas”, destacou a ministra.

Ela preferiu não comentar a possibilidade de a licença prévia de instalação da obra ser concedida até o final deste ano, como estimou, em entrevista à Agência Brasil, a física Sandra Miano, responsável pela área nuclear na Diretoria de Licenciamento do Ibama. Miano presidiu a mesa das audiências públicas realizadas pelo instituto na última semana nos municípios fluminenses de Angra dos Reis, Parati e Rio Claro.

“Eu não tenho conhecimento do conteúdo do que está sendo colhido nessas audiências. Esse é um processo que é feito de acordo com a legislação ambiental e nós nunca nos manifestamos a priori. O Ibama se manifesta ao final do processo. Não existe nenhum empreendimento sobre o qual tenhamos qualquer tipo de manifestação a priori. Estamos na fase de audiências públicas e isso deve ser feito com isenção”, sublinhou Marina Silva.

A ministra participou hoje da entrega do Prêmio Brasil Ambiental 2007, concedido pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro a projetos de preservação do meio ambiente e práticas socialmente responsáveis de empresas com atuação no país.

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Após aprovação de conselho, obras da usina de Angra 3 têm três passos para cumprir

25 de Junho de 2007 - Alana Gandra e Lourenço Canuto - Repórteres da Agência Brasil - Brasília e Rio de Janeiro - Após a aprovação da retomada da construção pelo Conselho de Política Energética (CNPE), a usina nuclear de Angra 3 necessita de licenças ambientais para as obras poderem ser concluídas e a unidade começar a funcionar. A primeira é a licença prévia, a segunda é o licenciamento de instalação - as duas primeiras concedidos pelo Ibama -, e a última é a licença nuclear, que garante a construção, cuja competência é da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).

O conselho aprovou por oito votos favoráveis e um contrário pela retomada de obras. O único voto contra foi do Ministério do Meio Ambiente, segundo informou o presidente da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima.

Até agora já foram investidos na usina U$ 1000 milhões na aquisição dos principais equipamentos importados que compõem a chamada “Ilha Nuclear”, que se acham armazenados na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, no município de Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, além do seguro e programa de preservação.

A conclusão do projeto demandará mais R$ 7 bilhões. Esses recursos compreendem desde as obras civis, compra dos componentes nacionais, montagem eletro-mecânica, até a fase de testes operacionais de potência.

O projeto é defendido por integrantes do governo, como o Ministério de Minas e Energia e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também é criticado pelo Ministério do Meio Ambiente e entidades não-governamentais como o Greenpeace. Para os favoráveis, a usina pode ser considerada uma energia limpa com pouco impacto para meio ambiente. Os opositores criticam a unidade por significar grande gasto de recursos públicos e risco de acidente radioativo.

A retomada da construção da usina nuclear de Angra 3 pode representar a geração de até 9 mil empregos diretos na fase de pico da obra civil e de montagem eletro-mecânica. Esse número é uma previsão de geração de emprego durante os 5 anos e meio previstos para a conclusão da obra, segundo o superintendente de Licenciamento e Meio Ambiente da Eletronuclear, Iukio Ogawa.

“Vamos ter oscilações. Esse seria um número máximo, quando a gente teria uma superposição de duas etapas, que é o final da construção civil e o começo da montagem eletro-mecânica”, observou. A nova usina terá capacidade de geração de 1.350 megawatts de energia (MW) e junto com as usinas de Angra 1 e 2, já em operação, poderá contribuir para 80% do abastecimento de energia elétrica do Estado do Rio de Janeiro.

As atividades realizadas até agora correspondem a 30% do projeto de implantação da usina. “Nós já temos o canteiro implantado, já tínhamos as escavações das fundações prontas. Elas estão preservadas. Nós teríamos agora uma fase de renovar e efetuar novos contratos, a parte de detalhamento de início de obra e obtenção das licenças”, informou Iukio Ogawa.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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