Panorama
 
 
 

ÁGUA DA CHUVA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2007

(04/07/2007) Amanhã, dia 5 de julho, na Programação de Bate-Papos Tecnológicos da Agrishow Semi-Árido, a pesquisadora Luiza Teixeira de Lima Brito vai falar sobre “Captação, armazenamento e uso racional da água para consumo humano, animal e vegetal no semi-árido”. O enfoque principal será a guarda das águas de chuva que caem sobre o sertão. Para ela, um recurso fundamental para a manutenção das famílias de agricultores na região.

Luiza coordenou um projeto sobre o tema que fez a avaliação de tecnologias de armazenamento das chuvas em campos experimentais e roças e comunidades de agricultores de Petrolina e Ouricuri (PE), Canudos e Uauá (BA). Foram estudadas as cisternas rurais, barragem subterrânea e captação de água in situ. O projeto foi executado com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq/Fundo Setorial de Recursos Hídricos-CT-Hidro.

Maior umidade - Em geral, as tecnologias são eficientes. Com técnicas simples de manejo do solo é possível elevar os níveis de umidade em 25%. Muitas vezes, é o bastante para ampliar as chances de colheita de 10% para 80-90% em uma cultura como a do milho, que chega a exigir precipitações variando entre 500 e 800 milímetros para completar seu ciclo produtivo a média na região é de 400 mm.

Em áreas de teste do projeto no município de Petrolina, com registro de 300 mm de chuva distribuídos irregularmente, os pesquisadores e técnicos chegaram a colher num plantio de milho da variedade BR Caatingueiro cerca de 600 quilogramas por hectare. Na área cultivada foi utilizada a técnica de, entre os sulcos e a espaços regulares, construir paredes que segurem a chuva no local que ela cai. É um grande resultado, considerando a produtividade média de milho de 350 quilogramas por hectare, na região, destaca Luiza.

Duas águas – Sobressai da pesquisa, contudo, problemas que precisam de urgente solução. Em algumas das cisternas se registrou práticas de uso que elevam os riscos de contaminação microbiológica das águas acumuladas e doenças de veiculação hídrica. Em outras, a capacidade de armazenamento estava aquém do necessário ao abastecimento das famílias. Com relação às barragens existem construções com baixa capacidade de reter água, em solos de reduzido teor de matéria orgânica e fertilidade e com tendência de salinização do terreno.

Para a pesquisadora, a solução para os problemas identificados está relacionada à capacitação dos agricultores e de suas famílias. Isto é vital para o sucesso do Programa 1 Milhão de Cisternas (P1MC), afirma. Ela considera ainda como muito promissora a iniciativa de organizações não governamentais de implantar unidades-piloto em propriedades com duas tecnologias para armazenar água com objetivos diferentes: consumo humano e agropecuário. Essas experiências das Ongs têm sido chamada de P1+2 (Programa Uma Terra, Duas Águas).

Animais – Uma inovação testada no projeto coordenada por Luiza Brito é a construção de cisternas com o fim de abastecer pequenos ruminantes com caprinos e ovinos. Em uma área experimental de criação pecuária da Embrapa Semi-Árido, foram construídas duas cisternas – cada uma com capacidade de armazenar 16 metros cúbicos de água – para fornecer água a um rebanho composto por 30 animais. Segundo ela, considerando um consumo média de 4,5 litros de água por dia por animal, o volume das duas cisternas é suficiente para suprir de água este rebanho por 240 dias (oito meses).

A Agrishow Semi-Árido é uma realização da Associação Brasileira da Indústria de Máquina e Equipamentos - Abimaq, e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa.
Marcelino Ribeiro

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Embrapa discute futuro da Amazônia

(06/07/2007) Durante seis dias, especialistas em pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico na Amazônia, estarão reunidos em Belém (PA), na 59ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), para discutir o futuro da região. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é uma das instituições com presença confirmada.

O evento se realiza entre os dias 08 e 13 de julho e tem como tema “Amazônia: desafio nacional”. A diretora-executiva da Empresa Tatiana Deane de Abreu Sá representa o presidente Silvio Crestana na abertura do evento e participa ainda de um grupo de trabalho sobre o tema “Amazônia por um planejamento inovador do desenvolvimento regional”, coordenado pela geógrafa, pesquisadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Bertha Becker.

Outra atividade da diretora na reunião será a de coordenar o simpósio sobre “Agricultura sustentável na Amazônia: facetas para sua viabilização”, que contará ainda com a participação do chefe da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), Celso Manzatto, e o pesquisador da Embrapa Acre (Rio Branco-AC), Judson Valentim. O tema agroenergia e biocombustíveis também será abordado em mesa redonda coordenada pelo chefe da Embrapa Agroenergia (Brasília-DF), Frederico Durães.

Para Tatiana, essa é uma oportunidade de mostrar a atuação da Embrapa na Amazônia. “Poderemos mostrar a dimensão da participação da Embrapa nos trabalhos desenvolvidos internamente, a serem levados aos diversos grupos que estão trabalhando num nível integrado de ciência e tecnologia na questão da Amazônia”, comentou.

A idéia é identificar, ao final do encontro, as prioridades a serem adotadas para garantir o desenvolvimento da região, com propostas que definam os horizontes e tracem caminhos para vencer o desafio da utilização social e econômica sustentável do patrimônio natural e cultural da Amazônia.

Ano Internacional do Planeta Terra - Como evento paralelo, que se realiza durante a 59ª Reunião do SBPC, o Comitê Nacional do Ano Internacional do Planeta Terra se reúne para discutir dez temas eleitos como prioritários para o Brasil. A Embrapa participará da reunião para tratar do tema solos, abordado pelo chefe da Embrapa Solos, Celso Manzatto.

O Comitê foi organizado para atender às recomendações da resolução da ONU, que declarou 2008 como o Ano Internacional do Planeta Terra, com início das atividades em janeiro de 2007 e término em dezembro de 2009. Cerca de 190 países aderiram ao movimento e formaram Comitês Nacionais para coordenar os trabalhos. No Brasil, o Comitê é formado por diversas associações e organizações científicas governamentais, entre elas a Embrapa.
Além do tema solos, serão abordados também assuntos referentes à água subterrânea, cidades, clima, crosta e núcleo terrestre, desastres naturais, oceanos, recursos naturais e energia, Terra e saúde, e Terra e vida.
Juliana Freire

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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